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Quadra 1, lote 1, Residencial Don Bosco, Cidade Ocidental. Veja como como chegar aqui.

Sobre Virar de Costas Para o Congá

Amigos,

Não sei quanto a vocês mas eu sou uma pessoa inconvenientemente curiosa. Inconveniente porque para mim isso é quase uma obsessão, não me dou por satisfeito enquanto não esclareço todos os pormenores de uma questão. “Característica de espíritos livres”, me disse uma vez um preto velho. Eu continuo assim até hoje, na esperança de que um dia consiga entender mais a vida e, quem sabe, o pós vida também. E foi essa dita curiosidade que me levou a buscar informações acerca de um pormenor dentro do ritual de Umbanda, pormenor esse que acontece em nossa casa (e em outras também, como já pude constatar, embora não seja, necessariamente, uma regra) mais precisamente quando o dirigente exclama: “Salve nosso pai Oxalá” ao que todos respondem: “Exe êo Babá” e viram-se de costas para o congá.
Isso sempre me pegou. Por que damos as costas para onde os santos, ou Orixás sincretizados, estão? Por que damos as costas para Oxalá? Perguntei por isso para algumas pessoas e ouvi as mais diversas explicações, uma mais confusa que a outra. Ouvi que nessa hora saudávamos as entidades de esquerda, que não agüentavam a luz dos Orixás ali representados. Ouvi que era por respeito aos Orixás darmos as costas nesses momento, mostrando que estamos desprotegido frente a eles. Pode até ser, mas resolvi perguntar, como sempre para questões assim, para um amigo que sempre me ajuda: o tal preto velho.

- Ora, meu filho - disse ele - quando vocês dão as costas para o Congá, a quem estão saldando?
- Aos Exus da casa - respondi.
- E o que esses Exus fazem por aqui?
- Guardam os trabalhos das vibrações baixas e espíritos zombeteiros.
- E onde eles ficam para fazer isso?
- Na porta do terreiro?
- Pois é, meu filho curioso. Você não vira de costas para o congá, vira de frente para as pessoas que cumprimenta. Seria deselegante saudar alguém de costas, não?

Não sei se você concorda ou não com ele, mas para mim essa resposta fez bastante sentido. Agora sempre que vou a um terreiro presto atenção a esse detalhe curioso e me pergunto se essa mesma curiosidade plaina na cabeça das pessoas como na minha. Espero que sim. Afinal, curiosidade é uma característica dos espíritos livres.
E simplicidade é dos espíritos evoluídos, vovô.

Saudações a Seu João de Deus.


Fonte:http://artefolk.wordpress.com/

2 comentários:

Anônimo disse...

Interressante, mas se não estou enganada, essa não é uma prática do nosso centro, não é mesmo???

Boa noite a todos!

Patrícia

Anônimo disse...

Usado na hora de sair pela corrente e
pela porta Patricia.