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Quadra 1, lote 1, Residencial Don Bosco, Cidade Ocidental. Veja como como chegar aqui.

De Joelhos

Dentro das várias ritualísticas que se desenvolvem nos terreiros de Umbanda é comum vermos, principalmente no início e término dos trabalhos espirituais, o corpo mediúnico com os joelhos no chão. Alguns veem esta postura como arcaica e sem sentido, porém, nunca se deram ao trabalho de analisarem detidamente tal comportamento.
É de conhecimento geral que as primeiras religiões do globo terrestre já inseriam a genuflexão em seus rituais como exteriorização de respeito junto ao Criador e também manifestação de humildade que todos devem ter , seja para com o Divino, seja para com o próximo. Da mesma forma, o ato de postar-se faz ver aos fieis que assistem uma manifestação de religiosidade a seriedade, o respeito e a simplicidade do sacerdote e dos médiuns frente ao plano espiritual superior. A implantação do ajoelhar-se tem como finalidade mostrar a Deus e à Espiritualidade todo o nosso carinho, obediência, respeito e amor, além do quanto somos pequeninos diante do universo criado por Ele. Também serve para passar à assistência que aquele espaço de caridade tem a exata noção do papel que desempenha como instrumento de trabalho dos bons espíritos.
Infelizmente, é do conhecimento de todos que ao lado de criaturas humildes, simples, meigas e caridosas que estão sempre dispostas a dar seu suor à Umbanda existem outras tantas orgulhosas, vaidosas e “auto suficientes” que procuram a todo custo imporem-se aos demais, maximizando suas “qualidades” e minimizando as virtudes alheias. Ostentam falsas conquistas querendo submeter todos aos seus caprichos. Contudo nada mais doloroso e incomodo para essas pessoas do que ficar em posição de subserviência e aparente inferioridade. Tal postura lhes sangra a alma e lhes oprime o pétreo coração. Suas visões ofuscadas não conseguem enxergar que tal rito é para o seu próprio bem, para sua própria libertação dos sentimentos mesquinhos e posterior elevação espiritual, pois auxilia na quebra da vaidade e da soberba.
Alguns até podem dizer que ao postar-se de joelhos o médium pode ter em mente pensamentos diametralmente opostos àquela posição. Mas aí, meus irmãos, é que se inicia o processo de assepsia e lapidação dos arrogantes e vaidosos, levados a efeito pelos amigos de Aruanda que, assim, dão luz a estas pessoas reconduzindo-as ao rebanho Divino. Joelhos ao chão sim !!

O ato de "bater a cabeça"

Antes da abertura dos trabalhos religiosos, os médiuns devem bater cabeça para os Orixás perante o Congá. Para isso, o médium deve posicionar-se de bruços e deitado em frente ao Congá, com as mãos no mesmo nível que a cabeça. Nesse momento, o ato de bater cabeça representa um ato de humildade, obediência e resignação aos preceitos religiosos da Umbanda.
Deve-se, em uma rápida prece mental, pedir a licença para trabalhar “neste chão” e pedir auxílio a Deus, aos Orixás e aos Guias espirituais, para um melhor desempenho de nossas funções mediúnicas, recebendo o axé dos Orixás donos deste Templo Sagrado.
Há outras circunstâncias em que se realiza o ato de bater cabeça. No momento de incorporação de um guia, um médium deve bater cabeça para a entidade, saudando-o e pedindo sua bênção.
Há momentos em que se bate cabeça para o Morubixaba do Terreiro em sinal de respeito (vale observar que o respeito ao seu “Pai de Santo” é fundamental e definitivo no caminho da espiritualidade, pois ele é o condutor de sua vida espiritual e religiosa).
Nossa religião é ritualística, então se no inicio batemos a cabeça para pedir licença, proteção e bons trabalhos, no final batemos a cabeça agradecendo pelos trabalhos e pedindo a proteção até a próxima gira.

Sua espiritualidade é sua prioridade?

Dezenas de vezes chegam até nós queixas e reclamações a cerca do como anda a vida das pessoas. Cada um com suas características pessoais, porém que convergem a um mesmo ponto: o desfocar da sua espiritualidade.

Por diferentes motivos, nos deixamos levar esquecendo o que realmente importa: a nossa evolução espiritual.
Quando pessoas ou situações que vivemos em nosso cotidiano nos colocam contra a parede, percebemos que a atenção a nossa espiritualidade fica de lado. Neste instante, para aqueles que já experienciaram algo neste sentido, a partir daí iremos nos lembrar dela. Ou ainda, para aqueles que não despertaram, estas ocasiões são providenciais, pois será a partir delas que irão parar para refletir e desnaturalizar o estar em um piloto automático em suas vidas.

Diante disso, como é possível nos desviar da nossa espiritualidade?

Muito fácil. A exemplo de quando nos deixamos seduzir pelas facilidades e comodismos da nossa era. Quando preponderamos algumas questões sobre as demais sem haver equilíbrio de todas as partes. Quando olhamos mais pelo demais se esquecendo de nós mesmos. Quando não conseguimos dar limites as pessoas. Quando vivemos nossa vida conseguindo fazer quatro, cinco coisas ao mesmo tempo, e ainda nos orgulhando disso. Quando entramos em uma rotina que não nos permite mais perceber o nosso entorno. Quando, nos relacionamos, quando mudamos de emprego somente nos doamos sem harmonia. Quando vivemos ou queremos trilhar os caminhos dos outros. Quando sofremos por não quererem nos ouvir. Entre tantas e tantas outras situações que estamos passando em nosso dia a dia constantemente.

Foco. Persistência. Muita força de vontade. Orai e vigiai constantes. Mantendo em si a pureza de ter sido criado à imagem e semelhança do criador, porém, sem a ingenuidade perante as agruras da vida.

Vamos recapitular. Nossa missão aqui é curar nossas inferioridades. Inferioridades advindas de vidas passadas, onde não aprendemos, e sim muitas vezes complicamos, piorando a nossa situação de resgate. Nós nascemos pessoas individuais, com mochilas recheadas da nossa personalidade congênita. Devido a esses sentimentos a que viemos curar somos moldados até mesmo na nossa casca (corpo físico), recebendo este ou aquele rótulo, nascendo na melhor configuração familiar para aflorar nossos gatilhos, enfim, inseridos em uma grande armadilha.

Nossa vida é um grande tabuleiro de xadrez onde, todas as peças estão dispostas a se aproximarem, nas horas mais adequadas aos seus propósitos. Tudo isso para nos mostrar por que estamos aqui e agora. E o que seria que nos facilitaria a compreensão disso tudo? Que nos permite ligar os fatos, situações e pessoas a isso tudo? Que nos acalenta trazendo a tona a emersão da verdade tão libertadora? Que nos mostra por que estamos atraindo tudo isso para a nossa vida? A ESPIRITUALIDADE!

Diante disso, como é possível não priorizar justo aquilo que é o motivo de nós estarmos aqui e agora neste planeta escola chamado Terra?

Desviou? Calma, antes que o universo volte a lhe ensinar pela dor ou sofrimento opte por voltar a refletir sobre a sua vida. Acorde pela manhã e faça o exercício de olhar com atenção a todos aqueles que se encontram presente em suas vidas. Pessoas que você convive, que você chama de amigo, que você chama de pai ou mãe, irmão ou irmã, que são colegas ou chefes em sua jornada de trabalho. Enfim, tope imaginar que você tenha sido abduzido e que se passou algum tempo terreno e enquanto isso, outro ser ocupou seu corpo. Agora você retornou. O que mudou? O que está se passando no presente… Investigue a sua vida e dispa-se de todo discurso pronto, fabricado, engessado que já fez parte da sua vida.

Pesquise-se e perceba frases corriqueiras em seu vocabulário. Atitudes e hábitos daquele que ocupou o seu corpo. Principalmente, observe as pessoas que estão ao seu redor. O meio ao qual você está inserido. Tudo isso lhe dará pistas sobre o que aconteceu enquanto você esteve fora.

Brincadeiras a parte, a abdução se corresponderia a última vez que você lembra o que fez no seu cotidiano, que você fez uma coisa de cada vez, prestou atenção as pessoas, as plantas, aos pássaros, a si mesmo. Agora, convocado pela dor e sofrimento você é convidado a retomar esta ação anterior a sua abdução. Em outras palavras, viver e não sobreviver. Agir coerentemente quanto ao seu verdadeiro propósito nesta atual vida.

Espiritualidade, descobrir a sua verdade interior, responsável pela maestria que é a sua vida. Somente ela é que ligará seus pensamentos, suas emoções e ações em uma única finalidade: a sua evolução espiritual.

Portanto, faço a mesma pergunta que está no título deste texto: A suaespiritualidade é uma prioridade em sua vida?
Sabendo de tudo isso, é inadmissível esquecer por muito tempo sem que sejamos convocados a retornar. A alienação não mais faz parte da nossa existência. Sabemos que há algo muito maior que nós mesmos regendo nossa vida. É chegada a hora de colocar esta informação na prática. Vivermos a espiritualidade de forma íntegra, entremeando ela aos nossos pensamentos, as nossas emoções e nossos atos e atitudes neste mundo.

Se questione o que hoje realmente é importante em sua vida. Se sua resposta for qualquer coisa ou pessoa está na hora de repensar. Infelizmente, o passo seguinte será um puxão de orelhas do universo.

Por: Aline Schulz

Palestrante e Terapeuta Holística, Psicoterapeuta Reencarnacionista, Professora do Projeto Evolução Espiritual Luz da Serra.

Com a Colaboração de Marina Greco e Salua.

MAGOS NEGROS - Robson Pinheiro / Pai João de Aruanda

O Evangelho conta que Jesus amaldiçoou uma figueira, que dias depois secou até a raiz. Por qual razão o homem tido como a personificação do amor teria feito isso? Que mecanismo utilizou? Você acredita em feitiçaria? – eis a pergunta comum. Mas será a pergunta certa?

Pai João de Aruanda, pai-velho, ex-escravo e líder de terreiro, desvenda os http://www.blogger.com/img/blank.gifmistérios da feitiçaria e da magia http://www.blogger.com/img/blank.gifnegra, do ponto de vista espírita. Fala das diferenças entre ambas, que são manifestações de um princípio encerrado nas palavras com que Jesus explica seu feito:

“Se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até se a este monte disserdes: ‘Ergue-te e precipita-te no mar’, assim será feito” (Mt 21:21).

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Água

A Água é um fator preponderante na Umbanda.
Ela mata, cura, pune, redime, enfim ela acha-se presente em todas as ações e reações no orbe terráqueo, basta exemplificar com as lágrimas, que são águas demonstrando o sentimento, quer seja positivo ou negativo.Sabemos que três quartas partes do globo, do planeta que habitamos, é coberto por água; 86,9% do corpo humano é composto de água ou carboidratos; mais ou menos 70% de tudo que existe na Terra leva água, tornando-se desta forma o fator predominante da vida no Planeta.
Por esta razão, ela é utilizada na Quartinha, no copo de firmeza de Anjo de Guarda e etc.
"COLOQUE UM COPO COM ÁGUA DO MAR OU ÁGUA COM SAL ATRÁS DA PORTA."
Qual é o porquê disto?Por que a água tem o poder de absorver, acumular ou descarregar qualquer vibração seja benéfica ou maléfica. Nunca se deve encher de água, o copo até a boca, porque ela crepitará. Ao rezar-se uma pessoa com um copo de água, todo o malefício, toda a vibração negativa dela passará para a água do copo, tornando-a embaciada; caso não haja mal algum, a água ficará fluidificada. Nunca se deve acender vela para o Anjo da Guarda, para cruzar o terreiro, firmar trabalhos e etc sem ter um copo, vasilha, vidro, enfim algum recipiente com água por perto.
Trabalhamos com pelo menos 5 tipos de Águas "puras ou purificadas" na Umbanda:
* Mar, * Cachoeira, * Rio, * Mina/Nascente, * Chuva e * Benta.
Mar: Pertence a Iemanjá; Rio e Cachoeira: Pertencem a Oxum; Mina/Nascente pertence a Nanã; Chuva: Pertence a Iansã e a Água Benta que todas as linhas da Umbanda utilizam, em especial os Pretos-Velhos.
A água da mina ou nascente, assim como seu nome já diz, é a água mais pura, é o "início".
A Água benta, é a água purificada, rezada, que tem certa "magia" impregnada, uma magia cheia de boas vibrações. A água que se apanha na cachoeira, é água batida nas pedras, nas quais vibram, crepitam, livrando-se de todas as impurezas e dando continuidade ao Rio, movimentando-o sempre e renovando continuamente suas energias.
Assim como as águas das Cachoeiras a Água do Mar é batida contra as rochas e as areias da praia, purificando-se constantemente, movimentando uma grande energia, uma grande força, por isso nunca se apanha água do mar quando o mesmo está sem ondas. A água da chuva, quando cai é benéfica, pura, porém, depois de cair no chão, torna-se pesada, pois atrai à si as vibrações negativas do local.Por esse motivo nunca se deve pisar em bueiros das ruas, porque as águas da chuva, passando pelos trabalhos nas encruzilhadas, carrega para os bueiros toda a carga e a vibração dos trabalhos; convém notar que os bueiros mais próximos da encruzilhada são os mais pesados, porém não isenta de carga, embora menos intensa, os demais bueiros da rua.

fonte:http://www.caboclotabajara.com.br/aguas_94.html

Início da Mediunidade – Por que ficamos ansiosos?

A maioria dos médiuns tem sua iniciação mediúnica – momento em que suas faculdades mediúnicas já despertadas passam a ser utilizadas de modo sistemático e mais intenso, dentro dos rituais e trabalhos existentes numa casa umbandista – marcada pela difícil fase da ansiedade e da adaptabilidade que esse começo representa.Ansiedade no médium iniciante pode trazer algumas situações desconcertantes como :
Ficar pensando de modo intenso nas coisas ligadas à espiritualidade;
Ficar com os pontos cantados ecoando na mente;
Ficar cantando a qualquer momento e lugar os pontos cantados;
Conversar somente sobre o assunto espiritualidade a qualquer oportunidade em que hajam mais pessoas que pertençam à mesma religião ou casa;
Ler muitos livros sobre o assunto, querendo esgotar todos os pontos de dúvidas;
Querer conhecer tudo sobre a Umbanda num espaço de tempo curto;
Ter sonhos constantes com rituais, entidades, trabalhos;
Ficar vendo em qualquer situação algum tipo de ligação com a espiritualidade;
Não parar de preocupar-se em manter-se dentro das condutas que sua casa pede;
Querer incorporar logo;
Ficar muito preocupado se está mesmo incorporando uma entidade ou se está apenas imitando uma entidade;
Desejar ardentemente que tenha a inconsciência durante as incorporações;
Querer aprender tudo sobre os rituais que sua casa pratica, chegando ao ponto de perguntar de tudo a todos os demais médiuns mais experimentados;
Querer saber tudo, através de relatos de outros médiuns, o que ele fez quando estava incorporado, o que a entidade falou, deixou de fazer;
Passar a realizar em seu próprio lar, uma verdadeira transformação de hábitos, querendo que todos tomem banhos de defesa, defumem-se, orem, cantem, entre outras coisas;
Querer erigir algum tipo de altar ou espaço sagrado em seu lar, tentando imitar o mais perfeito possível a quantidade de imagens, a disposição dos santos que há em seu templo umbandista;
Querer que suas entidades receitem rapidamente a confecção ou aquisição das guias (colares) e quanto maior o número de guias melhor;
Desejar ardentemente que tenha incorporações “fortes”, isto é, que as entidades já venham de modo com que não gerem dúvida a ninguém;
Que suas entidades já risquem seus pontos e que seja algo bem impressionável;
Que suas entidades deêm logo seus nomes e torce para que sejam nomes “fortes” e conhecidos;
Querem decifrar todos os símbolos que suas entidades desenharam em pontos riscados;
Querem saber da história, vida, ponto cantado e tudo o mais sobre suas entidades;Essas situações e mais outras não citadas são consideradas até normais e encaradas por aqueles outros médiuns mais tarimbados como coisa comum de se acontecer. E de fato é.O que o dirigente e os médiuns mais experientes devem fazer é aconselhar esses neófitos, direcioná-los em atividades que os tirarão um pouco desta fixação, é ouví-los e explicar cada uma das dúvidas e dificuldades existentes.Toda essa ansiedade é temporária e assim que o novo médium for tendo mais e mais experiências, ele passa a lidar de modo mais natural, menos ansioso e aflito com essas situações.O tema deve ser abordado de modo atencioso, respeitoso, prático e esclarecedor para poder dar melhor formação espiritual e criar uma estrutura mediúnica mais eficaz à própria casa, uma vez que estes novos médiuns passam a compor o já formado corpo mediúnico da casa, fazendo número e qualidade na força da corrente da casa umbandista. Disperdiçar a chance de esclarecimento quando esses médiuns estão ávidos por conhecimento e abertos para serem direcionados é deixar ao acaso a responsabilidade da formação destes médiuns, podendo levá-los a vícios, “cacoetes” e maus hábitos mediúnicos que nunca mais poderão ser retirados.
E o velho adágio popular é verdadeiro : “Pau que nasce torto, morre torto”...

fonte:http://www.caboclotabajara.com.br/mediuns_umbanda_35.html

Umbanda e a Quaresma

A Quaresma é Onde Nossos Orixás e Guias de primeira Linha ou
Primeiro Escalão Param Para Avaliação do Ano Espiritual em Termino, è Também onde Traçam o Plano Espiritual para o Ano a Começar.

Antigamente os Terreiros Fechavam no Período de Quaresma,
Fechavam na Gira de Cinzas onde Os Filhos eram Cruzados Pelos Pretos Velhos Com Cinzas Afim de proteção Conta Fluidos Negativos e Maus Espíritos Neste Período.
E Só Reabriria na Sexta Feira Santa , Onde se iniciava a Vigília ,
Traçava-se um Cruzeiro no Chão com Pemba e o Contornava com Velas Brancas , Assim Velando o Cruzeiro e Rezando diversos Terços Até O Estouro de Aleluia.
O Conga era Fechado Com Cortinas Roxas ou Brancas os Santos Cobertos e Tudo Só Era Retirado após o Estouro de Aleluia.
No sábado de Aleluia ao Meio dia Os Pretos Velhos Faziam a Incorporação em seus Médiuns , Estouravam a Aleluia , e Faziam o Levantamento do Cruzeiro Velado
Estava Cumprida a Penitencia de Quaresma e os médiuns já Preparados Para a Ceia de Páscoa.

Obs: Neste Período Fechava-se a Casa Para a Caridade.

Porém Hoje Não Mais Conheço Terreiros que Façam Tal Ritual Por Completo.

Hoje Dentro da Quaresma os Terreiros dão Continuidade
À Caridade, ato Que Particularmente acho muito Bom,
Porem Não se pode Atuar Com:Orixás , Falangeiros , Capangueiros,
Caboclos,Pretos Velhos e Eres.
Más Podemos atuar Com as 2ª Linhas ou Linhas de Segundo Escalão
Como: Boiadeiros , Baianos , Marinheiros e Exus ( este ultimo não Muito Recomendado) Assim dando Continuidade á Caridade,
Porem sem se Esquecer de nos Redimirmos de Nossos Pecados e Falhas.

Obs: Nos Dois Casos Citados Faz-se na noite da Quinta Feira Santa (Quinta Feira Maior) Uma Oferenda aos Exus a Fim de Proteção Para o novo Ano Espiritual.

Parabéns Mulheres

Não sei o porquê de uma data específica para a comemoração do Dia das Mulheres! Na verdade, a mulher não precisa de um dia específico, de uma data pré-estabelecida, o seu dia é todos os dias, pois estão vivas e são atuantes independentemente de dia, na verdade, nunca têm folga! Dividem-se entre casa, trabalho e na prática da caridade. As mulheres umbandistas, sempre foram discriminadas, sempre estiveram em segundo lugar na escala de valores e tudo isso se deve a esse regime patriarcal e machista em que vivem. Mas apesar disso tudo, elas estão cada vez mais conquistando o seu espaço e o seu lugar na sociedade, haja vista que em nossa querida Umbanda o que predomina é a mulher. Nossa religião é composta por 70% de mulheres.
Já foi comprovado, estatisticamente, que a mulher sofre discriminação em todas as áreas, principalmente na parte profissional, pois a mulher, mesmo sendo muito competente, quando ocupa o mesmo cargo de um homem, seu salário é bem menor. Mas os homens não são os únicos culpados, pois essa discriminação existe por parte das próprias mulheres. Uma mulher, geralmente, não confia em outra para exercer um cargo importante e de confiança. Ser “feminista”, não foi e nunca será a solução. A mulher não precisa se masculinizar para ser respeitada, achando que somente dessa forma ela poderá ser reconhecida e valorizada, pois mesmo sendo feminina, ou melhor, principalmente sendo feminina, ela pode mostrar o seu valor e a sua capacidade. A mulher sabe que dispõe de muitas “armas” em seu favor, pois mesmo mostrando “fragilidade”, ela pode ser forte e decidida, e dessa forma tirar, da sua “sensibilidade”, a força de que precisa. Mesmo vivendo nessa dura realidade, ela não deve perder o seu romantismo. Deve saber transformar a rotina do seu dia-a-dia, numa sucessão de novidades e descobertas, nunca desistindo dos seus sonhos. Mesmo quando estiver fraca, deve se mostrar forte e lutar sempre pela sua independência. Deve de tudo tirar uma lição de otimismo, pois em cada erro que ela cometer, é um ganho de experiência para se transformar numa tentativa de um futuro acerto, pois errando, se aprende também. Deve ser resistente nas intempéries da vida, pois ela própria é vida, tem vida e gera vida, sendo assim, sabe a noção exata do que significa a palavra “AMOR” e “AMAR”.
A mulher, com o seu jeitinho e a sua delicadeza, soube galgar e conquistar o seu degrau na escada da vida, que inclui o seu lado profissional, o seu lado familiar, o seu lado religioso e o seu lado pessoal. Assim sendo, ela nunca deve tentar se impor pela força querendo mostrar “igualdade” com os homens, pelo contrário, ela deve fazer questão de ser sempre o “sexo frágil” e ter consciência que “fragilidade”, não significa fraqueza. Essa “fragilidade” na verdade, significa “sensibilidade”. A mulher inteligente deve fazer questão de ser tratada e considerada como um “vaso mais frágil”, para ser tratada com respeito, com carinho, com amor, com cuidado, e é nesse momento que ela mostra a “força” que tem. Ser forte, não significa gritar para ser ouvida e para chamar, se isso pode ser feito com uma voz doce e carinhosa. Não precisa exigir para conseguir as coisas, se com um jeitinho especial pode pedir e ser atendida. Não precisa “medir forças”, “enfrentar”, pois a sua força está na persuasão. Não precisa se “armar” pensando que está numa guerra física, achando que é vergonhoso recuar, pensando que com essa atitude perdeu a batalha, porque às vezes, para se ganhar uma guerra, é preciso recuar, se fortalecer, para então avançar com mais força, mais segurança, mais convicção e então atingir o seu alvo e conseguir o seu objetivo e assim vencer, e, é nesse diapasão que vejo a liga das mulheres umbandistas. Por isso tudo, viva a MULHER UMBANDISTA, não somente no dia 8 de Março (Dia da Mulher), não somente no segundo domingo do mês de maio (Dia das Mães), não somente no Dia das Avós (que é mãe e mulher duas vezes), mas sim, viva a mulher, todos os dias, todas as horas, todos os minutos e todos os segundos, porque a “mulher” é sempre “mulher” todo o tempo.
Que nosso PAI OXALÁ cubra com seu manto sagrado todas as mulheres umbandistas, que são, sem sombra de dúvidas, a grande força da nossa querida Umbanda!!!.
Esta é uma pequena homenagem a todas as mulheres umbandistas.
Dr. Antonio Basilio Filho - Ogan Basílio - O advogado da família umbandista
Fonte: Informativo TAMBOR – Ano V – N° 55 – Março de 2004

Dia Internacional da Mulher - A Origem

A ideia da existência de um dia internacional da mulher surge na virada do século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação da mão-de-obra feminina, em massa, na indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. Muitas manifestações ocorreram nos anos seguintes, em várias partes do mundo, destacando-se Nova Iorque, Berlim, Viena (1911) e São Petersburgo (1913).

O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de Fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América[2], em memória da greve das operárias da indústria do vestuário de Nova York, em protesto contra as más condições de trabalho[carece de fontes?].

Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhaga, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada.[3]

No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de Março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.[4]

Poucos dias depois, a 25 de Março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores - a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001. Para Eva Blay, é provável que a morte das trabalhadoras da Triangle se tenha incorporado ao imaginário coletivo, de modo que esse episódio é, com frequência, erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da Mulher.[5]

Em 1915, Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Christiania (atual Oslo), contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a mulher.

Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução russa de 1917. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), a greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, contra o czar Nicolau II e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro. Leon Trotsky assim registrou o evento: “Em 23 de fevereiro (8 de março no calendário gregoriano) estavam planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.[6]
Ficheiro:8marta.jpg
Cartaz soviético de 1932. Em vermelho, lê-se: "8 de março é o dia da rebelião das mulheres trabalhadoras contra a escravidão da cozinha." Em cinza: "Diga NÃO à opressão e ao conformismo do trabalho doméstico!".
Membros da Women's International League for Peace and Freedom, em Washington, D.C., 1922.
Berlim Oriental, Unter den Linden, (1951). Retratos de líderes da IDFF, na 41°edição do Dia Internacional da Mulher.

Após a Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para torná-lo um dia oficial que, durante o período soviético, permaneceu como celebração da "heróica mulher trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente perderia a vertente política e tornar-se-ia uma ocasião em que os homens manifestavam simpatia ou amor pelas mulheres - uma mistura das festas ocidentais do Dia das Mães e do Dia dos Namorados, com ofertas de prendas e flores, pelos homens às mulheres. O dia permanece como feriado oficial na Rússia, bem como na Bielorrússia, Macedónia, Moldávia e Ucrânia.

Na Tchecoslováquia, quando o país integrava o Bloco Soviético (1948 - 1989), a celebração era apoiada pelo Partido Comunista. O MDŽ (Mezinárodní den žen, "Dia Internacional da Mulher" em checo) era então usado como instrumento de propaganda do partido, visando convencer as mulheres de que considerava as necessidades femininas ao formular políticas sociais. A celebração ritualística do partido no Dia Internacional da Mulher tornou-se estereotipada. A cada dia 8 de março, as mulheres ganhavam uma flor ou um presentinho do chefe. A data foi gradualmente ganhando um caráter de paródia e acabou sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na televisão. Assim, o propósito original da celebração perdeu-se completamente. Após o colapso da União Soviética, o MDŽ foi rapidamente abandonado como mais um símbolo do antigo regime.

No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960, sendo, afinal, adotado pelas Nações Unidas, em 1977.

Fonte: wikipédia

Aruanda

Resumidamente: Aruanda é uma cidade espiritual, uma colônia, uma região do Plano Espiritual.
Não temos muitos livros para nos basear, apenas algumas explicações de nossos Orixás, sobre onde eles vivem.
É o lar de todas nossas entidades, desde Caboclos e Pretos-velhos até nossos Exus.
Humaitá seria então como "bairro" de Aruanda onde encontra-se os Oguns.

"Era uma cidade de flores. Rios e cachoeiras estavam convivendo perfeitamente com as construções singelas, enfeitadas por trepadeiras e flores perfumosas. Era um vale profundo, rodeado de montanhas altaneiras e verdejantes. O ar trazia o perfume de rosas e alfazemas, balsamizando o ambiente espiritual, que estava cintilando com os reflexos de formoso arco-íris, que enfeitava o céu de um azul intenso. Tudo era harmonia. Tudo era belo.
As construções pareciam haver sido estruturadas em material semelhante a cristal. E as cachoeiras e rios e lagos pareciam refletir a beleza do Éden. Mas não era o Éden.
Crianças de todas as raças corriam pelo vale em alegria indizível. Espiritos operosos pareciam se ocupar com atividades as mais diversas, e caravanas chegavam e partiam em direção à Crosta, levando bálsamo e consolo, lenitivo e esperança".

descrição de Aruanda segundo o livro:
Tambores de Angola de Robson Pinheiro

Sobre o Carnaval

“Atrás do trio elétrico só não vai que já morreu...”. – Caetano Veloso
“Atrás do trio elétrico também vai quem já “morreu”...”.

Ao contrário do que reza o frevo de Caetano Veloso, não são somente os “vivos” que formam a multidão de foliões que se aglomera nas ruas das grandes cidades brasileiras ou de outras plagas onde se comemore o Carnaval.

O Espiritismo nos esclarece que estamos o tempo todo em companhia de uma inumerável legião de seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de sintonia em que nos encontremos. Essa massa de espíritos cresce sobremaneira nos dias de realização de festas pagãs, como é o Carnaval.

Nessas ocasiões, como grande parte das pessoas se dá aos exageros de toda sorte, as influências nefastas se intensificam e muitos dos encarnados se deixam dominar por espíritos maléficos, ocasionando os tristes casos de violência criminosa, como os homicídios e suicídios, além dos desvarios sexuais que levam à paternidade e maternidade irresponsáveis. Se antes de compor sua famosa canção o filho de Dona Canô tivesse conhecido o livro “Nas Fronteiras da Loucura”, ditado ao médium Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, talvez fizesse uma letra diferente e, sensível como o poeta que é, cuidaria de exortar os foliões “pipoca” e aqueles que engrossam os blocos a cada ano contra os excessos de toda ordem. Mas como o tempo é o senhor de todo entendimento, hoje Caetano é um dos muitos artistas que pregam a paz no Carnaval, denunciando, do alto do trio elétrico, as manifestações de violência que consegue flagrar na multidão.

No livro citado, Manoel Philomeno, que quando encarnado desempenhou atividades médicas e espiritistas em Salvador, relata episódios protagonizados pelo venerando Espírito Bezerra de Menezes, na condução de equipes socorristas junto a encarnados em desequilíbrios.

Philomeno registra, dentre outros pontos de relevante interesse, o encontro com um certo sambista desencarnado, o qual não é difícil identificar como Noel Rosa, o poeta do bairro boêmio de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, muito a propósito, integrava uma dessas equipes socorristas encarregadas de prestar atendimento espiritual durante os dias de Carnaval.

Interessado em colher informações para a aprendizagem própria (e nossa também!), Philomeno inquiriu Noel sobre como este conciliava sua anterior condição de “sambista vinculado às ações do Carnaval com a atual, longe do bulício festivo, em trabalhos de socorro ao próximo”. Com tranqüilidade, o autor de “Camisa listrada” respondeu que em suas canções traduzia as dores e aspirações do povo, relatando os dramas, angústias e tragédias amorosas do submundo carioca, mas compreendeu seu fracasso ao desencarnar, despertando “sob maior soma de amarguras, com fortes vinculações aos ambientes sórdidos, pelos quais transitara em largas aflições”.

No entanto, a obra musical de Noel Rosa cativara tantos corações que os bons sentimentos despertados nas pessoas atuaram em seu favor no plano espiritual; “Embora eu não fosse um herói, nem mesmo um homem que se desincumbira corretamente do dever, minha memória gerou simpatias e a mensagem das músicas provocou amizades, graças a cujo recurso fui alcançado pela Misericórdia Divina, que me recambiou para outros sítios de tratamento e renovação, onde despertei para realidades novas”.

Como acontece com todo espírito calceta que por fim se rende aos imperativos das sábias leis, Noel conseguiu, pois, descobrir “que é sempre tempo de recomeçar e de agir” e assim ele iniciou a composição de novos sambas, “ao compasso do bem, com as melodias da esperança e os ritmos da paz, numa Vila de amor infinito...”.

Entre os anos 60 e 70, Noel Rosa integrava a plêiade de espíritos que ditaram ao médium, jornalista e escritor espírita Jorge Rizzini a série de composições que resultou em dois discos e apresentações em festivais de músicas mediúnicas em São Paulo.

O entendimento do Poeta da Vila quanto às ebulições momescas, é claro, também mudou:
- “O Carnaval para mim, é passado de dor e a caridade hoje, é-me festa de todo, dia, qual primavera que surge após inverno demorado, sombrio”.

A carne nada vale:

O Carnaval, conforme os conceitos de Bezerra de Menezes, é festa que ainda guarda vestígios da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre os encarnados, marcado pelas paixões do prazer violento. Como nosso imperativo maior é a Lei de Evolução, um dia tudo isso, todas essas manifestações ruidosas que marcam nosso estágio de inferioridade desaparecerão da Terra.

Em seu lugar, então, predominarão a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real, com o homem despertando para a beleza e a arte, sem agressão nem promiscuidade. A folia em que pontifica o Rei Momo já foi um dia a comemoração dos povos guerreiros, festejando vitórias; foi reverência coletiva ao deus Dionísio, na Grécia clássica, quando a festa se chamava bacanalia; na velha Roma dos césares, fortemente marcada pelo aspecto pagão, chamou-se saturnalia e nessas ocasiões se imolava uma vítima humana.

Na Idade Média, entretanto, é que a festividade adquiriu o conceito que hoje apresenta, o de uma vez por ano é lícito enlouquecer, em homenagem aos falsos deuses do vinho, das orgias, dos desvarios e dos excessos, em suma.

Bezerra cita os estudiosos do comportamento e da psique da atualidade, “sinceramente convencidos da necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques nesses dias em que a carne nada vale, cuja primeira silaba de cada palavra compõe o verbete carnaval”.

Assim, em três ou mais dias de verdadeira loucura, as pessoas desavisadas, se entregam ao descompromisso, exagerando nas atitudes, ao compasso de sons febris e vapores alucinantes. Está no materialismo, que vê o corpo, a matéria, como inicio e fim em si mesmo, a causa de tal desregramento.

Esse comportamento afeta inclusive aqueles que se dizem religiosos, mas não têm, em verdade, a necessária compreensão da vida espiritual, deixando-se também enlouquecer uma vez por ano.

Processo de loucura e obsessão:

As pessoas que se animam para a festa carnavalesca e fazem preparativos organizando fantasias e demais apetrechos para o que consideram um simples e sadio aproveitamento das alegrias e dos prazeres da vida, não imaginam que, muitas vezes, estão sendo inspiradas por entidades vinculadas às sombras. Tais espíritos, como informa Manoel Philomeno, buscam vitimas em potencial “para alijá-las do equilíbrio, dando inicio a processos nefandos de obsessões demoradas”.

Isso acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres perturbadores, adotando comportamento vicioso, quanto com criaturas cujas atitudes as identificam como pessoas respeitáveis, embora sujeitas às tentações que os prazeres mundanos representam, por também acreditarem que seja lícito enlouquecer uma vez por ano.

Esse processo sutil de aliciamento esclarece o autor espiritual, dá-se durante o sono, quando os encarnados, desprendidos parcialmente do corpo físico, fazem incursões às regiões de baixo teor vibratório, próprias das entidades vinculadas às tramas de desespero e loucura. Os homens que assim procedem não o fazem simplesmente atendendo aos apelos magnéticos que atrai os espíritos desequilibrados e desses seres, mas porque a eles se ligam pelo pensamento, “em razão das preferências que acolhem e dos prazeres que se facultam no mundo íntimo”. Ou seja, as tendências de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são o imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do desequilíbrio, o qual, em suma, não existiria se os homens se mantivessem no firme propósito de educar as paixões instintivas que os animalizam.

Há dois mil anos. Tal situação não difere muito dos episódios de possessão demoníaca aos quais o Mestre Jesus era chamado a atender, promovendo as curas “milagrosas” de que se ocupam os evangelhos. Atualmente, temos, graças ao Espiritismo, a explicação das causas e conseqüências desses fatos, desde que Allan Kardec fora convocado à tarefa de codificar a Doutrina dos Espíritos. Conforme configurado na primeira obra da Codificação – O Livro dos Espíritos -, estamos, na Terra, quase que sob a direção das entidades invisíveis: “Os espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações?”, pergunta o Codificador, para ser informado de que “a esse respeito sua (dos espíritos) influência é maior do que credes porque, freqüentemente, são eles que vos dirigem”. Pode parecer assustador, ainda mais que se se tem os espíritos ainda inferiorizados à conta de demônios.

Mas, do mesmo modo como somos facilmente dominados pelos maus espíritos, quando, como já dito, sintonizamos na mesma freqüência de pensamento, também obtemos, pelo mesmo processo, o concurso dos bons, aqueles que agem a nosso favor em nome de Jesus. Basta, para tanto, estarmos predispostos a suas orientações, atentos ao aviso de “orar e vigiar” que o Cristo nos deu há dois mil anos, através do cultivo de atitudes salutares, como a prece e a praticada caridade desinteressada. Esta última é a característica de espíritos como Bezerra de Menezes, que em sua última encarnação fora alcunhado de “o médico dos pobres” e hoje é reverenciado no meio espírita como “o apóstolo da caridade no Brasil”.

Fonte:
Revista Visão Espírita.