Mapa de localização - TEPC

Quadra 1, lote 1, Residencial Don Bosco, Cidade Ocidental. Veja como como chegar aqui.

Saída de um Médium

Quem já não viu, sentiu ou presenciou a vida virar de cabeça para baixo ao sair de um terreiro?

Dá uma sensação de caminhos fechados, de reviravolta, acontecendo tantas coisas estranhas que o primeiro e mais persistente pensamento é: “foi só sair do Terreiro que minha vida andou para trás”. Consequentemente vem o pensamento negativo sobre a Umbanda relacionando-a a dor, sofrimento e escravidão. Automaticamente o terreiro que frequentava se torna de baixo nível, os pais da casa se tornam pessoas do mal, demandadoras e vingativas, e todos os benefícios recebidos, todos os trabalhos espirituais, toda a ajuda, sustentação e ações realizadas por meses, anos ou décadas se tornam sem importância e irrelevantes.

Pois é, eu mesma já vivi essa situação e sei bem o que é esse momento na vida de um médium, no entanto, acredito que poucos sabem e, com certeza, pouquíssimos vivenciam o outro lado dessa história. Falo do lado da mãe ou pai espiritual que, por seus anos de caminhada, por sua preparação e ‘feitura’ específica, conhece um pouco mais sobre a ação do baixo astral e do Plano Astral Superior – fato este que, supostamente, favorece a maior habilidade do pai espiritual em ser o intermediário entre as Forças Divinas, assim como na sua maior capacidade no Saber e na sua maior competência no Agir – enquanto os médiuns, supostamente, ainda vêem somente o seu em volta, esquecendo ou não sabendo ver além, ver outras possibilidades ou outras situações, o que caracteriza o limitado campo de visão e de compreensão que muitos médiuns possuem quando o assunto é espiritualidade.

Portanto, como hoje estou do lado minoritário e com uma capacidade diferente de percepção, quero falar, de forma simples, um pouco do que acontece quando um médium sai de um Terreiro. Consciente de que minha visão ainda é muito limitada, de que é impossível falar em regras quando o assunto é “espiritualidade x homem” e de que ainda tenho muito que aprender, gostaria apenas – sem nenhuma pretensão de julgar ou caracterizar as atitudes ou as pessoas – estimular o “pensar do outro lado”. Quem sabe assim teremos médiuns mais tranquilos, mais cuidadosos, responsáveis e falando menos mal da Umbanda.

E para começar a pensar com clareza no que acontece quando um médium sai de um terreiro precisamos saber como ele saiu e como estava envolvido com esse templo religioso. Vejam alguns exemplos: temos os médiuns que saem em pé de guerra; os que saem pela impossibilidade de disponibilizarem mais tempo; os que saem por motivo de doença; os que saem por melhorarem no campo profissional dificultando a permanência no terreiro; os que saem por novos estudos, que acontecem nos mesmos horários das atividades do terreiro e tem ainda os que simplesmente somem, entre alguns outros motivos.

Aqueles que saem em ‘pé de guerra’ são os que mais sofrem ao sairem do terreiro e o mais comum é pensarem que o Terreiro que frenquentavam e, portanto, seu ex-pai de santo está demandando contra eles. A associação da ‘vida virar’ com o pai de santo que, (supostamente) está com raiva do médium que saiu por não aceitar as regras, por não aceitar a forma de conduzir e agir do pai de santo, é quase que unânime. No entanto, esquece-se da Lei da Afinidade, da Lei da Ação e Reação, do livre-arbítrio e da responsabilidade que o próprio médium tem, sendo mais fácil se colocar, muitas vezes, em posição de vítima esquecendo-se de suas ações, obrigações, merecimentos e falhas. Nesse momento perdem-se grandes oportunidades como a de fazer o bem seja lá a quem, do crescimento individual e em grupo que um terreiro proporciona, da simplicidade com que a vida e a Umbanda devem ser vividas. Esquece-se inclusive do Baixo Astral e de como ‘ele’ pensa longe, como ‘ele’ vê e se preocupa com o futuro, como ‘ele’ é forte e determinado em suas ações mesmo quando age de forma sutil, como muitas vezes faz.

Entendo que nesse caso a maior brecha é a falta de confiança entre médium e pai espiritual que acontece, entre tantas coisas, pela falta de comunicação entre eles. É o pai que não responde, não explica, não pergunta, não fala com seu filho espiritual; é o filho que não fala com seu pai de santo, que procura outros para compartilhar seus problemas, para lhe explicar o que pode estar acontecendo, para falar sobre suas sensações, sentimentos e necessidades, é a fofoca, a crítica, o julgamento, o egocentrismo, é a guerra do poder, do comando, do saber, e logo percebe-se índios querendo ser caciques e caciques esquecendo-se dos índios que compõem sua tribo. Nesses casos, médiuns e pais sofrem, terreiros enfraquecem e as dores aumentam significadamente.

Mesmo porque é comum, nesses casos, a saída acontecer em grupo e os médiuns unidos (talvez pela força do baixo astral) sentem-se fortes, livres, autodidatas, autossuficientes, até passar as primeiras semanas, depois percebem as dificuldades, a tristeza por se sentirem sozinhos, por não estarem trabalhando a mediunidade e começam, quase sempre com o mesmo grupo, a fazer reuniões para apenas estudarem. Com o tempo começa uma necessidade aqui, outra ali e quando se dão por conta estão incorporando, fazendo descarrego, atendimentos e tudo isso sem nenhum assentamento, sem nenhum comando, sem nenhuma obrigação religiosa cumprida e sem nenhuma firmeza de coroa. E salve a mistificação, salve o oba-oba, salve o baixo astral…

Aqui, do meu lado, fico pensando como alguém que não sabe obedecer, compreender, ajudar e aceitar pode querer mandar, pode querer que o compreendam, que o ajudem e que o aceitem? Fico pensando quem está demandando contra quem? Será mesmo que é demanda do pai de santo, da Umbanda … ou será o próprio médium manifestando de forma potencializada o que sempre foi?

Claro que esse tipo de saída, no qual o médium está sob uma ação negativa, não é uma regra, existem também casos em que o próprio pai de santo e, consequentemente, todo seu trabalho realizado dentro do terreiro está sob ação do baixo astral e não tem nada de religioso, dessa forma a saída do médium é por falta de afinidade mesmo, caracterizando o bom uso de seu livre arbítrio, e pela sua falta de interesse em conquistas fáceis e milagrosas. Nesses casos a ação do astral superior é mais forte dentro do íntimo do médium, afinal teve maior capacidade de não cair na emboscada em que, vale ressaltar, de alguma forma, mesmo que por um pequeno período, ele mesmo se meteu e se sentiu atraído.

Quanto àqueles que saem pela impossibilidade de disponibilizarem mais tempo, percebo que vivem grandes conflitos com seus desejos e necessidades e que, infelizmente, acabam sempre colocando os desejos acima das necessidades, ou seja, é aquele médium que vive em um sofrimento contínuo, e que ele mesmo produz, pela sua própria incapacidade de realizar aquilo que deseja e que precisa.

Muitas vezes o médium não percebe esse conflito e suas reações, assim como não percebe que perdeu o sentido do valor espiritual e ‘escolhe’ aquilo que provocará uma realização social, que muitas vezes é tão momentânea que no dia seguinte já se deseja outra coisa, e outra, e outra, e… São pessoas que têm dificuldade de lidar com o tempo e de identificar e compreender o sentido do “Valor” em suas vidas, pessoas que se perdem no tempo e vagam mundo afora em contínuo conflito em busca de mais tempo e de novos valores.

Já aqueles que saem por motivo de doença, por melhora no campo profissional dificultando a permanência no terreiro ou por novos estudos que acontecem nos mesmos horários das atividades do terreiro são aqueles que, na maioria das vezes, estão sendo atacados fortemente e sutilmente pelo baixo astral.

Sei que relacionar sucesso profissional ou oportunidade de estudo com baixo astral parece ilógico, no entanto vale a pena pensar com calma no que esse “sucesso” pode proporcionar e, nesse caso, é fato que o que será proporcionado é o afastamento do médium, portanto: “ponto para o baixo astral”.

Para se ter mais clareza do que estou falando aconselho a leitura do livro “Aconteceu na Casa Espírita” – pelo espírito Nora através do médium Emanuel Cristiano, editora Allan Kardec – que mostra claramente como esse ataque, entre tantos outros, acontece em um Centro, aliás, no meu entender, ler esse livro é fundamental para qualquer um que queira trabalhar como intermediário do Plano Astral consciente de obrigações e responsabilidades.

Transcrevo abaixo um diálogo entre dois seres de baixa vibração retirado do livro em questão para que se observe como o baixo astral é capaz de proporcionar oportunidades, como influencia sutilmente os médiuns, como espera e incentiva as brechas e como sabe o que quer e onde quer chegar.

“- Gonçalves!

- Pois não, senhor!

- Qual o resumo do nosso trabalho? Como estão as tarefas dos outros camaradas?

- Vejamos as anotações, respondeu o secretário. Já atingimos: – a responsável pelo atendimento fraterno, comprometendo as tarefas nesta área; – um grupo de fluidoterapia, causando desconfiança e concorrência; – este agrupamento de socorro espiritual, que está em andamento, cujo objetivo é provocar escândalos e consequentemente a fofoca destruidora.

Outros camaradas sob as suas ordens já realizaram: – o afastamento de um entrevistador, coordenado por Márcia Boaventura, das tarefas das noites de segunda, terça e quarta-feira. Seguindo suas orientações, o envolvemos a fim de que julgasse fosse preciso melhorar a vida material. Fizemos com que se inscrevesse em seu terceiro curso universitário. O mundo ganhará mais um inútil acadêmico e perderá valoroso cooperador do bem.

- cinco expositores, dos mais variados cursos de Espiritismo espalhados pela Casa, tiveram promoção no emprego, sob nossa influência, tendo obrigatoriamente de abandonar as tarefas a fim de cumprirem os compromissos materiais.

- três dirigentes de grupos mediúnicos pediram licença, atendendo a caprichos familiares, fazendo longa viagem, também sob nossa atuação.

- os eruditos espíritas não foram esquecidos; com a vaidade sobre excitada, estamos sugerindo que reformulem todos os trabalhos na Casa, toda a área doutrinária. Isso sim é que vai gerar uma grande fofoca. Desejamos fazer com que entrem em confronto com a organizada diretoria de doutrina.

- estamos, ainda, fazendo com que modismos de toda ordem apareçam por aqui, trazidos pelas pessoas eufóricas;

- trezentos processos de obsessão simples foram implantados, junto àqueles que nos oferecem brechas, a pretexto de atrapalhar diversos trabalhos espíritas. Estes, num mecanismo em cadeia, exatamente como o senhor planejou, haverão de triplicar as irritações, abrindo nossos caminhos.

- verificamos as obras assistenciais e notamos estarem passando por várias dificuldades financeiras. Envolvemos alguns responsáveis, que entraram em nossa esfera de ação por conta do pessimismo, nervosismo exagerado, falta de fé, por terem esquecido do ideal espírita e prenderem-se simplesmente à questão de organização, agindo com frieza, distantes do amor. Com isso, podemos desestimulá-los intensamente e, agora, estão prestes a abandonar as funções.

- nas promoções beneficentes, igualmente tivemos boa infiltração, pois que os cooperadores, verificando estarem fora das reuniões mediúnicas, da seriedade dos estudos, entregaram-se às piadas, às brincadeiras, à maledicência, à competição, à inveja e ao ciúme. Isso tem afastado vários trabalhadores matriculados nestas obras.

- no pequeno coral, inspiramos-lhes músicas mais agitadas, fazendo com que se oponham à direção da Casa em querer divulgar o Espiritismo pela canção. Sugerimos-lhes outros ritmos a fim de atordoar-lhes e confundir-lhes o pensamento. O regente, praticamente um dos nossos, tendo levado “sua” ideia à direção doutrinária e esta, obviamente, solicitando a retomada do trabalho com músicas que elevem a criatura humana, conduzindo mensagens de transformação moral, tal como é o objetivo do Espiritismo, fez com que o condutor das vozes espíritas se irritasse, quase desistindo das tarefas.

- ainda temos o grupo de teatro que certamente nos atenderá às mesmas solicitações, melindrando-se certamente quando a pureza doutrinária lhes solicitar evitar, no Centro, a propagação de obras não espíritas.

- temos procurado, diante dos agrupamentos de estudos, estimular os contestadores natos, fazendo com que estejam especialmente alterados, conseguindo, com isso, atrapalhar vários participantes.

E muitas outras reuniões estão recebendo a visita de nossa falange.

Falta, ainda, atingirmos definitivamente o presidente e o diretor doutrinário da Instituição.

Seguindo suas ordens, continuou Gonçalves, colocamos cerca de dez espíritos adversários com cada um, esperando que ofereçam brechas de atuação, mas eles desfrutam de proteção espiritual admirável, por conta do esforço que empenham na conduta reta e pelo trabalho sério que executam.

Contudo, senhor, nosso labor permanece difícil! Pois não faltam aqueles que são verdadeiras rochas morais, os que têm atraído impressionante proteção espiritual pelas atitudes cristãs. Esse processo tem exigido muito dos nossos cooperadores, já tivemos de renovar nossas turmas por cinco vezes. Nossos trabalhadores sentem-se fracos ao entrarem em contato com certos ambientes amorosos, que obrigatoriamente têm de visitar, com objetivo de atormentar e desviar os encarnados da bondade. E sobre estes, nossa influência tem sido praticamente nula.

Não sei se nossa equipe conseguirá ir até o fim. Acredito estejamos andando devagar demais.

- Nada disso, meu caro, acrescentou o mandante, os pontos principais estão sendo atingidos, aguarde e verá o excelente resultado. Quanto aos responsáveis pela Instituição, haveremos de visitá-los pessoalmente em breve. Primeiro, vamos atormentá-los e preocupá-los, desestruturando as tarefas, depois, quando se tiverem irritados com o mau desempenho dos departamentos, os escândalos, as fofocas, os pegaremos em cheio.”

Tem ainda os que simplesmente somem e esses, na maioria das vezes, são aqueles que sofrem por suas próprias fraquezas, por suas sensações de solidão, pela falta de coragem e por se sentirem perdidos no tempo, na vida e nas suas próprias necessidades, são sempre levados com o vento, com o tempo e com a esperança de novas oportunidades.

Fabuloso, impressionante e assustador não é mesmo?

E vale a pena ainda entender que quando estamos trabalhando em um terreiro de Umbanda estamos lutando contra a ação do baixo astral, contra os seres das trevas, contra seres que além de pertencerem às nossas afinidades naturais, aos nossos carmas e aos nossos merecimentos, têm a intenção de destruir centros religiosos com o único propósito de não aumentar o sentido do “Bem”. São seres poderosíssimos com ações fulminantes e, na maioria das vezes, proporcionam o afastamento dos médiuns e o enfraquecimento da corrente com um simples estalar de dedos.

Importante ainda esclarecer que enquanto o médium pertence à corrente mediúnica do terreiro ele está sob a guarda do Guia Chefe do terreiro, sob proteção da força da esquerda assentada na tronqueira, sob firmeza dos Orixás e fortalecido pela própria corrente mediúnica que, quando bem firmada, torna-se uma verdadeira cúpula, resistente aos ataques do baixo astral.

No entanto, quando o médium sai do terreiro essas proteções se dissipam e ele agora tem que caminhar com suas próprias pernas. Dessa forma, aqueles espíritos inferiores que antes eram combatidos pelo médium em questão vêem-no agora sem proteção e agem de forma brutal e avassaladora na sua vida mediúnica, profissional e emocional, causando a famosa ‘virada de vida’.

Entendam que o médium perde aquela proteção, mas não a ação do baixo astral que agora não tem mais nada que o impeça. Portanto, sair de um terreiro requer responsabilidade, cuidado, conversa, sabedoria e respeito. É preciso saber sair em harmonia, pedindo a benção, a proteção, ensinamento sobre firmezas e sendo muito grato por todas as oportunidades, exercendo a humildade – qualidade imprescindível a qualquer médium umbandista.

Acredito que assim o médium sai em uma vibração melhor, permanecendo ainda com a proteção do Terreiro, da Umbanda e com todo amparo do astral superior. Portanto, não é uma ação que depende do pai de santo, como muitos pensam. Percebam e saibam que muitas vezes o pai de santo está de joelhos pedindo proteção a esse filho que agora está a caminhar sozinho enquanto o médium está ‘deduzindo demandas’.

Tenham certeza, o Astral Superior respeita o livre-arbítrio e nos dá sempre maravilhosas oportunidades de evolução. E só cabe a nós vivenciá-las com gratidão e amor no coração.

fonte:http://www.minhaumbanda.com.br/2010/11/29/saida-de-um-medium/

Livro: De Todo o Meu Ser - Monica de Castro

O mais novo romance de Monica de Casto, De todo o meu ser, lançado pela Editora Vida & Consciência, tem como tema central o poder transformador do amor. Os jovens Marianne e Ross estão no plano astral e se preparam para reencarnar no Brasil. Um momento em que, em meio às esperanças, relembram suas vidas anteriores, ainda em Londres, no início dos anos 30 até o fim da Segunda Guerra Mundial, quando ao longo desses quase quinze anos, o jovem casal enfrenta inúmeras barreiras terrenas e espirituais para viver seu amor incondicional.

A história começa no aniversário de sete anos de Marianne, a mais velha dos quatro filhos de Kate e David. É nessa idade que se dá início ao processo de individualização, em que cada um encontra seu próprio caminho. Até então, as crianças são protegidas pelos espíritos superiores que cuidam para que os inimigos astrais não abalem sua formação. Mas, a partir dessa idade, Marianne começa apresentar comportamentos estranhos, agressivos, inexplicáveis. Sua mediunidade é confundida com loucura e sua infância, tanto na família, como na escola, transforma-se em um inferno para ela e para todos a sua volta. Só seu primo e confidente Ross a compreende, mas esse amor puro será alvo de muitos ataques, como da interesseira Lilian, sua madrasta, que o quer ver distante da menina e de casa, para não atrapalhar seu romance obscuro com o chefe de seu marido.

Os embates entre os diferentes interesses, visões e percepções das personagens revelam os mais profundos sentimentos dos seres humanos, dos mais sublimes como a confiança, a amizade e o amor, até os mais vis, como a inveja, o ódio e a vingança. E, nessa luta pelo poder, o medo e a ameaça são armas para exercício da força, assim como a ignorância, as mentiras e os segredos, que afastam os seres humanos de seu caminho rumo à felicidade.

Este é um comovente romance que promove o entendimento de que a reencarnação é um bálsamo concedido pela vida para aprimoramento de nossas qualidades, superação de limitações e dificuldades, fortalecimento do espírito e compreensão de que o nosso maior desafio não é o confronto com o mundo, mas consigo mesmo.

Compre Aqui

Miniessérie Chico Xavier

A minissérie “Chico Xavier”, derivada do longa que fez sucesso nos cinemas em 2010, terá cerca de uma hora a mais que o filme. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a trama, que será exibida entre os dias 25 e 28 de janeiro na Globo, contará com cenas inéditas, que foram planejadas durante as filmagens do longa, produzido pela Globo Filmes.

O formato será o mesmo do usado na minissérie de “O Bem-Amado”, que também foi derivada de um longa-metragem e que será veiculada a partir do dia 18. A estratégia deverá ser usada pela Globo em novas produções do cinema.

“Chico Xavier” foi dirigido por Daniel Filho. Na história, adaptada do livro “As Vidas de Chico Xavier”, o médium foi interpretado pelos atores Matheus Costa, Ângelo Antônio e Nelson Xavier. No elenco ainda estão Tony Ramos, Christiane Torloni, Giulia Gam, Letícia Sabatella, Pedro Paulo Rangel e Cássia Kiss.

Fonte:http://natelinha.uol.com.br/noticias/2011/01/09/125515.php

CHICO FALA DA UMBANDA



Temos que entender que Chico pouco conhecia sobre a Umbanda e isso ele deixa explicito em sua entrevista ao Pinga Fogo, ele desvia sim de respostas mais direta sobre a Umbanda, até mesmo na primeira entrevista (Pinga Fogo), há erros em analisar nossa querida Umbanda, mas percebam a ocasião, percebam o que ele já nutre pela Umbanda naquela ocasião (anos 70), pior são os que hoje tem acesso ao estudo que Chico não teve na ocasião e que ainda chegam com absurdos sobre uma Umbanda que não conhecemos.

Dentro do contexto e já fugindo um pouco do que trago abaixo para vocês, eu não fico triste com o que adeptos de outras religiões falam de nossa religião, ou façam com a nossa religião, o que eu fico triste é a sujeira que dizem ser Umbanda, é a sujeira que muitos trazem em nome da Umbanda, são os que se dizem de Umbanda e que vivem a emporcalhar a nossa religião, e quando percebemos pessoas de outras religiões falando de nossa, mesmo com respaldo como foi o caso do Chico temos sim que agradecer e aplaudir.

Fonte:http://povodearuanda.wordpress.com/2010/04/26/chico-fala-da-umbanda/

Além da Vida - Clint Eastwood



Três pessoas são tocadas pela morte de maneiras diferentes. George (Matt Damon) é um americano que desde pequeno consegue manter contato com a vida fora da matéria, mas considera o seu dom uma maldição e tenta levar uma vida normal. Marie (Cécile De France) é jornalista, francesa, e passou por uma experiência de quase morte durante um tsunami. Em Londres, o menino Marcus (Frankie McLaren/George McLaren) perde alguém muito ligado a ele e parte em busca desesperada por respostas. Enquanto cada um segue sua vida, o caminho deles irá se cruzar, podendo mundar para sempre as suas crenças

Quem são vocês?

Olá Pessoal,

Nessa ultima semana estamos tendo uma grande quantidade de acessos no blog e eu gostaria de saber um pouco mais sobre vocês que estão acessando o Blog, se estão gostando dos posts que estou colocando, se estão procurando algum tema especifico sobre a umbanda.

Deixem as informações nos comentários e se quiserem colocar sugestões e criticas para melhorar ainda mais o nosso blog fiquem à vontade.

Diogo Freitas - dgfreitas@globo.com

"Nosso Lar" chega em DVD e Blu-ray

Chegam às locadoras na próxima quarta-feira, 12, o Blu-ray e o DVD do filme “Nosso Lar”, pela 20th Century Fox Home Entertainment. O longa-metragem teve a segunda maior bilheteria nacional em 2010, e a quarta maior desde a retomada do cinema nacional. “Nosso Lar” foi adaptado da obra do médium mineiro Francisco Cândido Xavier, ditada pelo espírito do médico André Luiz e publicada originalmente em 1944. O filme é atualmente a produção nacional, mais cara da história do cinema brasileiro, orçada em R$ 20 milhões.

No mesmo dia também chega às lojas para venda ao consumidor o Blu-ray de “Nosso Lar”, o primeiro feito pela Fox entre os títulos nacionais. Sendo assim, quem quiser ter em casa o filme em alta definição poderá conferir extras como ‘Making of’, ‘Pílulas dos Bastidores’, ‘Fotos de Cena e Bastidores’ e ‘Trailer do Cinema’. O Blu-ray traz legendas em sete línguas, como o esperanto.

Tanto o Blu-ray quanto o DVD trazem também a Audiodescrição, um recurso voltado para pessoas portadoras de deficiência visual que consiste na descrição clara e objetiva de todas as informações que compreendemos visualmente e que não estão contidas nos diálogos, como, por exemplo, expressões faciais e corporais que comuniquem algo, informações sobre o ambiente, figurinos, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além da leitura de créditos, títulos e qualquer informação escrita na tela.

LIVRO

O livro de mesmo nome foi traduzido para 15 idiomas e vendeu mais de 2 milhões de exemplares no Brasil. Só em 2010, foram 176 mil exemplares, sendo 135 mil exemplares após o lançamento do filme. A produção, da Cinética Filmes em parceria com o Banco BRJ, conta a história de um médico que acorda no mundo espiritual após a sua morte e acompanha sua jornada, desde os primeiros dias numa dimensão de dor e sofrimento, até ser resgatado para uma cidade espiritual cujo nome intitula o filme.

Com direção e roteiro de Wagner de Assis (A Cartomante), “Nosso Lar” traz no elenco Renato Prieto como André Luiz, Fernando Alves Pinto, Rosanne Mulholland, Inez Viana, Rodrigo dos Santos, Werner Schünemann, Clemente Viscaíno e ainda participações especiais de Ana Rosa, Othon Bastos e Paulo Goulart. Renato Prieto ficou em cartaz no teatro com a peça de mesmo nome por mais de 10 anos.

Fonte:http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-124655-NOSSO+LAR+CHEGA+EM+DVD+E+BLU-RAY.html

Porque Caboclos e Pretos Velhos?

Uma das incógnitas que ainda perduram, na Umbanda, é a verdadeira natureza dos Caboclos e Pretos-Velhos.

Várias opiniões formaram-se a respeito dessas entidades que, através de uma linguagem simples, emitem, por vezes, conceitos que revelam o pensamento erudito de um mestre.

No decorrer de vários anos de convivência com os nossos Velhos e Caboclos, observando-lhes os trabalhos, auscultando opiniões sobre os problemas da vida terrena, notamos que o grau de conhecimento, de evolução varia muito.

Encontramos Pretos Velhos aparentemente apegados aos bens materiais, fazendo questão do “tôco” e do “pito” que não cedem a ninguém, aborrecendo-se com facilidade, reagindo como simples criaturas humanas.

Outros, porém, revelam no procedimento e nas palavras, no acatamento à disciplina imposta necessariamente pela direção espiritual dos trabalhos, a luz espiritual adquirida.

Uns e outros referem-se às senzalas, à vida passada na escravidão ou nas aldeias.

Se o freqüentador assíduo dos terreiros não procurasse o guia apenas para lhe expor as dificuldades da vida terrena, buscando somente o conselho para a solução mais fácil dos seus problemas materiais, teria ocasião de receber ensinamentos preciosos sobre a vida futura, as reencarnações, a necessidade de vencer, com o próprio esforço, a passagem difícil que se lhe apresenta e que será mais um grau conquistado na escola da vida.

Dizia José Álvares Pessoa que a Umbanda é, talvez, a única religião que se preocupa com os problemas materiais do homem.

Não por ser um culto materializado. Pelo contrário: percebendo como o ser humano premido pelas dificuldades que o seu próprio Carma conduz, se afasta do criador, quando a enfermidade, a falta de recursos financeiros, a desarmonia no lar se tornam mais poderosos que a sua crença, os dirigentes espirituais do nosso planeta organizaram um movimento destinado a dar ao homem o conforto, o conselho, a ajuda através dos quais poderá ser, ainda uma vez, reconduzido aos caminhos da fé.

Criaram-se legiões de missionários e para que mais facilmente fossem aceitos e compreendidos pelas classes menos favorecidas, assumiram a feição ainda mais simples, apresentando-se como escravos ou nativos.

Mas terão sido realmente, todos eles, pretos ou índios?

Sabemos que a pobreza e a humanidade não afluem na escala espiritual; a história da nossa pátria evidencia a lealdade, o caráter do índio brasileiro, o valor de muitos escravos.

Sabemos, igualmente que não existem fronteiras, no mundo astral.

Logo, não é de crer que haja um plano exclusivo para caboclos e pretos escravos.
Preferimos, portanto, adotar o conceito de muitos espiritualistas, entre os quais o acima citado J. A. Pessoa:
os guias participam desse movimento de socorro ao homem encarnado, neste final do segundo milênio e se apresentam como Caboclos e Pretos Velhos, nem sempre tiveram a última passagem na terra como escravos ou índios; alguns, possivelmente, nunca o foram. Assumiram essa personalidade como distintivo da missão que viriam a desempenhar.

Uns contam como viveram, há 200 anos ou há pouco mais de meio século, nos engenhos ou nas aldeias indígenas. Outros abstêm-se de qualquer referência à sua passagem na vida terrena. Pacientemente, dão atenção às queixas, ao relato dos pequenos problemas de rotina da nossa vida, aconselhando, animando, esclarecendo, conforme a necessidade de quem lhes fala.

Ensinam a mensagem do Evangelho, o perdão, o amor ao próximo, mostram como é necessário dar para receber, perdoar para ser perdoado, corrigir as falhas, dominar os sentimentos de vingança, de inveja, para adquirir luz.

E através desse trabalho humilde, incompreendido, ainda, por muitos, vão prosseguindo na missão de reconduzir o homem ao caminho que o levará a Deus.

Sua origem, não importa.

Se o Caboclo viveu como um cacique de uma tribo ou como iniciado de uma seita oriental, não interessa no momento.

Se o Velho foi escravo ou jovem médico, ou se foi mestre na magia, também não faz diferença.

O que vale, agora, é apenas a missão a ser cumprida, em benefício da humanidade, para que o Brasil, futuro centro de difusão do Evangelho, esteja melhor preparado para o advento do III Milênio. (grifo nosso)

Lilia Ribeiro foi dirigente da TULEF (Tenda de Umbanda Luz Esperança e Caridade) e editora do jornal informativo Macaia.

Dr Valetim no Correio Braziliense

Doutor Valentim, um emissário dos espíritos para curar os necessitados Ele não é formado em medicina, não sabe ler nem escrever e, mesmo assim, conquistou o respeito de vários profissionais da saúde e de outras áreas por seu trabalho. Doutor Valentim, como é conhecido, atua como médico espiritual e, ao longo do tempo, ficou famoso pelos casos de cura relatados por pacientes

O Recinto de Caridade Bezerra de Menezes, no Gama: superlotação em todos os dias de atendimento. Na foto abaixo, doutor Valentim abençoa uma paciente (Fotos: Edílson Rodrigues/CB/D.A Press)
O Recinto de Caridade Bezerra de Menezes, no Gama: superlotação em todos os dias de atendimento. Na foto abaixo, doutor Valentim abençoa uma paciente
O homem chega conduzido na cadeira de rodas. Aparenta mais de 60 anos. Traz no rosto o olhar vago de quem há muito espera a dor passar. Sofre de esclerose múltipla. Rodou o mundo em busca da cura. Não conseguiu. Foi parar no Gama, com intuito de conhecer o doutor Valentim, a quem todos chamam de “médico espiritual”.

Valentim aproxima-se discretamente, calado, como de hábito. Veste jaleco branco, calça de moletom cinza e boné verde-escuro. O sorriso é tímido. O olhar, pacificador. No pescoço, traz um estetoscópio. Nas mãos, uma tesoura longa e fina. “Venha até aqui”, diz, imperativo.

O senhor debilitado, com grande esforço, levanta-se e dá dois passos curtos em direção àquele que crê ser seu salvador. Cansado, cai sentado novamente. Ensaia um sorriso. Há décadas ele não se movia, segundo familiares. O médium passa uma tesoura pelo corpo do paciente e emite sons indecifráveis. No fim, oferece a ele uma rosa branca.

Em seguida, o homem na cadeira vai embora. O encontro com Valentim é rápido. Menos de um minuto. Mas dura o suficiente para quem o procura sair renovado dali. Não há nada que comprove os poderes de Valentim Ribeiro de Souza, 70 anos. A não ser a fé e os milhares de relatos de cura dos pacientes. São mais de 5 mil atendimentos, todos os meses.

Somente na última quarta-feira, aproximadamente 600 pessoas procuraram o mentor espiritual. Antes das 7h, às segundas, às quartas-feiras e aos sábados, principalmente, é sempre assim. Ao entrar no Recinto de Caridade Bezerra de Menezes, a primeira visão que se tem é a de homens, mulheres e crianças aglomerados em filas. Há gente de todas as idades, crenças e bolsos. Idosos, jovens, padres, pastores, médicos, engenheiros, professores, donas de casa, milionários e mendigos. Famosos e anônimos, iguais no sofrimento. Todos atraídos até ali com o mesmo objetivo: o de receber as bênçãos.

Organização
Formam-se várias filas. A primeira é para portadores de câncer, esclerose, fibromialgia e outras doenças graves. Na outra, ficam aqueles que serão atendidos pela primeira vez. Há ainda a das crianças e a dos retornos, ou seja, de quem voltou para retirar os pontos da cirurgia espiritual. A operação do doutor Valentim não tem cortes. Ele “opera” os doentes passando a tesoura no corpo, faz riscos de leve, usa algodão, iodo e álcool. E os pacientes não sentem dor.

Quem se consulta deve seguir algumas restrições alimentares, como não comer carne de porco, pimenta ou ingerir bebida alcoólica. Doutor Valentim não vende nem receita remédios, mas não dispensa o acompanhamento da “medicina terrestre”: os dois tratamentos, espiritual e terreno, segundo ele, devem ser feitos juntos.

“Quem cura é Deus. A fé das pessoas ajuda muito”, afirma o homem de poucas palavras. O médium incorpora mais de 60 entidades. O doutor Aguiar, por exemplo, era um médico italiano, que morreu na guerra, prestando serviços para a Cruz Vermelha. É ele quem dá as ordens no atendimento aos doentes de câncer.

Quando o problema é nos olhos, Valentim chama o doutor Capilé Siqueira Campos, morto em um acidente de carro e cego. Quando é o espírito de Capilé quem opera, Valentim, o instrumento, assume uma feição diferente, com olhos miúdos, e muda de voz. Nesse momento, precisa ainda mais da ajuda de seu braço direito, a médica Cherifa Mohamed, 51 anos, moradora do Park Way.

Há 16 anos, ela, que é cirurgiã plástica, procurou o doutor Valentim em busca da cura para uma depressão profunda. Teve a ajuda que esperava e nunca mais deixou de auxiliá-lo. É Cherifa quem comanda as “sessões de rádio e quimioterapia”, que, diferentemente das realizadas em hospitais, ali se processa sem uso de medicamentos.

A fé
Grande parte dos pacientes de doutor Valentim é formada por médicos, como o pediatra Carlos Eduardo Mendes Gomes, 36 anos. Ele sofria com fortes dores, por conta de uma pedra na vesícula. Nada o curava. “Foi doutor Valentim quem acabou com minhas dores. Acredito que existe algo acima de nós. Algo maior, entre o céu e a terra”, afirmou.

Os motivos para procurar socorro são diversos. Vão de tristeza incurável a câncer terminal. Muita gente garante ter sido salva da morte ali, depois de receber vários pareceres desanimadores de médicos comuns. “Eu tinha câncer de próstata. Valentim me disse: ‘Não opere agora. Antes, eu vou queimar o tumor’. Fiz o tratamento, repeti os exames e nem precisei operar”, relatou o funcionário público aposentado Laerte Correa Marques, 71 anos, morador da Asa Sul.

Além dos adeptos da doutrina espírita, católicos, evangélicos e seguidores de muitas outras religiões rendem-se à fama de doutor Valentim. Na última quarta, um padre estava entre a multidão, em busca de ajuda para problemas na coluna. “É um espaço ecumênico. Aqui é o hospital da cura”, explicou Cherifa.

O maestro Alcinelli Martins, 70 anos, morador do Lago Sul, diz ter sido curado de um câncer na bexiga, fato comprovado, segundoele, por médicos. “Doutor Valentim me autorizou a fazer a cirurgia, mas quando os médicos me abriram, meu tumor havia sumido”, relatou. Há também muitos voluntários para ajudar Valentim a organizar o atendimento. Todos eles já foram pacientes e trabalham para agradecer.

Há 45 anos em Brasília, o médium, famoso no mundo inteiro, recebe diariamente visitas de estrangeiros. Atende das 7h às 11h. Não cobra nada de quem o procura. O pagamento é levar até ali mais alguém com problemas ou praticar, também, atos de caridade.


"Quem cura é Deus. A fé das pessoas ajuda muito”
Doutor Valentim, médium que incorpora entidades ligadas ao trabalho da medicina

"Foi Valentim quem acabou com minhas dores. Acredito que existe algo acima de nós ”
Carlos Eduardo Mendes Gomes, pediatra


Desde cedo, entidades o visitam
Nascido em 25 de junho de 1940, em Custódia, Pernambuco, Valentim é o sexto filho de uma família de nove irmãos. A mãe faleceu quando ele tinha 8 anos. A família mudou-se para Montes Claros (MG), em meados de 1950. Foi lá que Valentim descobriu a vocação.

Antes de completar 18 anos, ficou paralítico. Perdeu também a visão. “Ninguém nunca explicou o porquê”, disse o doutor dos espíritos. Curou-se tempos depois, após receber a visita de dois homens misteriosos — segundo ele, os espíritos de dois médicos mortos: Bezerra de Menezes e Aguiar Freitas.

Na infância, relata, já recebia visitas de espíritos. Sempre traziam a mensagem de que era preciso “seguir a missão de fazer curas”. A primeira delas teria sido para a hanseníase de uma garota da região. Valentim tentou ignorar o destino algumas vezes. Arrumou emprego no campo. Diz que voltou a ficar sem andar ou a enxergar depois disso. Virou pedinte nas ruas de Montes Claros.

Certo dia, debaixo de uma mangueira, pediu para morrer. “Senti duas pessoas se aproximando. Ouvi barulho de tesoura. Eles deixaram uma receita. No outro dia, uma mulher passava e leu pra mim: precisava de sumo de arruda e leite materno pingado no olho.” A mulher providenciou o remédio. Dias depois, Valentim diz ter voltado a enxergar e, em seguida, a andar.

Em 1965, Valentim mudou-se para Brasília. Tentou ser funcionário de uma revenda de gás. Voltou a adoecer. Recebeu novamente a visita dos dois médicos e entendeu, então, que deveria se dedicar exclusivamente às curas. “Sem cobrar nada de quem me procurasse”, ressalta. Dos espíritos, além da cura para a cegueira e a paralisia, afirma ter ganho a tesoura que usa ainda hoje. Valentim instalou-se em várias quadras do Gama antes de fixar residência no local onde vive, atualmente. Enfrentou uma população revoltada, que o acusava de ser falso médico e o ameaçou com pedaços de pau e pedra.

A fama de poderoso, porém, foi mais forte e atrai milhares ainda hoje. Valentim vive de doações da comunidade. Mora no Recinto de Caridade Bezerra de Menezes, ao lado da mulher, Maria, com quem teve três filhas: Eliane, Elaine e Andréia. O médium é avô de uma menina. Não acumula riquezas. Também não sabe explicar de onde vem seu poder. “Nem meu pai sabia. Ele sempre dizia: ‘Valentim, você é esquisito’. Ninguém sabe quem eu sou e nunca vão saber.”

fonte:http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2011/01/09/interna_cidadesdf,231496/doutor-valentim-um-emissario-dos-espiritos-para-curar-os-necessitados.shtml

QUALIDADES DE UM BOM MÉDIUM

Rigorosamente falando, os bons médiuns são raros.

A maioria, geralmente, apresenta um ou outro defeito que lhes diminui a qualidade de bons. O defeito, por pequeno que seja, é sempre de origem moral. Entretanto, o médium que reunir as cinco virtudes seguintes pode ser qualificado de bom: SERIEDADE, MODÉSTIA, DEVOTAMENTO, ABNEGAÇÃO e DESINTERESSE.

A seriedade é a virtude que um médium possui de utilizar sua mediunidade para fins verdadeiramente úteis, exercendo-a como um nobre sacerdócio.

A modéstia é a virtude pela qual um médium reconhece que é um simples instrumento da vontade do Senhor e, por isso, não se envaidece nem se orgulha de sua mediunidade.
Não faz alarde das comunicações que recebe, porque sabe que foi apenas um simples intermediário. Não se julga ao abrigo das mistificações e, quando é mistificado, compreende que isso aconteceu em virtude das falhas de seu caráter ou devido a algum erro de sua conduta; procura, então, corrigir-se para afastar de si os espíritos mistificadores.

O devotamento é a virtude pela qual um médium se dedica ardentemente ao benefício de seus irmãos que sofrem. O médium devotado considera-se um servo do Senhor e, por isso, não despreza nenhuma oportunidade de servi-lo, auxiliando a todos quantos necessitam dos cuidados dos espíritos de Deus.

A abnegação é a virtude pela qual um médium leva seu devotamento até ao sacrifício. O médium abnegado não hesita em renunciar a seus prazeres, a seus hábitos, a seus gostos, quando se trata de prestar socorros mediúnicos a quem quer que seja.

O desinteresse é a virtude pela qual um médium dá de graça o que de graça recebeu. O médium desinteressado nem mesmo esperará um agradecimento dos homens.
Eis expostas às cinco virtudes que devemos cultivar, se quisermos merecer o qualificativo de bons médiuns

Texto retirado da Apostila de Umbanda.

Quanto tempo o Tempo Tem?

O tempo falou ao tempo: Quanto tempo o tempo tem?
E o tempo falou ao tempo: Tem mais tempo, o tempo tem.
O tempo falou para o tempo: Quanto tempo o tempo tem?
E o Tempo falou para o Tempo: A magia do tempo está no Tempo onde vocês vivem, aonde o tempo será o seu julgador, aonde o tempo será seu pai e sua mãe, seu irmão aonde o tempo será somente o seu tempo. Porque um dia aqui não estarei. Eu estarei no Tempo

Texto retirado do vídeo: Entrevista com Exu Marabô

Hoje é o dia que dá início a um novo ano.

É o dia primeiro.
Todos queremos iniciar mais um ano com esperanças renovadas.
É um momento de alegria e confraternização.
As rogativas, em geral, são para que se tenha muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender.
Mas será que se tivermos tudo isso teremos a garantia de um ano novo cheio de felicidade?
Se Deus nos dá saúde, o que normalmente ocorre é que tratamos de acabar com ela em nome das festas.
Seja com os excessos na alimentação, bebidas alcoólicas, tabaco, ou outras drogas não menos prejudiciais à saúde.
Não nos damos conta de que a nossa saúde depende de nós. Dessa forma, se quisermos um bom ano, teremos que fazer a nossa parte.
Se pararmos para analisar o que significa a passagem do ano, perceberemos que nada se modifica externamente.
Tudo continua sendo como na véspera.
Os doentes continuam doentes, os que estão no cárcere permanecem encarcerados, os infelizes continuam os mesmos, os criminosos seguem arquitetando seus crimes, e assim por diante.
Nós, e somente nós podemos construir um ano melhor, já que um feliz ano novo não se deseja, se constrói.
Poderemos almejar por um ano bom se desde agora começarmos um investimento sólido, já que no ano que se encerra tivemos os resultados dos investimentos do ano imediatamente anterior e assim sucessivamente.
Poderemos construir um ano bom a partir da nossa reforma moral, repensando os nossos valores, corrigindo os nossos passos, dando uma nova direção à nossa estrada particular.
Se começarmos por modificar nossos comportamentos equivocados, certamente teremos um ano mais feliz.
Se pensarmos um pouco mais nas pessoas que convivem conosco, se abrirmos os olhos para ver quanta dor nos rodeia, se colocarmos nossas mãos no trabalho de construção de um mundo melhor, conquistaremos, um dia, a felicidade que tanto almejamos.
Só há um caminho para se chegar à felicidade.
E esse caminho foi mostrado por quem realmente tem autoridade, por já tê-lo trilhado. Esse alguém nós conhecemos como Jesus de Nazaré, o Cristo.
No ensinamento " amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo" está a chave da felicidade verdadeira.
Jesus nos coloca como ponto de referência.
Por isso recomenda que amemos o próximo como a nós mesmos nos amamos.
Quem se ama preserva a saúde.
Quem se ama não bombardeia o seu corpo com elementos nocivos, nem o espírito com a ira, a inveja, o ciúme etc.
Quem ama a Deus acima de todas as coisas, respeita sua criação e suas leis. Respeita seus semelhantes porque sabe que todos fomos criados por ele e que ele a todos nos ama.
Enfim, quem quer um ano novo repleto de felicidades, não tem outra saída senão construí-lo. Importa que saibamos que o novo período de tempo que se inicia, como tantos outros que já passaram, será repleto de oportunidades. Aproveitá-las bem ou mal, depende exclusivamente de cada um de nós.
O rio das oportunidades passa com suas águas sem que retornem nas mesmas circunstâncias ou situação.
Assim, o dia hoje logo passará e o chamaremos ontem, como o amanhã será em breve hoje, que se tornará ontem igualmente.
E, sem que nos demos conta, estaremos logo chamando este ano que se inicia de ano passado e assim sucessivamente.
Que todos possamos aproveitar muito bem o tesouro dos minutos na construção do amanhã feliz que desejamos, pois a eternidade é feita de segundos.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Repositório de sabedoria, verbetes: oportunidade e tempo