Muito se tem ouvido falar nos meios umbandistas com relação às firmezas necessárias para um bom andamento dos trabalhos num terreiro de Umbanda.
Logicamente que toda parte ritualística de uma Casa tem razão e função de ser, uma vez que a própria Umbanda tem fundamentos e é preciso preparar os mesmos como é falado em uma curimba de defumação.
Porém, além das firmezas materiais que estão ligadas aos elementos de trabalho dos Orixás, Guias e Entidades e que são catalisadoras das energias necessárias para esses trabalhos, ora servindo como força agregadora de energias positivas, ora desagregando as negativas, há outra firmeza de fundamental importância.
E qual seria essa firmeza?
A firmeza que me refiro meus filhos é a firmeza interior de cada médium de Umbanda.
Mas como se dá essa firmeza?
Se dá através da humildade, do exercício do amor ao próximo e da caridade prestada sem pedir ou esperar nada em troca.
A firmeza interior trabalhada na humildade permite ao médium o esclarecimento de que ele não sabe tudo, que sempre estará em aprendizado pois a Espiritualidade por mais que ensine ainda não deu a palavra final. Dessa forma o médium sempre estará acrescentando ao seu aprendizado ensinamentos novos, iniciando-se assim para ele sempre novas etapas, que devem ser ultrapassadas com muito respeito, amor, dedicação, renúncia e fé.
A firmeza interior pautada no exercício do amor ao próximo fará o médium se ver novamente no lugar do outro que chega na Casa em busca de ajuda, auxílio, esclarecimento e compreensão como o próprio médium chegou um dia.
A firmeza originada na caridade fará o médium entender que não deve julgar quem quer que seja e que muitas vezes ele sofrerá ingratidão e descrédito por parte de algumas pessoas ao verem seus pedidos negados pelas entidades de Umbanda que não barganham e nem trabalham contra as Leis de Deus.
Se hoje meus filhos já caminharam mais um pouquinho, mais motivos tem para buscar o exercício dessa firmeza interior.
Ser médium dentro do templo é muito fácil! O difícil é colocar-se como médium no dia-a-dia onde a sociedade pede muitas vezes uma postura não tão condizente com os ensinamentos de paz, amor e fraternidade deixados pelo Nosso Senhor Jesus Cristo.
Lembrem-se filhos de fé, é através de vossas atitudes que o templo do qual você faz parte será representado, é através das vossas condutas que a Umbanda será mostrada a outras pessoas.
Médium, sinônimo de ponte, meio, instrumento. Que o médium de Umbanda seja um instrumento dócil nas mãos de Pai Oxalá para que assim as bênçãos de amor e luz possam se fazer na Terra.
fonte:http://www.tuct.com.br/Site/artigos1.php?id=41&layout=2
"Se a tua curiosidade aqui te conduz, bem-vinda seja a tua curiosidade."
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Os Três da Criação
Rubens Saraceni
TEXTO INÉDITO!!!
Em um livro de nossa autoria (O Livro das Velas) começamos a mostrar as irradiações das chamas das velas e as denominamos de ondas vibratórias.
Em outros dos nossos livros, abrimos um pouco mais o Mistério das Vibrações Divinas e tudo foi assumindo forma.
Chegamos a comparar as ondas vibratórias aos genes, pois tal como eles, elas têm funções e realizam ações específicas na criação, porque cada modelo de onda transporta uma energia específica que é capaz de realizar um trabalho só seu.
Sempre de forma didática e prática, desenvolvemos comentários sobre as ondas vibratórias e a energia transportada por cada uma delas denominando-as de “Fatores de Deus”.
Em vários livros de nossa autoria os fatores são nomeados com o nome de verbos, assim como são classificadas as ondas vibratórias, tornando fácil o entendimento de tão complexo mistério de Deus.
Os mistérios das ondas vibratórias e dos fatores de Deus, guardadas as diferenças, são tão complexos quanto a física e a química, estudadas no plano material.
Física:
Para as “ondas vibratórias”.
Química:
Para os “fatores de Deus”.
Observem que os físicos e os químicos vêm desenvolvendo o conhecimento humano de forma maravilhosa e, de tempo em tempo, surpreendem a humanidade com a descoberta de leis e princípios que tanto respondem a muitas indagações, como imediatamente são aplicadas na vida criando novos conhecimentos e novos produtos.
Assim, o sobrenatural vai cedendo seu lugar ao natural porque se tornou compreensível e foi colocado sob determinado controle (o da ciência).
Mas, se assim tem acontecido com todas as ciências acadêmicas terrenas, o mesmo não se aplicava com as coisas religiosas e magísticas, sempre relegadas ao sobrenatural.
No nosso modelo de abordagem e de comentários sobre o universo divino, o natural, o espiritual e o magístico é racional e aos poucos vem delineando-os sob uma nova visão ou ângulo de observação.
Quando alguém dizia que tal folha ou erva é de um orixá e se perguntado porque ela é desse orixá e não de outro, e ouvimos como resposta que ela é dele porque é, pois foram os “mais velhos” que ensinaram isso, ficava uma fresta para a dúvida, porque faltava toda uma explicação que se justifica tal afirmativa.
Pacientemente, e de livro em livro, toda uma ciência e um modelo explicativo foi tomando forma e criando um modelo racional fundamentador das afirmações corretas, dos nossos “mais velhos” que, se eram verdadeiras, no entanto, sofriam pela falta de um “modelo explicativo e fundamentador”.
Quando, após a publicação de vários livros teóricos e didáticos, toda uma ciência divina delineou-se tudo foi sendo explicado e fundamentado.
Então, chegamos a um modelo padrão que responde à maioria das perguntas e fundamenta quase tudo o que está na Umbanda, e o que se usa nos trabalhos espirituais e magísticos dentro e fora dos seus centros.
O modelo é este:
- Olorum (Deus) é o princípio de tudo e está em tudo o que criou e gerou de si. Como Deus criou e gerou tudo, Ele é o princípio de tudo e tudo se inicia Nele.
Porque tudo se inicia em Deus então tudo tem seu princípio e está fundamentado Nele. Logo, tudo tem seu princípio criador e gerador.
Esse princípio criador-gerador que cada uma das coisas criadas por Deus traz em si, distingue-a e diferencia-a de todas as outras e dá-lhe uma individualização que facilita sua identificação, sua classificação e sua denominação.
– Nós, os seres racionais, em nosso planeta e em seu lado material, nos identificamos como humanos, nos classificamos como mamíferos e nos denominamos como seres humanos, separando-nos de outras espécies criadas por Deus em outros dos seus princípios criadores-geradores.
O que justifica essa afirmação é o fato de seres humanos só gerarem seres humanos, só bovinos gerarem bovinos, só eqüinos gerarem eqüinos, etc., entre os mamíferos, mas de espécies diferentes.
– Já entre os vegetais, que também têm seus princípios criadores-geradores específicos e fundamentados em Deus (pois todos concordamos que ele criou e gerou tudo), eles também têm suas identidades próprias e uns são classificados como pertencentes a uma espécie e outras a outras.
Observação: “Aqui não usaremos os nomes científicos e sim os populares para nomearmos tudo e todos”.
Porque cada espécie vegetal tem seu princípio criador-gerador em Deus, elas também têm suas identidades e individualidades que as distinguem entre si.
– Também, se observarmos os minérios e as rochas veremos que cada espécie tem seu princípio criador-gerador específico que a individualiza e a identifica separando-a das outras espécies.
– O mesmo ocorre com as aves, com os peixes, com os répteis, com os …, etc.
E cada coisa criada e gerada por Deus traz em si seu princípio criador-gerador que tanto a identifica, a classifica e a denomina, individualizando-a, assim como a impede de, a partir de si, criar e gerar outras coisas ou outras espécies.
Com isso a criação e o geracionismo original e fundamentado em Deus está garantido, não se desvirtuando e não degenerando nada e ninguém.
– O conservacionismo é um dos princípios existentes em Deus.
O nosso modelo contempla três estados para tudo o que Deus criou e gerou:
• Estado divino
• Estado espiritual
• Estado natural
No estado divino tudo é divino. No estado espiritual tudo é espiritual. No estado natural tudo é natural.
O que é divino mostra-se como divino. O que é espiritual mostra-se como espiritual. O que é natural mostra-se como natural.
– Tudo o que existe em um dos estados das coisas criadas e geradas por Deus também existe nos outros dois estados, mas já se mostrando no estado em que se encontra.
A partir daí, então, só há um mesmo princípio que cria, gera e dá sustentação a uma coisa (uma espécie) no seu estado divino, no espiritual e no natural, pois a razão e a lógica nos faz crer que não poderia haver três princípios (um para cada estado) para uma mesma espécie, porque aí não manteriam a correspondência identificatória, classificatória e denominativa.
E, finalmente chegamos a essa afirmativa: – Deus é único e é em si o princípio de tudo.
– Tudo, por ter origem em Deus e por ter sido criado e gerado em um princípio específico, o traz em si e tanto tem sua individualização sustentada por Ele, como pode ser identificado, classificado e denominado por Ele.
– E, porque tudo se mostra nos três estados, mas cada coisa gerada e criada por Deus o é em um princípio único, então um único e específico princípio sustenta, identifica, classifica e nomeia cada coisa (espécie) nos seus três estados (o divino, o espiritual e o natural).
– Logo, o que encontramos, identificamos, individualizamos, classificamos e nomeamos em um dos três estados da criação também existe nos seus dois outros estados, ainda que, por nos encontrarmos em um deles, os outros dois não nos sejam visualizáveis ou acessíveis.
E, como tudo tem sua origem e seu princípio sustentador em Deus a unidade é mantida, pois é uma espécie não gera outra, mas só a sua, mantendo-se única na Criação.
Daí, com essa forma de identificação, classificação e denominação entendida, basta recorrermos a um modelo cientifico para agruparmos e nomearmos as coisas criadas e geradas por Deus, para chegarmos aos princípios gerais ou universais e aos princípios específicos e limitados a uma espécie.
– Como cada espécie de vegetal tem seu princípio criador-gerador específico, mas todos são classificados como vegetais, então temos um princípio geral e universal, sustentador de todos os princípios específicos vegetais que os individualizam, os classificam e os nomeiam.
– E o mesmo acontece com os minérios, rochas, aves, peixes, etc.
Logo, ao invés de estudarmos Deus através de muitos princípios específicos, o nosso modelo recomenda fazê-lo a partir dos princípios gerais e universais.
E, como a Umbanda é regida pelo Setenário Sagrado, nos afixamos em sete princípios gerais e universais sustentadores do que se mostra aos nossos olhos na natureza terrestre (o estado natural) em seu lado material.
– Temos um princípio vegetal sustentando os vegetais.
– Temos um princípio mineral sustentado os minerais, etc.
Daí englobamos tudo em sete princípios gerais e universais, que são estes:
• Princípio cristalino
• Princípio mineral
• Princípio vegetal
• Princípio ígneo
• Princípio eólico
• Princípio telúrico
• Princípio aquático
Esses sete princípios englobam tudo o que se mostra em seu estado natural e conseguimos identificar, classificar e nomear cada coisa (ou espécie) criada e gerada por Deus nesse estado.
• Os cristais, individualizados, formam a natureza em sua parte cristalina.
• Os minérios formam a parte mineral da natureza.
• Os vegetais formam a parte vegetal da natureza.
• As temperaturas das coisas formam a parte ígnea da natureza.
• Os gases formam a parte eólica da natureza.
• Os solos formam a parte terrena da natureza.
• Os líquidos formam a parte aquosa da natureza.
Esses sete princípios gerais e universais são os sete princípios criadores-geradores existentes em Deus para o estado natural, que estão no Setenário Sagrado.
E, como tudo que se encontra em um estado (aqui, o natural) encontra-se nos outros dois, mas mostra-se em acordo com eles, e mantêm-se sustentados pelos mesmos princípios gerais e específicos, então basta transpormos esse Setenário Sagrado para o estado espiritual que encontraremos pessoas, animais, aves, répteis e etc (que são seres espirituais) sustentados por esses sete princípios gerais e universais. Nós os denominamos dessa forma:
• Seres ou espécies
espirituais cristalinos
• Seres ou espécies
espirituais minerais.
• Seres ou espécies
espirituais vegetais.
• Seres ou espécies
espirituais ígneos.
• Seres ou espécies
espirituais eólicos
• Seres ou espécies
espirituais terrenos
• Seres ou espécies
espirituais aquáticos
Mas, como para cada estado, cada coisa tem sua forma de mostrar-se, ainda que o seu princípio geral e único seja o mesmo, então transformamos gradativamente o modelo natural, para os sentidos da vida, também englobados pelo Setenário Sagrado, e que são estes:
• Sentido da Fé à princípio criador, gerador e sustentador dos cristais ou das rochas.
• Sentido do Amor à princípio criador, gerador e sustentador dos minerais.
• Sentido do Conhecimento à princípio criador, gerador e sustentador dos vegetais.
• Sentido da Razão ou da Justiça à princípio criador, gerador e sustentador das temperaturas.
• Sentido do Caráter ou da Lei à princípio criador, gerador e sustentador da ordem.
• Sentido da Sabedoria ou da Evolução à princípio criador, gerador e sustentador da evolução das espécies e das passagens de um estado para outro.
• Sentido da Criação e da Geração à princípio criador, gerador e sustentador da multiplicação das espécies.
Nos seres humanos, essa transposição do que existe e se mostra no estado natural, gerou arquétipos físicos e psicológicos, sendo que aqui daremos só o segundo, pois o primeiro já é de conhecimento geral.
• Sentido da Fé à seres religiosos;
• Sentido do Amor à seres agregadores
• Sentido do Conhecimento à seres expansores
• Sentido da Justiça à seres equilibradores
• Sentido da Lei à seres ordenadores
• Sentido da Evolução à seres transmutadores
• Sentido da geração à seres geracionistas
A partir do estabelecimento de um modelo analógico, passamos a recorrer à analogia para identificarmos as coisas e seus princípios criadores-geradores-sustentadores-identificadores-classificadores-nomeadores. Até aqui temos isto:
Fé – Religiosidade – Cristais
Amor – União – Minerais
Conhecimento – Expansão – Vegetais
Justiça – Equilíbrio – Temperaturas
Lei – Ordem – Gases
Evolução – Transmutação – Terras
Geração – Geracionismo – Águas
Essa correspondência analógica nos mostra sete sentidos, sete aspectos dos seres e sete elementos da natureza terrestre.
Como tudo o que se mostra no estado natural também se mostra nos outros dois ainda que em acordo com o estado onde está se mostrando, então podemos transpor esses sete sentidos para o estado divino da criação, que encontraremos seres divinos que também se adaptam a ele e nos permitem identificá-los, classificá-los e nomeá-los.
• No estado natural temos os elementos formadores da natureza terrestre: cristal, mineral, vegetal, fogo, ar, terra e água.
• No estado espiritual temos os espíritos associados aos elementos através dos sentidos: da fé, do amor, do conhecimento, da justiça, da lei, da evolução e da geração.
• No estado divino temos os sete mistérios maiores sustentadores da vida, que nos permitem associá-los aos poderes emanados por Deus e nos permitem identificar, classificar e nomear suas divindades regentes:
• Mistério da Fé
Divindade da Fé
• Mistério do Amor
Divindade do Amor
• Mistério do Conhecimento
Divindade do Conhecimento
• Mistério da Justiça
Divindade da Justiça
• Mistério da Lei
Divindade da Lei
• Mistério da Evolução
Divindade da Evolução
• Mistério da Geração
Divindade da Geração
Estas divindades-mistérios podem ser identificadas, classificadas e nomeadas, mas só através do estado natural, porque nele suas vibrações divinas estão dando sustentação à formação e manutenção dos elementos, e que também são os captadores, os absorvedores, os concentradores, os condensadores e os irradiadores dela para os seres e para os meios.
– Como as vibrações de uma divindade-mistério, que é em si uma manifestação de Deus e rege um dos sete sentidos da vida, quando entram no estado natural da criação fazem surgir um dos sete elementos, que as captam e as irradiam para os seres e para os meios, então, por analogia, temos como identificar, classificar e nomear cada uma delas, que são estas:
• Irradiação da Fé
• Irradiação do Amor
• Irradiação do Conhecimento
• Irradiação da Justiça
• Irradiação da Lei
• Irradiação da Evolução
• Irradiação da Geração
Daí, como os meios naturais se mostram energeticamente de várias formas, gerando meios diferentes, foi preciso estudar aqueles onde cada uma dessas irradiações mais se destacavam e mais facilmente podiam ser estudadas.
Isso, essa necessidade nos levou às dimensões elementais, onde o elemento resultante da vibração divina predominam e identificam, classificam e nomeiam cada uma delas, ao que nelas existe, aos seres que nelas vivem e às suas divindades naturais regentes.
• O estado divino da criação nos é invisível e, por ser um estado puramente mental, nos é inacessível.
• O estado natural da criação, por ser energético, magnético, vibratório e elemental tanto nos é visível quanto acessível.
Daí, foi só um passo adentrarmos nas dimensões elementais básicas e identificarmos, classificarmos e nomearmos tudo e todos, a partir do nosso entendimento espiritual.
Com um modelo analógico pronto tudo ficou fácil e resultou numa tabela comprovável.
Com esta tabela, uma correspondência pode ser estabelecida, bastou substituir os nomes das divindades mistérios por orixás para surgir um panteão divino que nos é compreendido e que, no estado natural pode ser visualizado e descrito:
• Divindade-mistério da Fé
à Orixás da Fé
• Divindade-mistério do Amor
à Orixás do Amor
• Divindade-mistério do Conhecimento à Orixás
do Conhecimento
• Divindade-mistério da Justiça
à Orixás da Justiça
• Divindade-mistério da Lei
à Orixás da Lei
• Divindade-mistério da Evolução
à Orixás da Evolução
• Divindade-mistério da Geração
à Orixás da Geração
Por correspondência temos isto:
• A Divindade-mistério da Fé é um mistério de Deus que, manifestado, é um mental divino universal onipotente, onisciente e oniquerente, que rege o sentido da fé, irradia suas vibrações para o estado natural e faz surgir a dimensão elemental cristalina, onde predomina uma energia específica condensada nos cristais (nas rochas) e que, quando absorvida pelos seres espirituais desperta no íntimo delas sentimentos de fé, de fraternidade e de confiança. Essa Divindade-mistério identificada, classificada e nomeada Orixá da Fé, rege integralmente o sentido da fé e pontifica a irradiação da fé, pois a é em si.
• Como toda irradiação divina tanto é ativa como passiva, ela tem dois pólos que a projetam para tudo e para todos.
• Como esses pólos só podem ser visualizados e estudados no estado natural da criação, nesse podem ser identificados, classificados e nomeados os orixás naturais responsáveis por eles e pela manutenção do equilíbrio em suas irradiações (ativa e passiva).
• Como esses orixás naturais podem ser visualizados nós os identificamos, classificamos e nomeamos como Orixás da Fé.
• Como uma irradiação tem dois pólos, no pólo ativo da fé identificamos um orixá feminino que classificamos como orixá feminino da fé e o nomeamos Oyá-Logunan.
No pólo passivo identificamos um orixá masculino que classificamos como orixá masculino da fé e o nomeamos Oxalá.
A visualização desses orixás não pode ser direta, porque eles são em si um estado natural da criação: o cristalino.
Nós os visualizamos, estudamos, identificamos, classificamos e nomeamos através dos seres naturais, que são membros de suas hierarquias. E isto foi possível, porque o que se mostra em um estado está nos outros, e vice-versa.
Os membros das hierarquias naturais são nomeados seres naturais de natureza divina ou orixás naturais. Já, os seres da natureza regidos e amparados por eles são nomeados seres de natureza espiritual.
Também encontramos uma correspondência direta entre os seres de natureza divina e os de natureza espiritual, confirmando mais uma vez que o que está em um estado mostra-se nos outros dois, ou seja:
• O que está nos seres de natureza divina mostra-se nas divindades e no espíritos.
Simplificando, temos isto:
• Divindade-mistério regente do sentido da Fé à orixás regentes da fé à seres de natureza divina sustentadores da Fé à seres naturais cristalinos à espíritos regidos e sustentados pelo sentido da Fé.
Em sentido contrário (do micro para o macro) já que podemos visualizar, identificar, classificar e nomear os seres espirituais, os naturais, os de natureza divina, as divindades naturais em ativos e passivos e em masculinos e femininos, também podemos fazer o mesmo com a Divindade-mistério da Fé. E o fazemos desta forma:
• A Divindade-mistério da Fé, denominado Orixá da Fé é em si um mistério maior de Deus, porque traz em si o duplo aspecto dele e de sua criação. Tanto é ativo quanto passivo; tanto é masculino como feminino e, em si, essa dualidade o caracteriza como criador e gerador, predicado este só encontrado em Deus.
Logo, o Orixá-mistério da Fé é Deus manifestado em um dos sete sentidos da vida, criando, gerando e sustentando tudo e todos criados e gerados por Ele nesse sentido.
A correspondência direta entre o Orixá da Fé, as divindades naturais cristalinas, os seres divinos cristalinos, a dimensão elemental cristalina, os seres naturais cristalinos, os espíritos regidos pelo sentido da fé, os elementos da natureza condensadores das vibrações divinas e seus irradiadores naturais, podem ser comprovadas até um certo nível ou estado da criação (o natural), porque dali em diante só o processo analógico nos permite identificar, classificar, nomear e estudar, pois dali em diante tudo torna-se invisível aos nossos olhos e impenetráveis à nossa mente.
Mas a regra de ouro que nos ensina que o que está em Deus está na sua criação e nas suas criaturas (os três estados), justifica a nossa certeza na divindade dos Sagrados Orixás, nos seus poderes, nos seus domínios, nas suas regências e nas suas ascendências sobre nós, os espíritos humanos.
Também justifica o culto religioso e o auxílio magístico dirigido a eles, pois de verdade, neles tudo encontra fundamentação elemental, natural, espiritual e divina.
Até nossas filiações por orixás, está fundamentada nesse modelo desenvolvido por nós, pois se temos na regência dos sete sentidos, das sete vibrações, das sete irradiações e dos sete elementos e das sete dimensões elementais básicas suas regências e suas presenças divinas, não há como não estar ligado e estar sendo amparado por um deles.
Tudo é uma questão de deixar as emoções humanas de lado e usar a razão, pois até nossa personalidade íntima, nossos gostos, humor e predileções, encaixam-se dentro desse modelo identificatório, classificatório e nomeador.
Só não vê e não o aceita, quem não quer ou ainda é extremamente ignorante sobre Deus e seus mistérios.
Umbanda é religião; tem seus mistérios; tem seus fundamentos; está fundamentada em Deus e os três estados da criação estão tão visíveis dentro de um terreiro de Umbanda que só não os vê quem não quer.
• O estado divino mostra-se nos poderes sustentadores da Umbanda e nos trabalhos realizados dentro do seus templos.
• O estado natural mostra-se no espaço material e nos elementos usados pelos guias espirituais e pelos seus médiuns.
• O estado espiritual mostra-se nos guias e nos médiuns, todos espíritos e todos em correspondência direta com os dois outros estados, pois se não houvesse essa correspondência um orixá não poderia incorporar em um médium e, através deste, atuar no “lado de fora” da criação, uma vez que ele vive no estado natural e manifesta de si os poderes existentes no lado divino.
Umbanda tem fundamentos.
Só é preciso conhecê-los!
Este é um texto inédito de Rubens Saraceni que estará no seu próximo lançamento pela Editora Madras, “O Livro de Oferendas e Assentamentos na Umbanda”.
TEXTO INÉDITO!!!
Em um livro de nossa autoria (O Livro das Velas) começamos a mostrar as irradiações das chamas das velas e as denominamos de ondas vibratórias.
Em outros dos nossos livros, abrimos um pouco mais o Mistério das Vibrações Divinas e tudo foi assumindo forma.
Chegamos a comparar as ondas vibratórias aos genes, pois tal como eles, elas têm funções e realizam ações específicas na criação, porque cada modelo de onda transporta uma energia específica que é capaz de realizar um trabalho só seu.
Sempre de forma didática e prática, desenvolvemos comentários sobre as ondas vibratórias e a energia transportada por cada uma delas denominando-as de “Fatores de Deus”.
Em vários livros de nossa autoria os fatores são nomeados com o nome de verbos, assim como são classificadas as ondas vibratórias, tornando fácil o entendimento de tão complexo mistério de Deus.
Os mistérios das ondas vibratórias e dos fatores de Deus, guardadas as diferenças, são tão complexos quanto a física e a química, estudadas no plano material.
Física:
Para as “ondas vibratórias”.
Química:
Para os “fatores de Deus”.
Observem que os físicos e os químicos vêm desenvolvendo o conhecimento humano de forma maravilhosa e, de tempo em tempo, surpreendem a humanidade com a descoberta de leis e princípios que tanto respondem a muitas indagações, como imediatamente são aplicadas na vida criando novos conhecimentos e novos produtos.
Assim, o sobrenatural vai cedendo seu lugar ao natural porque se tornou compreensível e foi colocado sob determinado controle (o da ciência).
Mas, se assim tem acontecido com todas as ciências acadêmicas terrenas, o mesmo não se aplicava com as coisas religiosas e magísticas, sempre relegadas ao sobrenatural.
No nosso modelo de abordagem e de comentários sobre o universo divino, o natural, o espiritual e o magístico é racional e aos poucos vem delineando-os sob uma nova visão ou ângulo de observação.
Quando alguém dizia que tal folha ou erva é de um orixá e se perguntado porque ela é desse orixá e não de outro, e ouvimos como resposta que ela é dele porque é, pois foram os “mais velhos” que ensinaram isso, ficava uma fresta para a dúvida, porque faltava toda uma explicação que se justifica tal afirmativa.
Pacientemente, e de livro em livro, toda uma ciência e um modelo explicativo foi tomando forma e criando um modelo racional fundamentador das afirmações corretas, dos nossos “mais velhos” que, se eram verdadeiras, no entanto, sofriam pela falta de um “modelo explicativo e fundamentador”.
Quando, após a publicação de vários livros teóricos e didáticos, toda uma ciência divina delineou-se tudo foi sendo explicado e fundamentado.
Então, chegamos a um modelo padrão que responde à maioria das perguntas e fundamenta quase tudo o que está na Umbanda, e o que se usa nos trabalhos espirituais e magísticos dentro e fora dos seus centros.
O modelo é este:
- Olorum (Deus) é o princípio de tudo e está em tudo o que criou e gerou de si. Como Deus criou e gerou tudo, Ele é o princípio de tudo e tudo se inicia Nele.
Porque tudo se inicia em Deus então tudo tem seu princípio e está fundamentado Nele. Logo, tudo tem seu princípio criador e gerador.
Esse princípio criador-gerador que cada uma das coisas criadas por Deus traz em si, distingue-a e diferencia-a de todas as outras e dá-lhe uma individualização que facilita sua identificação, sua classificação e sua denominação.
– Nós, os seres racionais, em nosso planeta e em seu lado material, nos identificamos como humanos, nos classificamos como mamíferos e nos denominamos como seres humanos, separando-nos de outras espécies criadas por Deus em outros dos seus princípios criadores-geradores.
O que justifica essa afirmação é o fato de seres humanos só gerarem seres humanos, só bovinos gerarem bovinos, só eqüinos gerarem eqüinos, etc., entre os mamíferos, mas de espécies diferentes.
– Já entre os vegetais, que também têm seus princípios criadores-geradores específicos e fundamentados em Deus (pois todos concordamos que ele criou e gerou tudo), eles também têm suas identidades próprias e uns são classificados como pertencentes a uma espécie e outras a outras.
Observação: “Aqui não usaremos os nomes científicos e sim os populares para nomearmos tudo e todos”.
Porque cada espécie vegetal tem seu princípio criador-gerador em Deus, elas também têm suas identidades e individualidades que as distinguem entre si.
– Também, se observarmos os minérios e as rochas veremos que cada espécie tem seu princípio criador-gerador específico que a individualiza e a identifica separando-a das outras espécies.
– O mesmo ocorre com as aves, com os peixes, com os répteis, com os …, etc.
E cada coisa criada e gerada por Deus traz em si seu princípio criador-gerador que tanto a identifica, a classifica e a denomina, individualizando-a, assim como a impede de, a partir de si, criar e gerar outras coisas ou outras espécies.
Com isso a criação e o geracionismo original e fundamentado em Deus está garantido, não se desvirtuando e não degenerando nada e ninguém.
– O conservacionismo é um dos princípios existentes em Deus.
O nosso modelo contempla três estados para tudo o que Deus criou e gerou:
• Estado divino
• Estado espiritual
• Estado natural
No estado divino tudo é divino. No estado espiritual tudo é espiritual. No estado natural tudo é natural.
O que é divino mostra-se como divino. O que é espiritual mostra-se como espiritual. O que é natural mostra-se como natural.
– Tudo o que existe em um dos estados das coisas criadas e geradas por Deus também existe nos outros dois estados, mas já se mostrando no estado em que se encontra.
A partir daí, então, só há um mesmo princípio que cria, gera e dá sustentação a uma coisa (uma espécie) no seu estado divino, no espiritual e no natural, pois a razão e a lógica nos faz crer que não poderia haver três princípios (um para cada estado) para uma mesma espécie, porque aí não manteriam a correspondência identificatória, classificatória e denominativa.
E, finalmente chegamos a essa afirmativa: – Deus é único e é em si o princípio de tudo.
– Tudo, por ter origem em Deus e por ter sido criado e gerado em um princípio específico, o traz em si e tanto tem sua individualização sustentada por Ele, como pode ser identificado, classificado e denominado por Ele.
– E, porque tudo se mostra nos três estados, mas cada coisa gerada e criada por Deus o é em um princípio único, então um único e específico princípio sustenta, identifica, classifica e nomeia cada coisa (espécie) nos seus três estados (o divino, o espiritual e o natural).
– Logo, o que encontramos, identificamos, individualizamos, classificamos e nomeamos em um dos três estados da criação também existe nos seus dois outros estados, ainda que, por nos encontrarmos em um deles, os outros dois não nos sejam visualizáveis ou acessíveis.
E, como tudo tem sua origem e seu princípio sustentador em Deus a unidade é mantida, pois é uma espécie não gera outra, mas só a sua, mantendo-se única na Criação.
Daí, com essa forma de identificação, classificação e denominação entendida, basta recorrermos a um modelo cientifico para agruparmos e nomearmos as coisas criadas e geradas por Deus, para chegarmos aos princípios gerais ou universais e aos princípios específicos e limitados a uma espécie.
– Como cada espécie de vegetal tem seu princípio criador-gerador específico, mas todos são classificados como vegetais, então temos um princípio geral e universal, sustentador de todos os princípios específicos vegetais que os individualizam, os classificam e os nomeiam.
– E o mesmo acontece com os minérios, rochas, aves, peixes, etc.
Logo, ao invés de estudarmos Deus através de muitos princípios específicos, o nosso modelo recomenda fazê-lo a partir dos princípios gerais e universais.
E, como a Umbanda é regida pelo Setenário Sagrado, nos afixamos em sete princípios gerais e universais sustentadores do que se mostra aos nossos olhos na natureza terrestre (o estado natural) em seu lado material.
– Temos um princípio vegetal sustentando os vegetais.
– Temos um princípio mineral sustentado os minerais, etc.
Daí englobamos tudo em sete princípios gerais e universais, que são estes:
• Princípio cristalino
• Princípio mineral
• Princípio vegetal
• Princípio ígneo
• Princípio eólico
• Princípio telúrico
• Princípio aquático
Esses sete princípios englobam tudo o que se mostra em seu estado natural e conseguimos identificar, classificar e nomear cada coisa (ou espécie) criada e gerada por Deus nesse estado.
• Os cristais, individualizados, formam a natureza em sua parte cristalina.
• Os minérios formam a parte mineral da natureza.
• Os vegetais formam a parte vegetal da natureza.
• As temperaturas das coisas formam a parte ígnea da natureza.
• Os gases formam a parte eólica da natureza.
• Os solos formam a parte terrena da natureza.
• Os líquidos formam a parte aquosa da natureza.
Esses sete princípios gerais e universais são os sete princípios criadores-geradores existentes em Deus para o estado natural, que estão no Setenário Sagrado.
E, como tudo que se encontra em um estado (aqui, o natural) encontra-se nos outros dois, mas mostra-se em acordo com eles, e mantêm-se sustentados pelos mesmos princípios gerais e específicos, então basta transpormos esse Setenário Sagrado para o estado espiritual que encontraremos pessoas, animais, aves, répteis e etc (que são seres espirituais) sustentados por esses sete princípios gerais e universais. Nós os denominamos dessa forma:
• Seres ou espécies
espirituais cristalinos
• Seres ou espécies
espirituais minerais.
• Seres ou espécies
espirituais vegetais.
• Seres ou espécies
espirituais ígneos.
• Seres ou espécies
espirituais eólicos
• Seres ou espécies
espirituais terrenos
• Seres ou espécies
espirituais aquáticos
Mas, como para cada estado, cada coisa tem sua forma de mostrar-se, ainda que o seu princípio geral e único seja o mesmo, então transformamos gradativamente o modelo natural, para os sentidos da vida, também englobados pelo Setenário Sagrado, e que são estes:
• Sentido da Fé à princípio criador, gerador e sustentador dos cristais ou das rochas.
• Sentido do Amor à princípio criador, gerador e sustentador dos minerais.
• Sentido do Conhecimento à princípio criador, gerador e sustentador dos vegetais.
• Sentido da Razão ou da Justiça à princípio criador, gerador e sustentador das temperaturas.
• Sentido do Caráter ou da Lei à princípio criador, gerador e sustentador da ordem.
• Sentido da Sabedoria ou da Evolução à princípio criador, gerador e sustentador da evolução das espécies e das passagens de um estado para outro.
• Sentido da Criação e da Geração à princípio criador, gerador e sustentador da multiplicação das espécies.
Nos seres humanos, essa transposição do que existe e se mostra no estado natural, gerou arquétipos físicos e psicológicos, sendo que aqui daremos só o segundo, pois o primeiro já é de conhecimento geral.
• Sentido da Fé à seres religiosos;
• Sentido do Amor à seres agregadores
• Sentido do Conhecimento à seres expansores
• Sentido da Justiça à seres equilibradores
• Sentido da Lei à seres ordenadores
• Sentido da Evolução à seres transmutadores
• Sentido da geração à seres geracionistas
A partir do estabelecimento de um modelo analógico, passamos a recorrer à analogia para identificarmos as coisas e seus princípios criadores-geradores-sustentadores-identificadores-classificadores-nomeadores. Até aqui temos isto:
Fé – Religiosidade – Cristais
Amor – União – Minerais
Conhecimento – Expansão – Vegetais
Justiça – Equilíbrio – Temperaturas
Lei – Ordem – Gases
Evolução – Transmutação – Terras
Geração – Geracionismo – Águas
Essa correspondência analógica nos mostra sete sentidos, sete aspectos dos seres e sete elementos da natureza terrestre.
Como tudo o que se mostra no estado natural também se mostra nos outros dois ainda que em acordo com o estado onde está se mostrando, então podemos transpor esses sete sentidos para o estado divino da criação, que encontraremos seres divinos que também se adaptam a ele e nos permitem identificá-los, classificá-los e nomeá-los.
• No estado natural temos os elementos formadores da natureza terrestre: cristal, mineral, vegetal, fogo, ar, terra e água.
• No estado espiritual temos os espíritos associados aos elementos através dos sentidos: da fé, do amor, do conhecimento, da justiça, da lei, da evolução e da geração.
• No estado divino temos os sete mistérios maiores sustentadores da vida, que nos permitem associá-los aos poderes emanados por Deus e nos permitem identificar, classificar e nomear suas divindades regentes:
• Mistério da Fé
Divindade da Fé
• Mistério do Amor
Divindade do Amor
• Mistério do Conhecimento
Divindade do Conhecimento
• Mistério da Justiça
Divindade da Justiça
• Mistério da Lei
Divindade da Lei
• Mistério da Evolução
Divindade da Evolução
• Mistério da Geração
Divindade da Geração
Estas divindades-mistérios podem ser identificadas, classificadas e nomeadas, mas só através do estado natural, porque nele suas vibrações divinas estão dando sustentação à formação e manutenção dos elementos, e que também são os captadores, os absorvedores, os concentradores, os condensadores e os irradiadores dela para os seres e para os meios.
– Como as vibrações de uma divindade-mistério, que é em si uma manifestação de Deus e rege um dos sete sentidos da vida, quando entram no estado natural da criação fazem surgir um dos sete elementos, que as captam e as irradiam para os seres e para os meios, então, por analogia, temos como identificar, classificar e nomear cada uma delas, que são estas:
• Irradiação da Fé
• Irradiação do Amor
• Irradiação do Conhecimento
• Irradiação da Justiça
• Irradiação da Lei
• Irradiação da Evolução
• Irradiação da Geração
Daí, como os meios naturais se mostram energeticamente de várias formas, gerando meios diferentes, foi preciso estudar aqueles onde cada uma dessas irradiações mais se destacavam e mais facilmente podiam ser estudadas.
Isso, essa necessidade nos levou às dimensões elementais, onde o elemento resultante da vibração divina predominam e identificam, classificam e nomeiam cada uma delas, ao que nelas existe, aos seres que nelas vivem e às suas divindades naturais regentes.
• O estado divino da criação nos é invisível e, por ser um estado puramente mental, nos é inacessível.
• O estado natural da criação, por ser energético, magnético, vibratório e elemental tanto nos é visível quanto acessível.
Daí, foi só um passo adentrarmos nas dimensões elementais básicas e identificarmos, classificarmos e nomearmos tudo e todos, a partir do nosso entendimento espiritual.
Com um modelo analógico pronto tudo ficou fácil e resultou numa tabela comprovável.
Com esta tabela, uma correspondência pode ser estabelecida, bastou substituir os nomes das divindades mistérios por orixás para surgir um panteão divino que nos é compreendido e que, no estado natural pode ser visualizado e descrito:
• Divindade-mistério da Fé
à Orixás da Fé
• Divindade-mistério do Amor
à Orixás do Amor
• Divindade-mistério do Conhecimento à Orixás
do Conhecimento
• Divindade-mistério da Justiça
à Orixás da Justiça
• Divindade-mistério da Lei
à Orixás da Lei
• Divindade-mistério da Evolução
à Orixás da Evolução
• Divindade-mistério da Geração
à Orixás da Geração
Por correspondência temos isto:
• A Divindade-mistério da Fé é um mistério de Deus que, manifestado, é um mental divino universal onipotente, onisciente e oniquerente, que rege o sentido da fé, irradia suas vibrações para o estado natural e faz surgir a dimensão elemental cristalina, onde predomina uma energia específica condensada nos cristais (nas rochas) e que, quando absorvida pelos seres espirituais desperta no íntimo delas sentimentos de fé, de fraternidade e de confiança. Essa Divindade-mistério identificada, classificada e nomeada Orixá da Fé, rege integralmente o sentido da fé e pontifica a irradiação da fé, pois a é em si.
• Como toda irradiação divina tanto é ativa como passiva, ela tem dois pólos que a projetam para tudo e para todos.
• Como esses pólos só podem ser visualizados e estudados no estado natural da criação, nesse podem ser identificados, classificados e nomeados os orixás naturais responsáveis por eles e pela manutenção do equilíbrio em suas irradiações (ativa e passiva).
• Como esses orixás naturais podem ser visualizados nós os identificamos, classificamos e nomeamos como Orixás da Fé.
• Como uma irradiação tem dois pólos, no pólo ativo da fé identificamos um orixá feminino que classificamos como orixá feminino da fé e o nomeamos Oyá-Logunan.
No pólo passivo identificamos um orixá masculino que classificamos como orixá masculino da fé e o nomeamos Oxalá.
A visualização desses orixás não pode ser direta, porque eles são em si um estado natural da criação: o cristalino.
Nós os visualizamos, estudamos, identificamos, classificamos e nomeamos através dos seres naturais, que são membros de suas hierarquias. E isto foi possível, porque o que se mostra em um estado está nos outros, e vice-versa.
Os membros das hierarquias naturais são nomeados seres naturais de natureza divina ou orixás naturais. Já, os seres da natureza regidos e amparados por eles são nomeados seres de natureza espiritual.
Também encontramos uma correspondência direta entre os seres de natureza divina e os de natureza espiritual, confirmando mais uma vez que o que está em um estado mostra-se nos outros dois, ou seja:
• O que está nos seres de natureza divina mostra-se nas divindades e no espíritos.
Simplificando, temos isto:
• Divindade-mistério regente do sentido da Fé à orixás regentes da fé à seres de natureza divina sustentadores da Fé à seres naturais cristalinos à espíritos regidos e sustentados pelo sentido da Fé.
Em sentido contrário (do micro para o macro) já que podemos visualizar, identificar, classificar e nomear os seres espirituais, os naturais, os de natureza divina, as divindades naturais em ativos e passivos e em masculinos e femininos, também podemos fazer o mesmo com a Divindade-mistério da Fé. E o fazemos desta forma:
• A Divindade-mistério da Fé, denominado Orixá da Fé é em si um mistério maior de Deus, porque traz em si o duplo aspecto dele e de sua criação. Tanto é ativo quanto passivo; tanto é masculino como feminino e, em si, essa dualidade o caracteriza como criador e gerador, predicado este só encontrado em Deus.
Logo, o Orixá-mistério da Fé é Deus manifestado em um dos sete sentidos da vida, criando, gerando e sustentando tudo e todos criados e gerados por Ele nesse sentido.
A correspondência direta entre o Orixá da Fé, as divindades naturais cristalinas, os seres divinos cristalinos, a dimensão elemental cristalina, os seres naturais cristalinos, os espíritos regidos pelo sentido da fé, os elementos da natureza condensadores das vibrações divinas e seus irradiadores naturais, podem ser comprovadas até um certo nível ou estado da criação (o natural), porque dali em diante só o processo analógico nos permite identificar, classificar, nomear e estudar, pois dali em diante tudo torna-se invisível aos nossos olhos e impenetráveis à nossa mente.
Mas a regra de ouro que nos ensina que o que está em Deus está na sua criação e nas suas criaturas (os três estados), justifica a nossa certeza na divindade dos Sagrados Orixás, nos seus poderes, nos seus domínios, nas suas regências e nas suas ascendências sobre nós, os espíritos humanos.
Também justifica o culto religioso e o auxílio magístico dirigido a eles, pois de verdade, neles tudo encontra fundamentação elemental, natural, espiritual e divina.
Até nossas filiações por orixás, está fundamentada nesse modelo desenvolvido por nós, pois se temos na regência dos sete sentidos, das sete vibrações, das sete irradiações e dos sete elementos e das sete dimensões elementais básicas suas regências e suas presenças divinas, não há como não estar ligado e estar sendo amparado por um deles.
Tudo é uma questão de deixar as emoções humanas de lado e usar a razão, pois até nossa personalidade íntima, nossos gostos, humor e predileções, encaixam-se dentro desse modelo identificatório, classificatório e nomeador.
Só não vê e não o aceita, quem não quer ou ainda é extremamente ignorante sobre Deus e seus mistérios.
Umbanda é religião; tem seus mistérios; tem seus fundamentos; está fundamentada em Deus e os três estados da criação estão tão visíveis dentro de um terreiro de Umbanda que só não os vê quem não quer.
• O estado divino mostra-se nos poderes sustentadores da Umbanda e nos trabalhos realizados dentro do seus templos.
• O estado natural mostra-se no espaço material e nos elementos usados pelos guias espirituais e pelos seus médiuns.
• O estado espiritual mostra-se nos guias e nos médiuns, todos espíritos e todos em correspondência direta com os dois outros estados, pois se não houvesse essa correspondência um orixá não poderia incorporar em um médium e, através deste, atuar no “lado de fora” da criação, uma vez que ele vive no estado natural e manifesta de si os poderes existentes no lado divino.
Umbanda tem fundamentos.
Só é preciso conhecê-los!
Este é um texto inédito de Rubens Saraceni que estará no seu próximo lançamento pela Editora Madras, “O Livro de Oferendas e Assentamentos na Umbanda”.
Exú - Jorge Amado
NÃO SOU PRETO, BRANCO OU VERMELHO
TENHO AS CORES E FORMAS QUE QUISER.
NÃO SOU DIABO NEM SANTO, SOU EXU!
MANDO E DESMANDO,
TRAÇO E RISCO
FAÇO E DESFAÇO.
ESTOU E NÃO VOU
TIRO E NÃO DOU.
SOU EXU.
PASSO E CRUZO
TRAÇO, MISTURO E ARRASTO O PÉ
SOU REBOLIÇO E ALEGRIA
RODO, TIRO E BOTO,
JOGO E FAÇO FÉ.
SOU NUVEM, VENTO E POEIRA
QUANDO QUERO, HOMEM E MULHER
SOU DAS PRAIAS, E DA MARÉ.
OCUPO TODOS OS CANTOS.
SOU MENINO, AVÔ, MALUCO ATÉ
POSSO SER JOÃO, MARIA OU JOSÉ
SOU O PONTO DO CRUZAMENTO.
DURMO ACORDADO E RONCO FALANDO
CORRO, GRITO E PULO
FAÇO FILHO ASSOBIANDO
SOU ARGAMASSA
DE SONHO CARNE E AREIA.
SOU A GENTE SEM BANDEIRA,
O ESPETO, MEU BASTÃO.
O ASSENTO? O VENTO!..
SOU DO MUNDO,NEM DO CAMPO
NEM DA CIDADE,
NÃO TENHO IDADE.
RECEBO E RESPONDO PELAS PONTAS,
PELOS CHIFRES DA NAÇÃO
SOU EXU.
SOU AGITO, VIDA, AÇÃO
SOU OS CORNOS DA LUA NOVA
A BARRIGA DA RUA CHEIA!...
QUER MAIS? NÃO DOU,
NÃO TOU MAIS AQUI
TENHO AS CORES E FORMAS QUE QUISER.
NÃO SOU DIABO NEM SANTO, SOU EXU!
MANDO E DESMANDO,
TRAÇO E RISCO
FAÇO E DESFAÇO.
ESTOU E NÃO VOU
TIRO E NÃO DOU.
SOU EXU.
PASSO E CRUZO
TRAÇO, MISTURO E ARRASTO O PÉ
SOU REBOLIÇO E ALEGRIA
RODO, TIRO E BOTO,
JOGO E FAÇO FÉ.
SOU NUVEM, VENTO E POEIRA
QUANDO QUERO, HOMEM E MULHER
SOU DAS PRAIAS, E DA MARÉ.
OCUPO TODOS OS CANTOS.
SOU MENINO, AVÔ, MALUCO ATÉ
POSSO SER JOÃO, MARIA OU JOSÉ
SOU O PONTO DO CRUZAMENTO.
DURMO ACORDADO E RONCO FALANDO
CORRO, GRITO E PULO
FAÇO FILHO ASSOBIANDO
SOU ARGAMASSA
DE SONHO CARNE E AREIA.
SOU A GENTE SEM BANDEIRA,
O ESPETO, MEU BASTÃO.
O ASSENTO? O VENTO!..
SOU DO MUNDO,NEM DO CAMPO
NEM DA CIDADE,
NÃO TENHO IDADE.
RECEBO E RESPONDO PELAS PONTAS,
PELOS CHIFRES DA NAÇÃO
SOU EXU.
SOU AGITO, VIDA, AÇÃO
SOU OS CORNOS DA LUA NOVA
A BARRIGA DA RUA CHEIA!...
QUER MAIS? NÃO DOU,
NÃO TOU MAIS AQUI
FESTA DE COSME E DAMIÃO

Quem quiser levar bolo pode levar no dia da festa.
A Festa será no dia 27 de setembro(domingo) e terá inicio com a gira dos pretos-velhos a partir das 17:00hs.
Sugestões de doações:
Chocolate
Refrigerante
Balas
Pirulitos
Balões
Pratos, copos e talheres descartáveis
Velas: Azul, Rosa, Branca etc.
Para refletir.

Nunca "esteja em débito" com algo que lhe faz mal.
Coloque um fim, e bata essa porta definitivamente.
Não viva tentando se enganar, mentindo para você mesmo.
Aquele que mente, vive em mentiras e atrai mentiras.
E as pessoas só conseguem estar conectadas com a existência através da verdade.
Não existe nada de errado em assumir a sua verdade, em assumir que o seu relacionamento deixou marcas que precisam ser resolvidas.
Não deixe que o ego fale mais alto. Você sabe que o sentimento existe, que a porta está encostada.
Na maioria das vezes você não precisa nem estar junto da pessoa para fechar essa porta, basta assumir, encarar, falar dos seus sentimentos.
Você só precisa assumir que está neste estado temporariamente, e logo ele mudará, basta você perder o medo de falar dele, de pensar nele.
Não trate isso como um segredo.
Trate isso como um compromisso que precisa ser resolvido, e não prorogue nem mais 1 dia.
Desmistifique, liberte seus sentimentos, assuma os riscos e seja feliz.
Fale das suas dúvidas, dos seus sentimentos com alguém que você confia, eleja um amigo, alguém que realmente goste de você, e se abra.
Quanto mais tempo você guardar esse sentimento só para você, mais perdida e sem saída você ficará.
A vida é generosa, outras portas se abrirão assim que você fechar essa.
E a vida enriquece quem se arrisca.
Ela privilegia quem descobre seus segredos.
Mas a vida também pode ser dura e cruel.
Se você não ultrapassar a porta encostada, terá sempre a mesma porta pela frente.
É a repetição perante a criação, é a estagnação da vida.
Entenda de uma vez que as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!
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