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Quadra 1, lote 1, Residencial Don Bosco, Cidade Ocidental. Veja como como chegar aqui.

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo...
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependimento
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar que por decreto da esperança
a partir de Janeiro as coisas mudem e seja claridade,
recompensa, justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem que merecê-lo, tem de fazê-lo novo.

Eu sei que não é fácil mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.

Um maravilhoso Ano Novo para você!

Prefeitura apela aos espíritos para evitar chuva no réveillon do Rio

O cacique tem uma frase sábia. Ele nos disse que nós não podemos ajudar os homens de maneira permanente, se fizermos por eles, aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios"
Osmar Santos, assessor da Fundação Cacique Cobra Coral

No que depender das forças do além, a chuva não vai atrapalhar a queima de fogos no réveillon da praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. A médium Adelaide Scritori, presidente da Fundação Cacique Cobra Coral, promete recorrer aos espíritos para garantir o tempo bom na noite do dia 31.

Segundo a assessoria de imprensa da fundação, mesmo com o contrato suspenso com a Prefeitura do Rio, o prefeito Eduardo Paes pediu a médium que ela montasse um "quartel general" na Avenida Atlântica para concentrar os trabalhos e as orações para São Pedro. A entidade afirma que o espírito do Cacique Cobra Coral já teria sido de Galileu Galilei e Abraham Lincoln.

A Fundação explicou que o contrato com a Prefeitura do Rio foi suspenso no final de outubro, quando a Secretaria municipal de Obras e a Geo-Rio deveriam enviar relatórios com as obras realizadas e planejadas para conter os problemas climáticos, como chuvas e enchentes.

Ainda de acordo com a Fundação Cobra Coral, o material só foi entregue no último dia 23 de dezembro e será analisado pelos técnicos da entidade espírita no início de janeiro.
saiba mais

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Secretaria diz que contrato está vigente até 2013
A Secretaria Municipal de Obras informou que o contrato com a fundação ainda está vigente até 25 de março de 2013, conforme publicado no Diário Oficial do município em 29 de março de 2010.

O assessor da entidade, Osmar Santos, explica que a Fundação Cacique Cobra Coral só renova os contratos mediante a apresentação do cronograma de obras.

“O cacique tem uma frase sábia. Ele nos disse que nós não podemos ajudar os homens de maneira permanente, se fizermos por eles, aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios. Mas creio que o contrato será renovado até porque ficamos satisfeitos com a instalação do radar meteorológico”, argumentou o assessor.
Desde o show do Roberto Carlos estamos com essa operação para manter o tempo bom. Recebemos pedidos de Nova York e da Europa para viajarmos e orarmos para acabar com a nevasca, mas optamos em atender aos pedidos dos cariocas e turistas que vem ao Rio.
Osmar Santos, assessor da Fundação Cacique Cobra Coral

Contrato com o governo pode ser suspenso
O contrato da fundação com o governo do Rio também pode ser suspenso a qualquer momento. A assessoria da entidade revelou que o prazo para a entrega dos relatórios de obras venceu na segunda-feira (27). Segundo a organização, os convênios e contratos com prefeituras e governos não tem custos.

Segundo Osmar Santos, a médium que recebe as mensagens do cacique Cobra Coral deixou de passar o réveillon no Sul da França para orar pelo tempo bom no Rio.

“Desde o show do Roberto Carlos estamos com essa operação para manter o tempo bom. Recebemos pedidos de Nova York e da Europa para viajarmos e orarmos para acabar com a nevasca, mas optamos em atender aos pedidos dos cariocas e turistas que vem ao Rio. Nesse caso, vamos pedir que a chuva não caia no Rio e chegue às regiões mais necessitadas e vítimas da seca”, ressaltou o assessor.
Fonte: http://g1.globo.com/especiais/virada-de-ano-2010-2011/noticia/2010/12/prefeitura-apela-aos-espiritos-para-evitar-chuva-no-reveillon-do-rio.html

Agradecimentos

Olá pessoal,

Depois de um bom tempo sem atualização estou de volta, esse final de ano foi um pouco complicado, o movimento no shopping foi bem intenso e não estava tendo tempo para atualizar mais agora estou de volta.

Gostaria de agradecer a todos que contribuíram com o blog e com a nossa Tenda nesse ano que passou, tivemos 1712 atendimentos na Tenda e um numero muito grande de visitas no blog. Precisamos da contribuição de todos para que possamos construir a nossa nova Tenda com um espaço muito maior e com novas novidades.

Vou deixar o numero da nossa conta para quem quiser fazer uma contribuição para a construção do nosso novo espaço.


Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 0643
Operação: 013
Conta Poupança: 7785-0
Nome: Vera Lucia da Silva

O Verdadeiro Umbandista

“Ser um verdadeiro umbandista é, acima de tudo, amar o Criador e todas as coisas que foram criadas por Ele. É amar a Terra, o vento, o rio, o fogo, o mar, as montanhas, as plantas e as criaturas viventes. É amar a criatura humana, símbolo da perfeição de toda sua obra; Ser um verdadeiro umbandista é colocar-se à disposição dos Guias Espirituais da Umbanda na prática da Caridade, expressão maior do amor. É saber ouvir os bons conselhos dos Pretos Velhos; é ser intrépido e valente como os Caboclos; é permanecer doce e gentil como as Crianças; é ser flexível e corajoso como os Marinheiros; é ser um bom combatente e audacioso como os Boiadeiros; ser manso e sereno como os Ciganos; é ser divertido e alegre como os Baianos (tal como o Mestre Zé Pelintra). Ser um bom guardião das coisas santas como o incompreendido Exu;

Ser um verdadeiro umbandista é honrar os Sagrados Orixás, tenham eles os nomes que tiverem, sejam eles regentes dos pontos de força em que estiverem entronizados, sejam eles conhecidos ou ainda velados. É saber solicitar-lhes o socorro no cumprimento do dever; é pedir-lhes ajuda quando necessário; é entender o seu correto campo de ação;

Ser um verdadeiro umbandista é prestar a caridade da forma como puder realizar, independente do rótulo, mas sempre com amor, inteireza de coração e humildade. É estar sempre solícito aos apelos dos necessitados, nunca esperando nada em troca. Nunca aguardando qualquer forma de retribuição, seja material ou espiritual. É estender a mão ao caído, mas sem exigir dele o pagamento do socorro;

Ser um verdadeiro umbandista é amar o irmão de fé, compreendendo suas fraquezas e limitações, sem jamais apontar-lhe o dedo acusador com a intenção de empurrá-lo ao precipício. É não tomar-se altivo, soberbo e poderoso perante os ignorantes e pequenos. É calar-se diante da injúria ou da calúnia, e não revoltar-se preparando-se para a guerra armada;

Ser um verdadeiro umbandista é respeitar a autoridade espiritual que lhe foi apresentada pêlos Guias, na pessoa do Chefe de Terreiro. É entender que ele também é passível de erros e tropeços, e nunca pode ser visto como infalível. É aceitar as suas correções e orientações, ainda que na vida comum ele peque naquilo que orientou melhor os seus filhos de fé. É fazer sempre o melhor para agradar ao seu chefe, sabendo que está fazendo não para ele, mas para o seu Guia Espiritual que o conduziu até aquela pessoa;

Ser um verdadeiro umbandista é dar o carinho necessário aos filhos de fé. Não é espancar com palavras ou com a mão, mas é corrigir com afabilidade e temperança. É estar na condução de uma corrente, exercitando a paciência, a abnegação, o amor ao próximo e, sobretudo, a humildade. É não fazer distinção de filhos pobres ou ricos, de feios ou bonitos, de inteligentes ou ignorantes, de pretos ou brancos. É abraçar a todos os filhos sem preferir aos mais achegados, mas é buscar aquele que está longe, afastado, retraído, assustado.

Ser um verdadeiro umbandista é não jogar pedras no telhado da casa vizinha. É respeitar o Guia que toma conta dela; é respeitar as Entidades que ali descem de vez em quando; é amar os irmãos que residem naquela mansão ou naquele casebre; é ajudar a levantar uma parede caída, ou um alicerce abalado. É não jogar lama na parede caiada utilizando palavras mesquinhas e cheias de rancor ou inveja.

“Ser um verdadeiro umbandista é apenas seguir o exemplo do Mestre Jesus.”

Júlio Cezar Gomes Pinto

Salve Mamãe Oxum

DEUSA DOS RIOS, FONTES E REGATOS

Fecundidade e fertilidade são por extensão, abundância e fartura e num sentido mais amplo, a fertilidade irá atuar no campo das idéias, despertando a criatividade do ser humano, que possibilitará o seu desenvolvimento. Oxum é o orixá da riqueza - dona do ouro, fruto das entranhas da terra. É alegre, risonha, cheia de dengos, inteligente, mulher-menina que brinca de boneca, e mulher-sábia, generosa e compassiva, nunca se enfurecendo. Elegante, cheia de jóias, é a rainha que nada recusa, tudo dá. Tem o título de iyalodê entre os povos iorubá: aquela que comanda as mulheres na cidade, arbitra litígios e é responsável pela boa ordem na feira.
Oxum tem a ela ligado o conceito de fertilidade, e é a ela que se dirigem as mulheres que querem engravidar, sendo sua a responsabilidade de zelar tanto pelos fetos em gestação até o momento do parto, onde Iemanjá ampara a cabeça da criança e a entrega aos seus Pais e Mães de cabeça. Oxum continua ainda zelando pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar.
É o orixá do amor, Oxum é doçura sedutora. Todos querem obter seus favores, provar do seu mel, seu encanto e para tanto lhe agradam oferecendo perfumes e belos artefatos, tudo para satisfazer sua vaidade. Na mitologia dos orixás ela se apresenta com características específicas, que a tornam bastante popular nos cultos de origem negra e também nas manifestações artísticas sobre essa religiosidade. O orixá da beleza usa toda sua astúcia e charme extraordinário para conquistar os prazeres da vida e realizar proezas diversas. Amante da fortuna, do esplendor e do poder, Oxum não mede esforços para alcançar seus objetivos, ainda que através de atos extremos contra quem está em seu caminho. Ela lança mão de seu dom sedutor para satisfazer a ambição de ser a mais rica e a mais reverenciada. Seu maior desejo, no entanto é ser amada, o que a faz correr grandes riscos, assumindo tarefas difíceis pelo bem da coletividade. Em suas aventuras, este orixá é tanto uma brava guerreira, pronta para qualquer confronto, como a frágil e sensual ninfa amorosa. Determinação, malícia para ludibriar os inimigos, ternura para com seus queridos, Oxum é, sobretudo a deusa do amor.


Eu vi mamãe oxum na cachoeira
Sentada na beira do rio
Colhendo lírio lirulê
Colhendo lírio lirulá
Colhendo lírio
Pra enfeitar o seu congá
Ê areia do mar que o céu serena
Ê areia do mar que o céu serenou
Na areia do mar mar é areia
Maré cheia ê mar marejou



Um Diálogo entre Exu e Oxalá

O céu e a terra fundiam-se no horizonte distante, parecendo uma coisa só, como se não houvesse separação entre o mundo espiritual e o material, a consciência individual e a cósmica.

Sentado sobre uma pedra em uma enorme montanha, de cabeça baixa e olhos apenas entreabertos, Exu observava o fenômeno da natureza e refletia sobre o seu interminável trabalho.

Como é difícil a humanidade – pensou em certo momento – parece nunca estar satisfeita, está sempre querendo mais e, em sua essência egoísta desarmoniza tudo, tudo... Tudo que era para ser tão simples acaba tão complicado.

Com os olhos habituados a enxergar na escuridão e na distância, Exu observou cada canto daqueles arredores. Viu pessoas destruindo a si mesmas através de vícios variados, viu maldades premeditadas e outras praticadas como se fossem atos da mais perfeita normalidade. Viu injustiças, principalmente contra os mais fracos e indefesos. Com seus ouvidos, também atentos a tudo, ouviu mentiras, palavras de maledicência, gritos de ódio e sussurros de traição.

Exu suspirou.

Serei eu o diabo da humanidade? – pensou ironicamente, ao lembrar o quanto era associado à figura do demônio. Passou horas observando coisas que estava habituado a ver todos os dias: mentiras, fraudes, corrupção, traições, inveja, e uma gama enorme de sentimentos negativos.

Foi quando estava imerso nesses pensamentos que Exu ouviu uma voz ao seu lado, dizendo naquele tom austero, porém complacente:

Laroyê, Senhor Falante.

Exu ergueu os olhos e vislumbrou a figura altiva de Oxalá.

Èpa Bàbá – respondeu Exu, fazendo um pequeno movimento com a cabeça, em sinal de respeito.

Noto que está pensativo, amigo Exu – falou Oxalá.

Exu respirou fundo, contemplou novamente o horizonte e respondeu:

Trabalhamos tanto... e incansavelmente, mas os homens parecem não valorizar nosso esforço.

Oxalá moveu os lábios para dizer algo, mas antes que isso acontecesse, Exu, como que prevendo o que seria dito, continuou:

Não falo em tom de reclamação, sou um trabalhador incansável e o amigo sabe disso. É com prazer que levo o que tem ser levado e retiro o que deve ser retirado. É com satisfação que abro ou fecho os caminhos, de acordo com a necessidade de cada um, é com resignação que acolho sobre minhas costas largas a culpa do mal que muitos espíritos encarnados e desencarnados fazem, não reclamo do meu trabalho. Sou Exu, para mim não existe frio ou calor, cansaço ou preguiça, existe apenas a necessidade de cumprir a tarefa para qual fui designado.

Se mostra tão resignado e, no entanto, parece que deixa-se abater pelo desânimo – comentou Oxalá, apoiando-se em seu paxorô.

Exu soltou uma gargalhada, ao que Oxalá deu um leve sorriso, com um movimento quase imperceptível no canto direito dos lábios.

Não sou resignado nem tampouco estou desanimado – falou Exu – estou pensativo sobre pouca inteligência dos homens. Veja só: como responsável pela aplicação da Lei Cármica observo muita coisa. Observo não apenas o sofrimento que alguns homens impõem a si mesmos, mas vejo também as incessantes oportunidades que o Universo dá a cada um dos seres que habitam a Terra. O aprendizado que tanto precisam lhes é dado por bem, mas quase nunca enxergam pelo amor, então lhes é dada a oportunidade de aprender pela dor, mas geralmente só lembram a lição enquanto a dor está a alfinetar sua carne. Com o alívio vem o esquecimento e todos os erros e vícios voltam a aflorar.

Oxalá fez menção de dizer algo, mas com o dedo em riste entre os lábios, novamente Exu o impediu de falar.

Ouça – disse Exu, colocando a mão em concha na orelha, como se ele e Oxalá precisassem disso para ouvir melhor. E ambos ouviram o som que vinha da Terra. O som da inveja, dos maus sentimentos, da maledicência, da promiscuidade, da ganância. Exu deu outra gargalhada e disse:

Percebe? Temos trabalho por muitos séculos ainda.

E isso não é bom? – perguntou Oxalá, que dessa vez não deixou Exu responder e continuou:

Pobres homens, ignorantes da própria grandeza espiritual e da simplicidade do Universo. Se não desconhecessem tanto o funcionamento das coisas, seriam mais felizes.

Não estão preocupados em discernir o bem do mal – resmungou Exu.

E você está, Senhor Falante? – tornou Oxalá.

Mais uma vez Exu gargalhou.

Para mim não existe o bem ou o mal. Existe o justo, bem sabe disso.

Então por que tenta exigir esse discernimento dos pobres homens?

Eu conheço os caminhos – respondeu Exu um tanto irritado – para mim não existem obstáculos, todos os caminhos se abrem em encruzilhadas. Para mim as portas nunca se fecham e as correntes nunca prendem. Conheço o sutil mistério que separa aquilo que chamam de bem daquilo que chamam de mal. Não sou maniqueísta, não sou benevolente, pois não dou a quem não merece, mas também não sou cruel, pois sempre ajo dentro da Lei. Os homens, coitados, acreditam na visão simplista do bem e do mal, como se todo o Universo, em sua “complexa simplicidade” se resumisse apenas entre o bem e o mal.

Pobres homens – repetiu Oxalá.

Pobres homens – concordou Exu – mesmo olhando o Universo de uma forma tão simplista, dividido apenas entre bem e mal, acabam sempre demonizando tudo, achando que o mal é o melhor caminho para conseguir o que desejam ou então acreditam que são eternas vítimas do mal. E o que é pior, quase sempre eu é que sou o culpado.

Mas é você o responsável pelo mal? – perguntou Oxalá, admirando o horizonte.

Sou justo, apenas isso – respondeu Exu.

Não seria a justiça uma prerrogativa de Xangô? – tornou o maior dos orixás.
Exu olhou fundo nos olhos de Oxalá e respondeu:

Estou a serviço do Universo, de cada uma das forças que o compõe, inclusive do Senhor da Justiça.

Isso significa que trabalha em harmonia com o Universo, caro Exu?

Imaginei que soubesse disso – respondeu Exu, irônico como sempre.

Acho que sempre soube. Quando observo o horizonte e vejo o céu fundindo-se à Terra, percebo o quanto o material pode estar ligado ao espiritual. Mas também lembro que o sol vai raiar e acredito que apesar de todas as dificuldades que os próprios homens criam, é possível acender a chama da fé em seus corações. Percebo o quanto eles são falhos, mas percebo também o quanto são frágeis e precisam de nós – e nesse momento pousou a mão sobre o ombro de Exu – sejam dos que trabalham na luz ou na escuridão, pois tudo faz parte do Uno e se inter-relacionam. O mesmo homem que hoje está nas profundezas mais abissais, amanhã pode ser o mensageiro da luz.

Exu olhou para os olhos de Oxalá, como se não estivesse concordando, mas dessa vez foi Oxalá quem não deixou que o outro falasse, prosseguindo com sua narrativa:

Se não fossem os valorosos guardiões que trabalham nas regiões trevosas, dificilmente os que ali sofrem um dia alcançariam o benefício da luz. Se houvesse apenas a luz, não haveria o aprendizado, que tem como ponto de partida o desconhecimento, as trevas. O Universo tão simples é ao mesmo tempo tão inteligente, que mesmo nós, que observamos os homens a uma distância grande, às vezes nos surpreendemos com sua magnitude. Os homens são frutos que precisam amadurecer e você, amigo Exu, é a estufa que os aquece até o ponto certo da maturação e eu sou a mão que os colhe como frutos amadurecidos.

Quem diria que trabalhamos em harmonia? – disse Exu em meio a um sorriso – acreditam que vivemos a digladiar quando na verdade trabalhamos em busca de um mesmo objetivo: o aprimoramento da raça humana.

Oxalá só não soltou uma gargalhada porque não era esse seu hábito (e sim o de Exu), mas disse sem conseguir esconder o contentamento:

Então, companheiro Exu, não temos porque lamentar. A ignorância em que vivem os homens é sinal de que ainda temos trabalho a realizar. A pouca sabedoria que possuem significa que ainda estão muito próximos ao ponto de partida e cabe a nós, não importa se chamados de “direita” ou “esquerda”, auxiliá-los em sua caminhada, que é muito longa ainda. Apenas contemplar as mazelas dos corações humanos não irá auxiliá-los em nada. Sou a luz que guia os olhos da humanidade e você é o movimento que não a deixa estática. Se pararmos por um segundo sequer, atrasaremos em séculos e séculos o progresso da raça humana, que tanto depende de nós.

Nesse momento o sol começou a raiar timidamente no horizonte, separando o céu e a Terra. Exu levantou-se da sua pedra e se pôs a caminhar montanha abaixo.

Aonde vai, Senhor Falante? – perguntou Oxalá, como se não soubesse.

Vou trabalhar, Senhor dos Orixás – respondeu Exu gargalhando novamente – Esqueceu que sou um trabalhador incansável e que trabalho em harmonia com o Universo, mesmo que ele me imponha a luz do sol?

Oxalá não respondeu, mas esboçou um sorriso tímido. Assim trabalhava o Universo: sempre em harmonia. Os homens, mesmo ainda presos a tantos conceitos primários, trilhavam os primeiros passos em direção ao progresso, pois não estavam órfãos de seus orixás e protetores.



Pelo Templo Tião D'angola e Boiadeiro Sete Porteiras.

Importância do sinal da Cruz

Sempre que possível, além de abençoar, faça o sinal da cruz na testa
de seu filho, marido, sobrinho etc.
Precisamos muito da presença de Deus, para nos livrar de todos os males.

O SINAL DA CRUZ

(†)-Pelo sinal da Santa Cruz, (†) livrai-nos Deus, Nosso
Senhor, (†) dos nossos inimigos, (†) em nome do Pai, do Filho
e do Espírito Santo. Amém.
Quantas pessoas fazem o Sinal da Cruz, ou como se
costuma dizer, o “Pelo Sinal” antes das orações, ou pelo menos
uma vez ao dia?
A impressão que temos é que o número é bastante
reduzido, especialmente entre os mais jovens.
A maioria faz, e às vezes de modo displicente, como um
salamaleque, o “Em nome do Pai”, ficando apenas no gesto,
sem invocar a Santíssima Trindade.
O Sinal da Cruz é uma oração importante que deve ser
rezada logo que acordamos, como a nossa primeira oração,
para que Deus, pelos méritos da Cruz de Seu Divino Filho, nos proteja
durante todo o dia.
Com este Sinal, que é o sinal do cristão, nós pedimos
proteção contra os nossos inimigos.
Que inimigos?
Todos aqueles que atentem contra a nossa pessoa, para
nos causar tanto males físicos, quanto espirituais.
O Sinal da Cruz, feito antes de iniciarmos as nossas
orações, nos predispõe a bem rezar.

† Pelo sinal da Santa Cruz: ao traçarmos a primeira cruz
em nossa testa, nós estamos pedindo a Deus que proteja
a nossa mente dos maus pensamentos, das ideologias malsãs e das
heresias, que tanto nos tentam nos dias de
hoje e mantendo a nossa inteligência alerta contra todos os embustes e
ciladas do demônio;

† Livrai-nos Deus, Nosso Senhor: com esta segunda cruz
sobre os lábios, estamos pedindo para que de nossa
boca só saiam palavras de louvor: louvor a Deus, louvor aos Seus
Santos e aos Seus Anjos; de agradecimento
a Deus, pois tudo o que somos e temos são frutos da Sua misericórdia e
do Seu amor e não dos nossos méritos;
que as nossas palavras jamais sejam ditas para ofender o nosso irmão.

† Dos nossos inimigos – esta terceira cruz tem como
objetivo proteger o nosso coração contra os maus
sentimentos: contra o ódio, a vaidade, a inveja, a luxúria e outros
vícios; fazer dele uma fonte inesgotável
de amor a Deus, a nós mesmos e ao nosso próximo; um coração doce, como
o de Maria e manso e humilde
como o de Jesus.

Padre Marcelo Rossi

Com a colaboração de Manuela Vieira