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Quadra 1, lote 1, Residencial Don Bosco, Cidade Ocidental. Veja como como chegar aqui.

Por que a Entidade não diz o nome?

Bem, o nome da Entidade não é o mais importante no início.
O importante realmente, é o trabalho que a Entidade irá realizar,e não o nome,até por que a Entidade poderá se identificar com o nome que quiser.

O ´medium em desenvolvimento de sua tarefa mediúnica,poderá captar várias Entidades, pois sua "antena" ainda não se encontra bem "ajustada".
Assim, nenhuma Entidade, irá dizer que se apropriou de seu corpo, de forma a não induzir, seu aparelho a canalizar somente sua vibração.
As Entidades são sábias e sabem a importância de todas as vibrações.

No processo inicial do desenvolvimento muitas Entidades de Luz se aproximam do médium ao mesmo tempo,aos pouquinhos o médium aprende a sintonizar cada uma delas, no devido tempo,com paciencia,estudo e dedicação.

Portanto,é natural médiuns novatos incorporarem bem suas Entidades, mas no entanto não saberem seu nome. O fato de dizer o nome da Entidade denota em sinal de avanço no processo de desenvolvimento, devendo ser natural, as coisas devem vir sempre ao seu tempo, sem pressa, não devendo ser antecipado, sobre a pena de atrapalhar todo desenvolvimento.

Nesse caso,a ansiedade,a pressa,e muitas vezes a vontade de se estar pronto para o atendimento,e na maioria das vezes por falhas dos próprios dirigentes,pmds, o médium se acha pronto,coloca sua Entidade acima de outras,que sua Entidade é a melhor,faz melhor,e acontece rápido, é nesse caso que acontece a derrocada do médium,pois a soberba dá início a sua derrota.

Nenhuma folha cai da àrvore sem que seja o momento certo!

Dedique-se,busque conhecimento,procure evoluir cada vez mais,pratique a reforma íntima,tenha comprometimento,amor e humildade para que seu nível eleve-se cada vez mais, e possa ser um trabalhador da ceara de Umbanda com transparencia,honestidade e simplicidade.

Fonte:http://wwwumbandaonline.blogspot.com/

O Passe Umbandista

A palavra “passe” tem origem no Espiritismo, codificado por Allan Kardec, e traz a idéia de “passar” ou “transmitir” algo a alguém. A doutrina codificada por Kardec tem base cristã e encontra no Evangelho as muitas passagens em que Jesus cura as pessoas e “expulsa” espíritos indesejados por meio da imposição de mãos.

Algo que vamos encontrar em muitas outras culturas como a egípcia, a grega, a celta, a chinesa, a indiana ou em tradições indígenas e xamãnicas.

Na obra de Allan Kardec vamos encontrar (A Gênese, Cap. XIV, 1:14, 15 e 18) a descrição dos “Fluidos” e sua manipulação:

Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não os manipulando como os homens manipulam os gases, mas por meio do pensamento e da vontade. O pensamento e a vontade são para os Espíritos o que a mão é para os homens...

Pode-se dizer, sem receio de errar, que há nesses fluidos, ondas e raios de pensamentos, que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros...

O “Passe Umbandista” não é apenas um “passe magnético” ou material e sim um “Passe Espiritual”, aplicado por um espírito.

Assim como Edgard Armond classificou diferentes métodos de aplicação do Passe Magnético para diferentes necessidades, também os espíritos que se manifestam na Umbanda aplicam métodos variados de acordo com a necessidade de cada consulente, dentro dos variados recursos que cada espírito guia entidade/mentor, possui.
Sem esquecer que cada um recebe na medida de seu merecimento e afinidade, podendo um encarnado bloquear uma ação positiva direcionada a ele mesmo como conseqüência de sua postura mental. Pois muitos merecem, mas não estão abertos emocionalmente ou psicologicamente para receber o que a espiritualidade lhe oferece, por vários motivos como descrença, irritação, mentalidade critica e posturas interesseiras desfocadas de um objetivo espiritual.

O “Passe Umbandista”, para além de “Passe Espiritual”, pode ser definido como a aplicação de um conjunto de técnicas mágico-religiosas, além de explorar todos os recursos possíveis de imposição de mãos, utiliza elementos e técnicas variadas e até inusitadas.

“Porém, enquanto nos centros espíritas usa-se o passe magnético, nos centros de Umbanda também se recorre aos passes energéticos, quando são usados diversos materiais (fumo, água, ervas, pedras ou colares, etc.) que descarregam os acúmulos negativos alojados nesses campos eletro-magnéticos...

Nem sempre o que parece folclore ou exibicionismo realmente o é. Se os mentores dos médiuns de Umbanda exigem determinados colares de pedras, eles sabem para que servem e dominam seu magnetismo, assim como as energias minerais cristalinas irradiadas pelas pedras. Ervas e fumo, quando potencializadas com energias etéreas pelos mentores, também se tornam poderosos limpadores de campos eletromagnéticos.”

A finalidade é de alcançar maior êxito de acordo com as necessidades, o merecimento e os recursos disponíveis. Cada entidade tem a liberdade de aplicar a técnica que lhe aprouver, desde que dentro dos limites de ética, bom senso e respeito. Embora haja um conjunto de métodos e recursos característicos da Umbanda. Muitas entidades, em especial os pretos velhos, por exemplo, realizam o benzimento, que se distingue do “Passe Magnético”, por empregar uma ação mais relacionada ao poder do verbo, elementos e simbologia, considerada “Magia Popular”.

Também é possível identificar métodos complexos de Magia Riscada (Magia de Pemba), abrindo espaços mágicos (Pontos Riscados) que muitas vezes lembram Mandalas do Hinduismo ou mesmo Fórmulas Cabalisticas da Real Arte Simbólica e Mística Hebraica entre outras práticas de Ocultismo e Hermetismo.

Entre os elementos mais utilizados podemos identificar velas, água, óleo, pedras, essências, fumo, ervas, tecidos, ponteiros e a citada pemba (giz utilizado para traçar símbolos), dentro de um ambiente de terreiro, mágico-religioso por natureza. Nos métodos se observam rezas, orações, preces, evocações, invocações, determinações e fórmulas mágicoreligiosas associadas a banhos, defumações, oferendas e outros.

Todos estes recursos estão mais ou menos associados ao “Passe Umbandista”, no qual se cria um ambiente de Som, Cores, Aromas e Luzes, capaz de inebriar de forma positiva todos os cinco sentidos do consulente a fim de conduzi-lo a certo estado de consciência desejado.

Durante o “Passe Umbandista” observamos a entidade espiritual fazer a imposição de mãos, segurar velas direcionadas aos chakras ou traçando movimentos no ar, colocam colares (guias) no pescoço do consulente ou o colocam dentro da mesma em circulo no chão.
Atiram ponteiros em pontos riscados, fazem gestos rituais e movimentos com os pés e mãos que nos faz crer na “Magia Gestual”.

Em meio a tantos recursos, que nos encantam e fascinam, nos chama a atenção, em especial, o estalar de dedos, bem característico em quase todas as linhas de trabalho.

Muitas pesquisas e especulações já foram realizadas sobre esta prática, entre elas são identificadas as energias que existem na ponta de cada um dos dedos da mão, que são pequenos chakras ou vórtices de energia (“chacrinhas”), e, o “choque” vibratório desencadeado no ar quando o dedo médio estala sobre a região da mão chamada de “monte de Vênus”, causando vibração astral e sonora o que desperta certa energia dentro do campo em que está atuando.
Este “Estalar de Energias” pode assumir contextos vaiados de acordo com o que esteja associado, por meio do pensamento ou movimentos. Além deste contexto pode-se usar o estalar de dedos como um simples gesto de descarregar as energias absorvidas pelas palmas das mãos.

O que é o Passe?

É uma forma de transmitir energias de uma pessoa para outra,geralmente por imposição das mãos.

A imposição de mãos é uma técnica para o benzimento, o magnetismo e o passe.

Entende-se passe como o influxo de energias de uma pessoa para outra encarnada ou desencarnada.
O passe pode ser magnético no que tange a sua qualidade e maneira de ser transmitida, mas, de maneira geral, entende-se que quando usa-se o termo magnético é a energia animal, ou apenas do ser humano que está sendo dispensada.

Quando tratamos de passe espiritual é a energia do espírito que está sendo emanada. Na verdade, o passe mais adequado é o misto quando as energias do homem e do espírito estão associadas.

Para dar um passe não precisa ser necessariamente um médium.
Qualquer pesoa em bom estado de saúde,com um pouco de prática consegue projetar energias,desde que conheça bem oque esta fazendo.

É necessário ter um preparo.
Se não for feito por pessoa preparada,poderá trazer mais prejuizo do que benefício,apenas boa vontade não é suficiente.

Se voce embaralhar as energias com um passe errado, é como se alguém tomasse todos os remédios da farmácia ao mesmo tempo.

Se voce não sabe exatamente o que esta fazendo, é melhor evitar.

CORPUS CHRISTI

Corpus Christi (expressão latina que significa Corpo de Cristo) é uma festa móvel da Igreja Católica que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia.

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII.
A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado.
A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.

O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.

Conta a história que um sacerdote chamado Pedro de Praga, de costumes irrepreensíveis, vivia angustiado por dúvidas sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o Dom da fé. Ao passar por Bolsena (Itália), enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido da dúvida. Na hora da Consagração veio-lhe a resposta em forma de milagre: a Hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando o corporal, os sangüíneos e as toalhas do altar sem no entanto manchar as mãos do sacerdote, pois, a parte da Hóstia que estava entre seus dedos, conservou as características de pão ázimo.

Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objetos milagrosos foram para Orviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca.

Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico.

A 11 de agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o mundo católico através da bula Transiturus do Mundo o preceito de uma festa com extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor.

A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264. O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.

A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: ‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.

A Festa no Brasil
No Brasil, a festa foi instituída em 1961. Em muitas cidades portuguesas e brasileiras é costume ornamentar as ruas por onde passa a procissão com tapetes de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa. Esta festividade de longa data se constitui uma tradição no Brasil, principalmente nas cidades históricas se revestem de práticas antigas e tradicionais são embelezadas com decorações de acordo com costumes locais.

Então, a Igreja celebra Corpus Christi (Corpo de Deus) como festa de contemplação, adoração e exaltação, onde os fiéis se unem em torno de sua herança mais preciosa deixada por Cristo, o Sacramento da sua própria presença.

A celebração de Corpus Christi consta da santa missa, da procissão e da adoração do Santíssimo. Lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com o maná no deserto e hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.

Durante a missa, o celebrante consagra duas hóstias, sendo uma consumida e a outra apresentada aos fiéis para adoração, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

Então, a Igreja celebra Corpus Christi (Corpo de Cristo) como festa de contemplação, adoração e exaltação, onde os fiéis se unem em torno de sua herança mais preciosa deixada por Cristo, o Sacramento da sua própria presença.

Cada um deve viver aquilo que acredita!
Costumo dizer que onde existe a ausência do mal, então, existe a presença do bem...

Então, muitos católicos, dentro da sua fé, hoje se reunem e vibram amor e esperança confiantes na presença do Cristo... E jamais podemos tirar a esperança daqueles que respeitam e amam a figura do Mestre através da fé católica ainda que alguns não aceitem os seus dogmas e rituais.

Cada um é livre para cultuar a crença que mais lhe agrade a alma e o coração.
Não podemos permitir que vivamos uma inquisição novamente, não podemos permitir a falta de liberdade de culto nem aos adeptos das Igreja Católica, nem aos adeptos do Espiritismo ou de qualquer outra religião...

É preciso respeitar o direito de opção religiosa de cada um...

Quando Jesus desceu a Terra não constituiu religião alguma, e quando disse para Pedro que ele edificasse alí a sua Igreja, não falava dos templos construidos pelos homens, mas do templo do coração... Do que poderíamos edificar de bom e de útil para que nos melhorassemos moralmente e então pudessemos passar para aqueles que necessitassem de alento espiritual... o verdadeiro sentido do Evangelho do Cristo...

Acredito que tudo que acontece é permitido pelo Criador, então, a Igreja, mesmo quanto Instituição, de certa forma tem seu grande valor porque ainda leva os ensinamentos de Jesus à muitas pessoas, assim como todas as outras crenças que ensinam os valores morais e da caridade...

Que dão de graça o que recebem de graça!

fonte:http://wwwumbandaonline.blogspot.com

Mensagem de Chico Xavier

Existem pessoas que se sentem ofendidas, magoadas por qualquer coisa: a mais leve contrariedade se sente humilhadas... Ora, nós não viemos a este mundo para nos banhar em águas de rosas...
“Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar... As facilidades nos impendem de caminhar. Mesmo as criticas nos auxiliam muito.”
“quando você não tiver uma palavra que auxilie, procure não abrir a boca...”.
“Sabemos que precisamos de certos recursos, mas o Senhor não nos ensinou a pedir o pão, mais dois carros, mais um avião”...
Não precisamos de tanta coisa para colocar tanta carga em cima de nos. “Podemos ser chamados hoje à Vida Espiritual...”.
“Tudo que criamos para nos, de que não temos necessidade, se transforma em angustia, em pressão...”.
Valorizemos o amigo que nos socorre que se interessa por nós, que nos escreve que nos telefona para saber como estamos indo... A amizade é uma dádiva de Deus...
Mais tarde, haveremos de sentir falta daqueles que não nos deixam experimentar solidão!”
“A caridade é um exercício espitirual... Quem pratica o bem, colocam em movimento as forças da alma. Quando os espíritos nos recomendam, com insistência a pratica da caridade, eles estão nos orientando no sentido de nossa própria evolução; não se trata apenas de uma indicação ética, mas de profundo significado filosófico...”.
“Tudo o que pudermos fazer no bem, não devemos adiar... carecemos somar esforços, criando, digamos, uma energia dinâmica que se anteponha as forças do mal...
Ninguém tem o direito de se omitir”
“Uma das mais belas lições que tenho aprendido com o sofrimento: Não Julgar definitivamente a quem quer que seja.”
“O exemplo é uma força que repercute, de maneira imediata. Longe ou perto de nós... Não podemos nos responsabilizar pelo que os outros fazem de suas vidas; cada qual é livre para fazer o que quer de si mesmo, mas não podemos negar que nossas atitudes inspiram atitudes, seja no bem quanto no mal.”.
Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor...
Magoar alguém é terrível
“Tudo tem seu apogeu e seu declínio... É natural que seja assim; todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos o nada, eis que a vida ressurge triunfante e bela!... Novas folhas, novas flores, na indefinida benção do recomeço!...

Relato de uma Cambone.

“Quando, estive pela primeira vez na Casa, trazida pelo amor e pela dor, fiquei encantada, literalmente hipnotizada pela plasticidade e pelo espetáculo que vi”. O toque dos atabaques entrou em mim no mesmo ritmo do pulsar do meu coração e eu me deixei levar pela magia e força da gira de Ogum. Pensei já ter me surpreendido com tudo naquela noite, até que me foram apresentados os Exus, daí entendi porque se diz que nesta vida se vive e não se vê tudo.
Aquelas Entidades de olhar penetrante comandada pelo Sr. Tranca Rua das Almas, com sua capa vermelha e negra, movimentando-se pelo terreiro, me fizeram lembrar-se do fascínio tantas vezes descrito por Hemingway sobre as touradas. Pareciam todos toureiros numa invisível tourada do bem contra o mal; da cura contra a dor; do alívio contra a demanda.
Mesmo sem conhecer os "porquês", podia-se entender, sem a usar a razão a grande batalha que se travava ali, um combate cheio de amor e "malícia", para subjugar forças poderosas e invisíveis.
Durante uma semana toda não pude pensar em outra coisa, a não ser voltar. E Voltei. Para, semana após semana ser surpreendida. Ora pela simplicidade e sabedoria dos Pretos Velhos, ora pela força e dignidade dos Caboclos. Ainda me estava reservado o encantamento pela elegância dos Ciganos, pela alegria das Crianças e me deixei lançar pela fantástica retidão dos Boiadeiros.
De tanto ir e vir quis ficar, vestir o branco no corpo e na alma e fazer parte daquele balé pela paz e pela vida. No primeiro dia na corrente, aquilo que imaginei ser só alegria, se transforma numa mistura de emoções que poucas vezes havia experimentado na vida, vontade de ir e de ficar, confiança e duvida segurança e medo, mas fiquei mesmo assim, ciente de que estava fazendo a escolha certa, e dando uma chance, não para a Umbanda, mas para mim mesma.
Sempre gostei de desafios e esse foi dos bons. Tive que aprender a deixar soltas as amarras que me prendiam ao domínio de mim mesma, a não ter sempre o comando absoluto de tudo e mesmo assim conciliar consciência e ausência.
E aí, fui cambonar e outras lições me aguardavam. Lições de dedicação e humildade. Percebi que não bastava respeitar, era preciso servir. Mas não uma servidão cega e sim um servir onde se compartilha ensinamentos, donde se suga todo proveito possível: até entender que estava servindo a mim mesma.
Cada charuto que acendi cada bebida que servi, cada Ponto que lavei, acendeu em mim uma chama que arde, mas não queima; embriagaram-me de esperança e lavaram de minha alma toda e qualquer dúvida que ainda resistia em mim.
Toda vez que achei que não em surpreenderia com mais nada, fui pega pela minha própria ingenuidade. E chorei todas as lagrimas de emoção a que tive direito.
Quando vi Sr. Akuan repreender com os olhos cheios de amor, lembrou-me do que é ser pai ou mãe. Quando vi Sr. Folha Verde emocionar-se me meu casamento entendi que vale a pena, sempre, chorar de emoção; quando levei um enorme puxão de orelhas do Sr. Rompe Mato e ao me desculpar ouvi dele "eu só brigo com quem gosto" me certifiquei da profundidade de uma verdadeira relação de afeto e amizade. No dia em que foi jogado meu "Obi", limpei meu coração de todo e qualquer desejo e fui presenteada com os ventos da força e da coragem que são soprados por Iansã. E ser filha dela não é fácil. Tenho que dominar a intensidade de meus próprios ventos para que refresquem e limpem, mas não destruam. E a não despejar sobre Ela a responsabilidade pelos meus próprios vendavais. Eu continuo ventando, assim como Ela, mas já consigo transformar raios e tempestades em chuvas mais amenas. Pelos menos venho tentando com afinco. Às vezes consigo, às vezes não, mas tenho contabilizado apenas os êxitos, para não me entristecer com o que não conseguir.
E continuo lavando tabuas, uma a uma. Quando esfrego uma tabua, limpo de mim toda magoa, quando quebro uma vela, quebro minhas resistências, quando afio um ponteiro, torno mais afiado meu desejo de um dia quão sabe chegar onde devo ou preciso. Venho me apaixonando constantemente. Deixei-me seduzir pelo humor acido da minha querida Velha de Cemitério, que me chamava de "metida a sabichona e curiosa" e que confiou em mim o motivo pelo qual vem servindo a quem precisa, contando-me sua história, que tentei reproduzir da maneira mais fiel possível, para conhecimento de todos. E tive que dominar o ciúme de vê-la sendo cambonada por outra pessoa que não eu. Fui tomada pelo carisma da Cigana Carmem, que ao me emprestar seu espelho, pediu para que eu visse refletido quem realmente sou. Encantei-me com o comportamento cheio de humor e sabedoria de Chermira, que me ensinou a o amor de um modo surpreendente e inesperado; pela devoção de Vovó Maria Conga, por Nossa Senhora dos Açores e que com muita paciência me contou que trançava palha de cana infinitas vezes até a raiva passar (como seria bom se aprendêssemos a trançar nossa própria raiva, neste cativeiro em que vivemos).
Convivi com a força dócil do Sr. Vira Mundo, e com a magia encantadora de Mama Rosa, cujo perfume pude sentir durante dias, dando a certeza de sua presença. Fui tomada pela pontaria certeira das cartas de Ramirez e compartilhei a sua felicidade ao reconhecer entre os que ali estavam a sua filha de carne; e pela alegria por vezes quase infantil de Vovó Catarina (só não aprendi ainda a acender cachimbo, mas eu chego lá), isso sem falar na sua vitalidade, deixando-me exausta, mas feliz de tanto andas atrás dela.
Presenciei o Tio Antônio aborrecido e desconfortável por beber uma bebida que não era dele, mas mesmo assim ser gentil com quem esteve em sua frente. Até que ao cambonar o Caboclo Boiadeiro, eu pude ver com olhos que nem sabia ter, seu rosto, de um homem agreste, magro e moreno, se formar por sore as feições loiras de seu cavalo. Minha emoção foi igual à dele e choramos os dois e ouvi dele que a emoção é um dos ingredientes indispensáveis a gira dos Boiadeiros, quem só com esse sentimento conseguimos tornar concreta e possível à força destes "homens", que estes animais de tamanho e força incríveis têm a docilidade de se deixar conduzir, que nós não temos, mesmo quando precisamos ou pedimos.
Aprendi a compreender o peso e a dos do Caboclo Guará, ao ver sua tribo dizimada e seus filhos mortos por ele mesmo, na te nativa de solver com sangue sua incapacidade de escolher a hora certa de guerrear (quantas vezes nós mesmo não adiamos batalhas e quando por fim nos decidimos lutamos a luta certa na hora errada). Hoje respeito seu silencio cheio de dor e arrependimento, e s ei o que o simples fata dele estar ali já nos ajuda, sem que precise dizer uma palavra sequer. E o que dizer do Sr. Ogum Matinata? E da minha satisfação e conseguir romper a sua resistência inicial ao cambone novo? (E aprendi com a Uca a não ter ciúmes de novos cambones e a quem agradeço por todas as vezes que recorri a ela e fui ajudada.) Sr. Matinata, agora me conduz pelos caminhos de sua sabedoria, pelos segredos da magia do seu ponto e pelo modo quando ao nos chegar pelas costas nos faz escancarar o coração.
"Quem vê cara não vê coração, filha" me disse ele. E eu fico ali, segurando seu coité, bebendo dos ensinamentos que ele no seu modo sisudo de ser me dá com tanta boa vontade. Sr. Tatá Caveira mereceria um capitulo a parte. E ai de quem não andar na linha! Inclusive eu! Ele exige na mesma proporção que entrega. Diz todos os palavrões que eu mesma tenho vontade de dizer e por vezes digo. Fica indignado com a falta de vontade e força das pessoas, mas os acodes mesmo assim. Fica bravo, as protege; xinga, mas ajuda; reclama, mas está sempre lá, ás vezes de mau humor, como todos nós e recebe a todos com aquele olhar maroto de "lá vem mais um..." Conversa com Sr. Morcego, com a intimidade de velhos amigos ao mesmo tempo em que me cobre com sua capa, sempre que pressente que eu preciso de "colo" e diz que só eu mesma para gostar de colo de Exu. E eu gosto!
E assim me é permitido ir transitando entre essas Entidades maravilhosas, entendendo que estão mais próximas de nós do que podemos supor como disse a Velha do Cemitério, quando choraminguei que estava com saudade dela (Só temos saudade de quem esta longe, filha)!
Só não entende quem não quiser! E vou continuar lavando tabuas, acendendo charutos e velas, servindo bebidas, pois é o mínimo que posso dar, pelo muito que tenho recebido.
Sheila Riekes Prochmann- Abril 2004

Com a colaboração de Gabriel Magnani

Obstáculos são necessários

Você certamente já se deparou com vários obstáculos em sua vida e certamente já desviou de vários pensando ser o certo ir pelo caminho mais fácil, porém é importante lembrar que a vida é uma grande escola e que estamos aqui para aprender.

Quantas portas já se fecharam à sua frente e você, ao invés de encontrar a chave para abri-la apenas a ignorou e procurou uma porta já totalmente aberta? E o que você aprendeu com isso?

Pode até parecer estranho, mas o caminho mais fácil nem sempre é o melhor que devemos seguir em nossas vidas pelo simples fato de o ser humano em geral ter uma grande dificuldade em dar valor ao que nos vem de forma fácil.

O que estou tentando dizer aqui e que talvez você ainda não esteja entendendo é que tudo, absolutamente tudo nessa vida, tem um lado positivo e cabe a você enxergar esse lado. Cabe somente a você tirar o máximo de proveito de cada situação na sua vida, mesmo que essa situação à uma primeira vista não pareça uma situação muito boa ou favorável.

Se uma porta se fecha à sua frente não significa que você deva deixar essa porta de lado e procurar uma porta aberta, é quase certo que a vida lhe fechou essa porta porque, antes de passar por ela, é necessário que você aprenda que é necessário uma chave para abri-la e que, para ter essa chave, você vai ter que procura-la não importando até onde você precisa ir para encontra-la.

Se existem obstáculos em nossa vida é porque precisamos deles para que possamos aprender alguma lição. São as lições que aprendemos ao longo de nossa vida que nos faz evoluir espiritualmente, são as dificuldades que passamos que nos faz dar cada vez mais valor nas vitórias e conquistas, por menores que sejam.

Muita gente se lamenta achando que sua vida é muito difícil, que não consegue construir nada mas se esquece que, se está tentando, está aprendendo e a única coisa que levamos dessa vida é o conhecimento, a evolução espiritual que conseguimos. Talvez você ainda não tenha conseguido o que você quer mas nem sempre o que queremos é o que realmente precisamos e é aqui que está a grande armadilha onde muitos caem: passamos a vida buscando algo que achamos que nos é necessário e passamos a ignorar o que realmente importa em nossas vidas.

Sendo a vida um grande celeiro de lições que devemos aprender, vamos passar a enxerga-la como uma grande escola? O que acha de, a partir de agora, começar a prestar mais atenção nas lições da vida, em todos os ensinamento que ela nos proporciona para “tirar boas notas”, por assim dizer? É claro que para o bom aprendizado, é necessário a “hora do recreio”, aquele intervalo entre várias aulas onde podemos utilizar nosso tempo para descansar um pouco e colocar as idéias em ordem, mas lembre-se que se você fizer da sua vida um grande recreio, no fim será reprovado e terá que voltar aqui e fazer tudo novamente, até aprender como as coisas devem ser.

Será que sou Médium

Essa é a dúvida de grande parte das pessoas que começam a frequentar um terreiro de Umbanda ou tem contato com essa religião de alguma forma. Para responder a esta pergunta vou recorrer primeiro ao dicionário que diz o seguinte sobre “médium”:

médium (francês médium) s. m. Pessoa que pode (na opinião de alguns) servir de intermediária entre os vivos e os espíritos.Plural: médiuns.
“médium”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2010, [consultado em 24-05-2011].

Pode-se notar que o significado da palavra “médium” é bastante abrangente e não refere-se apenas aos que, na Umbanda, trabalham incorporando espíritos e dando consulta nos terreiros, mas sim à vários graus de consciência e sensibilidade. Isso significa que existem pessoas que tem um grau de sensibilidade e consciência onde é possível incorporar espíritos e trabalhar dando consultas, mas estes são os casos, por incrível que pareça, mais incomuns pois, na minha opinião, todos somos médiuns. Existem médiuns, por exemplo, que tem uma sensibilidade maior para a psicografia (como é o caso de Chico Xavier, o médium mais conhecido do Brasil), outros tem uma sensibilidade maior para a energização (também conhecidos como passes), outros possuem uma sensibilidade mais apurada no campo da vidência ou visões e existem vários outros campos onde a mediunidade é mais desenvolvida em uns e menos desenvolvida em outros e nunca, em hipótese alguma um “tipo” de médium é mais “forte” que o outro ou menos importante que outro.

Deixo aqui claro que cada grau de sensibilidade dos médiuns é de extrema importância dentro dos trabalhos da Umbanda ou de todas as religiões que trabalham diretamente com a comunicação com os espíritos pois, vejamos o caso da Umbanda: Na Umbanda existem os médiums de incorporação, que na hora da sessão “emprestam” os seu corpo para que os espíritos de luz possam vir nos auxiliar; os médiuns que são responsáveis por tocar os pontos de evocação das entidades e Orixás (os Ogãs ou Curimbas) que tem um papel fundamental para o equilíbrio das energias em um terreiro; os médiuns responsáveis por interpretar o que as entidades estão dizendo, auxiliando na comunicação direta entre a entidade e os consulentes, os chamados Cambones ou Cambonos; os médiuns de concentração ou energização que são responsáveis por manter a harmonia das energias dentro de um terreiro, auxiliando no firmamento da corrente, enfim, são vários médiuns com vários níveis de sensibilidade e mais aptos a realizar seus trabalhos e a soma de todos, em perfeita harmonia, fazem a Umbanda.

Sim, você é um médium, tem um dom e descobri-lo o quanto antes irá lhe auxiliar muito no que diz respeito à sua evolução espiritual. Estamos lhe esperando com os braços abertos e ansiosos para que essa sua energia boa e toda essa sua luz faça parte de nossa corrente de amor e respeito pelo próximo. Seja bem vindo à Umbanda.

Com a colaboração de Marina Greco

fonte:http://www.saravaumbanda.com/

Laroyê Exu. Exu é mojubá

“ Não sou preto, branco ou vermelho;

Tenho as cores e formas que quiser.

Não sou diabo nem santo, sou Exu!

Mando e desmando, traço e risco, faço e desfaço.

Estou e não vou. Tiro e não dou.

Sou Exu!

Passo e cruzo. Traço, misturo e arrasto o pé.

Sou reboliço e alegria.

Rodo, tiro e boto; jogo e faço fé.

Sou nuvem, vento e poeira.

Quando quero, homem e mulher.

Sou das praias e da maré.

Ocupo todos os cantos;

Sou menino, avô, maluco até.

Posso ser João, Maria ou José.

Sou o ponto do cruzamento.

Durmo acordado e ronco falando.

Corro, grito e pulo.

Faço filho assobiando.

Sou argamassa, de sonho, carne e areia.

Sou a gente sem bandeira.

O espeto, meu bastão.

O assento? O vento! …

Sou do mundo, nem do campo, nem da cidade.

Não tenho idade.

Recebo e respondo pelas pontas, pelos chifres da Nação.

Sou Exu.

Sou agito, vida, ação.

Sou os cornos da lua nova; a barriga da lua cheia!…

Quer mais?

Não dou, não tô mais aqui”.

Jorge Amado