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Quadra 1, lote 1, Residencial Don Bosco, Cidade Ocidental. Veja como como chegar aqui.

Estamos com Fome de Amor

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".

Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.

Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.

Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Antes idiota que infeliz!

Arnaldo Jabor

RECOMENDAÇÕES AOS MÉDIUNS

1. Orar, sempre que possível, a fim de ficar em contato com Deus, pedindo-lhe que fortaleça seus guias e protetores para a prática da caridade;

2. Ler, nas horas de folga, um livro ou jornal instrutivo sobre a Umbanda, Espiritismo ou o Evangelho, assim reeducando o próprio espírito;

3. Fazer tudo para ter um dia calmo, sem aborrecimentos, nem discussões, preparando-se durante o dia para realizar bons trabalhos à noite no terreiro;

4. Nos dias de sessões, abster-se de carne, pois esta diminui o magnetismo, enfraquece o teor vibratório e desgasta as energias vitais, dificultando as incorporações;

5. Não se fanatize pelos cultos afro-brasileiros, evitando discussões estéreis, violentas ou exageradamente apaixonadas ou falando a todo instante a respeito de fatos relacionados com a Umbanda. Troque idéias nos momentos certos, em conversas sérias, em que haja interesse em se aprender algo útil;

6. A força de seus trabalhos em benefícios dos irmãos, depende do seu amor por eles. O lema a ser adotado é: “Amar e perdoar; aprender e servir”;

Lembre-se: Trabalhar em prol do conceito da Umbanda é dever de todos nós.
A PREPARAÇÃO DO MÉDIUM ANTES DA REENCARNAÇÃO

Se o espírito ou ser desencarnado aceitou a faculdade mediúnica, faz-se necessário que se proceda ao preparo dele, afim de que possa manifestar ou revelar isso, no mundo dos encarnados, que provisoriamente vai ser o seu.

Esse preparo começa pela parte moral, quando lhe é feito sentir tudo o que terá de sofrer ou passar em relação a esse dom e até mesmo quais os seres irmãos desencarnados que vão agir através de sua Mediunidade.

Estando esta parte moral kármica bem situada, segue-se o outro preparo, de caráter puramente energético.

Sim, porque a condição moral-espiritual kármica quer probatória(que serve de prova), evolutiva ou missionária em que os seres forem situados, em relação com a dita Mediunidade, antes de ocuparem a forma humana, será posta em relevo, quanto ao esforço próprio, isto é, serão bem advertidos de que reajustes, benefícios e êxitos ficarão na dependência de seus esforços, da força de vontade que devem usar ou ter para vencer.

É lhes mostrado, também, como essa faculdade medianímica, se revelando em benefícios, em caridade sobre os outros, trará a seus karmas, pela lei do é dando que se recebe, os elementos que se incorporarão às aquisições positivas, no caminho da evolução.

Assim, essa dupla condição de ser veículo dos espíritos, dada a forma de um dom, é, em primeiro lugar, uma condição espiritual especial, dotada ao ser, antes de encarnar e que se afirma durante a gestação.

Isso, de modo geral, mas, excepcionalmente, pode ser conferido depois, no encarnado já adulto.

Acreditamos que o ser não encarnado trava conhecimento com os espíritos que através de sua Mediunidade obterão a evolução, firmando desta forma, antes mesmo do seu nascimento, um pacto de ajuda mútua.

OS TIPOS MAIS COMUNS DE MEDIUNIDADE

Existem mais de 100 tipos de Mediunidade, mas os mais comuns são os seguintes:

a) Intuição: é um tipo de Mediunidade onde o Médium recebe em seu pensamento, sob a forma de uma sugestão, mensagens provindas de um espírito. A intuição nem sempre deve ser seguida, a não ser que o Médium consiga identificar a entidade que o está intuindo. Essa identificação, ele aprenderá a fazer no seu desenvolvimento pois cada entidade produz um sintonia diferente no organismo.

b) Incorporação: é a Mediunidade em que o Médium sintoniza a vibração da entidade e essa vibração toma conta de todo o seu corpo. A sintonia é mental e pode produzir uma incorporação parcial ou uma integral. Na incorporação parcial, o Médium fica consciente, isto é, ele sabe que está ali, sente, observa, mas não domina o corpo nem controla o raciocínio. Perde, também, a noção de tempo e, embora tenha sido espectador de si mesmo, perde a noção de muita coisa que se passou, ao desincorporar. Na incorporação parcial pode haver uma quebra de sintonia ocasional, o que permitirá ao Médium interferir na comunicação.

Na incorporação integral, o Médium fica totalmente inconsciente, pois há uma perfeita sintonia com a vibração da entidade. Nesse caso, não há possibilidade de interferência e, ao desincorporar, o Médium não vai se lembrar de nada do que se passou.

* Queremos esclarecer que a incorporação parcial é tão autêntica quanto a integral. O único problema é o Médium não interferir, procurando se isolar e deixar que a entidade atue livremente. A esmagadora maioria dos médiuns (mais de 95%) trabalha em incorporação parcial e uma pequeníssima minoria (menos de 5%), em incorporação integral.

c) Vidência: é o tipo de Mediunidade que permite, àquele que a possui desenvolvida, ver as entidades, as irradiações. Pode ser de três tipos: direta, intuitiva e focalizada.

Na vidência direta, o Médium pode ver as entidades de quatro maneiras diferentes:

1 – Na projeção, o Médium vê apenas um facho de luz, uma coloração que depende da vibração atuante. Não vê forma humana, nem identifica a entidade.

2 – na parcial, o Médium percebe uma forma humana ao lado de quem está trabalhando espiritualmente, mas ainda não dá uma perfeita identificação. Vê somente o contorno, a forma.

3 – No acavalamento, o Médium vê a entidade por cima dos ombros de outro Médium. Já percebe se é masculina ou feminina, se é caboclo ou preto velho ou outro falangeiro qualquer, se os cabelos são longos ou curtos, etc.

Muitos médiuns que tiveram esse tipo de vidência afirmam, por desconhecimento, que as entidades vistas possuíam mais de dois metros de altura, não percebendo que a entidade, vista acima dos ombros de outro Médium, produziu uma falsa impressão de altura.

4 – No encamisamento, o Médium vê a entidade toda, perfeita. Isso acontece na incorporação integral, quando a entidade toma conta do corpo de um outro Médium.

5 – Na vidência intuitiva, o Médium vê apenas com a mente. Ele se concentra e recebe a imagem mental, por intuição.

6 – Na vidência focalizada, o Médium utiliza algum objeto para a vidência, como um copo d’água ou um cristal. As imagens aparecem no objeto de vidência.

* Muitas vezes os médiuns videntes vêem claramente, como nós vemos uma árvore ou um carro, um espírito; sem utilizar ferramenta nenhuma, senão os olhos.

d) Clarividência: é o tipo de Mediunidade que permite ver fatos que ocorreram no passado e que ocorrerão no futuro. Os clarividentes podem ver os corpos astral e mental de outras pessoas, e tomar conhecimento da vida em outros planos espirituais. É um tipo de Mediunidade difícil de ser encontrado.

e) Audição: o Médium ouve uma voz clara e nítida nos seus ouvidos e dessa forma recebe as mensagens. Na audição, devemos ter o mesmo cuidado que temos na intuição, no que diz respeito à identificação de quem está dando a mensagem.

f) Transporte: é a capacidade de visitar espiritualmente outros lugares, enquanto o corpo físico permanece repousando tranqüilamente; o espírito se desliga do corpo e vai para o espaço. Esse transporte pode ser voluntário ou involuntário.

No transporte voluntário, o Médium se predispõe a realizá-lo. Ele se concentra e se projeta espiritualmente a outros lugares, tomando conhecimento do que vê e do que ouve.

O transporte involuntário ocorre durante o sono. Todos nós nos desligamos do corpo físico durante o sono e entramos em contato com pessoas e lugares dos quais não nos recordamos ao acordar. Às vezes, recebemos nesses transportes soluções para os nossos problemas que, mais tarde, nos parecerão idéias próprias. A respeito, diz um ditado popular: “Para a solução de um grande problema, nada melhor que uma boa noite de sono”.

g) Desdobramento: é um transporte em que o espírito do Médium fica visível à outra pessoa. O corpo físico fica repousando, o espírito do Médium se transporta a outro ambiente e, nesse ambiente, torna-se visível.

h) Psicografia: tipo de Mediunidade muito comum, podendo ser intuitiva, semimecânica ou mecânica. É a capacidade de receber comunicações pela escrita.

Na psicografia intuitiva, o Médium recebe as mensagens na mente e as passa para o papel. É pura intuição.

Na psicografia semi-mecânica, o Médium, à medida que vai escrevendo, vai também tomando conhecimento do que escreve. O espírito atua, simultaneamente, na mente e na mão do Médium.

Na psicografia mecânica, o espírito atua somente na mão do Médium, que escreve sem tomar conhecimento da mensagem recebida.

Quando, ao invés de escrever, o espírito utiliza a mão do Médium para pintar, esse tipo de Mediunidade é chamado de psicopictografia

Mediunidade

A Mediunidade é a capacidade que todos nós temos, em maior ou menor grau e tipos diferentes, de servirmos de veículo de comunicação entre o plano físico e o plano espiritual.

A Mediunidade é a principal ferramenta utilizada no umbanda em seus trabalhos, pois através desta, os médiuns (pessoas que fazem uso direto da Mediunidade) exercem poder de cura, aconselhamento e de realização espiritual para aqueles que buscam auxílio. Através dela, ocorre o contato com os mestres espirituais; e também através dela, sanamos as nossas deficiências, nos evoluindo pela prática da caridade que ela nos oferece, no intuito de diminuir as nossas dívidas para com a humanidade. Um dom. Uma missão.

A Mediunidade pode ficar latente durante toda a vida e não causar maiores problemas, ou pode “explodir”, causando transtornos na saúde, na vida sentimental e na vida profissional, dependendo da sensibilidade do Médium, o que varia de pessoa para pessoa.

Devemos esclarecer, entretanto, que não é a Mediunidade que causa esses transtornos e sim o comportamento irregular que a pessoa passa a ter, uma vez que fica sem autocontrole, instável emocionalmente, e captando vibrações nem sempre boas, das pessoas com quem convive e dos ambientes que freqüenta. Tudo isso contribui para que a pessoa se indisponha com seus entes mais queridos, se indisponha no seu ambiente de trabalho e, muitas vezes, perca a sua boa saúde anterior, já que normalmente assumirá um estado mental negativo.

A Mediunidade é um dom que precisamos aprender a controlar e que precisa ser disciplinada. E para controlarmos esse processo, fazemos muitas vezes uso do “Desenvolvimento Mediúnico”.

PRINCIPAIS SINTOMAS DA MEDIUNIDADE


a) Sintoma clássico: suor excessivo nas mãos e axilas, principalmente nas mãos. As mãos ficam molhadas, quase geladas. Os pés também podem ficar gelados; as maçãs do rosto muito vermelhas e quentes; as orelhas ardem.

b) Depressão psíquica: a pessoa fica totalmente instável, passando de uma grande alegria para uma profunda tristeza sem motivo aparente. Fica melancólica e sente uma profunda solidão. É como se o mundo todo estivesse voltado contra ela. É facilmente irritável e, nessa fase, ela vai ferir com palavras e gestos aqueles que mais gosta.

c) Alterações no sono: sono profundo ou insônia. A insônia é provocada pela aceleração no cérebro devida à vibração. Os pensamentos voam de um assunto para outro, incontroláveis, e a pessoa não consegue dormir. O sono profundo é devido à perda de ectoplasma, de força vital. Há um enfraquecimento geral do organismo e as vibrações da pessoa são reduzidas.

d) Perda de equilíbrio e sensação de desmaio: a perda de equilíbrio é uma sensação muito rápida. A pessoa pensa que vai cair e tenta se segurar em alguma coisa, mas a sensação termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto. É extremamente desagradável. A sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração abandona a pessoa bruscamente. Ela fica muito pálida e tem que sentar para não cair. Às vezes ocorre sensação de vômito ou de diarréia. Um copo de água com bastante açúcar e respiração pela narina direita normalmente bastam para contornar essa situação.

e) Taquicardia: comum em algumas pessoas. Há uma súbita alteração no ritmo dos batimentos cardíacos, fruto do aceleramento provocado pela vibração atuando.

f) Medos e Fobias: a pessoa fica com medo de sair sozinha, de se alimentar, de tomar remédios, pois acha que tudo lhe fará mal. Às vezes tem medo de dormir sozinha ou com a luz apagada. É muito comum, também, uma total insegurança em tudo o que vai fazer.

Todos esses sintomas tendem a desaparecer com a preparação espiritual e o desenvolvimento mediúnico, mas o tempo necessário ao desenvolvimento dependerá muito do grau de Mediunidade, do interesse e da preparação espiritual do Médium.

Salmo 91

Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo,
à sombra do Onipotente descansará.
Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio,
a minha fortaleza, e nele confiarei.
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.
Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas estarás seguros; a sua verdade será o teu escudo e broquel.
Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,
Nem da peste que anda na escuridão,
nem da mortandade que assola ao meio-dia.
Mil cairão ao teu lado,
e dez mil à tua direita, mas tú não serás atingido.
Somente com os teus olhos contemplarás,
e verás o castigo dos ímpios.
Porque tú, ó Senhor, és meu refúgio.
No Altíssimo fizeste a tua habitação.
Nenhum mal te sucederá,
nem praga alguma chegará à tua tenda.
Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito,
para te guardarem em todos os teus caminhos.
Eles te sustentarão nas suas mãos,
para que não tropeces com o teu pé em pedra.
Pisarás o leão e o aspide;
calcarás o filho do leão e da serpente.
Porquanto tão encarecidamente me amou,
também eu o livrarei;
pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o men nome.
Ele me invocará, e eu lhe responderei;
estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei.
Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação.

Dica enviada pela Marina Greco

Onde Vivem os Caboclos?

Muitos já ouviram falar que os Caboclos quando se despedem do terreiro, onde atuam incorporados em seus médiuns, dizem que vão para a cidade de Juremá. Outros falam subir para o Humaitá, e assim por diante.
Sabemos, no entanto, que os Caboclos não voltam para as florestas como ordinariamente voltam os que lá habitam.
No espaço, onde se situam as esferas vibratórias, vivem os Caboclos agrupados, segundo a faixa vibracional de atuação, junto a psico-esfera da Terra. São verdadeiras cidades onde se cumpre o mandato que Oxalá assim determinou, colaborando com a humanidade.
É para as cidades espirituais que os Caboclos responsáveis pelos diversos terreiros levam os médiuns, dirigentes e demais trabalhadores, para aprenderem um pouco mais sobre a Umbanda.
Estas moradas possuem grandes núcleos de trabalhos diversos, onde o Caboclo faz sua evolução, contrariando o que muitos encarnados pensam (que Caboclo tudo pode tudo sabe e tudo faz).
Os Orixás, que são emanações do pensamento do Deus-Pai, que está além da personalidade humana que lhe queiram dar as culturas terrenas, fazem descer a mais pura energia-matéria ser trabalhada pelos Caboclos no espaço-tempo das esferas que compreendem a Terra, morada provisória de alguns espíritos em evolução.
Lá, na morada de luz dos Caboclos, existem outros espíritos aprendendo o manejo das energias, das forças que estabelecerão um padrão vibratório de equilíbrio para os consulentes que vêm às tendas de caridade em busca de um conforto espiritual.
Estas “aldeias” se locomovem entre as esferas, ora estão em zonas próximas às trevas, socorrendo espíritos dementados, ora estão sobre algumas cidades do plano visível, etéreas, ou sobre o que resta de florestas preservadas pelo Homem. De lá extraem, com a ajuda dos Elementais, os remédios para a cura dos males do corpo.
Quando Incorporados, fumam charutos ou cigarrilhas e, em algumas casas, costumam usar durante as giras, penachos, arcos e flechas, lanças, etc… Falam de forma rústica lembrando sua forma primitiva de ser, dessa forma mostram através de suas danças muita beleza, própria dessa linha.
Seus “brados”, que fazem parte de uma linguagem comum entre eles, representam quase uma “senha” entre eles. Cumprimentos e despedidas são feitas usando esses sons.
Costumamos dizer que as diferenças entre eles estão nos lugares que eles dizem pertencer. Dando como origem ou habitat natural, assim podemos ter:
Caboclos Da Mata – Esses viveram mais próximos da civilização ou tiveram contato com elas.
Caboclos Da Mata Virgem - Esses viveram mais interiorizados nas matas, sem nenhum contato com outros povos.
Assim vários caboclos se acoplam dentro dessa divisão.
Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para compreendermos porque alguns falam mais explicados que outros. Mais ainda existe as particularidades de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros.
A primeira é a “especialidade” de cada um, são elas: curandeiros, rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras, entre outros.
A segunda é diferença criada pela irradiação que os rege. É o Orixá para quem eles trabalham.
Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia, estamos nos referindo a sua forma de trabalho.
A “personalidade” de um caboclo se dá pela junção de sua “origem”, “especialidade” e irradiação que o rege.
E é nessa “personalidade” que centramos nossos estudos. Assim como os Pretos-velhos, eles podem dar passe, consulta ou participarem de descarrego, contudo sua prática da caridade se dá principalmente com a manipulação (preparo de remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral).
Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das ervas e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer outro guia.
Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais.

Com a Colaboração de Suely Castro

Os Caboclos na Umbanda

São os nossos amados Caboclos os legítimos representantes da Umbanda, eles se dividem em diversas tribos, de diversos lugares formando aldeias, eles vem de todos os lugares para nos trazer paz e saúde, pois através de seus passes, de suas ervas santas conseguem curar diversos males materiais e espirituais. A morada dos caboclos é a mata, onde recebem suas oferendas, sua cor é o verde transparente para as Caboclas e verde leitoso para os Caboclos, gostam de todas as frutas, de milho, do vinho tinto (para eles representa o sangue de Cristo), gostam de tomar sumo de ervas e apreciam o coco com vinho e mel.
Existem falanges de caçadores, de guerreiros, de feiticeiros, de justiceiros; são eles trabalhadores de Umbanda e chefes de terreiros. As vezes os caboclos são confundidos com o Orixá Oxossi, mas eles são simplesmente trabalhadores da umbanda que pertencem a linha de Oxossi, embora sua irradiação possa ser de outro Orixá.
A sessão de caboclos é muito alegre, lembra as festas da tribo. Eles cantam em volta do axé da casa como se estivessem em volta da fogueira sagrada, como faziam em suas aldeias. Tudo para os caboclos é motivo de festa como casamento, batizado, dia de caçar, reconhecimento de mais um guerreiro, a volta de uma caçada.
Assim como os Preto-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham “incorporados” a seus médiuns na Umbanda, dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual.
Estão sempre em busca de uma missão, de vencer mais uma demanda, de ajudar mais um irmão de fé. São de pouco falar, mais de muito agir, pensam muito antes de tomar uma decisão, por esse motivo eles são conselheiros e responsáveis.
Os Caboclos, de acordo, com planos pré-estabelecidos na Espiritualidade Maior, chegam até nós com alta e sublime missão de desempenhar tarefa da mais alta importância, por serem espíritos muito adiantados, esclarecidos e caridosos. Espíritos que foram médicos na Terra, cientistas, sábios, professores , enfim, pertenceram a diversas classes sociais, os Caboclos vêm auxiliar na caridade do dia a dia aos nossos irmãos enfermos, quer espiritualmente, quer materialmente. Por essas razões, na maior parte dos casos, os Caboclos são escolhidos por Oxalá para serem os Guias-Chefes dos médiuns, ou melhor, representar o Orixá de cabeça do médium Umbandista (em alguns casos os Pretos-Velhos assumem esse papel).

Na Umbanda não existe demanda de um Caboclo para Caboclo, a demanda poderá existir de um Caboclo, entidade de luz, para com um “kiumba” ou até mesmo contra um Exu, de pouca luz espiritual.
A denominação “caboclo”, embora comumente designe o mestiço de branco com índio, tem, na Umbanda, significado um pouco diferente. Caboclos são as almas de todos os índios antes e depois do descobrimento e da miscigenação.
Constituem o braço forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de desenvolvimento mediúnico, curas (através de ervas e simpatias ), desobsessões, solução de problemas psíquicos e materiais, demandas materiais e espirituais e uma série de outros serviços e atividades executados nas tendas.
Os caboclos não trabalham somente nos terreiros como alguns pensam. Eles prestam serviços também ao Kardecismo, nas chamadas sessões de “mesa branca”. No panorama espiritual rente à Terra predominam espíritos ociosos, atrasados, desordeiros, semelhantes aos nossos marginais encarnados. Estes ainda respeitam a força. Os índios, que são fortíssimos, mas de almas simples, generosas e serviçais, são utilizados pelos espíritos de luz para resguardarem a sua tarefa da agressão e da bagunça. São também utilizados pelos guias, nos casos de desobsessão, pois, pegam o obsessor contumaz, impertinente e teimoso, “amarrando-o” em sua tremenda força magnética e levando-o para outra região.
Os caboclos são espíritos de muita luz que assumem a forma de “índios”, prestando uma homenagem à esse povo que foi massacrado pelos colonizadores. São exímios caçadores e tem profundo conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e muitas vezes, suas receitas produzem curas inesperadas.
Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização.
Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa aura e proporcionam uma energia e força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não existem trabalhos de magia que concedam empregos e favores, isso não é verdade. O trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepará-lo para que nós consigamos o nosso objetivo.
A magia praticada pelos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa.
Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, nos seus trabalhos de magia costumam usar pemba, velas, essências, flores, ervas, frutas e charutos.
Quase sempre os caboclos vêm na irradiação do Orixá masculino da coroa do médium e as caboclas vêm na irradiação do Orixá feminino da coroa do médium; mas, eles(as) podem vir também na Irradiação do seu próprio Orixá de quando encarnados e até mesmo na irradiação do povo do Oriente.

Com a Colaboração de Suely Castro

O Médium e o Guia

Uma das grandes qualidades da Umbanda é proporcionar o contato direto entre a consulência e os Guias. O responsável por esse contato é o *médium*. [do latim médium = meio, intermediário]
A mediunidade é uma sensibilidade presente em todas as pessoas, em maior ou menor grau, que facilita na captação de informações de outras dimensões. De alguma maneira, no dia-a-dia, todos nós usamos essa capacidade, alguns a chamam de inspiração, outros de instinto ou intuição.
O médium é uma pessoa consciente dessa capacidade e está preparada física, emocional e espiritualmente para usar todo o seu potencial pessoal na senda espírita por isso é de total importância nos trabalhos de Umbanda. Do seu equilíbrio e dedicação depende o sucesso da seara.
Médium estudioso, disciplinado e equilibrado é fator importante para o êxito do trabalho espiritual, que transcorre em harmonia refletindo a força dos guias na parceria entre o material e o espiritual. Quanto mais afinado o médium, melhor a comunicação entre os dois mundos. Em sua disciplina está incluída alimentação equilibrada, exercícios físicos, mentais, e muito importante: o controle emocional. Médium desequilibrado não rende em dia de trabalho.
Antigamente, o desenvolvimento mediúnico era feito de maneira empírica ou por tradição oral, processo lento, por vezes muito místico e misterioso, pois não havia fontes de pesquisa. Hoje a situação mudou, multiplicam-se os cursos de desenvolvimento mediúnico e sacerdócio de Umbanda e existe grande quantidade de literatura de qualidade.
Não se podem admitir médiuns despreparados para o trabalho espiritual, que devem ter conhecimento de todas as áreas envolvidas no trabalho. Precisam ter noções sobre escrita e elementos mágicos, bioenergias, anatomia e ervas que é um capítulo à parte, pois muitas delas são venenosas e todo cuidado é pouco.
Devem ainda ter uma grande dose de desprendimento e bom senso, pois está lidando com “material humano”, pessoas que na maioria das vezes estão em desequilíbrio e com muitos problemas.
Umbanda não é oráculo, não é terapia e não é mágica.
Não é exigido ao médium que faça adivinhações para provar o valor do seu desempenho. Deve saber ouvir, que já é, em si, um ato de caridade, mas deve tomar cuidado com o que diz, pois algumas informações captadas são apenas diretrizes para o trabalho a ser realizado em conjunto com o Guia. Alguns dados se repassados ao consulente poderiam aumentar o caos em que a vida deste se encontra. De que adianta informar ao consulente de que vai perder um ente querido ou de que é vítima de traição? Essas informações são úteis no direcionamento do trabalho e na escolha das determinações a serem dadas para fortalecimento do campo do consulente, tornando-o capaz de superar os seus aprendizados.
Não existem soluções mágicas, mesmo os médicos psiquiatras, psicólogos e terapeutas profissionais que estudaram durante muitos anos, procuram ajudar as pessoas direcionando-as para o seu autoconhecimento sem nunca darem as soluções prontas.
Lembre-se: não existem problemas, existem experiências.
O sucesso total do trabalho depende de uma trindade sagrada: Guia + Médium + Fé do Consulente que deve fazer sua parte em manter o equilíbrio que foi restaurado em seu campo bioenergético por essa dupla de trabalhadores espirituais. Mantendo-se o equilíbrio, tudo tende a melhorar. A união afinada das Duplas Dinâmicas Espirituais traz para a Umbanda a Luz, a Paz e a Harmonia aos que trabalham nesta Luz!
Lixo Emocional
“Existe um lixo emocional. Ele é produzido nas usinas de nosso pensamento, enquanto crescemos interiormente.
São emoções que passaram por nossa vida e nos ajudaram, mas que não têm mais utilidade. São sentimentos que foram importantes no passado, não no presente. São recordações de dor que nos amadureceram e que agora não servem para nada.
Não podemos carregar este lixo. Mas, apegados aos nossos sentimentos antigos, ficamos com pena, e temos dificuldade de deixá-los. Enchemos nosso porão espiritual com uma quantidade imensa de memórias inúteis, que ofuscam as lembranças importantes.
Não procure sentir coisas que você não está sentindo mais. Não procure ser como você era. Você está mudando. *”Permita que seus sentimentos o acompanhem e o transformem em sua própria evolução”. *(autor desconhecido)*

Com a Colaboração de Suely Castro

POMBA GIRA 7 SAIAS - II

Recebi uma outra lenda da 7 Saias e vou compartilhar com vocês.


Jalusa Correia era uma bela mulher, morena de bastos cabelos negros, tinha ainda magníficos olhos verdes que a todos encantava.
Aos dezessete anos se casou e teve dois filhos, que foram por algum tempo a razão de sua existência. Quando estava prestes a completar seu vigésimo terceiro aniversário uma tragédia abateu-se sobre ela, seu marido e filhos faleceram em um pavoroso acidente de trem e da noite para o dia tornou-se uma pessoa imensamente triste e solitária. Por muitos anos carregou o peso na consciência por não estar com eles nesse momento. Culpava-se intimamente porque nesse fatídico dia tivera uma indisposição séria e não quisera acompanhá-los na pequena viagem que mensalmente faziam à cidade vizinha. O remorso a torturava como se com isso conseguisse diminuir o tamanho de sua dor.
Dez anos se passaram até que Jalusa voltasse a sorrir, apesar do coração em frangalhos. Foi nesse período que Jorge apareceu em sua vida. O jovem viúvo logo se tomou de amores pela solitária e encantadora mulher. Conhecendo o trauma vivido por ela, teve a certeza de haver encontrado a mãe que sua filha precisava. A pequena Lourdes ficara órfã muito cedo e com apenas seis anos não conseguia esquecer a morte de sua genitora, tornando-se uma criança frágil e assustadiça.
Não demorou muito para que se casassem. No inicio Jalusa foi exemplar, como mãe e esposa, de repente, sem entender o motivo, começou a odiar a pequena menina. Lourdes a irritava, cada palavra dita por ela, entrava em seus ouvidos como uma ofensa. A menina apanhava por qualquer coisa, eram palmatórias, surras de cipós e puxões de cabelo que a deixavam inteiramente dolorida. Com medo de dizer ao pai o que ocorria em sua ausência, Lourdes foi ficando a cada dia mais amarga e triste. Seus únicos momentos de alegria eram os passeios que fazia com o pai. Sempre que Jorge perguntava o que estava acontecendo ela mentia dizendo sentir saudades da mãe.
O ódio de Jalusa pela criança só aumentava, cada vez que a menina chegava perto dela, a lembrança de seus próprios filhos a atormentava: - Como pode uma criatura indecente dessas estar aqui, viva ao meu lado, e meus filhos lindos, mortos? - Era sempre nesses momentos que a menina era mais agredida.
Um dia Jorge resolveu fazer uma surpresa e retornar mais cedo a casa. Ao entrar devagar para não ser notado, ouviu os gritos: - Sai vagabunda! - acompanhado do som de um tapa - abriu a porta justamente no instante em que sua filha era atirada contra um canto da parede. Num átimo, percebeu tudo que estivera ocorrendo em sua ausência. Correu até a mulher e a esbofeteou com rancor exigindo que saísse de sua casa imediatamente. Desse dia em diante, Jalusa passou a morar nas ruas, mendigando e xingando todas as crianças que lhe passassem por perto. Às vezes, chorava muito, mas logo se erguia e gargalhava alto. Em uma noite de intenso frio, seu espírito foi arrancado do corpo e levado para zonas sombrias onde por muitos anos procurou respostas para as mazelas passadas em vida. Depois de ter contato com suas vidas pregressas, percebeu os erros que cometia a cada encarnação onde sempre era a causadora de grandes males causados a crianças e suplicou ajuda para o ressarcimento de suas culpas. Hoje, na vestimenta fluídica de Pomba-Gira das sete Saias, procura sempre uma maneira de atender aos que a procuram com simpatia e carinho. Quem a conhece em terra sabe de sua predileção por jovens mães e o respeito que nutre por todas as crianças. Está enfim a caminho de uma grandiosa evolução.
Laroiê Dona Sete Saias!

Com a Colaboração de Marina Greco

Pai João - Robson Pinheiro


O que é a verdadeira liberdade? Decretos e estatutos não legislam sobre o que é de foro íntimo, da alma, e é essa liberdade, assunto de destaque na doutrina espírita, que este livro quer discutir.

Libertar-se de dogmas, medos, preconceitos e da condição de refém dos sentidos e do prazer sensorial.

Libertar-se do círculo vicioso da culpa, da autopunição e da permissividade, libertar-se em direção à conquista da satisfação interior, que pode ser obtida nas coisas simples do dia-a-dia, quando se está em sintonia consigo mesmo.

Na pauta, fraternidade, espiritualidade e a busca de uma nova visão da dor e das dificuldades. "Trabalho, solidariedade e tolerância" - os temas do trinômio de Allan Kardec permeiam o texto, ao lado de impermanência, programação mental, planejamento e sucesso, tópicos atuais que merecem reflexão.

Conheça o amor, a sabedoria e a compaixão de quem venceu o cativeiro. Sob a face escura de um ex-escravo.
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Corpo Fechado - Robson Pinheiro



Romance Inédito de Robson Pinheiro, o mesmo autor de Tambores de Angola

Vidas que se cruzam, perdidas em diferentes objetivos. O universo dos pretos-velhos, da sabedoria das ervas e das energias sutis da natureza. Mentes abertas, corpos fechados.
Chagas abertas, Sagrado Coração, todo amor e bondade. O sangue do meu Senhor Jesus Cristo no corpo meu se derrame hoje e sempre. Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge. Amém.
“Andarei vestido e armado com as armas de Jorge, para que meus inimigos, tendo pés, não me alcancem; mãos não me peguem; olhos não me vejam e nem pensamentos eles possam ter para me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão; facas e lanças se quebrem sem meu corpo tocar; cordas e correntes se arrebentem sem meu corpo amarrar.”
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Fica ao meu lado, São Jorge Guerreiro
Com tuas armas, teu perfil obstinado
Me guarda em ti, meu Santo Padroeiro
Me leva ao céu em tua montaria
Numa visita a lua cheia
Que é a medalha da Virgem Maria
Do outro lado, São Jorge Guerreiro
Põe tuas armas na medalha enluarada
Te guardo em mim, meu Santo Padroeiro
A quem recorro em horas de agonia
Tenho a medalha da lua cheia
Você casado com a Virgem Maria
O mar e a noite lembram a Bahia
Orgulho e força, marcas do meu guia
Conto contigo contra os perigos
Contra o quebrando de uma paixão
Deus me perdoe essa intimidade:
Jorge me guarde no coração
Que a malvadeza desse mundo é grande em extensão
E muita vez tem ar de anjo
E garras de dragão

POMBA GIRA CIGANA 7 SAIAS

Esta é uma das entidades mais conhecidas e queridas dentro da Umbanda e Povo do Oriente, é a cigana Sete Saias.
Muitos médiuns e chefes de terreiros por falta de informação não costumam apresentar esta maravilhosa entidade com a sua verdadeira origem cigana, fazendo desta linda gira uma pomba-gira de encruzilhada.
A Pomba –Gira Cigana Sete Saias é considerada a Deusa do Amor pelo povo do oriente, e a ela que as moças recorrem quando desesperadas por falta de amor. “
A lenda conta que a Cigana Sete Saias foi apaixonada por um moço “não cigano” o que seus pais não aceitavam… e proibida de viver este amor parou de comer até vir a falecer.
Quando seu corpo estava sendo preparado para velar, sua mãe trouxe suas sete saias favoritas e colocou a seus pés para poder rodar e jogar cartas nos caminhos do astral superior.
A moça chegando as astral, foi recebida por Santa Sara a qual a designou a proteger e ajudar todas as moças que choravam por seus amores proibidos e impossíveis…
É a esta entidade poderosa que as mais serias mandingas de amor são realizadas…
e há quem diga que o que a Cigana Sete Saias Une… Ninguém separa!
Esta pomba-gira gosta de receber suas oferendas e presentes nas encruzilhadas de campo e preferencialmente as 18:00 nas sexta-feiras de lua cheia.
Nas suas oferendas não pode faltar perfume de flores ou gardênia… sua velas são coloridas quase sempre vermelhas, brancas e Rosas… que são as cores que simbolizam o sexo, o amor e a tranqüilidade nas relações.
“Há quem diga que ela vem dos cruzeiros… há quem diga que ela vem do luar… me diga oh meu Deus de onde vem Pomba-Gira Sete Saias e onde ela quer trabalhar!?”
Saravá cigana Sete Saias!

Com a contribuição da nossa queria irmã Suely Castro

UM ESCLARECIMENTO SOBRE OS PONTOS CANTADOS DENTRO DO RITUAL DA UMBANDA

m dos elementos mais interessantes dentro da liturgia umbandista, são os pontos cantados. Além de serem lindos, eles têm funções importantíssimas dentro do ritual, fazendo - se presente em todas as reuniões de Umbanda. Muitas definições e funções são dadas aos pontos e às vezes algumas pessoas fazem uma pequena confusão. Também, o modo como serão executados e o uso dos atabaques ou não, geram ainda muitas discussões dentro da Umbanda. Tecerei alguns comentários que espero sirvam para elucidar um pouco essas questões.

Primeiramente, existem muitas definições sobre os pontos cantados. Na maioria das vezes veremos respostas dizendo que os pontos são "mantras" ou "prece cantadas" e que são utilizados para "chamar os guias". Vejamos:

Mantra vem do sânscrito da raiz mana (mente) e tra (controle). São palavras ou sílabas que normalmente são repetidas metodicamente (oralmente ou mentalmente) e através desses mantras tanto controla - se a mente como sintoniza - se com a força evocada no mantra, ativa – se um chacra, etc. Portanto podemos ver que o mantra tem algumas funções específicas análogas ao ponto cantado, mas atua a partir de uma mecânica diferente. O ponto também atua como forma de controle da mente, notavelmente na dos médiuns, que a partir dos cantos concentram - se no trabalho a ser realizado. Além disso, os pontos ajudam a sintonização com os guias, "direcionando" a mente dos médiuns a determinadas sintonias. Também quando vibrados com amor, ajudam na ativação dos chacras, notavelmente o cardíaco, o laríngeo e o frontal, facilitando o uso das faculdades anímicas - mediúnicas.

Prece vem do latim "precari" e significa rogar, pedir com seriedade, suplicar, etc. A prece podemos definir como uma "conversa" dirigida a seres da espiritualidade superior e Deus. Novamente essas características estão presentes nos pontos cantados, onde louvamos, pedimos, agradecemos e endereçamos nosso amor aos guias e mentores através dos cantos.

Mas, os pontos também são verdadeiras determinações de magia, onde movimentamos forças afins com o trabalho, além de direcionarmos essa energia para algum trabalho específico a ser realizado, como, por exemplo, os pontos de corte de demanda, os para trabalhos de cura, etc.

Concluímos então, que os pontos cantados são simplesmente pontos cantados! Mantras, preces e determinações têm funções análogas a eles e são fantásticos, mas têm uma mecânica e sentidos diferente de serem realizados. Podem e devem ser estudados e praticados, mas não confundidos com os pontos.

Além das funções descritas anteriormente, temos outras como: a ajuda que os pontos dão para a organização do ritual do trabalho onde eles auxiliam para a manifestação mediúnica ordenada. Claro que os pontos na verdade não chamam os guias, pois eles já estão na casa antes mesmo do trabalho começar, mas sim, fazem com que o ritual prossiga de forma equilibrada e serve de comunicação entre o dirigente espiritual com os médiuns. Também temos interação que os pontos fazem entre a assistência que através dos pontos sentem - se mais acolhidos dentro da casa e, principalmente, a mudança de estado íntimo que um ponto pode ocasionar. Às vezes estamos tristes e basta uma música que faça nos lembrar de algo legal ou bonito em nossas vidas, ou uma bela canção para nos elevarmos, mudarmos nossos sentimentos e pensamentos, melhorando assim conseqüentemente a nossa energia pessoal. Talvez essa seja a maior das magias realizadas pelos pontos cantados.

Passando agora para a questão dos atabaques. Muitas críticas são feitas ao uso do atabaque, a mais comum diz que os atabaques favorecem o animismo. Novamente é necessário um pouco de discernimento sobre a questão. Animismo vem do latim - animus que quer dizer alma, portanto quando diz - se que a incorporação "foi puro animismo" quer dizer que não houve influência de espírito, mas sim a própria pessoa produziu a incorporação em sua mente. Diz - se então que o atabaque gera uma "euforia", "empolgação" e o médium sai "rodando e girando" por puro embalo dos atabaques. Realmente isso pode acontecer, como acontece! Mas ocorre mais por uma falta de orientação do médium, do que pelo uso do atabaque. Querem melhorar o problema do animismo? Então incentivem os estudos espiritualistas de mente aberta e que elevam a consciência. Parece - me que colocar a culpa no atabaque é como "tampar o sol com a peneira", além de uma tentativa de "evangelizar e espiritizar" a Umbanda a moldes kardecistas, ou como no caso de algumas escolas ditas iniciáticas de Umbanda que tentam, abolindo os atabaques, desvincularem a Umbanda de qualquer influência africana...

A verdade é que os atabaques são instrumentos que se bem utilizados potencializam ainda mais o ponto cantado. A curimba torna - se um verdadeiro pólo irradiador de vibrações e forças que são direcionadas para o bem do trabalho. Os instrumentos de percussão criam verdadeiras ondas diluidoras e desagregadoras de energias, formas pensamentos negativas e às vezes até chegam a realizar uma desobsessão. Qualquer clarividente razoável, ou pessoa com experiência em terreiro seja médium, cambone, etc pode relatar o que é dito aqui. Na parte mediúnica o uso de atabaques também é extremamente positivo, pois além da aumentar o efeito de concentração do ponto cantado, também atuam diretamente sobre os chacras dos médiuns, sobre sua aura, auxiliando a incorporação, além de as "batidas" compassadas atuarem nas ondas cerebrais as influenciando e levando a estados alterados de consciência. Os xamãs de todo mundo utilizam - se de tambores com essa finalidade. Claro que existem casas onde não existem pessoas preparadas para tocar atabaque. Nesse caso é melhor não toque - se atabaque e apenas utilize - se do canto. Mas quando alguma pessoa preparada e afim com o trabalho da casa aparecer, o atabaque pode ser introduzido dentro do ritual dela. Sempre respeitando a importância do devido preparo e afinidade entre o atabaqueiro e a casa.

Finalizando, aqui foram descritos de forma bem resumida alguns aspectos dos pontos cantados. Espero que possa ter sido claro e tenha fornecido informações úteis para melhor compreensão desse fundamento maravilhoso da religião de Umbanda.

FIRMEZA DE UM TERREIRO

Muito se tem ouvido falar nos meios umbandistas com relação às firmezas necessárias para um bom andamento dos trabalhos num terreiro de Umbanda.

Logicamente que toda parte ritualística de uma Casa tem razão e função de ser, uma vez que a própria Umbanda tem fundamentos e é preciso preparar os mesmos como é falado em uma curimba de defumação.

Porém, além das firmezas materiais que estão ligadas aos elementos de trabalho dos Orixás, Guias e Entidades e que são catalisadoras das energias necessárias para esses trabalhos, ora servindo como força agregadora de energias positivas, ora desagregando as negativas, há outra firmeza de fundamental importância.

E qual seria essa firmeza?

A firmeza que me refiro meus filhos é a firmeza interior de cada médium de Umbanda.

Mas como se dá essa firmeza?

Se dá através da humildade, do exercício do amor ao próximo e da caridade prestada sem pedir ou esperar nada em troca.

A firmeza interior trabalhada na humildade permite ao médium o esclarecimento de que ele não sabe tudo, que sempre estará em aprendizado pois a Espiritualidade por mais que ensine ainda não deu a palavra final. Dessa forma o médium sempre estará acrescentando ao seu aprendizado ensinamentos novos, iniciando-se assim para ele sempre novas etapas, que devem ser ultrapassadas com muito respeito, amor, dedicação, renúncia e fé.

A firmeza interior pautada no exercício do amor ao próximo fará o médium se ver novamente no lugar do outro que chega na Casa em busca de ajuda, auxílio, esclarecimento e compreensão como o próprio médium chegou um dia.

A firmeza originada na caridade fará o médium entender que não deve julgar quem quer que seja e que muitas vezes ele sofrerá ingratidão e descrédito por parte de algumas pessoas ao verem seus pedidos negados pelas entidades de Umbanda que não barganham e nem trabalham contra as Leis de Deus.

Se hoje meus filhos já caminharam mais um pouquinho, mais motivos tem para buscar o exercício dessa firmeza interior.
Ser médium dentro do templo é muito fácil! O difícil é colocar-se como médium no dia-a-dia onde a sociedade pede muitas vezes uma postura não tão condizente com os ensinamentos de paz, amor e fraternidade deixados pelo Nosso Senhor Jesus Cristo.

Lembrem-se filhos de fé, é através de vossas atitudes que o templo do qual você faz parte será representado, é através das vossas condutas que a Umbanda será mostrada a outras pessoas.

Médium, sinônimo de ponte, meio, instrumento. Que o médium de Umbanda seja um instrumento dócil nas mãos de Pai Oxalá para que assim as bênçãos de amor e luz possam se fazer na Terra.

Animais tem alma?

O que o Espiritismo fala sobre os animais; eles tem alma? Progridem? ou serão sempre animais? Porque eles sofrem? Eles tem Carma? Porque existem animais mais inteligentes?

Esta é uma pergunta difícil de ser detalhada, mas sem dúvida o espiritismo tem uma resposta. Os animais não tem alma como nós os humanos, mas tem um princípio espiritual que sobrevive à morte do corpo. Segundo os espíritos disseram a Kardec, quando o animal morre, espíritos especializados recolhem esse princípio espiritual, que entra em letargia e é encaminhado para uma nova encarnação quase imediatamente.

Este princípio inteligente, que ainda não é um espíritos, passará milênios incontáveis nesta condição, até chegar ao reino hominal, mas em mundos primitivos, onde o homem pouco se diferencia de um animal. Continua progredindo lentamente até adquirir consciência de si mesmo e desenvolver o livre arbítrio. Os homens progridem por sua vontade, mas os animais pela força das coisas ou do ambiente. Se eles permanecessem sempre animais seria uma injustiça, pois eles sofrem, são abatidos para a alimentação do homem, usados como cobaias e desenvolvem doenças como o câncer, por exemplo.

Mas eles não tem Carma, pois não tem livre arbítrio. Mas compreenda, caro amigo, que Carma é uma palavra das doutrinas indianas e não existe no espiritismo (preferimos ação e Reação ou causa e efeito). Os animais não são responsáveis pelos seus atos. Alguns são mais inteligentes pelos cuidados recebidos, ou talvez, porque progrediram um pouco mais do que os seus irmãos da mesma espécie. Respeitar e proteger os animais é um dever cristão.