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Quadra 1, lote 1, Residencial Don Bosco, Cidade Ocidental. Veja como como chegar aqui.

Os espíritos não resolvem os seus problemas?




Muita gente procura o centro de Umbanda em busca de uma conversa direta com os guias espirituais. 

Talvez acreditem que, se tiverem oportunidade de conversar, chorar suas mágoas e defender suas idéias de auto-piedade, os espíritos se mobilizarão para auxiliá-los e destrinchar suas dificuldades com toda a urgência e facilidade. 

Meu Deus, como muitos amigos(as) estão equivocados! espírito nenhum resolve problemas de ninguém. Esse definitivamente não é o objetivo nem o papel dos espíritos, meu filho(a). Se porventura você está em busca de uma solução simples e repentina para seus dramas e desafios, saiba que os espíritos desconhecem quimera capaz de cumprir esse intento.

No Espiritismo e na Umbanda, não se traz o amor de volta; ensina-se a amar mais e valorizar a vida, os sentimentos e as emoções, sem pretender controlar os sentimentos alheios ou transformar o outro em fantoche de nossas emoções desajustadas.

Os espíritos não estão aí para “desmanchar trabalhos” ou feitiçarias; é dever de cada um renovar os próprios pensamentos, procurar auxílio terapêutico para educar as emoções e aprender a viver com maior qualidade.

Até o momento, não encontramos uma varinha mágica ou uma lâmpada maravilhosa com um gênio que possa satisfazer anseios e desejos, resolvendo as questões de meus filhos(as). O máximo que podemos fazer é apontar certos caminhos e incentivar meus filhos(as) a caminhar e desenvolver, seguindo a rota do amor.

Não adianta falar com as entidades e os guias ou procurar o auxílio dos orixás, como muitos acreditam, pois tanto a solução como a gênese de todos os problemas está dentro de você, meu filho. Ao menos no espiritismo, a função dos espíritos é maior do que satisfazer caprichos e necessidades imediatas daqueles que concentram sua visão nas coisas do mundo.

Não podemos perder nosso tempo com lamentações intermináveis nem com pranto que não produza renovação. Nosso campo de trabalho é a intimidade do ser humano, e a cientização de sua capacidade de trabalhar e investir no lado bom de todas as coisas. Nada mais.

Tem gente por aí se deixando levar pelas aparências de espiritualidade. A grande multidão ainda não despertou para as verdades espirituais e acha-se com os sentidos embriagados e as crenças arraigadas em formas mesquinhas e irreais de viver a vida espiritual. 

Persegue soluções que lhe sejam favoráveis, e, em geral, tais soluções dizem respeito a questões emocionais ou materiais que meus filhos(as) não se sentiram capazes de superar. Ah! Como se enganam quanto à realidade do espírito.

O aprendizado da vida é longo, amplo e exige um esforço mental de tais proporções que não torna fácil romper com os velhos hábitos de barganhas espirituais aprendidos com as religiões do passado.

Fazem-se promessas, cumprem-se rituais na esperança de que os espíritos ou Deus concedam-lhes um favor qualquer em troca de seus esforços externos, que presumem sobrepor-se aos valores internos. 

Pensamentos assim resultam de uma educação religiosa deficiente e advêm de hábitos seculares que perduram nos dias atuais e carecem de uma análise mais profunda. 

Os indivíduos que agem com base nessas premissas evitam reconhecer sua responsabilidade nos acontecimentos que os atingem e pensam enganar a Deus com seu jeito leviano e irresponsável de tratar as questões espirituais. 

Fatalmente se decepcionam ao constatar que aquilo que queriam não se realizou e que as focas sublimes da vida não se dobraram aos seus caprichos pessoais.

Os problemas apresentados pela vida têm endereço certo, e não há como transferi-los para os espíritos resolverem. Se determinada luta ou dificuldade chega até você, compete a você vencê-la. 

Na sede de se livrar do processo educativo ministrado pela vida, meus filhos(as) esperam que , os espíritos, possam isentá-los de seus desafios. Isso é irreal. Não detém o poder de transferir de endereço a receita de reeducação que vem para cada um. 

Nenhum espírito minimamente esclarecido poderá prometer esse tipo de coisa sem comprometer o aprendizado individual. Foram chamados pelo Pai para auxiliar meus filhos(as) apontando o caminho ou a direção mais provável para alcançarem êxito na construção de sua felicidade.

Vejam como exemplo a atuação do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. Mesmo matando a sede e a fome de multidões, ele não arranjou emprego para ninguém. Curou e restabeleceu a saúde de muitos que nele acreditaram, mas não libertou ninguém das consequências de seus atos e escolhas. 

Sabendo das dificuldades sociais da época, não tentou resolver questões que somente poderiam ser transpostas com o tempo e o amadurecimento daquele povo. Em momento algum o vimos a prescrever fórmulas para dar fim a desavenças de ordem familiar, socioeconômica nem tampouco emocional, recomendando meios de trazer o marido de volta ou fazer a pessoa amada retornar aos braços de quem deseja. 

Uma vez que ele é o Senhor de todos os espíritos e não promoveu coisas nesse nível, como podemos nós, seus seguidores, sequer cogitar realizá-las?

O que podemos deduzir das atitudes de Nosso Senhor, meus filhos(as), é que, se ele não se dispôs a realizar tais demandas, que na época certamente existiam, é porque a natureza de seu trabalho era outra. Mesmo debelando os males, prestando o socorro que podia, ele não eximiu a população de enfrentar seus desafios. 

Quem recebeu o pão voltou a ter fome e inevitavelmente teve de trabalhar para suprir as próprias necessidades; quem foi curado teve de aprender a valorizar a própria vida, pois outras enfermidades viriam mais tarde; quem Jesus ressuscitou dos mortos desencarnou mais adiante. 

Em suma, o processo de reeducação a que conduzem os embates da vida é tarefa de cada um. Cristo Nosso Senhor apenas indicou a direção, mas cabe a cada seguidor palmilhar o caminho com suas próprias pernas, avançando com passos seguros e resolutos em seu aprendizado.

Através desse raciocínio, meu filho(a), você poderá compreender a razão pela qual não há proveito em recorrer aos espíritos para livrá-lo do sofrimento ou isentá-lo de dificuldades. Esse é o caminho do crescimento na Terra, e não há como fugir às próprias responsabilidades ou transferir o destino das tribulações. 

A dívida acorda sempre com o devedor, não há como se furtar a essa realidade.


Fonte: Pai João de Aruanda (psicografia de Robson Pinheiro)

O que são Quiumbas ou Kiumbas?




Depois de tomar consciência do seu desencarne, o espírito de baixa evolução não aceita ajuda do Alto que não permite que ele continue a conviver com os encarnados e continua a vivenciar seus vícios e a negativar seu mental.

Energeticamente, ele passa a cair de faixas vibratórias e assumir seu pólo negativo. Agregam-se a espíritos com o mesmo padrão energético formado falanges e assumindo um grau dentro da hierarquia das trevas.

Aprendem a manipular energias e as usam contra seus desafetos encarnados e contra os trabalhadores da Luz. Unem-se a encarnados praticantes de magia negra e muitas vezes se fazem passar por algum Exu, mas não passam de espíritos trevosos de pouca evolução.

Um Exu, trabalhador da seara umbandista, trabalha para a Lei nas trevas, e nada faz sem a permissão do Alto.

Um Exu de Lei pode tanto assumir sua fisionomia humana como a de qualquer criatura, pois são trabalhadores que, amparados pelo Trono do Alto , trabalham nos domínios do Trono do Embaixo. Já um Quiumba, por não ter mais a sustentação energética do Trono do Alto que o ampara, pois está vibratoriamente muito baixo, passa a ser amparado pelo Pólo Negativo daquele trono. O Pólo positivo que moldou sua aparência humana não consegue mais enviar energias para dar sustentação a esta aparência então o ser passa a “perder” sua fisionomia e a assumir aparências monstruosas.

Os Quiumbas obsediam uma pessoa encarnada para vivenciar seus vícios, para se vingar ou para agradar algum encarnado que, através de magia negra, solicitou seus serviços.
Mesmo nas trevas, há uma Lei que os rege. Uma Demanda de morte contra algum encarnado não matará, mas ele poderá sofrer um grave acidente para que se apegue mais a Deus e dê mais valor a sua Vida. Mas esta pessoa se revoltar, eles poderão incitá-lo ao suicídio, ao uso de drogas e etc., mas a escolha, mesmo que inconsciente, é do encarnado.

Quando o demandado é um médium com uma missão a cumprir, ele alguma hora irá procurar ajuda e iniciará sua missão espiritual (virá pela dor!). Muitas vezes os protetores desse médium tomam a sua frente para receber estas cargas negativas e não machucar demais seus protegidos.

Os Quiumbas se locomovem facilmente, sabem volitar, plasmar armas e manipular energias, que são pedidas aos seus amigos encarnados através de oferendas.

O encarnado obsediado por um quiumba sentirá todos seus sentimentos negativos desequilibrados como ódio, raiva, rancor, revolta, descontrole emocional. Egum escravo poderá ser escalado para permanecer ao lado daquele encarnado e lhe prejudicar a saúde física e mental, sugando sua energia vital.

Uma hora ou outra a Lei Maior interferirá nas ações deste quiumba, ele será capturado por um Exu de Lei e a eles passará a prestar contas, depois de um tempo será esclarecido e se for de sua vontade permanecerá na falange daquele Exu passando ele também a trabalhar para a Lei Maior nas Trevas.

A Umbanda trabalha incansavelmente combatendo estes espíritos trevosos e protegendo os encarnados, desmanchando magias negras e amarrações através de suas entidades que trabalham para a Lei Maior.

Fonte: http://almaumbandista.blogspot.com/

PROTEÇÃO DE DEUS




Clamamos pela proteção de Deus, mas, não raro, admitimos que semelhante cobertura aparece nos dias de caminho claro e céu azul. 

O Amparo Divino, porém, nos envolve e rodeia, em todos os climas da existência. Urge reconhece-los nos lances mais adversos.

Às vezes, o auxílio do Todo Misericordioso tão somente se exprime através das doenças de longo curso ou das dificuldades materiais de extensa duração, preservando-nos contra quedas espirituais em viciação ou loucura.

Noutros ângulos da experiência, manifesta-se pela cassação de certas oportunidades de serviço ou pela supressão de regalias determinadas que estejam funcionando para nós à feição de corredores para a morte prematura. 

Proteção de Deus, por isso mesmo, é também o sonho que não se realiza, a esperança adiada, o ideal insatisfeito, a prova repentina ou o transe aflitivo que nos colhe de assalto.

Encontra-se no amor de nossos companheiros, na assistência de benfeitores abnegados, na dedicação dos amigos ou no caminho dos familiares, mas igualmente na crítica dos adversários, no tempo de solidão, na separação dos entes queridos ou nos dias cinzentos de angústia em que nuvens de lágrimas se nos represam nos olhos.

Isso ocorre porque a vida é aprimoramento incessante, até o dia da perfeição, e todos nós com frequência necessitamos do martelo do sofrimento e do esmeril do obstáculo para que se nos despoje o espírito dos envoltórios inferiores. 

Pensa nisso e toda vez que te sacrifiques ou lutes, de consciência tranquila, ou toda vez que te aflijas e chores, sem a sombra da culpa, regozija-te e espera o melhor, porque a dor, tanto quanto a alegria, são recursos da proteção de Deus, impulsionando-te o coração para a luz das bênçãos eternas.




Emmanuel  &  Francisco C. Xavier
Livro: Rumo Certo




BAZAR!



Dia: 27/07 (sábado) 
Horário: 11:00 às 15:00

Teremos roupas masculinas e femininas, calçados, bolsas, bijuterias, etc.
Preços a partir de R$1,00 a peça. 
Venha conferir!                    

A importância dos bons pensamentos


“Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável.”

"A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem consequências de importância direta e capital para os encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do pensamento; que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos.” - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).

É certo que o pensamento exerce uma poderosa influência nos fluidos espirituais. Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade e vibrações elevadas que culminam em boas sensações.

Os pensamentos maus provocam alterações vibratórias contrárias àquelas. Os fluidos ficam escuros e sua ação provoca sensações desagradáveis.

Assim, em torno, por exemplo, de uma pessoa, existe uma atmosfera espiritual fluídica, que varia conforme seu campo vibratório, e consequentemente segundo a natureza moral dos Espíritos que se atraem por estas energias. Isto pode ser ampliado para uma cidade, estado, país e para todo o planeta Terra.

À atmosfera fluídica, associam-se Espíritos com tendências morais e vibratórias semelhantes. Desta forma, os Espíritos superiores recomendam que a conduta dos seres humanos, nas relações com tudo na vida, seja a mais harmoniosa possível. Despir-nos de sentimentos que não nos eleva moralmente.

Alguém que vive, por exemplo, entregue ao pessimismo e aos maus pensamentos, tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, atraindo Espíritos com os mesmos pensamentos.

É sempre importante lembrar, que estas situações podem ser modificadas a qualquer momento. Depende apenas da nossa força de vontade de viver. Bem viver, sempre sob a orientação dos ensinos morais de Jesus.

“Melhorando-se, a humanidade verá depurar-se a atmosfera fluídica em cujo meio vive, porque não lhe enviará senão bons fluidos, e estes oporão uma barreira à invasão dos maus. Se um dia a Terra chegar a não ser povoada senão por homens que, entre si, praticam as leis divinas do amor e da caridade, ninguém duvida que não se encontrem em condições de higiene física e moral completamente outras que as hoje existentes” - (Allan Kardec - Revista Espírita, Maio, 1867).

 Fonte: janela espírita




TRABALHOS ENCOMENDADOS E PROMESSAS DE SOLUÇÃO




"O que pensar desses anúncios vinculados em jornais ou panfletos distribuídos nas ruas que prometem a solução de nossos problemas amorosos, financeiros e de saúde? Eles funcionam mesmo? Trazem a solução tão desejada?

O primeiro (aspecto a ser analisado) refere-se ao desespero da pessoa que necessita ou deseja a solução. O segundo é ver envolvido o nome da Umbanda nessa questão.

Analisando o primeiro aspecto, podemos desmembrá-lo também em duas vertentes. A primeira diz respeito a compreensão da pessoa que por acreditar que seu problema não seja de seu merecimento ou “culpa”, busca no externo a solução do mesmo. Pessoas que buscam esse tipo de “atendimento” não têm menor noção de espiritualidade, de merecimento, e não estão nem um pouco preocupadas com as conseqüências que este tipo de envolvimento pode trazer, pois as desconhecem. Por acreditarem que o seu problema é conseqüência de ações de terceiros, desafiam o próprio Deus, dizendo-se não merecedoras do que estão passando.

Dentro de suas mentes obnubiladas pela dor e sofrimento, querem uma solução rápida, mágica, que as façam verem-se livres e felizes.

A segunda vertente diz respeito especificamente ao sentimento do solicitante. Muitos pedem que “a pessoa amada volte”. Ora, sabemos que quem ama realmente deseja somente o bem do ser amado, portanto não irá fazer um pedido desta natureza. Outras pessoas pedem que “fulano” perca o emprego, pois ele precisa trabalhar e o “fulano” está atrapalhando; ou então pedem pelo desencarne de “beltrano”. Francamente!

Mas, esses “trabalhos” funcionam?

Certamente que sim! Não para todos, mas para muitos ou alguns. Mas no fundo, no fundo, é imprescindível que haja absoluta harmonia entre o solicitante, o executante, a "vítima" e o astral inferior. Portanto obter o resultado desejado apenas confirma a absoluta sintonia entre essas quatro coisas.

Mas quem executa esses trabalhos em nível astral?

Espíritos que trabalham com forças trevosas, de baixo padrão vibratório e alta densidade perispiritual. Espíritos altamente ligados à matéria, ao mundo encarnado. Não são desprovidos de inteligência, muito pelo contrário, são desprovidos de luz, de esclarecimentos da verdade eterna, de amor. Espíritos que saudosos de seus tempos na terra ainda precisam se alimentar, fumar, beber, urinar, defecar, sentem-se encarnados ainda, sentem dor, prazer sexual, etc. E para satisfazerem as suas necessidades fisiológicas e outras intenções maléficas, reúnem-se em torno de encarnados que poderão, por similitude vibratória, atendê-los em seus desejos e aspirações.

Muitos se agregam aos médiuns que por sua invigilância, cedem lentamente a essas aspirações. Eles são ardilosos, chegam a fazerem-se passar por Exu, dando ao médium a impressão de estar sendo assistido pelo seu próprio Exu. Por isso é tão importante que o médium estude sempre e mantenha-se empenhado no caminho do bem e da caridade.

Dentro de sua ousadia, esses obsessores envolvem o médium dando-lhe “poderes” e sensações prazerosas em nível de terra. Atendem rapidamente as necessidades mais mundanas do médium e se apresentam como “solucionadores” de diversas questões. Mas ainda não é aí que começa a cobrança. O médium empolgado desvia-se ainda mais, começa a procurar lugares onde haja o mesmo tipo de afinidade vibratória, e tudo que estudou recebe outra conotação. Começa a atender pessoas em casa e se diz pai ou mãe no santo e a pedir, sugestionado pelos obsessores, os elementos que irão satisfazer as necessidades deles, e não vê nada de mal em cobrar também pelo trabalho que irá executar. Afinal ele também tem as suas próprias necessidades (jóias, carro novo, casa, etc), mas ter um emprego onde ganhe o seu sustento que é bom, nem pensar, pois não teria tempo para se dedicar com afinco ao serviço ao astral inferior (aliás uma das primeiras exigências dele).

A pessoa que foi pedir, poderá ou não receber a “graça”, ou seja, a solução tão desejada, mas certamente ela receberá algumas tantas companhias que turvarão ainda mais sua mente já tão conturbada e perturbada pela dor. Neste caso em especial, não receber a “graça” é que é a verdadeira graça, pois pode ser um sinal de que a pessoa não está tão envolvida assim com a espiritualidade inferior.

O segundo aspecto desta questão é quando envolvem o sagrado nome da Umbanda nestes trabalhos. A Umbanda não se presta a este tipo de coisa. Quem assim o diz está desviado de seu caminho. A Umbanda trabalha justamente para combater o astral inferior e não compactua com obsessor, mas o orienta e doutrina, ao contrário também do que muitos pensam. Portanto quem cobra por seus "serviços mediúnicos" e compactua com esses pensamentos desviados, não é umbandista, porque a Umbanda é a prática da caridade pela caridade, na busca da evolução.

No embate contra o astral inferior a primeira linha que é utilizada pela Umbanda é a linha de Exu e Pomba Gira, porque são as entidades determinadas pelo Astral Superior para esse trabalho em função de suas características vibratórias, sua enorme capacidade de manipulação energética e seu profundo conhecimento das armadilhas do astral inferior. Exu trabalha para ascender às hostes superiores, ou seja, para um dia vir a ser um Caboclo ou Preto Velho, portanto jamais irá se deixar seduzir por armadilhas que ele tão bem conhece. Além do mais, Exu trabalha sob as ordens de espíritos superiores que são os enviados de Orixá. Logo, por dedução simples e lógica não faz sentido a afirmação de que Exu faz tanto o mal quanto o bem, que não sabe diferenciar um do outro; isso significaria inocência, coisa que está longe de ser uma das características de Exu; além de significar que Exu seria um idiota, e não um espírito de luz, guardião e defensor.

Exu é passional?

Sim, Exu é passional, mas não é bobo e muito menos violenta o livre arbítrio de ninguém. Portanto, Exu não bate, não exige oferenda especial nenhuma, utiliza sim os elementos oferendados (padé e bebida alcoólica), única e exclusivamente para manipular as energias volatilizadas para a consecução dos objetivos propostos pelo Astral Superior, e o mesmo não propõe que o Exu beba através de seu médium, mas que manipule a essência dos elementos oferendados em favor dos seus comandados, estes sim mais apegados as necessidades terrenas.

Eis o motivo de Exu ser tão mal compreendido. Eis o motivo da Umbanda ser tão execrada. As pessoas leigas e os médiuns desprovidos de esclarecimento e orientação, deixam-se levar por exemplos pouco louváveis e acabam misturando as coisas.

O tempo que alguns médiuns perdem em querer aprender “fuxicos”, oferendas e agrados para os Orixás e etc, deveriam usar para elevarem o seu próprio padrão vibratório e se tornarem dignos de se dizerem umbandistas.

Mas nada acontece por acaso, pois todas as vezes que a Umbanda é atacada ela ressurge, tal qual fênix, das cinzas dos médiuns invigilantes, através da força dos que realmente amam a Umbanda."

  
Por Mãe Iassan Ayporê Pery

Exu Mirim


Mais um Mistério Divino, assim como Exú e Pombagira, não são demônios e muito menos “espíritos de moleques de rua”. Exu Mirim – Exu “pequeno”.Esse pequeno é somente no nome que carrega, porque ele é gigante em sua atuação e dentro do seu mistério divino. Uma das funções de Exu Mirim é regredir os espíritos que atentam contra os princípios da vida e contra a paz e a harmonia entre os seres. Falou em intenções, falou em Exu Mirim.
Eles também refletem as más intenções das pessoas que os incorporam e sabem exatamente qual é a real intenção de um consulente, mas também sabem esgotar os vícios de seus médiuns.Não são os Erês. Por favor, não confundam mais os seus Exus Mirins com os Erês da Direita. Erê é Erê com seu mistério dentro da criação Divina e Exu Mirim é Exu Mirim e pronto.São encantados da esquerda, são irrequietos, atentos, curiosos, mas nunca mal educados ou desrespeitadores e são linhas de trabalho com um mistério próprio, nunca encarnaram. Eles vêm do plano Dual e encantado, são de outra realidade, provenientes da sétima dimensão à esquerda da que nós vivemos. Eles entram em lugares e em campos que o Exu e Pombagira não entram ou não querem entrar. Entram e saem sem serem vistos.
Possuem o fator descomplicador e desirritador. As coisas estão complicadas? Chama Exu Mirim; Você está irritado por demais? Chama Exu mirim que ele vai te ajudar, desde que suas intenções sejam realmente boas para consigo e seu semelhante. No livro Orixá Exu Mirim, Rubens Saraceni explica: “Exu Mirim, enquanto mistério Divino que se auto realiza e se aplica a tudo e a todos, vive e atua nos limites nebulosos que separam os dois planos de uma mesma coisa (...) tudo dependendo das intenções íntimas de cada um e de todos em geral”.

No mesmo livro da editora Madras, há ainda a passagem: “Podem nos imputar todos os defeitos e vícios
humanos que não ligamos a mínima, porque somos refletores das más intenções de quem nos incorpora. Mas, que ninguém se esqueça de que, ao incorporarmos em nossos médiuns e nos comportarmos de forma chula ou mal-educada, antes dela ser nossa já era dele. Portanto que cada um eduque sua “criança interior” que , aí sim, seremos mais educados, mas não muito certo? Afinal, podemos ser pequenos, mas não somos bobos, pois sabemos muito bem como são os humanos! E que não nos esqueçam nas suas esquerdas, porque, se sem Exu não se faz nada, sem Exu Mirim nem o NADA se é possível fazer!!”.O comportamento de uma entidade depende da doutrina, do conhecimento, do aperfeiçoamento do seu médium, por isso eu bato na tecla, vamos estudar, conhecendo os mistérios divinos saberemos como lidar com eles e assim
seremos úteis à Deus, aos nossos semelhantes e a nós mesmos.

Como diz o ponto de Umbanda:

“Ele não podia faltar
Na sua encruza sempre a trabalhar
Ele é Exu Mirim é protetor da
Porteira desse congá...”


Laroyê Exu Mirim, senhor das
nossas intenções! Exú Mirim é Mojubá!


Por: Carla Real



A Defumação: seus efeitos astrais e físicos




''Defuma com as ervas da Jurema, defuma com
 arruda e guiné Benjoim, alecrim e alfazema vamos defumar filhos de fé''...


 Deus, perfeito em sua criação, dotou o Homem de vários sentidos, para que seu espírito tivesse assim portas de comunicação com o mundo físico, ajudando-o a viver, integrar-se e evoluir nesta escola chamada Terra. Dentre estes sentidos está o olfato, que ao captar os aromas, nos despertam lembranças e associações, aflorando nossas emoções e fazendo-nos rir, ou chorar de saudades.
 Quem já não voltou ao passado, sentindo fragrâncias que fizessem lembrar a infância distante? Ou, para nós umbandistas, que ao sentirmos o aroma provindo do charuto ou cachimbo, não lembramos imediatamente de nossos queridos Pretos Velhos e Caboclos ?!. Assim, através dos aromas podemos ficar relaxados, agitados, próximos ou afastados de pessoas, coisas ou lugares. Por este motivo, os templos do Egito antigo, dos Hindus, Persas, e hoje os templos umbandistas, católicos, esotéricos etc. Sensibilizam o olfato através dos odores da defumação, harmonizando e aumentando o teor das vibrações psíquicas, produzindo condições de recepção e inspiração nos planos físico e espiritual.
 Além de influenciar em nossas vibrações psíquicas, as ervas utilizadas na defumação são poderosos agentes de limpeza vibratória, que tornam o ambiente mais agradável e leve. Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou anos no solo da Terra, absorção de nutrientes dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo, projeta-se uma força capaz de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, inveja, orgulho, mágoa, sensualidade etc.
 Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queimá-las, produzem reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível. Há vegetais cujas picantes ou corrosivas, que põem em fuga alguns desencarnados de vibração inferior. Os antigos Magos, graças ao seu conhecimento e experiência incomuns, sabiam combinar certas ervas de emanações tão poderosas, que traçavam barreiras intransponíveis aos espíritos intrusos ou que tencionavam turbar-lhes o trabalho de magia.
 Apesar das ervas servirem de barreiras fluídico-magnéticas para os espíritos inferiores, seu poder é temporário, pois os irmãos do plano astral de baixa vibração são atraídos novamente por nossos pensamentos e atos turvos, que nos deixam na mesma faixa vibratória inferior (Lei de Afinidades). Portanto, vigilância quanto ao nível dos pensamentos e atos.
 Convém lembrar que ao manipular o defumador, deve-se estar concentrado, a fim de se potencializar seus efeitos, impedindo assim que este ato litúrgico-magístico de limpeza psico-espiritual se transforme apenas em ato mecânico de agitação do turíbulo.

Salve a Defumação !!!
Saravá!!!

Por: Jornal Umbanda Hoje

Dia 23 de Abril dia de São Jorge. SALVE OGUM!!!

HOJE silencio
Rezo, Rogo e Vivencio

O céu está vermelho
A Lua está à frente
Sons ecoam, atabaques rufam, milhares de Fé clamam

Silencio meu espírito
Rezo ao Orixá, Rogo por Ogum, Vivencio e Respiro Ogum meu Orixá!
No céu, na Lua, na Fé em Olorum, na Crença em Ogum
Ogum meu Orixá!

Respiro o ar que oxigena meu cérebro 
Vibro o sangue quente que percorre meu corpo
Sinto o pulsar do repique, o calor do fogo, a força da dor
Respiro, respiro, inspiro e espiro, é Ogum!

Pulso, vibro, brilho e acredito: Orixá é Vivo.
Bom, Mal? Divino, Humano?... É Vivo!

Ferro! Foco, Olho e Respiro: Ogum vence latente e fervente.
Dentro, Fora, Acima, Abaixo: Ogum percorre e escorre como o sangue depois do corte.
Da Terra, do Mar, da Rua, do Céu, da Lua, do Sol: Ogum é Orixá, guerreiro
e violento, como a natureza, que como o homem luta de braço de ferro.

Dúvida? Duvidar? Dúvidas?
Ora, olha pra si...
Tem fé? Tem sangue a pulsar? Têm dor;
lágrimas e faísca?
Tem Ogum Orixá!
Será que se consegue duvidar?

Olha pra frente Filho de Fé
Tem Ogum a cada respirar como o limite
tem o céu

Tem Ogum no olhar como o ferro tem a forja
Acredita...

Então inspire, espire e firme
Estufe o peito e aguente

Vibre, pulse e reze
Aqueça a alma e crave

Trabalhe, transpire e rale 
Arregace as mangas e BANGUE

No sangue, no pulsar; no respirar e no talhar
Ogum é Orixá. Bom, Mal? Divino, Humano?... É Vivo!

Ogum não descansa, nem de dia nem de noite
Ogum forja e solidifica, no fogo e na água, no frio e no calor
Será que se consegue duvidar?

Olha pra frente Filho de Fé
Ogum é Orixá, grita o falangeiro Caboclo de Orixá
Depois de Ifã a Exu Revelar

Ogum é Orixá
Que tem músculos de aço, pulso de ferro e 
ferocidade no olhar 
Que tem como prazer o combate, o atravanque.
Que tem Exu a lhe acompanhar na guerra e no incisar
Que tem seu coração jorrando sangue encobrindo o dia de vermelho

HOJE silencio, Rezo Rogo
Bato minha cabeça
OGUM É MEU ORIXÁ!!!

Por Mãe Mônica Caraccio

A Magia da Pemba


Pode-se afirmar que a Pemba é um instrumento Sagrado da Umbanda, Pois nada se pode fazer com segurança sem os Pontos Riscados por ela. A Pemba é confeccionada em Calcário e modelada em formato ovóide alongado e serve para ao riscar um ponto, estabelecer Ritualisticamente o Contato Vibratório com as Energias Astrais. A Pemba serve também a outras determinações ordenadas pelos Guias, muito utilizada na mistura com outros elementos a fim de promover limpeza áurica no ambiente e nos médiuns durante a abertura dos trabalhos mediúnicos. A Pemba pode ser encontrada nas mais variadas cores, as quais são utilizadaspelas entidades ou pelo sacerdote de acordo com o que se deseja obter. Na antiguidade, os velhos magos, experimentados e tarimbados na magia etéreo-física, preparavam a pemba, numa mistura homogênea de certos elementos minerais e vegetais da Natureza, que depois eram imantadas e consagradas, tornando-se poderosos instrumentos na magia. Hoje, raros são aqueles que conhecem a verdadeira confecção de uma verdadeira Pemba. As que se encontram a venda nas casas do ramo são somente feitas de calcáreo, desprovidas de todos os materiais necessários à sua efetivação magística. Quando um Guia Espiritual, verdadeiramente incorporado pega uma Pemba na mão, esta, imediatamente torna-se imantada e pronta para o uso Magístico; quando acaba de utilizá-la, volta a ser simplesmente um Pemba comum.
Conceitos de Pontos Riscados Para o Umbandista, o ponto riscado é um instrumento precioso para os trabalhos magísticos efetuados pelas entidades espirituais; afinal de contas ele possui um grande significado e valor magístico. Muitos pontos riscados pelas entidades espirituais, são selos, o cartão de visitas, a identificação, o brasão e a bandeira da entidade. É uma espécie de campo de forças onde o instrumento utilizado pelas entidades em seu efetivo campo de trabalho é a Pemba. E esta maneja as forças de sorte a lhe conferir afinidade com a entidade, identificando a quem ela se subordina, bem como os seus domínios ao ser usado para riscar o ponto. Muitos pontos riscados são ordens efetuadas aos elementais da Natureza, bem como às forças cósmicas, formando todo um plano de ação e reação.
Os pontos riscados são verdadeiros códigos registrados e sediados no mundo espiritual. Eles identificam poderes, tipos de atividades e os vínculos iniciáticos das falanges. Quando são traçados sem conhecimento de causa, não projetam sua grafia luminosa e não passam de rabiscos inócuos. Como podemos ver, os pontos riscados são magias, portanto para se utilizar deles é necessário ter os devidos conhecimentos. Riscar um ponto de trás para frente é inverter ou perverter a força da magia. Portanto não basta ver um ponto num livro ou numa apostila para riscá- lo sem o devido conhecimento. O mau uso do ponto riscado pode levar a conseqüências imprevisíveis, comparáveis as de um leigo em assuntos de eletricidade, entrando numa casa de força e pondo-se a manejar as chaves ou embaralhar os fios, com o que acabará por provocar curtos circuitos, incêndios e eletrocussões em si e nos outros. O ponto riscado pode ser usado, dependendo do trabalho ou cerimônia a ser realizada, utilizando Pemba, Fundanga (pólvora), Ervas, Pedras e outros elementos naturais, com o ponteiro na areia, e até mesmo mentalmente, o que requer muita prática. Mas lembre-se: só se utiliza pólvora e Bebida alcoólica aliada a pontos riscados, com autorização superior.
Quanto ao uso da Pemba, estude o sentido e o valor das cores. Só utilize a Pemba Preta aquele que for autorizado para tal. Na Umbanda o mais usual é o trabalho com Pemba Branca, Azul, Verde, Rosa, Laranja, Roxa, Lilás, Amarela, Vermelha, etc. Lembrem mais uma vez, que todo ponto riscado é magia, com toda simbologia de sua grafia e ondas vibratórias. Por exemplo, a suástica como símbolo sagrado, cuja utilização data de tempos imemoriais, símbolo este utilizado até mesmo pelos Papas da religião Católica, teve suas ondas invertidas pelos pseudo-arianos e como símbolo, acobertou e direcionou a Segunda Guerra Mundial. É interessante também observar que, quando um filho de Umbanda se apresenta perturbado dentro de um templo, muitas vezes notamos um Guia Espiritual (ou mesmo um sacerdote gabaritado) cruzar seu corpo com Pemba. Isso representa a Escrita Divina, através da magia para chamar à razão a entidade obsessora, afim de que ela possa conhecer por meio deste traçado cabalístico, o seu erro e abandonar esse filho que até então obsedava, como também riscar um ponto de proteção ao filho. Assim pode-se afirmar sem sombra de dúvidas que sem os pontos riscados nada se poderia fazer com segurança na Umbanda. O que devemos ter cuidado é quando achamos que somente basta riscar setas, ondas, sol, lua, círculos, quadrados, espirais, estrelas (de todas as pontas), raios, etc, que estaremos riscando a Lei de Pemba em sua totalidade.
Ledo engano. Ali esta impresso um grafia geométrica sagrada, funcional para certos aspectos, mas somente uma grafia geométrica (tão bem explanada pela radiônica e pela Cabala Hebraica), mas nunca a Lei de Pemba em sua amplitude. Não basta olharmos um ponto riscado e simplesmente dizermos: Esse Ponto é da vibração de Yansã, Ogum e tem Yemanjá também. Ou mesmo dizer: O Caboclo que riscou o ponto é de Oxossi; tem Xangô e Omulú. Pergunto: Pra que? Por que? O que quer dizer? Que ordem esta emanando? Que forças estão sendo ordenadas e comandadas? Complicado né.
Portanto, não não é seguro riscar Pemba a torto e a direita, achando estar investido de forças celestes, para realizar atos magisticos que você mesmo não é conhecedor.

POR TEMPLO DE UMBANDA CAMINHO DA FÉ

Exu, Jesus e João Caveira - Norberto Peixoto




Codificação e codificador da Umbanda
A Umbanda é uma religião absolutamente aberta que tem inúmeras  diferenças de interpretação, que variam de região para região, de terreiro para terreiro, de sacerdote para sacerdote.
A Umbanda não teve, não tem e nunca terá uma codificação ou um codificador. A Umbanda não tem uma bíblia, um livro sagrado, um poder central ou um "Papa" do saber. A Umbanda não tem uma instituição que prevaleça sobre as demais e que estabeleça normas ou formas de culto que engessem a liberdade ritual de cada terreiro e sacerdote. A unanimidade na Umbanda é "não ter unanimidades."
Especificamente a Umbanda que praticamos em nossa Choupana não é melhor do que qualquer outra prática umbandista dos milhares de terreiros deste Brasil.
Os nossos meios de divulgação - blog, lista de mensagens e canal de vídeos -, democratizando o acesso às nossas palestras, que ocorrem antes das giras, ao estudo sistematizado e as demais preleções ao qual emitimos opiniões e conceitos, baseiam-se em pontos de vistas particularizados em nossas raízes, história e práticas rituais e não objetivam impor doutrinas, verdades, dogmas ou tabus. Temos por motivação atender às inúmeras solicitações que tivemos para que disponibilizássemos estes conteúdos de forma acessível e democrática a todos que são simpáticos aos nossos trabalhos mediúnicos e rito-litúrgicos. Nossa intenção não é e nunca será estabelecer fundamentos que engessem quem quer que seja tolhendo a sagrada liberdade propiciada pela nossa religião.
Cada centro, cada terreiro, tem sua própria raiz, origem e fundamentação e em todos eles a essência do Sagrado vibra igualmente ligando-os com o Divino em conformidade ao modo de entendimento de cada agrupamento de consciências.
Possivelmente, como a maioria dos seus adeptos, entendemos a Umbanda, enquanto religião estruturada , do ponto de vista de vivências rituais individualizadas, pois acreditamos ser impossível a um ser humano vivencia-lá e percebê-la em sua totalidade e plenitude de interpolações teológicas a ponto de emitir opiniões com sentenças pétreas ou códigos definitivos. A Umbanda, pelo fato dos milhares de terreiros existentes que a compõem, serem independentes entre si, se comportando como unidades religiosas autônomas e livres, não é doutrinariamente padronizada na Terra e cremos que nunca o será por vontade do Pai.
Procuramos somente atender os anseios da comunidade que simpatiza conosco, assim como acontece de uma ou outra maneira com todos os demais terreiros, seus dirigentes e agrupamentos de médiuns.
Não damos cursos pagos, não formamos sacerdotes e os nossos eventos de estudo não emitem quaisquer certificados ou imputa fundamentos à Umbanda.
Respeitamos incondicionalmente a mediunidade e as diferenças de interpretações do Sagrado emitidas por todas as lideranças umbandistas da atualidade.
Preconizamos uma Umbanda com o Cristo-Jesus, ética, que preserva a natureza, incentiva a vida, respeita as diferenças, não objetiva quaisquer ganhos pessoais ou de instituições e fomenta o respeito, a concórdia, o amor e a fraternidade em favor da coletividade.

Choupana do Caboclo Pery
Grupo Umbandista Triângulo da Fraternidade
Fundado em 1992


Exu e o Médium


Muitas vezes, ele funciona como um espelho, refletindo em seu comportamento os defeitos e qualidades de seu médium. Não estamos falando aqui de mistificação nem animismo e sim de um comportamento em que pela convivência um exterioriza qualidades e defeitos do outro. Apesar de Exu ter opinião própria, e manifesta em linguagem simples e direta de forma que todos entendam. É ele a entidade mais próxima a nossa realidade e anseios materiais. Quando o médium começa a se desenvolver costuma ouvir que há a necessidade de doutrinar seu Exu. É natural que o médium não tenha doutrina no inicio de sua jornada espiritual e Exu exterioriza isso em seu comportamento, após boa doutrinação da entidade veremos a necessidade de doutrina também para o médium que acaba de chegar na casa. Durante o desenvolvimento mediúnico é ainda natural que o Exu se apresente pedindo sua oferenda, pois sua força é potencializadora e vitalizadora da mediunidade.
Este mesmo médium que está iniciando na Umbanda encontra todo um universo novo aos seus olhos e Exu costuma ser algo intrigante e fascinante ao mesmo tempo; quando não uma entidade, força, que assusta um pouco os que não o conhecem.
A questão é: Enquanto o médium estiver preocupado com a doutrina de “seu” exu estará também doutrinando-se, subconscientemente!
Devemos, sim, estar atentos quando nos deparamos com entidades de esquerda sem doutrina, muitas vezes estão chamando nossa atenção a seu médium para que tomemos uma atitude doutrinária em relação a ambos.
Tudo isso é bem diferente de um obsessor ou quiumba, trazido por transporte, que normalmente tem comportamento rude e agressivo. Falamos aqui do Exu de lei que acompanha o médium como entidade de trabalho na esquerda.
Não devemos subestimar exu, achando que é entidade sem luz desprovida de evolução, observando apenas um aspecto externo e superficial, pois quando vamos com a farinha ele já voltou com a farofa, devemos sim ficar atentos com o que nos dizem nas entrelinhas ou o que querem nos passar, quando não podem ou não se sentem a vontade para revelar.
Quanto ao que pode revelar, pergunte a ele sobre seu médium e o comportamento do mesmo e verá que Exu é o primeiro a apontar os defeitos de seu “cavalo” e isto está ainda dentro da qualidade especular de Exu.
No desenvolvimento mediúnico é ele um elemento de muita importância, pois dá força e potencializa as faculdades mediúnicas, não é difícil encontrarmos exu pedindo para ser oferendado logo no inicio da vida mediúnica.
Em uma casa de luz, em um terreiro de umbanda de fato, exu não aceitará trabalhos de ordem negativa a favor de futilidades ou egoísmos. Veremos exu trabalhando com seriedade e em sintonia com as entidades da direita, ou seja não virá em terra para contrariar todo um trabalho de doutrina realizado por caboclos e pretos velhos. Encontraremos até exus dando consultas, limpando e descarregando consulentes, fazendo desobsessão e outras coisas mais dentro do mesmo objetivo e até dando bons conselhos aos que a ele procuram.
Por tudo isso somos gratos a Exu e Pombagira por trabalharem conosco a favor da luz, e afirmamos muito do que se fala de Exu e pomba-gira ligado a magia negativa, nós desconhecemos, sabemos que muitos tentam se passar por Exu, mas aí já não é mais Umbanda.
Umbanda acima de tudo é Amor e Caridade, Exu não deve vir em terra para dar o contra no trabalho de direita.


Matéria extraída do JUS – JORNAL DE UMBANDA SAGRADA

Papa Francisco Primeiro. Que você tenha toda força 

espiritual, que Deus, os orixás e as entidades estejam te 

apoiando. Nós da Tenda Espírita Pai Cipriano desejamos um 

reinado de Paz, sabedoria e de muita Luz á todos nós!

Falando FRANCAMENTE




E A RESPEITO DA MISTIFICAÇÃO?
A mistificação é um risco permanente na vida de qualquer médium. Ninguém está totalmente livre do risco de ser enganado. Essa possibilidade sempre existe.
SABEMOS QUE EXISTEM VÁRIOS FATORES QUE FAVORECEM A MISTIFICAÇÃO. QUAL O MAIS COMUM?
A vaidade. São poucos os médiuns que escapam dessa mazela. Estou me referindo à vaidade que diz respeito à mediunidade. Basta uma mensagem psicografada ou um livro escrito para o médium perder o contato com sua necessidade de aprimoramento intimo. Passa a gostar que lhe sejam feitos elogios, sente-se no intimo como um missionário adota certos rituais para impressionar, etc. Esse comportamento facilita a mistificação.
CASO O DIRIGENTE DE UMA REUNIÃO MEDIÚNICA IDENTIFIQUE UM ESPIRITO MISTIFICADOR, QUAL DEVERÁ SER O PROCEDIMENTO EM RELAÇÃO AO MÉDIUM  ELE DEVERÁ SER CONVIDADO A SE RETIRAR DO GRUPO?
Seria o mesmo que impedir o doente de ter acesso ao médico. Definitivamente esse não deverá ser o procedimento, até porque o grupo em si, também é responsável pela infiltração de espíritos enganadores nas reuniões. Que o grupo se reúna e discuta o problema. Não em termos de encontrar culpados, mas sim para estreitar os laços de amizade no grupo e para solucionar essas ocorrências. Volto a afirmar o que já disse: amizade união e sinceridade criam naturalmente barreiras de proteção durante essas reuniões.
MAS, O MÉDIUM, QUE FOI MISTIFICADO, SINTONIZOU COM AS TREVAS. NÃO SERIA DEVER DO DIRIGENTE AFASTÁ-LO? AFINAL, ELE NÃO PODERIA PERTURBAR O AMBIENTE DA REUNIÃO NESSAS CONDIÇÕES?
O problema é que sempre acham que Jesus lhes concedeu o poder de separar o joio do trigo. Quem pode garantir que não será o dirigente que, intuído pelas trevas, quer cortar o médium da atividade para dar demonstração de seu poder? É preciso rever os conceitos. Quase sempre , quando há uma falha, a atitude é de tentar punir.
O médium foi enganado pelo espírito. Como punição, ele é suspenso da reunião? O médium falta em uma reunião.
Como punição deve cumprir suspensão automática?
O orador se equivoca em um apontamento. Como punição deve ser impedido de continuar divulgando a doutrina?
Meus irmãos, a proposta é auxiliar, não é punir. Erros fazem parte da caminhada. Um tropeço por parte do médium não pode anular os seus acertos. Sejam menos rigorosos e mais caridosos, aprendam a compreender, sem serem coniventes com o erro.


Retirado do livro “FALANDO FRANCAMENTE – Um novo olhar sobre as vivências mediúnicas” pelo espírito Klaus através do médium Agnaldo Paviani



Umbanda funciona mesmo?


Constantemente me perguntam se a ‘‘Umbanda funciona mesmo” e eu, mesmo impressionada com tamanha manifestação de oportunismo e ignorância, respondo que SIM, desde que se trabalhe para isso, afinal nem nosso intestino funciona sem que haja hábitos saudáveis e contínuos. Umbanda funciona, assim como todas as outras religiões, no entanto é importante que haja algo que impulsione que faça acontecer, e esse algo é a FÉ. Fé no sentido da esperança, da compreensão e da paciência. Esses são os pontos fundamentais para que a ‘’Umbanda Funcione’’ em nossas vidas. Esses são os ensinamentos que os Guias Espirituais tentam, incansavelmente, passar para nós em suas sábias palavras.
Sei que muitas pessoas chegam na Umbanda em busca de Milagres, no entanto é importante ficar bem claro que o Milagre só acontece se houver essas três características mencionadas acima. Os próprios Milagres de Jesus não eram espetáculos teatrais e não aconteciam deliberadamente. Jesus exigia que ao buscar o Milagre a pessoa tivesse Fé, exigia a decisão sincera, e mais, requeria a propagação dessa Fé, pois os Milagres aconteciam para que fossem pronunciados aos quatros cantos envolvendo o maior número de pessoas e estimulando mais ainda a esperança e o amor. Jesus também esperava que seus discípulos fizessem milagres, os censurou, os ensinou e os estimulou dizendo: ‘’pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: Transporta-te daqui para lá, e ela irá; ‘’ Mateus 17,20.
Jesus não fez milagres para provar sua divindade e sua morte foi prova disso; ele fez milagres para provar que era filho de Deus onipotente, onisciente e onipresente e que tudo podia naquele que o fortalecia. Exatamente o que somos como também filhos de Deus, e o que podemos como irmãos de Jesus. Sabendo então que a Umbanda é uma religião cristã, pois segue os ensinamentos e os mandamentos de Cristo, fica claro que para a Umbanda funcionar e realizar milagres é preciso que seus adeptos tenham a Fé sincera e que a propaguem.
Portanto, não adianta estar na Umbanda se não senti-la pulsar em seu coração, não adianta querer sem primeiro Dar, não adianta frequentar se não aceitar, se não cultivar, se não trabalhar seu interno, se não fizer força contínua para melhorar, mesmo porque não se abre uma porta sem que antes se tenha feito força para girar a maçaneta. E, aproveitando o exemplo do intestino, vale comentar que se para ele funcionar bem é preciso fazer atividades físicas, consumir líquidos, comer fibras, entre outros cuidados, imagine para resolver sua vida...... Com certeza é preciso MUITO TRABALHO E FÉ. “Então fica o convite: quer ver a ‘‘Umbanda Funcionar”?  Então venha disposto a TRABALHAR!

Por Mãe Mônica Caraccio