Mapa de localização - TEPC

Quadra 1, lote 1, Residencial Don Bosco, Cidade Ocidental. Veja como como chegar aqui.

O Gongá (altar)


Ao chegarmos em um Templo de Umbanda, lugar sagrado onde a Espiritualidade se manifesta para bem e fielmente cumprir o que lhe é designado pelo Pai Maior (Tupã, Zambi, Olorum, Deus, Allah), via de regra observamos na posição frontal posterior do salão de trabalhos mediúnico-espirituais um ou mais objetos litúrgicos (cruz, imagens, símbolos, velas etc.), dispostos de modo bem visível e que despertam a atenção dos que alí se fazem presentes.

A este espaço especificamente destinado a recepcionar um conjunto de peças litúrgico-magísticas, afixadas sobre certas bases, na Umbanda nomeamos de Congá (Jacutá - Altar).

Um grande número de pessoas pertencentes a outros segmentos religiosos ou seitas, não conhecendo os fundamentos através dos quais a Umbanda se movimenta, o definem como sendo um local de idolatria e fetiches desnecessários. Já uma parte da coletividade umbandista, mais preocupada com a forma de apresentação do que com a essência, também não têm noção do quão importante é o Congá para as atividades do Terreiro, notadamente em seus aspectos Esotéricos e Exotéricos.

Não queremos dizer com a citação de tais palavras que exista Umbanda Exotérica e Umbanda Esotérica. Umbanda é Umbanda e só, sem os designativos que infelizmente estamos acostumados a ouvir, produto da vaidade e do modismo de alguns. O que existem sim é exoterismo e esoterismo dentro da ritualística umbandista, e isto é notório para aqueles que observam com atenção os trabalhos de terreiro.

Feitas estas considerações preliminares, comecemos por esclarecer que, embora os dois termos retrocitados (Exotérico - Esotérico) sejam pronunciadas da mesma forma (homofonia -mesma sonorização), ambas possuem significados apostos, diferentes.

Diz-se ESOtérico (Eso = Interno, velado, oculto) a todo o objeto, fato, ato, informação ou procedimento, cuja significação somente é acessível a uma plêiade de pessoas, que por outorga espiritual e/ou sacerdotal alcançaram tal conhecimento.

Sua publicidade é velada, pelo menos a priori.

Conceitua-se EXOtérico (Exo = Externo, aberto) a todo o objeto, fato, ato, informação ou procedimento, cuja significação é de conhecimento geral, alcançando a todos, de forma ostensiva, pública, vale dizer, sem nenhuma restrição quanto a sua razão de ser.

A nível EXOtérico, o Congá funciona como ponto de referência ou lugar de intermediação ou fixação psíquica, para o qual são direcionadas ondas mentais na forma de preces, rogativas, agradecimentos, meditações etc.

É sabido que as instituições umbandistas recebem pessoas dos mais diferentes degraus evolucionais, umas dispensando instrumentos materiais para elevarem seus pensamentos ao plano invisível, e outras tantas, a maioria, necessitando de elos tangíveis de ligação para concentração, afloramento, e direcionamento do teor mental das mesmas.

No quesito Sugestibilidade, o Congá, por sua arrumação, beleza, luminosidade, vibração etc., estimula médiuns e assistentes a elevarem seu padrão vibratório e a serem envolvidas por feixes cristalinos de paz, amor, caridade e fraternidade, emanados pela Espiritualidade Superior atuante.

Também é através do Congá que muitas pessoas que adentram pela primeira vez em um templo umbandista conseguem identificar de pronto quais forças que coordenam os trabalhos realizados. Para os não-umbandistas, como é saudável e balsâmico visualizar uma imagem representativa de Jesus, posicionada em destaque, como que os convidando a fazerem parte desta grande obra de caridade que é a Umbanda.

Sim amigos leitores, a Umbanda é uma religião inteligentemente estruturada pela Divina Espiritualidade.

Enquanto algumas religiões vaidosamente insistem em ficar em seus pedestais, fazendo apologias e proselitismos em causa própria, ora se intitulando como sendo o consolador prometido, ora como a única igreja de Deus, sem se importarem com os diferentes níveis de consciências encarnadas, a Umbanda, assim como Jesus, se integra as multidões, acolhendo a todos, sem distinção alguma, sem catequizar ou bitolar doutrinariamente ninguém. Religião é isto: é atender a todas as classes sociais, econômicas, religiosas, étnicas e consciências, atingindo-as, amparando-as e respeitando as diversas faixas espírito-evolutivas.

Passemos a falar do aspecto ESOtérico do Congá. E o faremos de maneira parcial, uma vez que não é nossa finalidade “pescar” para ninguém, mas tão somente estimular o estudo e uma maior habitualidade de raciocínio no que diz respeito a temas de fundamento dentro da Umbanda, a fim de termos médiuns mais bem preparados e aptos a dignificarem nossa sagrada religião.

Imaginem uma Usina de Força. Assim ‘e o Templo Umbandista. Agora imaginem esta usina com três ou mais núcleos de força, cada qual com uma ou mais funções neste espaço de caridade.

Pois bem, o Congá é um deste núcleos de força, em atividade constante, agindo como centro atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e níveis de energia e magnetismo.

‘E Atrator porque atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o terreiro, numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer positivos ou negativos.

É Condensador, na medida em que tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, num complexo influxo de cargas positivas e negativas, produto da psicoesfera dos presentes.

É Escoador, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio-terra (pára-raio), comprime miasmas e cargas magneto-negativas e as descarrega para a Mãe-Terra, num potente efluxo eletromagnético.

É Expansor pois que, condensando as ondas ou feixes de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e asistência, os potencializa e devolve para os presentes, num complexo e eficaz fluxo e refluxo de eletromagnetismo positivo.

É Transformador no sentido de que, em alguns casos e sob determinados limites, funciona como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados, ao ambiente de caridade.

É Alimentador, pelo fato de ser um dos pontos do terreiro a receberem continuamente uma variedade de fluidos astrais, que além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o combustível principal para as atividades do Congá (Núcleo de Força).

Não, irmãos umbandistas, o Congá não é mero enfeite; tão pouco se constitui num aglomerado de símbolos afixados de forma aleatória, atendendo a vaidade de uns e o devaneio de outros. Congá dentro dos Templos Umbandistas sérios tem fundamento, tem sua razão de ser, pois que pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sob a supervisão dos mentores de Aruanda.

Os apetrechos da Umbanda

Qual a função dos apetrechos na Umbanda?
- Os apetrechos tem várias utilidades, normalmente eles servem para trazer algum tipo de vibração que será utilizada nos trabalhos que serão realizados.
Quais são os apetrechos?
- Pemba, charutos, defumadores, estrela, marafo, imagem, água de beber, rosários ou guias, ervas, banhos. (Estes são os apetrechos mais comuns, e o nome dado a cada apetrecho poderá ser diferente de um terreiro para o outro)
Qual a função de cada apetrecho?
Pemba (giz) - Para traçar pontos que servem de firmeza e captação de forças para os trabalhos. Servem aos Exús para trancar a gira do mal.
Charutos - para defumação e oferendas, gratificação por trabalhos realizados.
Defumadores - para defumação do ambiente.
Estrela (vela) - Para pedir luz, para si, para um espírito, para desfazer trabalho, para pedir graças ou agradecer a todos tipos de espíritos. As cores variam de acordo com a necessidade do trabalho ou vibrações da pessoa.
Marafo (aguardente de cana) - Usado para descarrego e oferenda de gratidão aos trabalhos dos Exús.
Imagem - Para simbolizar para o filho de Umbanda como é o Caboclo , o Preto Velho e demais Espíritos, principalmente para aquele que não possui vidência. É um meio de aproximar o espírito e não se ora nem adora a imagem e sim o que ela representa.
Água de Beber - A água é sempre fluidificada com a força espiritual para beneficiar encarnado ou desencarnado, suprindo-lhe as necessidades do momento.
Rosários ou Guias - Servem para proteção do médium. São feitos de acordo com as vibrações características dos guias dos médiuns.
Ervas - São usadas para banhos e chás para saúde. Devem ser ministradas em ambos os casos, de acordo com a pessoas e com ciência.
Banhos - São transmissões de forças magnéticas para fortalecer , descarregar e limpar a aura, o perispírito do consulente.
**Matéria tirada do site "www.umbanda.hpg.com.br"

A Pemba

O giz usado na Umbanda é denominado de Pemba, a Pemba é também de grande importância e fundamental em todos os trabalhos, à quem diga que “médium que não tem Pemba no Congá, não é médium”. O “pó mágico” como diz outros, quando “cruzado”, ou seja, magnetizado pela entidade se torna um grande fixador de energias. É utilizado para riscar pontos nas pessoas, mas principalmente riscar os pontos no chão. Cada ponto tem um significado que só a entidade que risca sabe. O ponto quando riscado está criando um elo com o plano espiritual que emana energias, fluídos, vibrações, etc., diretamente no ponto. Na maioria dos casos quando é riscado um ponto a entidade põe alguém necessitado dentro dele, é quando a pessoa as vezes começa sentir sono, o corpo vibrar, arrepios, etc., isto ocorre devido a ligação direta que está tendo com determinado guia ou energia ali fixada. É possível também um médium vidente ver os pontos riscados brilharem e emanarem luzes diversas.

Caboclos

Os Caboclos, na Umbanda, são entidades que se apresentam como indígenas e incorporam na Umbanda de Caboclo. As entidades denominadas de Caboclos , que apresentam-se nos terreiros de Umbandae são espíritos com um grau espiritual muito elevado. Existem diversas linhas de atuação que um caboclo pode apresentar-se diante seu médium. Quando digo linha, refiro-me as essências da hierarquia de DEUS, os Sagrados Orixás. Se muito evoluidos diante os ditames de DEUS, em sua prática efetiva da benevolência Divina, podem, inclusive, atuar sob a outorga de mais de um Orixá Essêncial, ou seja, apresentando-se como um Caboclo de Oxóssi, Ogum e Xangô ao mesmo tempo, atuante nas três vibrações, ou mais.

Na Umbanda verdadeira, a linha de Caboclo e a linha de Preto Velho são as únicas fundamentalmente capacitadas, diante seu grau de evolução, a apresentar-se como mentores de um médium, ou seja, são as únicas entidades que podem responder diretamente ao(Orixá de Cabeça) de um médium, sem desequilibrar a vida disciplinar do médium, própriamente dito.

O que um Caboclo acessa, um Exú, mesmo Exú de Lei, não acessa, devido seu grau de ascensão espiritual.

Como em todas as linhas de Umbanda, os caboclos são hierarquicamente organizados, existindo chefes de falange e subordinados. Os caboclos são muito espertos e rápidos quando o assunto é doença e para a cura com ervas conhecem muitos tipos de ervas e para que elas servem como devem ser usadas e é uma gira que traz muita bondade, paz ,tranquilidade e principalmente amor. Alguns nomes de caboclos que apresentam-se na Umbanda, em linhas respectivas:

Oxóssi:

  • Cabocla Jurema
  • Cabocla Jacira
  • Caboclo Tupinambá
  • Caboclo Gira Mundo
  • Caboclo Arruda
  • Caboclo das Sete Encruzilhadas
  • Caboclo Pena Branca, Verde, vermelha, dourada, etc.
  • Caboclo Sete Flexas
  • Caboclo Jibóia
  • Caboclo Aguia Branca
  • Caboclo Flecha Dourada
  • Caboclo Aymoré
  • Caboclo Sete Estrelas
  • Caboclo Rompe Mato
  • Caboclo Tira Teima
  • Caboclo Lírio Branco, Verde ou Azul
  • Caboclo Cobra Coral
  • Caboclo Arranca Toco
  • Caboclo Treme Terra
  • Caboclo Névoa Negra
  • Caboclo Sultão das Matas
  • Caboclo Ventania
  • Caboclo Mata Virgem
  • Caboclo Tupi
  • Caboclo Ubirajara
  • Caboclo Roxo
  • Caboclo Grajaúna
  • Caboclo Samambaia
  • Caboclo Jupira
  • Cabocla Jussara
  • Caboclo Araribóia
  • Caboclo Urubatão
  • Caboclo Gira Mundo
  • Caboclo Cipó

Ogum:

  • Caboclo Ogum Iara
  • Caboclo Ogum Megê
  • Caboclo Ogum Matinata
  • Caboclo Ogum Sete Espadas
  • Caboclo Ogum Rompe-Mato
  • Caboclo Ogum Pantera Negra
  • Caboclo Ogum Sete Ondas
  • Caboclo Ogum Beira Mar
  • Caboclo Ogum Beira Rio
  • Caboclo Ogum de Ronda
  • Caboclo Ogum Lua
  • Caboclo Ogum das Matas
  • Caboclo Ogum de Lei

Xangô:

  • Caboclo Sete Pedreiras
  • Caboclo Xangô Kaô
  • Caboclo Pedra Roxa
  • Caboclo Pedra Preta, branca, roxa, etc
  • Caboclo Sete Montanhas
  • Caboclo Sete Cachoeiras

Os arquétipos na Umbanda

A respeito dos pretos–velhos, a senhora poderia tecer alguns comentários a respeito da linha e da forma plasmada/roupagem fluídica utilizada pelos espíritos que nela militam?

Vó Benedita – A linha de pretos-velhos, meus filhos, é uma linha como qualquer outra dentro da Umbanda. Um grande equívoco é pensar que todo preto–velho foi negro, ou morreu velho em sua última encarnação, o que muitos sabem, não é bem verdade. Existem muitos irmãos que utilizam a aparência de preto–velho, mas nunca foram escravos no Brasil nem em qualquer lugar do mundo. Na verdade essa linha nasce como forma de organização de todo um contingente de espíritos que iriam atuar dentro do movimento umbandista que surgia. As primeiras linhas fundamentadas foram a de caboclo e pretos–velhos. Utilizou–se uma figura mítica já presente dentro da cultura brasileira e criou–se toda uma linha de trabalho, onde todos os seus representantes teriam trejeitos e características similares. Surgia a linha de preto–velho, uma linha transmissora da calma, da sapiência, da humildade, detentora do conhecimento sobre os Orixás e que, acima de tudo, falaria ao simples de coração até ao mais erudito doutor, sempre com palavras de amor e espalhando luzes dentro da espiritualidade terrena. Era uma forma de identificar e aproximar a população ao culto nascente. Era uma forma de homenagem. Era também uma forma de hierarquizar e organizar. Além disso, temos a questão arquetípica e mítica por detrás de cada uma das linhas.

Os pretos-velhos estão fundamentados no arquétipo do sábio, ou, "ancião", aquele que com as experiências vividas alcançou a sabedoria. Em cima desse arquétipo, criou-se muitos mitos dentro da cultura universal, onde a figura do ancião sempre foi utilizada como símbolo para a sapiência. Um dos mitos brasileiros para esse arquétipo é a figura do preto-velho, que sofreu, tinha poucas condições, mas tudo isso superou, com fé, amor, determinação etc. Na verdade, dentro da figura simbólica do preto-velho vemos um ideal de luta e superação das pessoas...

Reencarnação, por quê?


A reencarnação provém de dois atributos básicos de Deus, sem os quais, no nosso entendimento, Ele não seria Deus: justiça e misericórdia infinitas.

Acreditando-se que tais atributos são intrínsecos à Deus, torna-se sobremaneira impossível conceber-se a idéia de um inferno temporalmente infinito a um indivíduo, no qual estarão as almas que aqui viveram de forma errada, enganosa, materialista, etc, sem quaisquer chances de arrependimento. Tais almas, uma vez adentradas no inferno, não poderiam ser alcançadas pela misericórdia divina. Mesmo arrependendo-se, não mais seriam ouvidas por Deus por todo o sempre. É fácil perceber o grave conflito entre esse conceito de inferno e os dois atributos divinos citados acima, uma vez que, de forma óbvia, sua existência estabelece um termo à misericórdia de Deus.

A reencarnação é uma segunda chance que Deus nos concede para tentarmos evoluir moralmente como seres humanos, sendo esse o real objetivo dela: a evolução do espírito. "Receber um corpo, nas concessões do reencarnacionismo, não é ganhar um barco para nova aventura, ao acaso das circunstâncias, mas significa responsabilidade definida nos serviços de aprendizagem, elevação ou reparação, nos esforços evolutivos ou redentores". (1) Deus não quer que nenhum dos seus filhos se perca e sua infinita misericórdia estará sempre nos tocando com sua divina benção.
A reencarnação vem ainda a corrigir possíveis injustiças. Quantas pessoas passam por sérias dificuldades em suas vidas? Miséria, vivendo ao lado do crime e tendo os filhos passando fome, enquanto outras possuem totais condições de desenvolvimento moral junto a suas famílias tão bem estabelecidas?

Um caso interessante: quantos povos viveram em níveis bárbaros e antropófagos na história da humanidade? Será que se nossa alma, assim que fosse criada, encarnasse em um corpo e vivesse junto a esse povo não seríamos também antropófagos?
Por isso deveríamos ir para o inferno, logicamente?
Ou iríamos para o paraíso eterno? (Mas como, se fomos canibais??)
Pode-se argumentar que Deus perdoar-nos-ia por não sabermos que tal prática era errada, afinal nascemos ali e convivemos desde cedo com aquilo. Mas então isso quer dizer que, por viver na ignorância, estaríamos livres para fazer o que quiséssemos e ainda assim sermos premiados com o paraíso eterno? Seria uma grande demonstração de misericórdia, realmente, por parte de Deus, mas ao mesmo tempo também de injustiça. Isso não seria justo para com aqueles que conheceram as leis do amor a Deus e ao próximo. Aos primeiros o paraíso, não importando o que fizeram, devido a sua ignorância; aos últimos, somente se conseguissem manter-se no caminho correto, passando pela porta estreita (Mateus 7:13)? Em qualquer hipótese, não há como haver justiça igualitária a todos nesse caso se não pensarmos na reencarnação. Nas duas possibilidades estaria havendo um tratamento preferencial de Deus para com um povo ou outro: seja dando a possibilidade do paraíso apenas àqueles que possuíssem o conhecimento das leis morais divinas e as praticassem, relegando os ignorantes e bárbaros ao inferno eterno; seja dando aos ignorantes e bárbaros de qualquer forma o paraíso, face à sua ignorância, devendo os outros, para chegarem à felicidade eterna, seguir todo um caráter moral de convivência com o próximo.

Outro caso interessante: o que ocorre com a criança que morre ainda em tenra idade? Imaginemos que tal criança deixe essa vida apenas alguns dias após seu nascimento. Deveria ela ir para o céu ou para o inferno?
Lógico é pensarmos que não irá para o inferno, pois sua alma, acabando de ser criada e vivendo encarnada por apenas alguns dias, não haverá cometido pecado algum. Então pensamos: deverá certamente ir para o paraíso eterno. Se assim o é, tal alma fora escolhida por Deus para ser salva. Não foi submetida a nenhum sofrimento que qualquer ser humano enfrenta em sua vida, tendo que ser forte para suportá-los sem desviar-se do bom caminho. Concebemos como justo e correto um pai que, a um filho, dá todas as condições de desenvolvimento: carinho, amor, suporte material, etc; e a outro despreza e humilha, sempre relegando-o a um plano inferior? Se um homem que assim agisse seria obviamente considerado injusto e sem caráter, como Deus poderia proceder desse modo? Deus não escolhe almas e as salva previamente. Deus não quer mais a você do que a alguém de um povo bárbaro que viveu há milhares de anos atrás, nem quer mais a uma criança que desencarna com alguns dias de vida do que você, que está aqui, suportando alguns sofrimentos dessa vida. Somos todos filhos Dele e Ele quer nosso bem igualmente.

O que dizer então nesses casos?
Devemos pensar que a real vida é a do espírito. O corpo morre e volta ao pó, a alma continua eternamente. Seria melhor ter vivido com o povo bárbaro em um tempo longínquo, tendo a salvação eterna garantida pela ignorância, ou viver agora, com todas as responsabilidades que o conhecimento que possuímos trás? Sabemos o quanto é difícil nos mantermos no caminho correto, com tantas dificuldades, tentações e violências do mundo atual...

A reencarnação é o produto da misericórdia infinita de Deus aliada a sua justiça suprema! Não se trata de um castigo, como muitos pensam, mas de uma segunda chance, como colocado no início. Uma chance que nos é concedida para que possamos sempre evoluir até atingirmos a perfeição que nossa natureza humana comporta. Aliado a isso, a reencarnação ainda corrige as injustiças, dando iguais possibilidades a todos. É como em uma escola: se um aluno é reprovado, ele não é expulso, mas ganha uma nova chance no ano seguinte, sempre podendo contar com a assistência de seus professores.

Manual Doutrinário, Ritualistico e Comportamental UMBANDISTA - Rubens Saraceni

Este livro surgiu de um projeto da Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo (AUEESP) com o intuito de oferecer aos umbandistas um manual prático que os auxilie para uma melhor atuação em seus templos ou terreiros e na orientação aos médiuns quanto ao seu comportamento. Neste guia, o umbandista encontrará dicas e instruções de como preparar os templos e o ambiente para os trabalhos, organizar grupos de trabalho e eventos, fazer a preparação comportamental da corrente mediúnica, do sacerdote, dos médiuns, dos ogãs, dos cambones e dos auxiliares.
Até mesmo aqueles que nunca adentraram em um templo de umbanda, mas pretendem fazê-lo, aqui encontrarão dicas de como se portar em um espaço sagrado como esse.
Os autores dedicaram-se também à preparação de instruções gerais, aliando a prática do culto à doutrina umbandista, apresentando o culto dedicado a cada um dos orixás, além de rituais, consagrações e cultos consagratórios diversos, bem como orientações para motivação religiosa dos freqüentadores.
Os leitores ainda terão à disposição o procedimento das cerimônias de batismo, casamento e funeral.
Esta é uma obra que reúne várias práticas e torna mais fácil o trabalho dos dirigentes e médiuns umbandistas.





DIFERENÇAS ENTRE CANDOMBLÉ E UMBANDA

O brasileiro é um povo pacífico e crédulo, tem muita fé, é um povo religioso, não é difícil enganar pessoas tão ingênuas...(Este é meu ponto de vista).

A visão que tenho é bem clara...:

Existe uma barafunda geral, na cabeça das pessoas com relação a religião, cada um faz a sua como bem quer ou como bem entende que deva fazer (a tal da verdade absoluta) o que o guia do babá ou da babá de terreiro disser, é que é o certo e pronto. (???)

Se em cada esquina tiver um centro de umbanda, e formos perguntar como funciona, vamos verificar que cada um funciona de acordo com a cabeça do dono da casa, e não de acordo com o que dita as regras gerais do que deva ser um centro de umbanda.

A primeira diferença entre candomblé e umbanda:

O candomblé é uma religião iniciática, que apesar de bem deturpada, tem seus fundamentos nas religiões tribais africanas (milenares) trazidas pelos escravos para o Brasil. E com eles vieram os orixás africanos, todos negros, sem mistura de credo, pois não conheciam as religiões católica e espírita nem de longe (os escravos).

A umbanda foi criada por volta de 1900, não se sabe exatamente a data, no Rio de Janeiro, onde o primeiro babá de terreiro criou as regras, ou foram ditas por seus guias, assim foi criada a umbanda, que hoje, já não se sabe mais o que é realidade ou fruto de imaginação.

A mistura é tão grande, e a imaginação de cada um vai tão longe, que foram criando falanges e mais falanges que não se entende mais nada, nem os próprios umbandistas sabem dar certas explicações. A umbanda começou com os caboclos (espíritos de índios brasileiros) e pretos velhos (espíritos dos escravos), depois foram aparecendo novas entidades como ciganos, indianos, já tem gente incorporando Cleópatra, Messalina, Afrodite, Lampião, etc... dá prá acreditar? :-)

E os que dizem incorporar Lúcifer, Belzebu e outros, não que eu queira ser a dona da verdade, que não sou mesmo... mas haja imaginação hein? :-)

Freqüentei umbanda durante 9 anos, respeito a umbanda séria e acredito nos guias de umbanda, (pois os que conheci mereciam respeito), mas aprendi a separar mistificação, de entidades de verdade, pois acredito que o maior problema da umbanda seja esse, as pessoas não saberem distinguir um do outro.

Na minha opinião, toda religião é boa, desde que não seja usada para ludibriar as pessoas ingênuas e crédulas. Toda pessoa precisa acreditar em alguma coisa, ter fé, mas também precisa ter o bom senso de desconfiar de vez em quando, nem tudo o que vemos e ouvimos é o que parece ser.

Independente das religiões, o ser humano é dotado, uns mais outros menos, de poderes paranormais ou seja vidência, audiência, telepatia, telecinese e outros, até poder de cura através das mãos, (que a pessoa já nasce com eles sem fazer parte de nenhuma religião, muitos morreram nas fogueiras por terem tais poderes, eram chamados de bruxos, na idade média), que infelizmente são usados através de religiões, com finalidades nem sempre honestas.

Segunda diferença entre candomblé e umbanda:

Antigamente na religião africana, existia uma separação entre o culto de Egun e o culto de orixá, era bem definido e os locais de culto eram independentes e separados. Exemplo disso, podemos ver nas casas de candomblé da Bahia (casas de Ketu tradicional), onde se cultua orixá, (tem apenas um quarto onde são homenageados os eguns dos filhos da casa que já morreram), os Eguns dos pais de santo, são cultuados em outras casas, as mais conhecidas estão na Ilha de Itaparica.

Também acho uma discriminação, mulher quando morre não é egun, é alma, sendo cultuadas em outras casas.

Nessas casas onde são cultuados os babá Egun, também é feita uma separação bem definida, quando um babá Egun está dançando no barracão e vira um orixá de alguém que esteja assistindo, em respeito ao orixá, esse babá Egun se retira da sala e só volta quando o orixá tiver ido embora. No candomblé, o único motivo de se usar contra-egun, é para que um egun não incorpore em uma pessoa iniciada para o orixá.

A coisa tá tão complicada de se entender, que a maioria das babás de terreiro usam como símbolo de cargo um mocan no pescoço, isso quando não usam senzala de búzios e contra-egun também, feitos de palha da costa, usado no candomblé exatamente para que eguns não se apoderem das pessoas.

A conclusão que eu cheguei é a seguinte:

A umbanda não é iniciática, portanto não tem feitura de orixá.

As entidades que incorporam na umbanda não são orixás, são guias.

Nem tudo que vemos incorporado na umbanda são guias, pode ser fruto da imaginação muito fértil de algumas pessoas (com exceções).

No candomblé tem gente feita de santo que continua virando com guias de umbanda, isso não é novidade, é até muito freqüente de se ver. (vide texto anexo do Prof. Reginaldo Prandi).

Mas dizer que foi feito de um orixá na umbanda, prá mim é novidade... a não ser que o pai de santo tenha sido feito, mas aí a casa deixa de ser umbanda e passa a ser de candomblé e que também toca umbanda.

Peço desculpas, aos umbandistas, não quis com isso ofender ninguém, apenas tentei colocar como vejo a situação da umbanda e do candomblé nos dias de hoje, e peço que as pessoas leiam mais e procurem se orientar melhor, não estou querendo dizer com isso, que o candomblé seja a religião perfeita, porque não é mesmo, tem muitas falhas principalmente por deturpação de muitos pais e mães de santo.

Nos candomblés bantus tradicionalmente sempre existiu a presença do caboclo, mas é um caboclo diferente do que incorpora na umbanda, não dá prá confundir são totalmente diferentes.

Com isso quero dizer que existem umbandas sérias e candomblés sérios, mas que precisam ser distinguidos.

E esse é o X da questão.

fonte:http://www.sobresites.com/candomble/artigo2.htm

Trabalhos durante o sono

Embora possamos não ter consciência disso, muitas vezes nosso grupo se reúne durante os momentos em que nossos espíritos apresentam uma certa liberdade da matéria, quando nos deprendemos do corpo físico durante o sono. Muitos de nós já tivemos a alegria de lembrar, quando acordados, de alguns aspectos de tais trabalhos. O que essas experiências nos mostram com clareza é que o trabalho na caridade e o exercício da mediunidade são atividades constantes, às quais devemos estar sempre preparados (inclusive para o nosso próprio benefício). Fica claro também que um médium que pode pensar possuir uma “mediunidade ainda não aflorada”, quando consciente, pode trabalhar de diversas formas quando está desprendido do seu corpo físico. São vários os relatos na literatura espírita de médiuns que servem a espíritos de luz durante o sono, através dos mesmos mecanismos que conhecemos quando acordados; ou seja, podemos trabalhar de todas as formas expostas acima quando nos encontramos no “plano espiritual”. Esses trabalhos podem ser, inclusive, uma continuação dos tratamentos e estudos que iniciamos nas nossas reuniões no plano terrestre. Em face disso tudo, percebemos a importância da prece e/ou do hábito de uma leitura edificante antes de dormirmos além, é claro, da constante busca pelo nosso equilíbrio e pela vigilância do padrão vibratório de nosso campo mental.

As Crianças - Erês.

Estas entidades representam a alegria, a sinceridade, a inocência, tudo que é puro.
Representam as crianças, são alegres, travessos, manhosos, cheios de dengo e manias. São a síntese da pureza.
Geralmente são muito ligados a linha das almas ( pretos e pretas velhas), sempre pedindo suas bênçãos e se referindo à eles como vô e vó.
São apegados aos seus apetrechos. Cada um deles tem uma mania: chupetas, bonecas, carrinhos,bonés,marias-chiquinhas,travesseiros, talco, etc.
Sempre quando estão em terra esperam muitos agrados, adoram doces, guloseimas, balas, pirulitos e adoram um grande bolo todo confeitado e um "Parabéns à você" para eles cantarem e apagarem as velinhas.
São muito sensíveis, então, por esse motivo nunca devemos deixá-los vir sem uma festinha. Eles esperam por isso.
São entidade de grande sabedoria, que entre brincadeiras soltam as "verdades" que muitas vezes precisamos ouvir.
Para agradá-los sirva uma boa porção de doces regados a bastante mel, num parque ou num jardim bem florido. Com certeza eles virão para ouvir seus pedidos.

Linhas, Falanges e Legiões

Vamos tentar discorrer sobre Linhas de Umbanda, Falanges e Legiões. Pretendo continuar na linha que venho utilizando, ou seja, sem declarar-me Zelador de Santo ou Expert de alguma forma. Não tentarei modificar ou ensinar qualquer coisa que seja, apenas apresentar percepções diferentes, na intenção de que cada um possa, formar o seu próprio ponto de vista. Devemos no entanto, mantermo-nos distante da vaidade e da presunção da verdade única e pessoal. Mesmo que não concordemos com determinadas afirmações, é seguro que entendamos ser difícil qualquer idéia sobre Umbanda estar completamente certa ou completamente errada. Os diversos entendimentos sobre suas origens, a mescla com fundamentos de outras religiões e a metamorfose que sofre de determinadas culturas, até mesmo regionais, para outras, fazem com que conhecimentos, sentimentos e posições possam ser aceitos no seu todo ou apenas em partes.
Assim sendo, para que tenhamos um ponto de vista razoável sobre esta matéria é necessário que nos posicionemos de alguma sorte sobre as origens da Umbanda. Esse procedimento será muito importante para que possamos entender ou manifestar algum tipo de consideração pessoal.

Antes de mais nada, vamos colocar algumas definições:

LINHA - Grupo de entidades que pertencem a determinada vibração de um Orixá. Tal Orixá representa a Linha.
LEGIÃO - Cada linha é composta de Legiões e cada Legião tem um chefe que será uma entidade espiritual de grande força e luz.
FALANGE - São todos as entidades que participam daquela Legião e produzem o trabalho espiritual necessário.

Desde que conheci a Umbanda e dela faço parte, sempre ouvi falar em Linhas. " Tal Caboclo é da linha de Ogum, outro era da Linha de Xangô", " Determinada entidade era feita em sete linhas", há até a Vela das sete linhas, que é uma vela comum de sete dias sendo no entanto confeccionada em sete cores distintas.

Essas considerações são bem comuns, entretanto é visível as diferenças de Linhas para uma mesma entidade. Pude perceber tais diferenças com mais intensidade, nas oportunidades que tive de perceber culturas diferentes em regiões diferentes ou até mesmo por considerações diferentes.

Fonte: http://br.geocities.com/rsnsolo/linfalegttl.htm

Pontos Cantados


Um dos fundamentos de vital importância para a harmonização e eficácia dos trabalhos dentro de um templo umbandista é, sem dúvida, o que diz respeito aos Pontos Cantados (curimbas).

Em tempos imemoriais, o homem materialista e ligado quase que exclusivamente aos aspectos físicos que o circundavam, tomado de profundo vazio consciencioso, resolveu traçar caminhos que o fizesse resgatar a verdadeira finalidade de sua existência. Alicerçado em princípios aceitáveis, passou a buscar o elo de ligação para com o Criador, a fim de se redimir do tempo perdido e desvirtuado para outras ações.

Uma das formas encontradas para a reaproximação com o Divino foi a música, onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior. Desta forma, os cânticos tornaram-se um atributo socio-religioso, comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano Astral Superior.

A Umbanda, nossa querida religião anunciada no plano físico em 15 de novembro de 1908, em Neves, Niterói – RJ, pelo espírito que se nominou Caboclo das Sete Encruzilhadas, também recepcionou este processo místico, mítico e religioso da expressão humana. Nos vários terreiros espalhados pelas Terras de Pindorama (nome indígena do Brasil), observamos com fé, respeito e alegria os vários pontos cantados ou curimbas, como queiram, sendo utilizados em labores de cunho religioso ou magístico.

Em realidade os Pontos Cantados são verdadeiros mantras, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás das curimbas que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provocam, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.

A Umbanda é capitaneada por sete Forças Cósmicas Inteligentes, que são as principais e que, por influência dos Pretos-Velhos, receberam os nomes de Orixás, sendo que a irradiação ou linha de Oxalá (Cristo Jesus), precede todas as demais, razão pela qual as comanda. Todas estas irradiações têm seus pontos cantados próprios, com palavras-chave específicas e a justaposição de termos magísticos, de forma que o responsável pela curimba deve ter conhecimento do fundamento esotérico (oculto) da canção.

Temos visto em algumas ocasiões determinadas pessoas até com boas intenções, mas sem conhecimento, "puxarem" pontos em horas não apropriadas e sem nenhuma afinidade com o trabalho ora realizado. Tal fato pode causar transtornos à eficácia do que está sendo feito, uma vez que podem atrair forças não afetas àquele labor, ou ainda despertar energias contrárias ao trabalho espiritual.

Quanto à origem, os pontos cantados dividem-se em Pontos de Raiz (enviados pela espiritualidade), e Pontos terrenos (elaborado por pessoas diretamente) Os Pontos de Raiz ou espirituais jamais podem ser modificados, pois constituem-se em termos harmoniometricamente organizados, ou seja, com palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados canais de interação físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins. No que concerne aos Pontos cantados terrenos, a Espiritualidade os ceita, desde que pautados na razão, bom senso, fé e amor de quem os compõe.

Às vezes, porém, nos deparamos com algumas curimbas terrenas que nos causam verdadeiro espanto, quando não tristeza. São composições "sem pé nem cabeça", destituídas de fundamento, com frases ingênuas e sem nenhum nexo, chegando algumas a denegrirem os reais valores Umbandistas.

Cantam curimbas por aí dizendo que Exu tem duas cabeças; que Bombogira (Pomba-Gira) é prostituta e mulher de sete maridos; que Preto-Velho é feiticeiro e mandingueiro; que o Orixá Nanã mora na lama dos rios; que Ogum é praça de cavalaria, e outras incoerências mais.

E quanto ao plágio (cópia adulterada), leitores ? Aí é que a questão se agrava. É que alguns "espertos" andam a visitar terreiros, ouvindo e decorando pontos pertencentes àqueles templos. Voltam à tenda onde trabalham ou dirigem, e começam a cantar os pontos aprendidos, com algumas alterações, para disfarçar é claro, e dizem a terceiros que as curimbas são de sua autoria ou de suas "entidades". Além de modificarem pontos que podem ser de raiz, estão sujeitos a serem desmascarados quando alguém toma conhecimento da origem e da real letra das curimbas.

Quanto à finalidade, os Pontos Cantados podem ser:

Pontos de chegada e partida; Pontos de vibração; Pontos de defumação;Pontos de descarrego; Pontos de fluidificação; Pontos contra demandas; Ponto de abertura e fechamento de trabalhos; Pontos de firmeza; Pontos de doutrinação; Pontos de segurança ou proteção (são cantados antes dos de firmeza); Pontos de cruzamento de linhas; Pontos de cruzamento de falanges; Pontos de cruzamento de terreiro; Pontos de consagração do Congá e outros mais, consoante à finalidade a que se destinam.

Vimos pelo acima exposto que as curimbas, por serem de grande importância e fundamento, devem ser alvo de todo o cuidado, respeito e atenção por parte daqueles que as utilizam, sendo ferramenta poderosa de auxílio aos Pretos-Velhos, Caboclos, Exus e demais espíritos que atuam dentro da Corrente Astral de Umbanda.

O anjo da guarda


Você sabe a importância dos anjos da guarda na Umbanda?

Bem, os anjos de guarda nos protegem e acompanham a cada dia. E esse acompanhamento também está nas horas de trabalho (sessões). Sim, porque estamos numa corrente espiritual onde espíritos sem luz e perturbados, confusos, enfim vêm contra nós, os Orixás, Guias, Entidades nos protegem, mas a presença do anjo da guarda antes e depois da incorporação é por demais importante.

Um exemplo, normalmente quando uma pessoa sofre um trabalho de demanda, um trabalho contra o bem estar dela, a primeiro reflexo que se nota é o enfraquecimento de seu anjo da guarda, tornando-o distante e deixando a pessoa vulnerável.

É comum que os Guias/Entidades do terreiro, quando se vêem a frente de uma pessoa com demanda, venham a pedir um “fortalecimento para o anjo de guarda”, ou seja, um reforço para restaurar os laços entre você e seu anjo da guarda. Esse reforço consiste em trazer ele mais próximo de você, com mais força para te proteger contra os *ataques* da demanda.

E para os médiuns?

Com toda a certeza, para os médiuns, os anjos da guarda são tão importantes quanto os próprios Orixás e Entidades.

Quando o médium vai incorporar, para que o Orixá/Entidade se aproxime, o anjo de guarda permite a passagem para ocorrer a incorporação. Quando o Orixá/Entidade está incorporado no médium, o anjo da guarda permanece ao lado, pois o médium está protegido por energias do Orixá ou Entidade que está ali.

Quando há o processo de desincorporação, o Anjo da Guarda se aproxima mais, para manter o equilíbrio do médium.

Portanto, os médiuns devem ficar atentos para não oferecer resistência na hora da desincorporação desse Orixá/Entidade, pois existe uma hora certa em que o Orixá deve deixar a matéria e o anjo da guarda se aproximar, não deixando a matéria desprotegida.

O seu anjo da guarda, sempre anda com você em qualquer lugar que você esteja, pronto a lhe proteger; embora você não o veja.

O que chamamos de intuição, muitas vezes é a manifestação de nosso Anjo da Guarda que procura sempre o melhor para nós (aquela voz na cabeça que diz, não faça isso, não vá por esse caminho, etc.).

O nosso anjo da guarda é aquele que nos protege a todo instante de nossas vidas... Por isso, devemos manter acesa uma vela com um copo d’água ao lado em um local alto, e fazer orações ao anjo da guarda regularmente, pedindo sempre que nos guie pelos caminhos certos da vida e que nos proteja.

Para quem acredita é muito fácil sentir, ouvir e presenciar a manifestação dos anjos em nossa vida dando inspiração para algo que ocorrerá em nossos dias, mas para pessoas que não acreditam que os anjos existam é totalmente difícil manter o anjo próximo dele, esse pensamento negativo e destrutivo para o anjo o enfraquece e acaba por distanciá-lo.

O céu não tem entradas, lá não precisamos bater; pois, chegando ao fim da jornada, sempre há alguém para nos receber.

Seu Anjo da Guarda te Chama!

Quando o médium fica meio em transe após a incorporação, alguns dirigentes colocam a mão sobre o coração do médium e dizem: “_fulano seu anjo da guarda te chama!”

Esta era uma prática comum antigamente (não há como datar precisamente) de benzedeiras. Elas utilizavam esta frase como uma pequena oração para pessoas que não se achavam plenamente conscientes por vários motivos (mediunizadas, epilepsia, desmaio, etc.).

Tal prática talvez tenha sido trazido para a nossa amada Umbanda por alguma Preta Velha, já que é de pleno conhecimento nosso que muitas Delas foram exímias benzedeiras.

O Anjo da Guarda é visto como o Mentor de nossa razão, de nossa consciência; Desta forma este é um chamado ao restabelecimento da consciência com implicações magísticas.

Ao fazer referência ao nosso anjo da guarda, chamando-nos de volta ao domínio das faculdades no corpo físico após o transe mediúnico, ocorre uma espécie de invocação a nós mesmos.