(...) Reunidos os médiuns, Sérgio fez a defumação do
ambiente, queimando ervas cujas energias, manipuladas pelos guias espirituais,
iam dissolvendo as impurezas espirituais e atraindo energias mais sutis. Dotada
do dom da vidência, Eleonora percebia as nuvens cinzentas e as crostas astrais
desmanchando-se sob a ação da fumaça impregnada do princípio ativo das ervas
que estavam sendo queimadas. Em alguns médiuns, particularmente, a ação era
mais forte, devido ao baixo teor vibratório de seus pensamentos.
Com o ambiente assim purificado, os espíritos dos
caboclos, que há muito já se encontravam no local, atuando no plano astral
correspondente, começaram a espargir glóbulos brancos e minúsculos, parecidos
com flocos brilhantes de algodão. Eram milhares de pontinhos, atirados pelas mãos
do caboclos e caboclas, fazendo o efeito de uma chuva nívea, refrescante para a
alma.
Algumas pessoas, mais receptivas imediatamente
sentiram o bem-estar que aquela torrente de luz causava. Outras, porém, ainda
um pouco mais endurecidas, deixavam-na passar despercebida. Eram essas as mais
necessitadas, aquelas que mais atraíam a atenção dos guias, que iam aplicando
passes em todos os presentes, demorando-se um pouco mais na energização dos
mais enfermos, fosse do corpo ou da alma.
Há, nos templos de qualquer religião, voltada para o
crescimento do ser humano, seres iluminados que atuam sobre os encarnados,
ajudando-os a reequilibrar suas forças físicas, mentais e emocionais. Essas
entidades, contudo, não agem sozinhas. Necessitam do concurso dos assistentes
para um resultado mais eficaz. Cada pessoa está em condições de ajudar a si
mesma contribuindo com seus pensamentos, palavras e atitudes. A concentração, o
silêncio e a vigília são caminhos fáceis para a penetração das energias
derramadas pelos guias. (...)
Trecho extraído da obra Jurema das Matas, de Mônica
de Castro, pelo espírito Leonel.
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