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Quadra 1, lote 1, Residencial Don Bosco, Cidade Ocidental. Veja como como chegar aqui.

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo...
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependimento
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar que por decreto da esperança
a partir de Janeiro as coisas mudem e seja claridade,
recompensa, justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem que merecê-lo, tem de fazê-lo novo.

Eu sei que não é fácil mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.

Um maravilhoso Ano Novo para você!

Prefeitura apela aos espíritos para evitar chuva no réveillon do Rio

O cacique tem uma frase sábia. Ele nos disse que nós não podemos ajudar os homens de maneira permanente, se fizermos por eles, aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios"
Osmar Santos, assessor da Fundação Cacique Cobra Coral

No que depender das forças do além, a chuva não vai atrapalhar a queima de fogos no réveillon da praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. A médium Adelaide Scritori, presidente da Fundação Cacique Cobra Coral, promete recorrer aos espíritos para garantir o tempo bom na noite do dia 31.

Segundo a assessoria de imprensa da fundação, mesmo com o contrato suspenso com a Prefeitura do Rio, o prefeito Eduardo Paes pediu a médium que ela montasse um "quartel general" na Avenida Atlântica para concentrar os trabalhos e as orações para São Pedro. A entidade afirma que o espírito do Cacique Cobra Coral já teria sido de Galileu Galilei e Abraham Lincoln.

A Fundação explicou que o contrato com a Prefeitura do Rio foi suspenso no final de outubro, quando a Secretaria municipal de Obras e a Geo-Rio deveriam enviar relatórios com as obras realizadas e planejadas para conter os problemas climáticos, como chuvas e enchentes.

Ainda de acordo com a Fundação Cobra Coral, o material só foi entregue no último dia 23 de dezembro e será analisado pelos técnicos da entidade espírita no início de janeiro.
saiba mais

* Comissão cancela convite a entidade esotérica para explicar apagão
* Fundação que diz prever e controlar tempo rompe convênio com Prefeitura
* Rio tem verão mais seco que normal, diz Inmet

Secretaria diz que contrato está vigente até 2013
A Secretaria Municipal de Obras informou que o contrato com a fundação ainda está vigente até 25 de março de 2013, conforme publicado no Diário Oficial do município em 29 de março de 2010.

O assessor da entidade, Osmar Santos, explica que a Fundação Cacique Cobra Coral só renova os contratos mediante a apresentação do cronograma de obras.

“O cacique tem uma frase sábia. Ele nos disse que nós não podemos ajudar os homens de maneira permanente, se fizermos por eles, aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios. Mas creio que o contrato será renovado até porque ficamos satisfeitos com a instalação do radar meteorológico”, argumentou o assessor.
Desde o show do Roberto Carlos estamos com essa operação para manter o tempo bom. Recebemos pedidos de Nova York e da Europa para viajarmos e orarmos para acabar com a nevasca, mas optamos em atender aos pedidos dos cariocas e turistas que vem ao Rio.
Osmar Santos, assessor da Fundação Cacique Cobra Coral

Contrato com o governo pode ser suspenso
O contrato da fundação com o governo do Rio também pode ser suspenso a qualquer momento. A assessoria da entidade revelou que o prazo para a entrega dos relatórios de obras venceu na segunda-feira (27). Segundo a organização, os convênios e contratos com prefeituras e governos não tem custos.

Segundo Osmar Santos, a médium que recebe as mensagens do cacique Cobra Coral deixou de passar o réveillon no Sul da França para orar pelo tempo bom no Rio.

“Desde o show do Roberto Carlos estamos com essa operação para manter o tempo bom. Recebemos pedidos de Nova York e da Europa para viajarmos e orarmos para acabar com a nevasca, mas optamos em atender aos pedidos dos cariocas e turistas que vem ao Rio. Nesse caso, vamos pedir que a chuva não caia no Rio e chegue às regiões mais necessitadas e vítimas da seca”, ressaltou o assessor.
Fonte: http://g1.globo.com/especiais/virada-de-ano-2010-2011/noticia/2010/12/prefeitura-apela-aos-espiritos-para-evitar-chuva-no-reveillon-do-rio.html

Agradecimentos

Olá pessoal,

Depois de um bom tempo sem atualização estou de volta, esse final de ano foi um pouco complicado, o movimento no shopping foi bem intenso e não estava tendo tempo para atualizar mais agora estou de volta.

Gostaria de agradecer a todos que contribuíram com o blog e com a nossa Tenda nesse ano que passou, tivemos 1712 atendimentos na Tenda e um numero muito grande de visitas no blog. Precisamos da contribuição de todos para que possamos construir a nossa nova Tenda com um espaço muito maior e com novas novidades.

Vou deixar o numero da nossa conta para quem quiser fazer uma contribuição para a construção do nosso novo espaço.


Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 0643
Operação: 013
Conta Poupança: 7785-0
Nome: Vera Lucia da Silva

O Verdadeiro Umbandista

“Ser um verdadeiro umbandista é, acima de tudo, amar o Criador e todas as coisas que foram criadas por Ele. É amar a Terra, o vento, o rio, o fogo, o mar, as montanhas, as plantas e as criaturas viventes. É amar a criatura humana, símbolo da perfeição de toda sua obra; Ser um verdadeiro umbandista é colocar-se à disposição dos Guias Espirituais da Umbanda na prática da Caridade, expressão maior do amor. É saber ouvir os bons conselhos dos Pretos Velhos; é ser intrépido e valente como os Caboclos; é permanecer doce e gentil como as Crianças; é ser flexível e corajoso como os Marinheiros; é ser um bom combatente e audacioso como os Boiadeiros; ser manso e sereno como os Ciganos; é ser divertido e alegre como os Baianos (tal como o Mestre Zé Pelintra). Ser um bom guardião das coisas santas como o incompreendido Exu;

Ser um verdadeiro umbandista é honrar os Sagrados Orixás, tenham eles os nomes que tiverem, sejam eles regentes dos pontos de força em que estiverem entronizados, sejam eles conhecidos ou ainda velados. É saber solicitar-lhes o socorro no cumprimento do dever; é pedir-lhes ajuda quando necessário; é entender o seu correto campo de ação;

Ser um verdadeiro umbandista é prestar a caridade da forma como puder realizar, independente do rótulo, mas sempre com amor, inteireza de coração e humildade. É estar sempre solícito aos apelos dos necessitados, nunca esperando nada em troca. Nunca aguardando qualquer forma de retribuição, seja material ou espiritual. É estender a mão ao caído, mas sem exigir dele o pagamento do socorro;

Ser um verdadeiro umbandista é amar o irmão de fé, compreendendo suas fraquezas e limitações, sem jamais apontar-lhe o dedo acusador com a intenção de empurrá-lo ao precipício. É não tomar-se altivo, soberbo e poderoso perante os ignorantes e pequenos. É calar-se diante da injúria ou da calúnia, e não revoltar-se preparando-se para a guerra armada;

Ser um verdadeiro umbandista é respeitar a autoridade espiritual que lhe foi apresentada pêlos Guias, na pessoa do Chefe de Terreiro. É entender que ele também é passível de erros e tropeços, e nunca pode ser visto como infalível. É aceitar as suas correções e orientações, ainda que na vida comum ele peque naquilo que orientou melhor os seus filhos de fé. É fazer sempre o melhor para agradar ao seu chefe, sabendo que está fazendo não para ele, mas para o seu Guia Espiritual que o conduziu até aquela pessoa;

Ser um verdadeiro umbandista é dar o carinho necessário aos filhos de fé. Não é espancar com palavras ou com a mão, mas é corrigir com afabilidade e temperança. É estar na condução de uma corrente, exercitando a paciência, a abnegação, o amor ao próximo e, sobretudo, a humildade. É não fazer distinção de filhos pobres ou ricos, de feios ou bonitos, de inteligentes ou ignorantes, de pretos ou brancos. É abraçar a todos os filhos sem preferir aos mais achegados, mas é buscar aquele que está longe, afastado, retraído, assustado.

Ser um verdadeiro umbandista é não jogar pedras no telhado da casa vizinha. É respeitar o Guia que toma conta dela; é respeitar as Entidades que ali descem de vez em quando; é amar os irmãos que residem naquela mansão ou naquele casebre; é ajudar a levantar uma parede caída, ou um alicerce abalado. É não jogar lama na parede caiada utilizando palavras mesquinhas e cheias de rancor ou inveja.

“Ser um verdadeiro umbandista é apenas seguir o exemplo do Mestre Jesus.”

Júlio Cezar Gomes Pinto

Salve Mamãe Oxum

DEUSA DOS RIOS, FONTES E REGATOS

Fecundidade e fertilidade são por extensão, abundância e fartura e num sentido mais amplo, a fertilidade irá atuar no campo das idéias, despertando a criatividade do ser humano, que possibilitará o seu desenvolvimento. Oxum é o orixá da riqueza - dona do ouro, fruto das entranhas da terra. É alegre, risonha, cheia de dengos, inteligente, mulher-menina que brinca de boneca, e mulher-sábia, generosa e compassiva, nunca se enfurecendo. Elegante, cheia de jóias, é a rainha que nada recusa, tudo dá. Tem o título de iyalodê entre os povos iorubá: aquela que comanda as mulheres na cidade, arbitra litígios e é responsável pela boa ordem na feira.
Oxum tem a ela ligado o conceito de fertilidade, e é a ela que se dirigem as mulheres que querem engravidar, sendo sua a responsabilidade de zelar tanto pelos fetos em gestação até o momento do parto, onde Iemanjá ampara a cabeça da criança e a entrega aos seus Pais e Mães de cabeça. Oxum continua ainda zelando pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar.
É o orixá do amor, Oxum é doçura sedutora. Todos querem obter seus favores, provar do seu mel, seu encanto e para tanto lhe agradam oferecendo perfumes e belos artefatos, tudo para satisfazer sua vaidade. Na mitologia dos orixás ela se apresenta com características específicas, que a tornam bastante popular nos cultos de origem negra e também nas manifestações artísticas sobre essa religiosidade. O orixá da beleza usa toda sua astúcia e charme extraordinário para conquistar os prazeres da vida e realizar proezas diversas. Amante da fortuna, do esplendor e do poder, Oxum não mede esforços para alcançar seus objetivos, ainda que através de atos extremos contra quem está em seu caminho. Ela lança mão de seu dom sedutor para satisfazer a ambição de ser a mais rica e a mais reverenciada. Seu maior desejo, no entanto é ser amada, o que a faz correr grandes riscos, assumindo tarefas difíceis pelo bem da coletividade. Em suas aventuras, este orixá é tanto uma brava guerreira, pronta para qualquer confronto, como a frágil e sensual ninfa amorosa. Determinação, malícia para ludibriar os inimigos, ternura para com seus queridos, Oxum é, sobretudo a deusa do amor.


Eu vi mamãe oxum na cachoeira
Sentada na beira do rio
Colhendo lírio lirulê
Colhendo lírio lirulá
Colhendo lírio
Pra enfeitar o seu congá
Ê areia do mar que o céu serena
Ê areia do mar que o céu serenou
Na areia do mar mar é areia
Maré cheia ê mar marejou



Um Diálogo entre Exu e Oxalá

O céu e a terra fundiam-se no horizonte distante, parecendo uma coisa só, como se não houvesse separação entre o mundo espiritual e o material, a consciência individual e a cósmica.

Sentado sobre uma pedra em uma enorme montanha, de cabeça baixa e olhos apenas entreabertos, Exu observava o fenômeno da natureza e refletia sobre o seu interminável trabalho.

Como é difícil a humanidade – pensou em certo momento – parece nunca estar satisfeita, está sempre querendo mais e, em sua essência egoísta desarmoniza tudo, tudo... Tudo que era para ser tão simples acaba tão complicado.

Com os olhos habituados a enxergar na escuridão e na distância, Exu observou cada canto daqueles arredores. Viu pessoas destruindo a si mesmas através de vícios variados, viu maldades premeditadas e outras praticadas como se fossem atos da mais perfeita normalidade. Viu injustiças, principalmente contra os mais fracos e indefesos. Com seus ouvidos, também atentos a tudo, ouviu mentiras, palavras de maledicência, gritos de ódio e sussurros de traição.

Exu suspirou.

Serei eu o diabo da humanidade? – pensou ironicamente, ao lembrar o quanto era associado à figura do demônio. Passou horas observando coisas que estava habituado a ver todos os dias: mentiras, fraudes, corrupção, traições, inveja, e uma gama enorme de sentimentos negativos.

Foi quando estava imerso nesses pensamentos que Exu ouviu uma voz ao seu lado, dizendo naquele tom austero, porém complacente:

Laroyê, Senhor Falante.

Exu ergueu os olhos e vislumbrou a figura altiva de Oxalá.

Èpa Bàbá – respondeu Exu, fazendo um pequeno movimento com a cabeça, em sinal de respeito.

Noto que está pensativo, amigo Exu – falou Oxalá.

Exu respirou fundo, contemplou novamente o horizonte e respondeu:

Trabalhamos tanto... e incansavelmente, mas os homens parecem não valorizar nosso esforço.

Oxalá moveu os lábios para dizer algo, mas antes que isso acontecesse, Exu, como que prevendo o que seria dito, continuou:

Não falo em tom de reclamação, sou um trabalhador incansável e o amigo sabe disso. É com prazer que levo o que tem ser levado e retiro o que deve ser retirado. É com satisfação que abro ou fecho os caminhos, de acordo com a necessidade de cada um, é com resignação que acolho sobre minhas costas largas a culpa do mal que muitos espíritos encarnados e desencarnados fazem, não reclamo do meu trabalho. Sou Exu, para mim não existe frio ou calor, cansaço ou preguiça, existe apenas a necessidade de cumprir a tarefa para qual fui designado.

Se mostra tão resignado e, no entanto, parece que deixa-se abater pelo desânimo – comentou Oxalá, apoiando-se em seu paxorô.

Exu soltou uma gargalhada, ao que Oxalá deu um leve sorriso, com um movimento quase imperceptível no canto direito dos lábios.

Não sou resignado nem tampouco estou desanimado – falou Exu – estou pensativo sobre pouca inteligência dos homens. Veja só: como responsável pela aplicação da Lei Cármica observo muita coisa. Observo não apenas o sofrimento que alguns homens impõem a si mesmos, mas vejo também as incessantes oportunidades que o Universo dá a cada um dos seres que habitam a Terra. O aprendizado que tanto precisam lhes é dado por bem, mas quase nunca enxergam pelo amor, então lhes é dada a oportunidade de aprender pela dor, mas geralmente só lembram a lição enquanto a dor está a alfinetar sua carne. Com o alívio vem o esquecimento e todos os erros e vícios voltam a aflorar.

Oxalá fez menção de dizer algo, mas com o dedo em riste entre os lábios, novamente Exu o impediu de falar.

Ouça – disse Exu, colocando a mão em concha na orelha, como se ele e Oxalá precisassem disso para ouvir melhor. E ambos ouviram o som que vinha da Terra. O som da inveja, dos maus sentimentos, da maledicência, da promiscuidade, da ganância. Exu deu outra gargalhada e disse:

Percebe? Temos trabalho por muitos séculos ainda.

E isso não é bom? – perguntou Oxalá, que dessa vez não deixou Exu responder e continuou:

Pobres homens, ignorantes da própria grandeza espiritual e da simplicidade do Universo. Se não desconhecessem tanto o funcionamento das coisas, seriam mais felizes.

Não estão preocupados em discernir o bem do mal – resmungou Exu.

E você está, Senhor Falante? – tornou Oxalá.

Mais uma vez Exu gargalhou.

Para mim não existe o bem ou o mal. Existe o justo, bem sabe disso.

Então por que tenta exigir esse discernimento dos pobres homens?

Eu conheço os caminhos – respondeu Exu um tanto irritado – para mim não existem obstáculos, todos os caminhos se abrem em encruzilhadas. Para mim as portas nunca se fecham e as correntes nunca prendem. Conheço o sutil mistério que separa aquilo que chamam de bem daquilo que chamam de mal. Não sou maniqueísta, não sou benevolente, pois não dou a quem não merece, mas também não sou cruel, pois sempre ajo dentro da Lei. Os homens, coitados, acreditam na visão simplista do bem e do mal, como se todo o Universo, em sua “complexa simplicidade” se resumisse apenas entre o bem e o mal.

Pobres homens – repetiu Oxalá.

Pobres homens – concordou Exu – mesmo olhando o Universo de uma forma tão simplista, dividido apenas entre bem e mal, acabam sempre demonizando tudo, achando que o mal é o melhor caminho para conseguir o que desejam ou então acreditam que são eternas vítimas do mal. E o que é pior, quase sempre eu é que sou o culpado.

Mas é você o responsável pelo mal? – perguntou Oxalá, admirando o horizonte.

Sou justo, apenas isso – respondeu Exu.

Não seria a justiça uma prerrogativa de Xangô? – tornou o maior dos orixás.
Exu olhou fundo nos olhos de Oxalá e respondeu:

Estou a serviço do Universo, de cada uma das forças que o compõe, inclusive do Senhor da Justiça.

Isso significa que trabalha em harmonia com o Universo, caro Exu?

Imaginei que soubesse disso – respondeu Exu, irônico como sempre.

Acho que sempre soube. Quando observo o horizonte e vejo o céu fundindo-se à Terra, percebo o quanto o material pode estar ligado ao espiritual. Mas também lembro que o sol vai raiar e acredito que apesar de todas as dificuldades que os próprios homens criam, é possível acender a chama da fé em seus corações. Percebo o quanto eles são falhos, mas percebo também o quanto são frágeis e precisam de nós – e nesse momento pousou a mão sobre o ombro de Exu – sejam dos que trabalham na luz ou na escuridão, pois tudo faz parte do Uno e se inter-relacionam. O mesmo homem que hoje está nas profundezas mais abissais, amanhã pode ser o mensageiro da luz.

Exu olhou para os olhos de Oxalá, como se não estivesse concordando, mas dessa vez foi Oxalá quem não deixou que o outro falasse, prosseguindo com sua narrativa:

Se não fossem os valorosos guardiões que trabalham nas regiões trevosas, dificilmente os que ali sofrem um dia alcançariam o benefício da luz. Se houvesse apenas a luz, não haveria o aprendizado, que tem como ponto de partida o desconhecimento, as trevas. O Universo tão simples é ao mesmo tempo tão inteligente, que mesmo nós, que observamos os homens a uma distância grande, às vezes nos surpreendemos com sua magnitude. Os homens são frutos que precisam amadurecer e você, amigo Exu, é a estufa que os aquece até o ponto certo da maturação e eu sou a mão que os colhe como frutos amadurecidos.

Quem diria que trabalhamos em harmonia? – disse Exu em meio a um sorriso – acreditam que vivemos a digladiar quando na verdade trabalhamos em busca de um mesmo objetivo: o aprimoramento da raça humana.

Oxalá só não soltou uma gargalhada porque não era esse seu hábito (e sim o de Exu), mas disse sem conseguir esconder o contentamento:

Então, companheiro Exu, não temos porque lamentar. A ignorância em que vivem os homens é sinal de que ainda temos trabalho a realizar. A pouca sabedoria que possuem significa que ainda estão muito próximos ao ponto de partida e cabe a nós, não importa se chamados de “direita” ou “esquerda”, auxiliá-los em sua caminhada, que é muito longa ainda. Apenas contemplar as mazelas dos corações humanos não irá auxiliá-los em nada. Sou a luz que guia os olhos da humanidade e você é o movimento que não a deixa estática. Se pararmos por um segundo sequer, atrasaremos em séculos e séculos o progresso da raça humana, que tanto depende de nós.

Nesse momento o sol começou a raiar timidamente no horizonte, separando o céu e a Terra. Exu levantou-se da sua pedra e se pôs a caminhar montanha abaixo.

Aonde vai, Senhor Falante? – perguntou Oxalá, como se não soubesse.

Vou trabalhar, Senhor dos Orixás – respondeu Exu gargalhando novamente – Esqueceu que sou um trabalhador incansável e que trabalho em harmonia com o Universo, mesmo que ele me imponha a luz do sol?

Oxalá não respondeu, mas esboçou um sorriso tímido. Assim trabalhava o Universo: sempre em harmonia. Os homens, mesmo ainda presos a tantos conceitos primários, trilhavam os primeiros passos em direção ao progresso, pois não estavam órfãos de seus orixás e protetores.



Pelo Templo Tião D'angola e Boiadeiro Sete Porteiras.

Importância do sinal da Cruz

Sempre que possível, além de abençoar, faça o sinal da cruz na testa
de seu filho, marido, sobrinho etc.
Precisamos muito da presença de Deus, para nos livrar de todos os males.

O SINAL DA CRUZ

(†)-Pelo sinal da Santa Cruz, (†) livrai-nos Deus, Nosso
Senhor, (†) dos nossos inimigos, (†) em nome do Pai, do Filho
e do Espírito Santo. Amém.
Quantas pessoas fazem o Sinal da Cruz, ou como se
costuma dizer, o “Pelo Sinal” antes das orações, ou pelo menos
uma vez ao dia?
A impressão que temos é que o número é bastante
reduzido, especialmente entre os mais jovens.
A maioria faz, e às vezes de modo displicente, como um
salamaleque, o “Em nome do Pai”, ficando apenas no gesto,
sem invocar a Santíssima Trindade.
O Sinal da Cruz é uma oração importante que deve ser
rezada logo que acordamos, como a nossa primeira oração,
para que Deus, pelos méritos da Cruz de Seu Divino Filho, nos proteja
durante todo o dia.
Com este Sinal, que é o sinal do cristão, nós pedimos
proteção contra os nossos inimigos.
Que inimigos?
Todos aqueles que atentem contra a nossa pessoa, para
nos causar tanto males físicos, quanto espirituais.
O Sinal da Cruz, feito antes de iniciarmos as nossas
orações, nos predispõe a bem rezar.

† Pelo sinal da Santa Cruz: ao traçarmos a primeira cruz
em nossa testa, nós estamos pedindo a Deus que proteja
a nossa mente dos maus pensamentos, das ideologias malsãs e das
heresias, que tanto nos tentam nos dias de
hoje e mantendo a nossa inteligência alerta contra todos os embustes e
ciladas do demônio;

† Livrai-nos Deus, Nosso Senhor: com esta segunda cruz
sobre os lábios, estamos pedindo para que de nossa
boca só saiam palavras de louvor: louvor a Deus, louvor aos Seus
Santos e aos Seus Anjos; de agradecimento
a Deus, pois tudo o que somos e temos são frutos da Sua misericórdia e
do Seu amor e não dos nossos méritos;
que as nossas palavras jamais sejam ditas para ofender o nosso irmão.

† Dos nossos inimigos – esta terceira cruz tem como
objetivo proteger o nosso coração contra os maus
sentimentos: contra o ódio, a vaidade, a inveja, a luxúria e outros
vícios; fazer dele uma fonte inesgotável
de amor a Deus, a nós mesmos e ao nosso próximo; um coração doce, como
o de Maria e manso e humilde
como o de Jesus.

Padre Marcelo Rossi

Com a colaboração de Manuela Vieira

Toques do Preto–Velho

Os espíritos trabalhadores, designados de pretos velhos, nos repassam constantemente uma lógica que infelizmente, nós encarnados ainda estamos demorando em aplicar. Dizem eles, com sua maneira peculiar e simples de expressão, que no “mundo dos mortos” não existe raça, cor ou credo que diferencie as almas ou crie fronteiras, o que existe é o homem de bem e o homem que desaprendeu de ser bom. Baseado nisso, nos falam das lágrimas que insistem em cair de seus olhos, pela arrogância dos homens e de suas religiões que acabam se distanciando de Deus, pela pretensão de se adonar d’Ele, impondo a “sua” verdade. As religiões ou os credos em geral, ainda existem por necessidade de nossos espíritos que se diferenciam na escala evolutiva, encontrando dentro de cada uma delas a melhor adaptação de “religar-se” ao Criador. O que fica desvalorizado aos olhos da Espiritualidade Superior é o combate que se trava entre os homens por questões religiosas como se vivessem em eterna disputa, chegando ao absurdo das ditas “guerras santas”. Por enquanto a humanidade percorre vários caminhos em busca dessa verdade, mas chegará o dia em que o Universalismo será pleno, então haverá um só rebanho para um só pastor. E como acontece no “andar de cima”, formaremos uma única corrente de trabalho, auxiliando a quem necessita, mostrando que a ferramenta mediunidade tem um só objetivo: - a caridade! Fora isso, tudo o mais fica por conta de nosso Ego.

Abaixo vão alguns ensinamentos "toques" trazidos por um destes queridos amigos espirituais:

Lá nos planos sutis, aonde vocês muitas vezes vão quando dormem, mas ao acordarem não se lembram, existe uma grande família espiritual a lhes esperar, velar e torcer por vocês. Quebrem a barreira vibracional com sentimentos e pensamentos elevados, levando seus corações até eles. Mate a saudade espiritual que existe dentro do seu peito. Deixe a intuição fluir. Os guias espirituais não são mestres intocáveis que vocês devem reverenciar, mas sim, são amigos de jornadas. Conheça-os, converse com eles, trabalhem juntos, mas sorriam e brinquem juntos também. Eles estão te esperando.

Mediunidade é coisa importante e séria, mas não diviniza nem inferioriza ninguém. Vocês sabem disso. Tem gente que pensa que ser grande médium é praticar fenômenos para “incrédulo ver”. Outros pensam que é se vestir todo com uma fantasia, “virar os olhos” e “rebolar” bastante. Não! Mediunidade é você trabalhar em parceria com os amigos do lado de cá para o bem de todos, apenas isso. Vocês complicam muito as coisas. Na verdade tudo é muito simples. Pense na manifestação das criancinhas durante um processo mediúnico. Existe algo mais simples e belo do que isso?

Parem de julgar a manifestação mediúnica ou a experiência do outro. Você pode até não concordar, mas caso para ele faça sentido, deixe. É dele! Isso lembra muito a postura daquele que não consegue fazer melhor e por isso mesmo vive a criticar e apontar o defeito dos outros. As experiências espirituais muitas vezes são de foro íntimo, cada um busca a sua. E cada um fique feliz com a sua! Aprendam também que a dedicação e o estudo ajudam muito. Mas o que realmente conta é o seu dia-a-dia, como pessoa comum, passando pelo crivo do grande mestre que é a vida. Não adianta nada estudar muito e praticar pouco, principalmente em relação a humildade, tolerancia e amor.

Fazer caridade é muito bom. Se alem disso buscam esclarecer as pessoas, melhor ainda. Tem gente que acha que doando uma cesta básica de Natal ao desencarnar será “salvo”. Outros ainda se acham muito especiais e caridosos, verdadeiros missionários. Não caiam nessa bobagem. Saibam que, em verdade, ao auxiliar os outros vocês ajudam a si próprios. E quando fizer a caridade, também não apenas dê o peixe, ensine as pessoas a pescarem. “Caridade de consolação” ergue a pessoa, mas depois que ela já está de pé, está na hora de ensiná-la a andar, com a “caridade de esclarecimento”. Pensem nisso! Caridade faça sempre que surgir a oportunidade de auxiliar o irmão. Esclarecimento leve a todos os lugares, fazendo a sua aura brilhar e contagiando as pessoas com alegria e vontade de viver.

Trabalho em grupo é coisa séria, deve haver amizade, alegria, mas não é reunião social. Os guias escutam os seus pensamentos e não estão nada interessados em suas preferências físicas, nem em suas “paqueras” dentro do grupo, nem dão importância a isso. Tão pouco são cúmplices das fofocas, guerras de vaidade e ciúmes que existem dentro do mesmo. Um trabalho espiritual em grupo é uma benção e oportunidade única de evolução, tanto de encarnados como desencarnados. Aproveitem bem! Existe um montão de mestres esperando por vocês desse lado, mas muitas vezes eles não conseguem lhes amparar, afinal vocês não param de pensar no “vizinho”, ou como a vida é difícil e injusta com vocês…

Os Orixás, os Mestres, os Anjos, os Devas, todos Eles amam a humanidade. Caso queiram fazer um ritual a algum Deles, tudo bem. Mas lembrem - se sempre: Vela acesa só tem valor se o coração estiver aceso antes. Caso contrário, não!

A energia de uma erva é poderosa e realmente cura, mas antes, suas próprias energias e o respeito com a vida vegetal devem ser grandes,caso contrário, é desperdicio de tempo. Qualquer ritual de magia para o bem é lindo e bemquisto pela espiritualidade, mas não se perca no meio de muitos rituais e elementos e esqueça o essencial. O grande mestre da magia é o coração, e a grande força motriz é a sua mente. Lembrem-se disso.

Não sejam espiritualistas pela metade. Durante o dia vocês ficam pensando em espiritualidade, mas ao dormir, que é a grande hora onde o espírito se liberta do corpo físico, vocês não pensam em nada, ficam com preguiça e logo suas mentes são invadidas por um monte de coisas, adormecendo na mais perfeita desordem. No mínimo orem ao deitar-se.. Agradeçam o dia, coloquem - se à disposição do aprendizado, aproveitem as horas de sono. Elas são chaves de acesso ao crescimento espiritual. Meditem nisso.

Eu sou um preto-velho. Pouco importa minha forma ou meu nome. O que importa é que eu sou luz, como vocês e todos nós, filhos da Grande Luz. O sol brilha em meu coração, no seu e em toda humanidade. Você ainda tem preconceito em relação a raças? A culturas diferentes? Religião? E julgam-se espiritualistas? Ora amigo, deixe disso! Lembre-se: todos viemos da mesma fôrma. Eu tenho apenas uma palavra para descrever o preconceito: ignorância!
Ignorância também são as paredes e preconceitos religiosos. Todos os mestres da humanidade pregaram o desprendimento, mas o que os seus seguidores mais fazem é ter o sentimento de posse em relação a Eles. E lá se vão guerras, ofensas e desarmonia entre uma religião e outra. E lá se vão discussões infindáveis entre doutrinas diferentes. Todos os caminhos levam a Deus, mas muitos acham que seu caminho é melhor do que dos outros, não é mesmo? Façam um favor à humanidade, meu filhos: vão voando nas asas do universalismo ecumênico! E parem com essas bobagens…

Do lado de cá nós adoramos música. Ela rejuvenesce a alma, acorda o coração e desperta a intuição. Aproveitem as músicas de qualidade. Elas são ótimas e verdadeiro brilho e alimento para vossos espíritos. Também escutem a música que os espiritos superiores cantam secretamente dentro do coração de cada um. É a música da Criação, ela está em todos, mas só pode ser escutada quando a mente silencia e o coração brilha. Pensem nisso!

Pensem também na natureza. Coloquem uma música suave. Direcionem-se mentalmente a um desses sítios sagrados, verdadeiros altares vivos do amor de Deus. Pensem na força curativa das matas, na força amorosa e pacificadora das cachoeiras, da limpeza energética que o mar traz ao espírito. Meditem neles. Isso traz sintonia, reciclagem energética e boa disposição. Façam isso por vocês e fiquem bem!

Por fim, dediquem-se mais ao autoconhecimento. Ele é muito importante. E um dia, mesmo que isso demore milênios, vocês se conhecerão tanto que realmente descobrirão sua natureza divina. Nesse dia, as cortinas da ilusão se abrirão e você verá o universo a sua frente. Não existirá mais Orun* (céu) nem Ayê* (mundo material). Nem eu nem você. Apenas Ele…Pai e Mãe dentro de nós mesmos!

Um Grande abraço,

Pai Antônio de Aruanda e Fernando Sepe (escrito por duas mentes em um só coração)


Muito bonita a mensagem , diria assim um preto velho:

suncê num vê a lui pru que num quer, dexô qui a ceguêra da ingnorânça tapace seus zóios! fiquem na paz.

Com a Colaboração de Suely de Castro

As Vestes

As vestes na Umbanda são geralmente brancas, sempre muito limpas, já que este é um dos motivos pelo qual se troca de roupa para os trabalhos. Nunca se deve trabalhar com as roupas do corpo, ou já vir vestido de casa com as roupas brancas. O suor causa uma sensação de desconforto, o que traz uma má concentração e intranqüilidade do médium (sem contar, é claro, com a desagradável situação de uma pessoa que vai tomar passes ou consultar-se, e ficar sentindo o cheiro do suor do médium, que está sempre próximo nos trabalhos).
O branco é de caráter refletor, já que é a somatória de todas as cores e funciona, aliado a outras coisas, como uma espécie de escudo contra certos choques menores de energias negativas que são dirigidas ao médium. Serve, também, para identificar os médiuns dentro de uma casa de trabalhos muito grande. Alem disso, é uma cor relaxante, que induz o psiquismo à calma e à tranqüilidade.

A Roupa Branca (Roupa de Santo) é a vestimenta para a qual devemos dispensar muito carinho e cuidado, idênticos ao que temos para com nossos Orixás e Guias. As roupas devem ser conservadas limpas, bem cuidadas, assim como as guias (fios de contas), não se admitindo que um médium, após seus trabalhos, deixe suas roupas e guias no Terreiro, esquecidas. Quando a roupa fica velha, estragada, jamais o médium deverá dar ou jogar fora. Ela deverá ser despachada, pois trata-se de um instrumento de trabalho do médium.

Mentores de Cura: O Que Curam

Males Físicos
A maior parte dos males físicos de que os encarnados sofrem, são causados pelos maus hábitos, vícios e má alimentação. Os mentores nestes casos se utilizam das diversas terapias para a cura mas principalmente esclarecem ao encarnado quanto a órigem de tais males, sugerindo dietas, o abandono ou diminuição dos vícios e mudança de hábitos. Nestes casos a cura definitiva só pode ser obtida com a plena conscientização do paciente e com a sua força de vontate e compromisso na obtenção do equilíbrio orgânico.

Males Mentais
Parte dos males mentais (depressão, angústia, apatia) são causados por obsessores, mas a maior parte deles tem por origem a própria atitude mental do paciente. Pensamentos negativos atraem energias negativas, que quando se tornam constantes e intensas podem se materializar no corpo físico na forma de doenças. Males como: úlceras, enchaquecas, hipertensão, problemas cardíacos, e até mesmo algumas formas de câncer podem ser provocados pela mente do pacinte, quando esta se encontra tomada por pensamentos negativos.
Também neste caso os mentores além de indicarem os tratamentos apropriados, esclarecem ao paciente quanto a necessidade de mudar a atmosfera mental, com objetivo de não ficar atraindo continuamente energias desequilibrantes, costumam também sugerir passeios por locais da natureza e o hábito da prece como forma de atrair energias novas e regeneradoras.

Males Kármicos
Os males kármicos se caracterizam por doenças incuráveis (fatais ou não) tanto pela medicina alternativa, quanto por terapias alternativas ou por meios espirituais. Nestes casos o tratamento visa o alívio do paciente ou ampará-lo emocionalmente para que sua atitude mental não tome o rumo da revolta ou do desespero.
As doenças karmicas são males que escolhemos antes de encarnar como forma de resgatarmos erros passados. Típicos males kármicos são: Cegueira de nascença, mudez, Idiotia, Eplepsia, Sindrome de Down, Más-Formações do corpo físico, etc. Na maior parte são males de nascença, embora algumas doenças possam ter sido “programadas” para surgir em determinada época da encarnação.
Nestes casos os mentores não podem (e nem deveriam) curar o corpo, pois através do padecimento deste é que o espírito está resgatando suas faltas e aprendendo valiosas lições para sua evolução e crescimento.

Males Espitituais
São aqueles causados pela atuação dos espíritos (obsessores, vampirizadores, etc.) e que se refletem no corpo físico. Nestes casos os mentores cuidam do corpo físico enquanto o paciente é tratado também em sessões de desobsessão, descarrego, etc.
Ou seja os mentores com as terapias à seu alcance minimizam e atenuam os males causados ao corpo físico enquanto o paciente é tratado na origem espiritual do mal de que sofre.
Quando o paciente se vê livre da presença espiritual nociva, os mentores costumam ainda continuar com os tratamentos visando reparar os males que já haviam sido causados ao organismo, até que ele retorne ao seu equilíbrio.

Mentores de Cura

QUEM SÃO
Os mentores de cura trabalham em diversas religiões, inclusive na Umbanda. São muito discretos em sua forma de se apresentar e trabalhar, e estas formas mudam de acordo com a religião ou local em que irão atuar. São espíritos de grande conhecimento, seriedade e elevação espiritual. Alguns deles não demonstram muito sentimento mas mesmo assim têm muita vontade de ajudar ao próximo, com o tempo tedem a evoluir também para um sentimento maior de amor ao próximo.
São extremamente práticos, não aceitando conversas banais ou ficar se extendendo a assuntos que vão além de sua competência ou nos quais não podem interferir, pois não são guias de consulta no sentido ao qual estamos habituados na Umbanda.
Para se ter uma idéia melhor, sua consulta seria o pólo oposto à consulta com um Preto Velho. Normalmente os pretos velhos dão consultas longas, cheias de ensinamentos de histórias, apelando bem para o lado emocional. Já os Mentores de Cura, se dirigem ao raciocínio, buscam fazer o encarnado compreender bem as causas de suas enfermidades e a necessidade de mudança nessas causas, bem como a necessidade de seguirem à risca os tratamentos indicados. Quando precisam passar algum ensinamento o fazem em frases curtas e cheias de significado, daquelas que dão margem à longas meditações.
São espíritos que quando encarnados foram: Médicos, Enfermeiros, Boticários, Orientais (que exercem sua própria medicina desde bem antes das civilizações ocidentais), Religiosos (monges, freis, padres, freiras, etc.), ou exerceram qualquer outra atividade ligada a cura das enfermidades dos seres humanos, seja por métodos físicos, científicos ou espirituais.


MÉTODOS DE TRABALHO
Cada guia tem sua forma de restituir a saúde aos encarnados, normalmente se utilizam de meios dos quais já se utilizavam quando encarnados, mas de forma muito mais eficiente, pois após chegarem ao plano espiritual puderam aprimorar tais conhecimentos. Além disso esses espíritos aprenderam a desenvolver a visão espiritual, através da qual podem fazer uma melhor anamnese (diagnóstico) dos males do corpo e da alma.
Aliados aos seus próprios métodos individuais eles se utilizam de tratamentos feitos pelas equipes espirituais ou ministrados pelos encarnados com auxílio do plano espiritual.
Alguns deles são:

Cirurgia Espiritual
É realizada pelo mentor de cura incorporado ao médium. E envolve a manipulação do corpo físico através das mãos do médium, podendo ou não haver a utilização de meios cirúrgicos elementares (cortes, punções, raspagens, etc...). O maior representante deste método de trabalho no Brasil é o espírito do Dr. Fritz, mas este método é utilizado em diversas culturas e religiões.


Cirurgia Perispiritual
É realizada diretamente no perispírito do paciente, com ou sem a colaboração de um médium presente, costuma ser realizada por uma equipe espiritual designada especificamente para cada caso e ser feita em dia e horário pré determidados.

Visita Espiritual
É realizada por uma equipe espiritual, que visita o paciente no local onde ele estiver repousando, também com um dia e hora predeterminados. Na visita, darão passes, farão orações, etc...

Cromoterapia
É indicada pelos mentores de cura e aplicada por médiúns que conheçam o método de aplicação. Atua no corpo físico e no duplo etérico. Muito utilizado para males de origem emocional.

Fluidoterapia
É indicada pelos mentores de cura e aplicada por médiúns que conheçam o método de aplicação. Atua no corpo físico e no perispírito.

Reiki
É indicada pelos mentores de cura e aplicada por médiúns que conheçam o método de aplicação. Atua no corpo físico e no duplo etérico. Muito utilizada para males de origem emocional ou psíquica e para realinhamento de chacras.

Homeopatia
Indicada e receitada pelos mentores espirituais. As fórmulas são feitas normalmente por laboratório de manipulação homeopáticos. E devem ser tomados de acordo com o determinado.

Outros
Fora estes tratamentos, também podem ser utilizados, florais de Bach, cristaloterapia, chás, aromaterapia, acumpuntura, do-in, etc...
Em alguns casos os guias também indicam dietas, alimentos a serem evitados ou ingeridos para melhoria da saúde geral.

OBS: Para o momento da visita espiritual e cirurgia espiritual: O paciente deverá vestir-se e deitar-se com roupas claras (de preferência branca); ficar num ambiente calmo, com pouca luz e colocar ao lado um copo d’água para ser bebida após o tratamento.
Após a visita e a cirurgia, o paciente deverá manter-se em abstenção por mais 6 horas, para que a energia doada seja melhor absorvida.

Fonte: Sociedade Espiritualista Mata Virgem

E ai? O Que Acontece?

“Por ser atributo do ser espiritual a mediunidade é faculdade que o acompanhará onde quer que este se encontre”. O médium não só o é nos dias e instantes que antecedem o fenômeno durante as sessões de um terreiro – essa condição se faz presente vida a fora, dia-a-dia.
Muitos filhos se esquecem dessa particularidade e quando saem do terreiro não se lembram dos ensinamentos repassados pelas entidades.
Se um médium é dócil, gentil, educado, fraterno em suas atitudes não o deixará de ser após as sessões; da mesma forma que se a hostilidade lhe molda a personalidade em seu cotidiano, essa característica apresentar-se-á na sua conduta como médium, muito embora conte com toda amorosidade, disciplina e seriedade de sua Banda.
É comum vermos na lida diária a despreocupação dos médiuns em cultivar a serenidade, a paz interior e a gentileza natural.
E aí o que acontece?
Acontece que muitas entidades que lhe seguiram os passos após a sessão precisando de seus exemplos no bem a fim de entenderem o significado da palavra caridade de forma materializada, verão ruir por terra toda aquela aparência de bom moço e então na próxima sessão o médium chegará ao terreiro não se sentindo bem e normalmente alegará que está com algum "encosto" a lhe perturbar e que precisa de ajuda da corrente, pois na última semana nada em sua vida deu certo.
Também pudera! Esqueceu que seu compromisso não é só no terreiro e se permitiu envolver com energias densas em ambientes não tão saudáveis a sua manutenção de bem-estar. E o que é pior: ainda fala que a culpa foi de seu Exu ou de sua Pomba Gira que não o protegeu! Como coisa que sejamos babás de plantão e não tenhamos serviços a executar.
Há ainda alguns que dizem: "mais eu faço tudo certinho tomo meus banhos, acendo minhas velas, firmo minha Banda e só vivo atrapalhado!" E cá de minha parte vou dizer que assim esse médium continuará até que perceba que a Umbanda faz caridade e não milagres! Que a Umbanda mostra o roteiro, porém quem tem que trilhar são os filhos. Que nela não há facilitações muito embora não existam impossibilidades – desde que se queira melhorar – afinal de contas por que vocês médiuns estão na Terra em um corpo físico? Já pararam para pensar nisso?
Não pensem vocês que estou querendo colocá-los numa postura de santidade. De forma alguma! Pois lugar de Santo é no Céu e lá a lotação já está pra lá de esgotada ou então em oratório.

Só estou querendo mostrar que nada passa despercebido à lei do Todo Poderoso e que não adianta colocar máscara de bonzinho porque com o tempo essas se desfazem.
Não passem a culpa de seus mal-estares às entidades. Não coloquem vossas responsabilidades em nossos ombros e façam a vossa parte, porque a nossa já o fazemos.
Ou vocês duvidam disso?
E então meu filho em qual Encruzilhada iremos nos encontrar? Em qual delas vou te buscar?

Autoria Espiritual: Maria Padilha das 7 Encruzilhadas
Transcritor: Mãe Luzia Nascimento
Local: Centro Espiritualista Luz de Aruanda

A história de Pai Cipriano

Vamos contar um pouquinho desta história... Era o primogênito de uma família abastada e nobre. Herdeiro direto do trono daquela tribo, ainda bem jovem, por volta dos vinte anos, forte, saudável e cheio de vida, fui iniciado nos preceitos e conceitos religiosos do meu povo. Logo estava recebendo o "Decá" (autorização para a prática religiosa da minha tribo de origem). Foi um espanto geral! Ninguém quis acreditar. Como um menino daquele conseguira um encargo tão valoroso? Talvez por ser o filho primogênito do Chefe tribal. A partir da minha consagração as coisas começaram a ficar difíceis, Os demais membros da minha comunidade não mais me dirigiam a palavra. O ambiente foi ficando insuportável. Afastado da convivência com os outros irmãos, sofrendo discriminação e recebendo vibrações de ódio causadas pelo imenso despeito dos meus irmãos, preferi me isolar e me entreguei cada vez mais à prática dos meus ensinamentos religiosos. Num dia em que sozinho clamava aos Orixás por minha tribo, quando pedia a doce Mãe Oxum que suavizasse o coração dos meus irmãos, sofri uma terrível emboscada. E num dia cinzento, chuvoso, dia em que a tribo não participava tão intensamente do trabalho em grupo devido ao tempo, fui arrancado à força de minha maloca e levado para um lugar distante da minha Luanda, minha querida Angola... Indaguei todo tempo o que se passava, reivindicando a minha posição de membro da família real. Mas mesmo assim fui levado por uns homens estranhos que me carregaram à força, sem piedade, como se eu fosse um animal e eles os caçadores implacáveis. Ali começou o meu martírio. Mas dor maior senti ao avistar por perto três dos meus sete irmãos de sangue. Nesse momento me conscientizei da terrível traição que sofri e que deitou uma profunda ferida na minha alma.

Amarrado como um bicho, passei três dias amontoado em cima de uma carroça, onde cada vez mais eram colocados negros em grande número, uns por cima dos outros, como se faz com pele de animais. E assim fiquei, por baixo daquele amontoado de infelizes, faminto e sedento. Desespero maior eu senti ao ser retirado da carroça e jogado no porão imundo de uma grande embarcação. Dali por diante nós nos unimos em preces, dor e saudade na longa viagem ao Brasil, terra distante e desconhecida. Maltratado durante a interminável viagem, assistindo com horror cenas que jamais poderia imaginar, vi meus irmãos de raça e de religião sendo esmagados em sua hombridade; vi humilhação e revolta no olhar dos meus irmãos de destino; vi o açoite cortar impiedosamente a carne daqueles que ousavam manifestar a menor reação de revolta; vi corpos jogados ao mar e a peste se alastrar, ceifando a vida de muitos irmãos. Apesar do horror do navio negreiro consegui chegar com vida nesta terra distante chamada pelos seus nativos de Brasil. Clamei a Olodumaré por forças, pois pensei que não aguentaria tanta fome e tanto sofrimento dentro daquela embarcação maldita que me obrigava a tomar água salgada, e de barriga inchada deixei n'África distante minha juventude e alegria.

Aqui chegando, fui levado para uma feira, como as batatas compradas hoje por vocês, e vendido, pelos dentes fortes e bons que tinha, para uma rica família fazendeira de café. Dei duro dia e noite, trabalhando duro nos cangais, sofrendo mais humilhação, mais dor. "Nego Véio" era humilde e obediente e tudo fazia para agradar aos senhores brancos. Logo fui recompensado pela docilidade, passando a trabalhar para Sinhá dona como escravo de dentro, "catiço” de Sinhá. Por isso, "Nego" sofreu novamente a inveja dos irmãos de cor, que passaram a maltratar o "Véio" na senzala, acusando o "Véio" de não mais pertencer àquela raiz. Como estavam enganados! Se "Nego Véio" pudesse, tirava todos das correntes do cativeiro. "Nego Véio" era apenas obediente e manso. Rejeitado por meus irmãos catiços, procurei aprender escondido com Sinhá moça, linda e formosa, as primeiras letras. "Nego Véio" esperto, logo aprendeu a ler e a escrever. Com isso, passei a fazer as anotações da fazenda. Conquistei a amizade do Sinhô e também acabei despertando, por isso, a inveja do capataz da fazenda, que era ruim "por demais”. O caminho de espinhos ainda não estava longe dos pés do "Véio”, e o destino prega nos "fio" umas brincadeiras ingratas. Bonito, jovem, agora letrado, fui me enamorar por quem nunca deveria sequer levantar os olhos: Sinhá Moça! Mas foi impossível não me prender aos encantos daquela jovem formosa, de pele rosa, carinhosa e doce como uma flor sem espinhos. Até os dias de hoje, quando me lembro, suspiro. E como Zâmbi não separa os filhos por cor quando traça o seu destino, a jovem Sinhá também se encantou com a doçura do "Nego". E o que aconteceu vocês já podem imaginar... "Véio" sucumbiu aos encantos da Sinhá e por isso mais uma vez tive o meu destino mexido e remexido. Fui arrancado, numa noite, da minha esteira, levado para um cemitério distante e lá fui abandonado. O feitor me alertou dizendo que dali não poderia mais sair. Que deveria tomar conta de todas as campas, que comesse o que conseguisse plantar e nunca mais aparecaparecesse nem na Casa Grande, nem na senzala. Pois eu traíra a confiança do Sinhô e que ele só não me matava, porque não queria sujar as mãos com o sangue do pai do neto dele. Ali naquele cemitério, isolado e triste, eu vivi até o fim dos meus dias. Distante de quem eu amei, distante do meu povo... Passei a fazer feitiços fortes para o meu povo, que passou a me procurar quando os feitores estavam bravos com eles, quando adoeciam, quando tinham algum problema. Procuravam a minha rega, a minha magia forte. E o sacerdócio recebido na África, acabei exercendo aqui nesta terra, dentro de uma Calunga, onde fui por muitos anos o "Guardião Encarnado”! "Nego Véio" tem consciência de que não sofreu porque era bonzinho. Teve culpa passada e por isso resgatou. Quando retornei à “Pátria Espiritual”, verifiquei que não precisava, se quisesse, reencarnar no planeta Terra. Mas, como a mágoa é péssima companheira e deveria me livrar dela de alguma forma, por misericórdia do Pai a mim foi oferecida a oportunidade de trabalhar na "Lei de Umbanda” para, através da caridade e do amor, depurar esse "tiquinho” de mágoa existente. Certo dia, ao baixar no terreiro, esse “Véio” cantou: "Cipriano Quimbandeiro, chorou no cativeiro. Hoje chora de alegria o Rosário de Maria. Chora, chora, saravando Angola..."

Curimba de força e de fé. Para os filhos que não sabem, Cipriano é convertido na Lei de Deus. Dentro desta pequena história têm várias outras. Mas, o viver na caridade é o mais importante neste momento, fazer o bem sem olhar a quem, em nome de Oxalá. Esta missão permanece com o ”Véio". Que as bênçãos de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Mamãe Oxum, lhes fortaleçam o caminhar. Pai Cipriano, em 25 de setembro de 2003.

Texto de Armando Fernandes

Calendário 2011

Mais um arquivo adicionado na coluna de Downloads, calendário 1º semestre de 2011.
Os trabalhos desse ano terão o termino no dia 17/11/2010 com os trabalhos da Gira de Esquerda.
Retornaremos no dia 05/02/2011.

Na Categoria da Mediunidade

Pessoal,

Estou colocando mais um arquivo para download, uma apostila feita pela nosso irmã Suely Castro, clique aqui para baixar o arquivo ou na coluna ao lado. Na categoria da mediunidade

O que a Umbanda representa na vida das pessoas?

A Umbanda sempre me leva a grandes reflexões e a um turbilhão de sentimentos. Algumas indagações e sentidos sempre rondam meus pensamentos, assim como, acredito, o de muitas outras pessoas.

O que representa a Umbanda na vida das pessoas? Será que a Umbanda representa Desejos, Necessidades, Trocas ou O querer a qualquer custo? Será que representa somente incorporar ou ‘meu Guia sabe tudo’? Será que representa a inconsciência mediúnica caracterizando o médium como uma marionete? Ou, pior, um ser sem possibilidade, força e equilíbrio mental e espiritual para controlar seus impulsos, vícios e vaidades, além de não sustentar a ação de uma Força Superior dominando suas ações?

E como será que a Umbanda está sendo praticada? Será que a Umbanda está sendo praticada somente no dia de gira? Aliás, abençoada a casa que hoje, depois de cem anos, abre seus trabalhos regularmente e semanalmente ensinando e doutrinando seus médiuns e consulentes, deixando de lado a preguiça e o estímulo aos milagres.

Será que, ainda hoje, a Lei de Salva é praticada na Umbanda? Será que ainda temos médiuns e pais-de-santo afirmando que um trabalho espiritual é um ‘ Trabalho’, portanto deve ser cobrado? Será que a política deve ser estimulada dentro da religião como sendo imprescindível para sermos respeitados e como a salvação de nossos direitos?

São tantos ‘serás’ que chego à conclusão de que falta muito para nos considerarmos verdadeiramente umbandistas, afinal a Umbanda vem sendo tão mal trabalhada, praticada e entendida que muito me entristece. Muitos já não sabem ‘o que é’ e ‘o que não é’ Umbanda, ninguém mais sabe ‘o que está certo’ e ‘o que está errado’ dentro da liturgia umbandista e da religião, não se tem mais uma ‘Linha’ a seguir, as ‘invenções’ e ‘criações’ não param de surgir e são, muitas vezes, totalmente desnecessárias, chegando à beira do ridículo.

É inacreditável, mas muitos ainda não sabem que a Umbanda é uma Religião e muito menos conhecem sobre sua doutrina, ritos, rituais e cultura, não sabem argumentar, explicar, defender a sua própria crença, não sabem diferenciar Umbanda de Candomblé ou Quimbanda e outros ainda a tratam como espiritismo ou Umbanda Branca como se houvesse Umbanda Preta, Vermelha, Azul…

E o modo de ver é que: ‘se incorporou, então é Umbanda’ ou ainda, ‘para soluções rápidas e milagrosas, vá à Umbanda’, consequentemente ela é tratada como fenômeno mediúnico apenas, como momento de êxtase ou pronto-socorro.

Estão esquecendo como surgiu a Nossa Religião e para que veio, estão esquecendo as palavras do querido Caboclo das Sete Encruzilhadas dizendo que a Umbanda seria uma religião sem preconceitos e que a humildade seria o prisma da Umbanda, que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos encarnados e desencarnados.

Estão esquecendo os avisos do Caboclo : “a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais tarde, expulsos, como Jesus expulsou os vendilhões do templo. O perigo do médium homem é a consulente mulher; da médium mulher é o consulente homem”.

E complementa: “É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa. Sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro nas casas de Umbanda. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar”.

Estão esquecendo que a Umbanda como Religião veio sustentada pelo Astral Superior para nos levar a um auto-conhecimento, a uma interiorização e evolução espiritual, conhecendo nossos desequilíbrios e modificando-os, ou seja, uma religião que exige a tão conhecida, porém tão pouco praticada REFORMA ÍNTIMA.

A Umbanda é uma religião tão Divina e significativa que é a única religião que necessita do HOMEM e de seu ÍNTIMO como sendo o centro de tudo, ou seja, se o médium for Bom, sua Umbanda será Boa e Bem praticada, porém se o médium for vaidoso, só pensar em dinheiro, ostentar o poder e a ignorância, a Umbanda refletirá esses aspectos e, infelizmente, é isso que vemos hoje dentro da Umbanda. Percebam que a vida particular de um padre, por exemplo, não reflete em sua religião ou no momento em que está realizando a missa, o mesmo acontece com outras religiões.

Portanto, vale a pena refletir: será que aquele médium que briga durante a semana inteira, reclama, xinga e fala mal de todos e tudo constantemente, bebe, se droga, ostenta o poder, trapaceia, tem a capacidade ou a afinidade de, no dia da gira, incorporar uma Entidade de padrão vibracional elevado? Claro que não! Portanto se quisermos ter uma Boa Umbanda temos que ser Bons médiuns, temos que praticar a religiosidade e a reforma íntima todos os dias da semana.

Percebam como a Umbanda é extremamente Poderosa e Divina! Ela é a única que envolve todas as outras religiões e doutrinas, ela é a única que aceita e alcança qualquer espírito, ela é a única que proporciona a verdadeira evolução do espírito, é a possibilidade de se resgatar as dívidas do passado, ela é a única que proporciona o “Fazer de novo Fazendo Diferente” e quando conseguimos isso rasgamos nossas promissórias do passado e o mais divino é que proporcionamos isso também aos Guias Espirituais, pois quando os intermediamos damos a oportunidade deles também resgatarem seus carmas e praticarem a sua evolução.

Escrito por Mãe Mônica Caraccio

O que são os Pontos Riscados

Vemos nos terreiros vários objetos sendo usados como instrumentos de trabalho, são poderosos elementos energéticos que facilitam a ação espiritual beneficiando o assistido. Entre tantos elementos como águas, charuto, pedras, ervas, velas, toalhas, quero chamar a atenção para a PEMBA.

A pemba é um dos elementos de maior poder energético que a Umbanda tem e é usada durante, antes e depois de uma gira espiritual acontecer, além disso, é um elemento que representa e atua na Umbanda em todos os sentidos e de várias formas. Não é à toa que nos referimos aos médiuns umbandistas como “filhos de pemba”, não é à toa que a pemba não pode faltar em qualquer ato ritualístico da Umbanda, seja casamento, batizado, ato fúnebre ou mesmo nas giras assistenciais, não é à toa que, antes do atendimento assistencial, pontos são riscados pelos guias e, com certeza, conhecem coisas que nós nem fazemos ideia.

Quando ela é usada como pó junto com a energia do sopro, envolve todo o ambiente e todos os espíritos encarnados e desencarnados de forma poderosíssima, iniciando um trabalho de limpeza, harmonização ou até de descarga; claro que isso depende da composição dos elementos adicionados à pemba que está sendo utilizada e da forma que é soprada essa pemba.

Quando usada nos Pontos Riscados, o símbolo riscado transforma-se em um Símbolo Sagrado com grande Poder de Ação, traz toda a força misteriosa da “Grafia dos Orixás” que são signos e símbolos magísticos que abrem ou fecham portais, que trazem ou repelem energias, ativam ou desativam forças astrais e da natureza, portanto têm o poder de fechar, trancar, abrir, quebrar, direcionar, harmonizar, transformar, equilibrar os Terreiros, assim como os médiuns pois atuam em seus campos mediúnicos.

Importante comentar que a escrita mágica simbólica com seus infinitos signos e símbolos é tão antiga quanto a humanidade e são encontrados pelos arqueólogos em construções antiquíssimas, em túmulos, dentro de templos religiosos, lugares de cultos, seitas. Mesmo porque a comunicação escrita surge através de símbolos, traços, pontos e não através de letras como estudamos hoje. Portanto, essa escrita mágica simbólica, usada pelos guias espirituais, não é propriedade da Umbanda e sim, é um bem colocado à disposição da humanidade pelos povos antigos e pelos seres espirituais superiores que dela muito tem se servido no decorrer dos séculos.

A Pemba também é usada no médium como forma de Cruzamento, esse ato melhora a mediunidade, protege, potencializa o dom mediúnico etc. O Cruzamento com Pemba é um ritual utilizado na Umbanda importantíssimo. Sabemos que um médium de incorporação antes de iniciar seus trabalhos espirituais tem que ser cruzado abrindo e fechando canais energéticos, magnéticos e divinos.

Claro que não para por aqui, mas acredito que com essas informações dá para se ter uma idéia de como é necessário o conhecimento e o bom senso, afinal é necessário saber confeccionar e consagrar uma pemba, saber preparar as misturas e saber assoprá-las, saber o que representa, pelo menos alguns Símbolos Sagrados e suas funções, direções, energias, pontos de entrada e saída.

Saiba que, infelizmente, têm muitas pessoas riscando pontos aleatoriamente sem um pingo de cuidado e conhecimento e, com isso, estão abrindo portais negativos, ativando baixo astral e, pior, invertendo pontos Sagrados sem ao menos se darem conta do reflexo de suas ações. Saiba, o mau uso da Pemba ou do Ponto riscado pode levar a consequências imprevisíveis, comparáveis as de um leigo em assuntos de eletricidade, entrando numa casa de força e pondo-se a manejar as chaves ou embaralhando os fios, o que acabará provocando curtos-circuitos, incêndios e eletrocussões em si e nos outros.

Não podemos esquecer que simbolicamente a PEMBA é a caneta da Umbanda, é com ela que registramos todas nossas ações no Livro Sagrado da Lei.

Espero que com isso esclarecido acenda-se a Luz do Conhecimento, da Responsabilidade e do Bom Senso sobre todos e que, acima de tudo, nos tornemos capacitados para lidar com tantas coisas Sagradas e com tantas pessoas necessitadas.

Fica aqui meu apelo: ESTUDEM…
Chega de boas intenções. Precisamos SABER, ENTENDER e AGIR COM RESPONSABILIDADE E SABEDORIA.
Mesmo porque, de boas intenções o inferno está cheio…

Axé a todos, aproveitem essas poucas informações sobre a pemba e os pontos riscados e estimulem-se a estudar mais a Umbanda e seus fundamentos.

Para fechar, uma curiosidade:

COMO ERA FABRICADA A PEMBA
Era privilégio do sacerdote mais velho da tribo a direção dos trabalhos da fabricação da pemba, esta era feita por moças virgens em completo jejum presididas pelo sacerdote, que durante a fabricação não podia tomar alimento de espécie alguma nem beber água, apenas fumava o seu cachimbo, que era considerado sagrado. Durante três dias e três noites e às vezes mais, era trabalhada a pemba, acompanhada por música de congo, as virgens cantavam sem cessar preces à Virgem, para que ela transmitisse todas as suas virtudes às virgens. Depois de pronta a pemba era posta a secar sem que apanhe sol, guardada em um terreno por virgens e guardas indígenas que impediam que algum ladrão viesse a se apoderar de algumas. Isto feito, a pemba era guardada em vasilhas de palha para serem empregadas nas grandes cerimônias.

Trechos retirados da apostila “PONTO RISCADO & PEMBA NA UMBANDA”, material didático que pertence ao grupo de estudo Ponto Riscado e Pemba na Umbanda ministrado por mãe Mônica Caraccio no Centro Cultural e Social de Umbanda Carismática

Influências: Umbanda x Assistência

Duas questões polêmicas nas quais as casas de Umbanda estão envolvidas sobre a assistência é qual o papel de fato da Umbanda na vida das pessoas que freqüentam seus rituais e ao mesmo tempo, qual deve ser a postura de uma pessoa enquanto participante da assistência em um ritual de Umbanda.

Estas duas questões, acredito, guardam íntima relação entre si.A primeira questão tenta descobrir como as pessoas que participam de assistências de cultos de Umbanda, vêem esses cultos e a própria Umbanda.

O que destes cultos e das vivências neles apreendidas, elas levam para suas vidas quotidianas?

Como essas pessoas se definem em termos de religião?

É certo que não podemos generalizar.

Assim como em qualquer coletividade, também em uma assistência estarão presentes pessoas com pensamentos, anseios e posturas diferentes.

Mas a questão que se impõe é se é necessário que essas pessoas tenham um mínimo de conhecimento do que é a Umbanda e seus cultos.

E se realmente precisam enxergar a Umbanda como religião e até mesmo como a religião delas.

Uma premissa muito importante enunciada pela Umbanda é que não se deve negar ajuda a ninguém.
Assim, partindo deste princípio não podemos cobrar de uma pessoa que se ela freqüenta os cultos de uma casa de Umbanda, ele se declare como Umbandista.

Sabemos que a Umbanda ainda sofre de muitos preconceitos, e que decorrente disso muitas pessoas que freqüentam cultos de Umbanda têm medo de serem rotulados pejorativamente.

Também pela origem multifacetada da Umbanda e também pela premissa de ajudar a todos, não podemos e nem devemos proibir a participação de irmãos oriundos de outros religiões.

Por outro lado, podemos considerar que a falta de identificação pode causar uma falta de compromisso.

Por isso talvez, sejam tão comuns as queixas sobre pessoas da assistência que vão às sessões de Umbanda apenas para “pedir coisas” mas não honrem as sessões com comportamentos condizentes com os de uma casa religiosa, ou seja, vestem-se de maneira imprópria, conversam em momentos inoportunos, entre outras coisas.Algumas pessoas apenas visitam uma casa de Umbanda quando estão com problemas.

Isso significa que não fazem da Umbanda uma opção religiosa constante.

Utilizam as sessões de Umbanda como “fast-food de consulta”, isto é, quando precisam, vão até lá, pedem o que precisam e vão embora abandonando o local até que a próxima necessidade os faça regressar.

Outras há que vão apenas aos dias de festas. Elas podem estar encarando a Umbanda como uma bonita manifestação da “cultura popular brasileira”, ou seja, uma atração turística ou ainda “coisa para inglês ver”. Visitam, acham bonito, mas não
apreendem o real significado da religião praticada ali.

A outra questão, também de extrema importância, é o que a participação da assistência contribui para a sessão.

Uma assistência participativa tem o mesmo resultado para uma sessão do que uma assistência apática? O que é mais interessante para a Umbanda, uma assistência ignorante sobre os conhecimentos (pelo menos as bases da religião) ou uma assistência
consciente do que são os rituais (como momentos de uma sessão, pontos cantados em cada momento, etc) e dos porquês destes rituais.

Eu penso que essas duas questões estão inter-relacionadas porque acho que quanto mais as pessoas que compõem uma assistência estão integradas no culto, tão mais elas respeitarão este ritual, participando ativamente dele, entendendo como e porque devem se comportar a cada momento.

Elas entenderão melhor que a religião não se pratica somente dentro dos templos, mas em todo o lugar.

Elas aprenderão que também elas têm a responsabilidade de fazer a caridade e semear a paz e amor ao próximo.

Quem precisa de um Amigo?

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimento, basta ter coração.
Precisa saber falar e saber calar, sobretudo, saber ouvir.
Tem que gostar de poesia, da madrugada, de pássaros, do Sol, da Lua, do canto dos ventos e do murmúrio das brisas.
Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que todos os passantes levam.
Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem mesmo é imprescindível que seja de segunda mão; pode já ter sido enganado…
Não é preciso que seja puro, nem que seja de todo impuro, mas não deve ser vulgar.
Deve ter um ideal e medo de perdê-lo; no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa.
Tem que ter ressonâncias humanas; seu principal objetivo deve ser de ser amigo; deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
Deve ser D. Quixote sem, contudo, desprezar Sancho Pança.
Deve gostar de crianças, lastimar as que não puderam nascer e as que não puderam viver.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova quando chamado de amigo; que saiba conversar de coisas simples, de orvalho, de grandes chuvas e de recomendações de infância.
Precisa-se de um amigo para não enlouquecer, para se contar o que viu de belo ou de triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.
Deve gostar de ruas desertas, de poças de chuva, de caminhos molhados, de beira de estrada, do mato depois da chuva e de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a penar viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo.
Precisa-se de um amigo para se parar de chorar, para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.
Precisa-se de um amigo que nos bata no ombro, sorrindo e chorando, mas que nos chame de amigo.
Precisa-se de um amigo que creia em nós.
Precisa-se de um amigo para se ter consciência de que ainda se vive.



Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Pelo Espírito de Meimei

Finados

Para nós, umbandistas, esta data tem grande importância por tratar-se do dia em que louvamos a força e o poder do Divino Orixá Pai Omulu, o Senhor da Morte e das Transições no Universo Divino.
De uma forma geral, na sua doutrina, a umbanda se apega intensamente na Vida, ou seja,em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, podermos garantir um lugar bom nas esferas espirituais.
Hoje, quero comentar sobre a visão da morte e a importância da mesma, sendo que cultuamos uma Divindade regente desse sentido da vida.
Para a Umbanda a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, da passagem encarnatória. Após o ato da morte física do ser encarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumuladas durante a passagem no corpo físico.
Aqui no plano físico ,estamos numa esfera neutra ou mista,onde tudo se encontra,sem distinção.
Já no plano astral,os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais.
Logo,se o ser vibrar ódio,um lugar com seres odiosos será sua morada.Se vibrar o amor,sua morada será um lugar agradável.Nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós morte.
Então,nada se acabará com o fim da vida física,quando o corpo perece este é o fim de uma etapa e o início de outra.Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual.Assim ,o contrário acontece quando reencarnamos:”morremos”para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico.
Nós umbandistas,devemos nos preocupar com o que criamos na nossa vida,pois já podemos desconfiar do resultado no desencarne.A Umbanda não crê em ressureição,como não crê em um Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho,uma vez que ela prega a transcendência que cada ser deve alcançar.Ninguém fará nada por ninguém,cada qual com seu quinhão.No entanto,a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser.
No dia de finados,é fundamental que o umbandista,ao realizar o culto ao Divino Orixá Pai Omulu,vibre seus pensamentos nos antepassados,seus parentes desencarnados,solicitando ao Pai Omulu que ilumine a todos ,pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas suas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz,pode ser oportuno de acontecer este resgate,e,aquele que já esteja em situações privilegiadas,então se sentirá gratificado pelas vibrações,além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.
O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo ele não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a esse Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa Vida, por exemplo, o fim um relacionamento amoroso é o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas. Neste momento de finalização lá está presente a vibração desse Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais, também posso citar a mudança de emprego, de moradia, fim de amizade, etc...
Sempre em situações, principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos,é esta a vibração divina que se faz presente na Vida dos envolvidos. Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na Cerimônia Fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos .
Existe todo um procedimento para a Cerimônia do Funeral Umbandista, que é realizado pelo Sacerdote, um ajudante e um parente antes da cerimônia social. Maiores detalhes podem ser encontrados no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras do autor Rubens Saraceni.

Estamos com Fome de Amor

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".

Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.

Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.

Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Antes idiota que infeliz!

Arnaldo Jabor

RECOMENDAÇÕES AOS MÉDIUNS

1. Orar, sempre que possível, a fim de ficar em contato com Deus, pedindo-lhe que fortaleça seus guias e protetores para a prática da caridade;

2. Ler, nas horas de folga, um livro ou jornal instrutivo sobre a Umbanda, Espiritismo ou o Evangelho, assim reeducando o próprio espírito;

3. Fazer tudo para ter um dia calmo, sem aborrecimentos, nem discussões, preparando-se durante o dia para realizar bons trabalhos à noite no terreiro;

4. Nos dias de sessões, abster-se de carne, pois esta diminui o magnetismo, enfraquece o teor vibratório e desgasta as energias vitais, dificultando as incorporações;

5. Não se fanatize pelos cultos afro-brasileiros, evitando discussões estéreis, violentas ou exageradamente apaixonadas ou falando a todo instante a respeito de fatos relacionados com a Umbanda. Troque idéias nos momentos certos, em conversas sérias, em que haja interesse em se aprender algo útil;

6. A força de seus trabalhos em benefícios dos irmãos, depende do seu amor por eles. O lema a ser adotado é: “Amar e perdoar; aprender e servir”;

Lembre-se: Trabalhar em prol do conceito da Umbanda é dever de todos nós.
A PREPARAÇÃO DO MÉDIUM ANTES DA REENCARNAÇÃO

Se o espírito ou ser desencarnado aceitou a faculdade mediúnica, faz-se necessário que se proceda ao preparo dele, afim de que possa manifestar ou revelar isso, no mundo dos encarnados, que provisoriamente vai ser o seu.

Esse preparo começa pela parte moral, quando lhe é feito sentir tudo o que terá de sofrer ou passar em relação a esse dom e até mesmo quais os seres irmãos desencarnados que vão agir através de sua Mediunidade.

Estando esta parte moral kármica bem situada, segue-se o outro preparo, de caráter puramente energético.

Sim, porque a condição moral-espiritual kármica quer probatória(que serve de prova), evolutiva ou missionária em que os seres forem situados, em relação com a dita Mediunidade, antes de ocuparem a forma humana, será posta em relevo, quanto ao esforço próprio, isto é, serão bem advertidos de que reajustes, benefícios e êxitos ficarão na dependência de seus esforços, da força de vontade que devem usar ou ter para vencer.

É lhes mostrado, também, como essa faculdade medianímica, se revelando em benefícios, em caridade sobre os outros, trará a seus karmas, pela lei do é dando que se recebe, os elementos que se incorporarão às aquisições positivas, no caminho da evolução.

Assim, essa dupla condição de ser veículo dos espíritos, dada a forma de um dom, é, em primeiro lugar, uma condição espiritual especial, dotada ao ser, antes de encarnar e que se afirma durante a gestação.

Isso, de modo geral, mas, excepcionalmente, pode ser conferido depois, no encarnado já adulto.

Acreditamos que o ser não encarnado trava conhecimento com os espíritos que através de sua Mediunidade obterão a evolução, firmando desta forma, antes mesmo do seu nascimento, um pacto de ajuda mútua.

OS TIPOS MAIS COMUNS DE MEDIUNIDADE

Existem mais de 100 tipos de Mediunidade, mas os mais comuns são os seguintes:

a) Intuição: é um tipo de Mediunidade onde o Médium recebe em seu pensamento, sob a forma de uma sugestão, mensagens provindas de um espírito. A intuição nem sempre deve ser seguida, a não ser que o Médium consiga identificar a entidade que o está intuindo. Essa identificação, ele aprenderá a fazer no seu desenvolvimento pois cada entidade produz um sintonia diferente no organismo.

b) Incorporação: é a Mediunidade em que o Médium sintoniza a vibração da entidade e essa vibração toma conta de todo o seu corpo. A sintonia é mental e pode produzir uma incorporação parcial ou uma integral. Na incorporação parcial, o Médium fica consciente, isto é, ele sabe que está ali, sente, observa, mas não domina o corpo nem controla o raciocínio. Perde, também, a noção de tempo e, embora tenha sido espectador de si mesmo, perde a noção de muita coisa que se passou, ao desincorporar. Na incorporação parcial pode haver uma quebra de sintonia ocasional, o que permitirá ao Médium interferir na comunicação.

Na incorporação integral, o Médium fica totalmente inconsciente, pois há uma perfeita sintonia com a vibração da entidade. Nesse caso, não há possibilidade de interferência e, ao desincorporar, o Médium não vai se lembrar de nada do que se passou.

* Queremos esclarecer que a incorporação parcial é tão autêntica quanto a integral. O único problema é o Médium não interferir, procurando se isolar e deixar que a entidade atue livremente. A esmagadora maioria dos médiuns (mais de 95%) trabalha em incorporação parcial e uma pequeníssima minoria (menos de 5%), em incorporação integral.

c) Vidência: é o tipo de Mediunidade que permite, àquele que a possui desenvolvida, ver as entidades, as irradiações. Pode ser de três tipos: direta, intuitiva e focalizada.

Na vidência direta, o Médium pode ver as entidades de quatro maneiras diferentes:

1 – Na projeção, o Médium vê apenas um facho de luz, uma coloração que depende da vibração atuante. Não vê forma humana, nem identifica a entidade.

2 – na parcial, o Médium percebe uma forma humana ao lado de quem está trabalhando espiritualmente, mas ainda não dá uma perfeita identificação. Vê somente o contorno, a forma.

3 – No acavalamento, o Médium vê a entidade por cima dos ombros de outro Médium. Já percebe se é masculina ou feminina, se é caboclo ou preto velho ou outro falangeiro qualquer, se os cabelos são longos ou curtos, etc.

Muitos médiuns que tiveram esse tipo de vidência afirmam, por desconhecimento, que as entidades vistas possuíam mais de dois metros de altura, não percebendo que a entidade, vista acima dos ombros de outro Médium, produziu uma falsa impressão de altura.

4 – No encamisamento, o Médium vê a entidade toda, perfeita. Isso acontece na incorporação integral, quando a entidade toma conta do corpo de um outro Médium.

5 – Na vidência intuitiva, o Médium vê apenas com a mente. Ele se concentra e recebe a imagem mental, por intuição.

6 – Na vidência focalizada, o Médium utiliza algum objeto para a vidência, como um copo d’água ou um cristal. As imagens aparecem no objeto de vidência.

* Muitas vezes os médiuns videntes vêem claramente, como nós vemos uma árvore ou um carro, um espírito; sem utilizar ferramenta nenhuma, senão os olhos.

d) Clarividência: é o tipo de Mediunidade que permite ver fatos que ocorreram no passado e que ocorrerão no futuro. Os clarividentes podem ver os corpos astral e mental de outras pessoas, e tomar conhecimento da vida em outros planos espirituais. É um tipo de Mediunidade difícil de ser encontrado.

e) Audição: o Médium ouve uma voz clara e nítida nos seus ouvidos e dessa forma recebe as mensagens. Na audição, devemos ter o mesmo cuidado que temos na intuição, no que diz respeito à identificação de quem está dando a mensagem.

f) Transporte: é a capacidade de visitar espiritualmente outros lugares, enquanto o corpo físico permanece repousando tranqüilamente; o espírito se desliga do corpo e vai para o espaço. Esse transporte pode ser voluntário ou involuntário.

No transporte voluntário, o Médium se predispõe a realizá-lo. Ele se concentra e se projeta espiritualmente a outros lugares, tomando conhecimento do que vê e do que ouve.

O transporte involuntário ocorre durante o sono. Todos nós nos desligamos do corpo físico durante o sono e entramos em contato com pessoas e lugares dos quais não nos recordamos ao acordar. Às vezes, recebemos nesses transportes soluções para os nossos problemas que, mais tarde, nos parecerão idéias próprias. A respeito, diz um ditado popular: “Para a solução de um grande problema, nada melhor que uma boa noite de sono”.

g) Desdobramento: é um transporte em que o espírito do Médium fica visível à outra pessoa. O corpo físico fica repousando, o espírito do Médium se transporta a outro ambiente e, nesse ambiente, torna-se visível.

h) Psicografia: tipo de Mediunidade muito comum, podendo ser intuitiva, semimecânica ou mecânica. É a capacidade de receber comunicações pela escrita.

Na psicografia intuitiva, o Médium recebe as mensagens na mente e as passa para o papel. É pura intuição.

Na psicografia semi-mecânica, o Médium, à medida que vai escrevendo, vai também tomando conhecimento do que escreve. O espírito atua, simultaneamente, na mente e na mão do Médium.

Na psicografia mecânica, o espírito atua somente na mão do Médium, que escreve sem tomar conhecimento da mensagem recebida.

Quando, ao invés de escrever, o espírito utiliza a mão do Médium para pintar, esse tipo de Mediunidade é chamado de psicopictografia

Mediunidade

A Mediunidade é a capacidade que todos nós temos, em maior ou menor grau e tipos diferentes, de servirmos de veículo de comunicação entre o plano físico e o plano espiritual.

A Mediunidade é a principal ferramenta utilizada no umbanda em seus trabalhos, pois através desta, os médiuns (pessoas que fazem uso direto da Mediunidade) exercem poder de cura, aconselhamento e de realização espiritual para aqueles que buscam auxílio. Através dela, ocorre o contato com os mestres espirituais; e também através dela, sanamos as nossas deficiências, nos evoluindo pela prática da caridade que ela nos oferece, no intuito de diminuir as nossas dívidas para com a humanidade. Um dom. Uma missão.

A Mediunidade pode ficar latente durante toda a vida e não causar maiores problemas, ou pode “explodir”, causando transtornos na saúde, na vida sentimental e na vida profissional, dependendo da sensibilidade do Médium, o que varia de pessoa para pessoa.

Devemos esclarecer, entretanto, que não é a Mediunidade que causa esses transtornos e sim o comportamento irregular que a pessoa passa a ter, uma vez que fica sem autocontrole, instável emocionalmente, e captando vibrações nem sempre boas, das pessoas com quem convive e dos ambientes que freqüenta. Tudo isso contribui para que a pessoa se indisponha com seus entes mais queridos, se indisponha no seu ambiente de trabalho e, muitas vezes, perca a sua boa saúde anterior, já que normalmente assumirá um estado mental negativo.

A Mediunidade é um dom que precisamos aprender a controlar e que precisa ser disciplinada. E para controlarmos esse processo, fazemos muitas vezes uso do “Desenvolvimento Mediúnico”.

PRINCIPAIS SINTOMAS DA MEDIUNIDADE


a) Sintoma clássico: suor excessivo nas mãos e axilas, principalmente nas mãos. As mãos ficam molhadas, quase geladas. Os pés também podem ficar gelados; as maçãs do rosto muito vermelhas e quentes; as orelhas ardem.

b) Depressão psíquica: a pessoa fica totalmente instável, passando de uma grande alegria para uma profunda tristeza sem motivo aparente. Fica melancólica e sente uma profunda solidão. É como se o mundo todo estivesse voltado contra ela. É facilmente irritável e, nessa fase, ela vai ferir com palavras e gestos aqueles que mais gosta.

c) Alterações no sono: sono profundo ou insônia. A insônia é provocada pela aceleração no cérebro devida à vibração. Os pensamentos voam de um assunto para outro, incontroláveis, e a pessoa não consegue dormir. O sono profundo é devido à perda de ectoplasma, de força vital. Há um enfraquecimento geral do organismo e as vibrações da pessoa são reduzidas.

d) Perda de equilíbrio e sensação de desmaio: a perda de equilíbrio é uma sensação muito rápida. A pessoa pensa que vai cair e tenta se segurar em alguma coisa, mas a sensação termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto. É extremamente desagradável. A sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração abandona a pessoa bruscamente. Ela fica muito pálida e tem que sentar para não cair. Às vezes ocorre sensação de vômito ou de diarréia. Um copo de água com bastante açúcar e respiração pela narina direita normalmente bastam para contornar essa situação.

e) Taquicardia: comum em algumas pessoas. Há uma súbita alteração no ritmo dos batimentos cardíacos, fruto do aceleramento provocado pela vibração atuando.

f) Medos e Fobias: a pessoa fica com medo de sair sozinha, de se alimentar, de tomar remédios, pois acha que tudo lhe fará mal. Às vezes tem medo de dormir sozinha ou com a luz apagada. É muito comum, também, uma total insegurança em tudo o que vai fazer.

Todos esses sintomas tendem a desaparecer com a preparação espiritual e o desenvolvimento mediúnico, mas o tempo necessário ao desenvolvimento dependerá muito do grau de Mediunidade, do interesse e da preparação espiritual do Médium.

Salmo 91

Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo,
à sombra do Onipotente descansará.
Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio,
a minha fortaleza, e nele confiarei.
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.
Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas estarás seguros; a sua verdade será o teu escudo e broquel.
Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,
Nem da peste que anda na escuridão,
nem da mortandade que assola ao meio-dia.
Mil cairão ao teu lado,
e dez mil à tua direita, mas tú não serás atingido.
Somente com os teus olhos contemplarás,
e verás o castigo dos ímpios.
Porque tú, ó Senhor, és meu refúgio.
No Altíssimo fizeste a tua habitação.
Nenhum mal te sucederá,
nem praga alguma chegará à tua tenda.
Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito,
para te guardarem em todos os teus caminhos.
Eles te sustentarão nas suas mãos,
para que não tropeces com o teu pé em pedra.
Pisarás o leão e o aspide;
calcarás o filho do leão e da serpente.
Porquanto tão encarecidamente me amou,
também eu o livrarei;
pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o men nome.
Ele me invocará, e eu lhe responderei;
estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei.
Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação.

Dica enviada pela Marina Greco

Onde Vivem os Caboclos?

Muitos já ouviram falar que os Caboclos quando se despedem do terreiro, onde atuam incorporados em seus médiuns, dizem que vão para a cidade de Juremá. Outros falam subir para o Humaitá, e assim por diante.
Sabemos, no entanto, que os Caboclos não voltam para as florestas como ordinariamente voltam os que lá habitam.
No espaço, onde se situam as esferas vibratórias, vivem os Caboclos agrupados, segundo a faixa vibracional de atuação, junto a psico-esfera da Terra. São verdadeiras cidades onde se cumpre o mandato que Oxalá assim determinou, colaborando com a humanidade.
É para as cidades espirituais que os Caboclos responsáveis pelos diversos terreiros levam os médiuns, dirigentes e demais trabalhadores, para aprenderem um pouco mais sobre a Umbanda.
Estas moradas possuem grandes núcleos de trabalhos diversos, onde o Caboclo faz sua evolução, contrariando o que muitos encarnados pensam (que Caboclo tudo pode tudo sabe e tudo faz).
Os Orixás, que são emanações do pensamento do Deus-Pai, que está além da personalidade humana que lhe queiram dar as culturas terrenas, fazem descer a mais pura energia-matéria ser trabalhada pelos Caboclos no espaço-tempo das esferas que compreendem a Terra, morada provisória de alguns espíritos em evolução.
Lá, na morada de luz dos Caboclos, existem outros espíritos aprendendo o manejo das energias, das forças que estabelecerão um padrão vibratório de equilíbrio para os consulentes que vêm às tendas de caridade em busca de um conforto espiritual.
Estas “aldeias” se locomovem entre as esferas, ora estão em zonas próximas às trevas, socorrendo espíritos dementados, ora estão sobre algumas cidades do plano visível, etéreas, ou sobre o que resta de florestas preservadas pelo Homem. De lá extraem, com a ajuda dos Elementais, os remédios para a cura dos males do corpo.
Quando Incorporados, fumam charutos ou cigarrilhas e, em algumas casas, costumam usar durante as giras, penachos, arcos e flechas, lanças, etc… Falam de forma rústica lembrando sua forma primitiva de ser, dessa forma mostram através de suas danças muita beleza, própria dessa linha.
Seus “brados”, que fazem parte de uma linguagem comum entre eles, representam quase uma “senha” entre eles. Cumprimentos e despedidas são feitas usando esses sons.
Costumamos dizer que as diferenças entre eles estão nos lugares que eles dizem pertencer. Dando como origem ou habitat natural, assim podemos ter:
Caboclos Da Mata – Esses viveram mais próximos da civilização ou tiveram contato com elas.
Caboclos Da Mata Virgem - Esses viveram mais interiorizados nas matas, sem nenhum contato com outros povos.
Assim vários caboclos se acoplam dentro dessa divisão.
Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para compreendermos porque alguns falam mais explicados que outros. Mais ainda existe as particularidades de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros.
A primeira é a “especialidade” de cada um, são elas: curandeiros, rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras, entre outros.
A segunda é diferença criada pela irradiação que os rege. É o Orixá para quem eles trabalham.
Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia, estamos nos referindo a sua forma de trabalho.
A “personalidade” de um caboclo se dá pela junção de sua “origem”, “especialidade” e irradiação que o rege.
E é nessa “personalidade” que centramos nossos estudos. Assim como os Pretos-velhos, eles podem dar passe, consulta ou participarem de descarrego, contudo sua prática da caridade se dá principalmente com a manipulação (preparo de remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral).
Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das ervas e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer outro guia.
Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais.

Com a Colaboração de Suely Castro

Os Caboclos na Umbanda

São os nossos amados Caboclos os legítimos representantes da Umbanda, eles se dividem em diversas tribos, de diversos lugares formando aldeias, eles vem de todos os lugares para nos trazer paz e saúde, pois através de seus passes, de suas ervas santas conseguem curar diversos males materiais e espirituais. A morada dos caboclos é a mata, onde recebem suas oferendas, sua cor é o verde transparente para as Caboclas e verde leitoso para os Caboclos, gostam de todas as frutas, de milho, do vinho tinto (para eles representa o sangue de Cristo), gostam de tomar sumo de ervas e apreciam o coco com vinho e mel.
Existem falanges de caçadores, de guerreiros, de feiticeiros, de justiceiros; são eles trabalhadores de Umbanda e chefes de terreiros. As vezes os caboclos são confundidos com o Orixá Oxossi, mas eles são simplesmente trabalhadores da umbanda que pertencem a linha de Oxossi, embora sua irradiação possa ser de outro Orixá.
A sessão de caboclos é muito alegre, lembra as festas da tribo. Eles cantam em volta do axé da casa como se estivessem em volta da fogueira sagrada, como faziam em suas aldeias. Tudo para os caboclos é motivo de festa como casamento, batizado, dia de caçar, reconhecimento de mais um guerreiro, a volta de uma caçada.
Assim como os Preto-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham “incorporados” a seus médiuns na Umbanda, dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual.
Estão sempre em busca de uma missão, de vencer mais uma demanda, de ajudar mais um irmão de fé. São de pouco falar, mais de muito agir, pensam muito antes de tomar uma decisão, por esse motivo eles são conselheiros e responsáveis.
Os Caboclos, de acordo, com planos pré-estabelecidos na Espiritualidade Maior, chegam até nós com alta e sublime missão de desempenhar tarefa da mais alta importância, por serem espíritos muito adiantados, esclarecidos e caridosos. Espíritos que foram médicos na Terra, cientistas, sábios, professores , enfim, pertenceram a diversas classes sociais, os Caboclos vêm auxiliar na caridade do dia a dia aos nossos irmãos enfermos, quer espiritualmente, quer materialmente. Por essas razões, na maior parte dos casos, os Caboclos são escolhidos por Oxalá para serem os Guias-Chefes dos médiuns, ou melhor, representar o Orixá de cabeça do médium Umbandista (em alguns casos os Pretos-Velhos assumem esse papel).

Na Umbanda não existe demanda de um Caboclo para Caboclo, a demanda poderá existir de um Caboclo, entidade de luz, para com um “kiumba” ou até mesmo contra um Exu, de pouca luz espiritual.
A denominação “caboclo”, embora comumente designe o mestiço de branco com índio, tem, na Umbanda, significado um pouco diferente. Caboclos são as almas de todos os índios antes e depois do descobrimento e da miscigenação.
Constituem o braço forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de desenvolvimento mediúnico, curas (através de ervas e simpatias ), desobsessões, solução de problemas psíquicos e materiais, demandas materiais e espirituais e uma série de outros serviços e atividades executados nas tendas.
Os caboclos não trabalham somente nos terreiros como alguns pensam. Eles prestam serviços também ao Kardecismo, nas chamadas sessões de “mesa branca”. No panorama espiritual rente à Terra predominam espíritos ociosos, atrasados, desordeiros, semelhantes aos nossos marginais encarnados. Estes ainda respeitam a força. Os índios, que são fortíssimos, mas de almas simples, generosas e serviçais, são utilizados pelos espíritos de luz para resguardarem a sua tarefa da agressão e da bagunça. São também utilizados pelos guias, nos casos de desobsessão, pois, pegam o obsessor contumaz, impertinente e teimoso, “amarrando-o” em sua tremenda força magnética e levando-o para outra região.
Os caboclos são espíritos de muita luz que assumem a forma de “índios”, prestando uma homenagem à esse povo que foi massacrado pelos colonizadores. São exímios caçadores e tem profundo conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e muitas vezes, suas receitas produzem curas inesperadas.
Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização.
Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa aura e proporcionam uma energia e força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não existem trabalhos de magia que concedam empregos e favores, isso não é verdade. O trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepará-lo para que nós consigamos o nosso objetivo.
A magia praticada pelos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa.
Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, nos seus trabalhos de magia costumam usar pemba, velas, essências, flores, ervas, frutas e charutos.
Quase sempre os caboclos vêm na irradiação do Orixá masculino da coroa do médium e as caboclas vêm na irradiação do Orixá feminino da coroa do médium; mas, eles(as) podem vir também na Irradiação do seu próprio Orixá de quando encarnados e até mesmo na irradiação do povo do Oriente.

Com a Colaboração de Suely Castro