De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.
Quando li o texto acima fiquei impressionada com a maravilhosa capacidade de nosso cérebro e com a clareza que é dialogomostrada a nossa habilidade de manipular, criar, deduzir e de formar situações. É exposto de forma simples e óbvia o quanto somos limitados e manipulados, quanto uma primeira imagem nos leva a deduções e à incapacidade de ver cada coisa ou situação em sua essência íntima e verdadeira. Claro que essas habilidades estão ligadas ao nosso emocional e não ao nosso cérebro. Acredito que isso está acontecendo diariamente em nossas vidas e em todos os sentidos; quantos pré-conceitos e conceitos são criados em nosso íntimo e que, consequentemente, influenciam não apenas minha vida, mas a de todos que estão ao meu entorno. Percebemos isso claramente no referido texto e fica óbvio o nosso poder de dedução e de criação. A mente, nesse momento, somente obedece a estímulos emocionais, torna-se preguiçosa e limita a visão real e íntima do fato. Pontos importantes que não podemos deixar passar sem uma boa reflexão. Afinal, vemos tantas pessoas sofrendo compulsivamente por deduções e criações.
E quando se fala em dedução e sofrimento percebemos uma simbiose sutil, mas agressiva. O sofrimento, ou melhor, a dor do sofrimento surge quando não se consegue compreender, aceitar e distinguir o ‘Real’ do ‘Irreal’, o que propicia a ausência da realidade, e é nesse momento que entra a dedução dos fatos. Falar na capacidade de criar e relacioná-la ao sofrimento é falar em frustrações. Criamos, imaginamos e desejamos coisas que nem sempre são possíveis ou permitidas e assim vivenciamos a dor amarga da frustração. É Importante vivenciar o real e evitar expectativas. É importante saber que a dor, seja ela qual for, deve propiciar um diálogo concreto com a perspectiva de obter respostas.
Isso mesmo! Sofre-se porque não se tem REPOSTAS. E onde encontrar as ‘respostas’? Muitos escritores, filósofos e antropólogos falam que uma das funções da religião é dar respostas, e que assim o ser apazigua seu íntimo tranquilizando seu lado emocional e se sente esperançoso e até perdoado. Concordo plenamente com esse conceito mas, como umbandista, tento ir um pouco mais longe nessa concepção, trazendo-a para minha realidade religiosa, acredito que não é estar dentro das igrejas e das religiões que encontramos respostas. Essas instituições além de vivenciarem as verdades Divinas e as respostas dadas pelo seu Divino, tem a função de mostrar onde o fiel deve encontrá-las. Na instituição católica as respostas estão na Bíblia, no judaísmo estão no Torá, no budismo na Sutra e assim por diante, são livros sagrados que direcionam o comportamento humano que deve ser vivenciado e praticado pelos seus fiéis.
Pois bem, quando falamos em Umbanda as respostas estão mais próximas, o que não quer dizer mais fáceis, elas estão no sentido religioso do ser e não no fenômeno mediúnico, no dom da incorporação ou dentro do Terreiro simplesmente, como muitos pensam e agem. Sabe-se que a Umbanda não tem um livro sagrado que direciona o caminho, e que também não é dedução ou achismo. Ela tem os Orixás e a Fala Sagrada das Entidades de Luz que sempre tentam nos mostrar o caminho nos estimulando a reflexão interior e a compaixão. Portanto, médiuns umbandistas encontrarão respostas quando se tornarem religiosos e não apenas médiuns pertencentes a esse ou aquele terreiro de Umbanda. É importante saber que incorporar é somente uma forma de trabalho mediúnico e que isso não significa ser religioso, portanto não é só incorporando que encontraremos as respostas ou que evoluiremos espiritualmente. É necessário ser religioso e para ser religioso partimos do principio que é necessário se entender, se compreender, se enxergar verdadeiramente, assim como, entender, compreender e enxergar o próximo, mas não de forma manipuladora, dedutiva e pré-conceituosa.
Portanto, vamos aproveitar a reflexão inspirada no texto acima e levá-la para dentro de nossa realidade humana e, principalmente, para dentro de nossa realidade espiritual e religiosa e percebamos que a capacidade de nosso cérebro é imensa, mas que a emoção pode controlá-la, limitá-la ou paralisá-la. Não dá para simplesmente ler um texto, sem observar de fato como ele está composto, sem ler as entrelinhas e a intenção do texto. Não dá para olhar uma situação sem enxergar o que a envolve, assim como nossas ações, nossas palavras, nossas atitudes, nossos pensamentos não devem simplesmente estar ligados à compulsividade emocional gerando deduções, criações, julgamentos e manipulações. É necessário parar, pensar, refletir e dialogar antes de deduzir e criar.
Um ótimo final de semana a todos e muito Axé !!
Escrito por Mãe Mônica Caraccio \\ tags: Editorial, Juca, Reflexão