A postura interna de meus filhos é o que os predispõe ao escape de
fluidos vitais. As atitudes, a desordem emocional, a falta de cuidado consigo
mesmos, no que tange à saúde energética e à seleção de ambientes e pessoas com
as quais convivem, são fatores que desencadeiam o processo de roubo de
vitalidade. Por isso, vejo como algo digno em que meditar com extrema urgência:
qual postura interna você tem adotado que favorece o fenômeno da perda, roubo
ou vampirização energética? Não se pode jogar toda a culpa nos outros, como se
meus filhos vivessem num mundo onde só há ladrões prontos a dar o golpe.
Note, meu filho, que você mesmo pode ser vampiro de suas emoções; ou
mesmo, depois de certos comportamentos infelizes, provocar uma abertura em sua
áurea – fato que pode ser classificado como rompimento da tela etérica, a qual
delimita e envolve a estrutura psicobiofísica do ser humano. Essa ruptura
propicia o escoamento de reservas vitais. Muitas vezes, episódios de fuga
energética podem ser mal interpretados, dando a impressão de tratar-se de franco
processo de vampirização. Mas há diferença entre roubo e perda de energia.
Portanto, quero instigar à procura da causa, que com frequência permanece
escondida atrás daquilo que meus filhos traduzem, talvez apressadamente, como
apropriação de fluidos vitais. Quem sabe poderão encontrar em si mesmos, em
suas atitudes e comportamentos, a gênese de todo o mal que pretendem erradicar?
Minha sugestão é que se faça uma crítica sem autopiedade. Possivelmente,
concluirão que a maioria das vezes que julgam ter perdido vitalidade o que
ocorreu foi a adoção de atitudes e hábitos destrutivos, que sabotam a própria
saúde energética, emocional e espiritual.
Cada um de meus filhos é arquiteto de sua felicidade, de seu bem-estar
emocional, de sua qualidade de vida – ou da falta dela. Afirmativas como essa
têm sido repetidas por muitas pessoas, mas permanecem como uma verdade ainda
não introjetada.
Antes de questionar como evita o roubo de energias, é preciso averiguar
em que medida meu filho tem adotado um tipo de vida e vivido experiências que o
deixam vulnerável. Afinal, é lógico supor que se alguém está se apropriando de
sua vitalidade, talvez você esteja abrindo o campo para que isso ocorra. Caso
se dedique a conhecer suas fraquezas, seus hábitos negativos, pontos fracos e
sistemas de autoboicote, entãoserá mais fácil estabelecer métodos próprios de
autodefesa psíquica. O conhecimento dos mecanismos internos de autossabotagem
lhe dará forças para reestruturar aquilo que merece ser reciclado em suas
experiências, bem como para fortalecer suas posturas saudáveis e, por
conseguinte, impedir ou diminuir as perdas energéticas de grande expressão.
Diversos elementos podem ser utilizados a fim de revitalizar-se e de
impedir perdas ou roubos de energias. Contudo, ervas, salmos, banhos, florais e
tantos outros métodos, por mais eficazes que pareçam, não serão suficientes se
você não promover uma reeducação emocional e mental. Nenhuma força externa
substituirá aquela que deve partir do seu interior, à medida que meu filho
avançar na cirurgia da alma, usando o bisturi da vontade para modificar a
estrutura de vida que por vezes adota e que a ninguém cabe mudar, a não ser
você mesmo. Por mais que se reconheçam o potencial e a eficiência de métodos
variados de reposição energética, sem que você sele a brecha criada pelo
comportamento e pelos hábitos adquiridos ao longo dos anos, nada adiantarão as
terapias utilizadas; serão apenas paliativos".
Trecho extraído
da obra “Magos Negros”, de Robson Pinheiro, pelo preto-velho Pai João de
Aruanda
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