Mapa de localização - TEPC

Quadra 1, lote 1, Residencial Don Bosco, Cidade Ocidental. Veja como como chegar aqui.

As Crianças

São a alegria que contagia a Umbanda. Descem nos terreiros simbolizando a pureza, a inocência e a singeleza. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos. Podemos pedir-lhes ajuda para nosso filhos, resolução de problemas, fazer confidencias, mexericos, mas nunca para o mal, pois eles não atendem pedidos dessa natureza.
São espíritos que já tiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através da pratica da caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. Em sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua ultima encarnação, como o trejeito e fala de criança, o gosto por brinquedos e doces.
Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também têm funções bem especificas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás, sendo extremamente respeitados pelos Caboclos e Preto-Velhos.
É uma falange de espíritos que assumem em forma e modos, a mentalidade infantil. Como no plano material, também no plano espiritual, a criança não se governa, tem sempre que ser tutelada. É a única linha em que a comida de santos, leva tempero especial (açúcar). É conhecido nos terreiros como (Êres ou Ibeji). Na representação nos pontos riscados, Ibeji é livre para utilizar o que melhor lhe aprouver. A linha de Ibeji é tão independente quanto a linha de Exu.
Os “meninos” são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as “meninas” são mais quietas e calmas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc... Estas características, que as vezes nos passam desapercebido, são sempre formas que eles tem de exercer uma função especifica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência.
Os pedidos feitos a uma criança incorporada normalmente são atendidos de maneira bastante rápida. Entretanto a cobrança que elas fazem dos presentes prometidos também é. Nunca prometa um presente a uma criança e não o dê assim que o pedido for atendido, pois a “brincadeira” (cobrança) que ela fará para lhe lembrar do prometido pode não ser tão “engraçada” assim.

Cosme e Damião (cadê Doum) - Estilo Moleque

Bala e cocada
Faltou trazer pra mais um
Trouxe pra cosme e damião
Esqueceu de trazer pra doum

Vinte e sete se setembro
Doum saiu pra passear
Foi buscar as crianças
Pra virem com eles brincar
Foi chamar mariazinha, crispim e crispiniano.
E eu, ajoelhado e com fé, fico rezando.

Como é lindo ver a criança sorrir
E a igreja em festa lá no andaraí
Dois-dois...bala,bolo,cocada e guaraná
Pé-de-moleque, doce de leite, quindim e manjar
Que lindo, o doce da vida é a fé
Na umbanda a beijada
São os êres do candomblé

Bate palmas
Chegou meu irmão doum
Viva...viva,
Cosme e damião...mais um

Eu quero um doce
Quero um doce pra comer

Os desígnios do amor

O que é amor?
Suncê já amou alguma vez?
Como começa o amor?
Estas três perguntas já se passaram na cabeça de muitos zifios com outras roupagens ou outras palavras.
O que é Deus?
Deus suncê não consegue enxergar, não consegue tocar, suncê acredita Nele?
Acontece que suncê pode sentir Deus, pois Ele pode te ver, te tocar e sempre vai te amar por que Deus é o amor mais puro que existe em todo o universo, é a força suprema de todo o mundo, é aquele que está sempre presente até quando suncê não acredita Nele, pois Deus é sabedoria....
Mas suncê deve de estar se perguntando por que não se falou de amor até agora e nem quais são os seus desígnios só que suncê está se esquecendo de uma coisa: se tudo aquilo que existe hoje nós podemos tocar, sentir e ver é por que Deus, de tão supremo que é, deu uma parte da sua essência para criar tudo o que existe, muito mais ofertou Jesus com todos os seus ensinamentos e exemplos para todos aqueles que precisavam se “redimir” dos seus pecados.
Suncê já entendeu o que é amor?
Então, se não entendeu, este preto-velho pode explicar: amor tem quatro letras e Deus tem quatro letras, então Deus é igual amor e amor é igual a Deus.
Agora suncê entendeu?
Se entendeu pode começar a praticar, se não entendeu eleve o seu pensamento a Deus para que possa sentir o que é o amor puro.
Que Deus abençoe todos aqueles que precisam e ainda não conseguiram sentir a magnificência do Seu amor, pois Zambi-Nosso-Pai em toda Sua bondade, sabedoria e amor nunca se esqueceu de nenhum dos seus filhos.
Desde o inicio de todos os tempos Zambi sempre se fez presente em todas as coisas criadas neste mundo de terra: do menor cisco de areia a árvore mais frondosa, do menor animal ao maior, da menor pedra até a maior montanha.
O amor está presente em todos os lugares a demonstrar a beleza da vida em toda sua plenitude.
Suncê já parou pra observar o nascimento de uma borboleta? As várias fases que a lagarta passa dentro do casulo até a abertura deste com a força da frágil asa da borboleta recém-nascida? A natureza é sábia, não é?
E se antes da metamorfose da lagarta em borboleta nós furássemos o casulo para tentar ajudá-la a sair de dentro dele o que aconteceria? Ela sairia com mais facilidade não é? Essa facilidade seria benéfica para a borboleta? Não zifio, esta facilidade não é benéfica para a borboleta!!! Pois a borboleta quando nasce precisa de asas fortes para voar e quando impomos a ela a facilidade do corte no seu casulo pensando que estamos ajudando, na verdade estamos atrapalhando, pois para ter asas fortes a borboleta precisa fazer força para sair de dentro do seu casulo, se não houver o esforço por parte da borboleta as asas dela serão fracas e não agüentarão o peso do próprio corpo impedindo-a de voar e fazendo com que morra de fome, pois ela precisa das asas fortes para poder voar até os lugares mais altos afim de encontrar o seu alimento.
Suncê já parou pra pensar que é igual a uma lagarta em metamorfose para virar borboleta?
A vida de suncês tem várias fases desde o nascimento ao desencarne e é necessário que em cada fase suncês vão quebrando os casulos das dificuldades e problemas que aparecerem na vida de suncês com resignação, sabedoria e humildade por que são estas dificuldades que fortalecerão as asas do espírito de suncês a voar para a próxima fase. E é assim, de fase em fase, que o espírito de suncês vai adquirindo força moral e sabedoria necessárias para fortalecer o par de asas que leva o espírito a angelitude: a asa do amor e a asa da razão.
Zifio,mas talvez até agora suncê deve de estar se perguntando: e o amor?
Suncê ainda não entendeu o que é o amor? Amor é vida, amor é plenitude.
O amor e seus desígnios, zifio, é tudo aquilo que suncê sentado na frente de um preto-velho pode sentir.
Qual é o amor maior? Não é o amor do pai pelo seu filho? Quem é o seu pai zifio?
Se suncê num sabe este preto-velho pede licença para dizer que é Zambi, O pai supremo que tem amor incondicional por todos os seus filhos.
Talvez, ainda assim, suncê até agora deve estar se perguntando: mas quais são os desígnios do amor?
Se suncê ainda não entendeu, então nêgo-véio também pede licença pra responder: é sua vida e tudo aquilo que está presente nela zifio.
Então zifio, agora que suncê sabe o que são os desígnios do amor é só fazer um bom proveito da oportunidade sagrada que é a sua existência.






Mensagem de um espírito amigo.

INESQUECÍVEL APRENDIZADO

Estava sendo guiado pelo Caboclo Sete Estrelas para alguma localidade no astral. Dissera-me ele que eu deveria aprender valorosas lições relacionadas aos psicoterapeutas do astral superior.
Entramos no que parecia ser o prédio principal daquela cidade.

O Caboclo guiou-me com passos resolutos até uma sala com uma mesa redonda de mármore onde haviam nove pessoas sentadas ao redor e, pedindo licença a todos, disse àquele que se encontrava na posição central:

— Salve irmão Joaquim!!!
— Salve vossa força irmão Sete Estrelas!!! Então, este é o aprendiz de que você me falou?
— Exatamente!!!
— Obrigado por trazê-lo até aqui irmão e, se julgar melhor, sinta-se à vontade para continuar a desempenhar as vossas tarefas da noite e deixar o seu aprendiz sob os meus cuidados.
— Sendo assim, deixe-me ir para junto dos meus. Salve Deus!!!
— Salve!!!

O irmão Joaquim despediu-se dos irmãos que estavam a acompanhá-lo à mesa e retirou-se da sala levando-me junto. Já do lado de fora ele me disse:
— Tudo bem companheiro?
— Sim, irmão Joaquim!
— Está ansioso? Curioso?
— Olha, por incrível que pareça, desta vez eu estou calmo até demais!!!
— E você sabe o porquê disto?
— Não senhor!!!
—Então eu posso lhe dizer que foi solicitado a alguns amigos espirituais que lhe ministrassem passes energéticos assim que você se desprendesse parcialmente do corpo carnal através do sono físico.
— Mesmo?
— Certamente. Não duvide de que seu aprendizado esta noite será muito importante.
— Verdade?
— Sim. Esta noite você conhecerá um pouquinho do nosso trabalho: os psicoterapeutas espirituais.
— Psicoterapeutas? Então quer dizer que os senhores atuam como: psicólogos, psicanalistas e psiquiatras? É isso?
— Quase. Nós realizamos um trabalho parecido com o que estes profissionais fazem na terra. A diferença é que o nosso trabalho tem um alcance bem mais profundo no espírito dos assistidos, fazendo com que os resultados sejam mais sensíveis para eles.
— Mas, como?
—Você verá uma mínima parte do nosso trabalho com os seus próprios olhos: nesta noite terminarão os atendimentos com o Renato.
— Renato?
— Sim. Um antigo companheiro que caminhou conosco na carne há milhares de anos e que hoje se encontra encarnado.
— Mas, se ele está encarnado, por que não busca os serviços de um psicoterapeuta de vidas passadas lá na terra?
— O Renato, altruisticamente na atual encarnação, escolheu professar a fé protestante!!!
— Entendo.
— Agora vamos, porque ele já está nos aguardando em minha sala!
— O senhor me desculpe irmão Joaquim, mas será que minha presença não assustará o Renato?
— Não se preocupe, ele será incapaz de lhe ver!
— Entendi.
— Agora, o que lhe peço é que fique em permanente espírito de oração em beneficio deste nosso irmão, pois foi por isso que você também foi trazido até aqui esta noite.
— Sim senhor!
— Evite a curiosidade desenfreada na noite de hoje. Exerça-a apenas até o limite que não atrapalhe a irradiação de vossas vibrações positivas em favor do irmão Renato!
— Sim senhor!
— Então vamos!!!
E foi com esta recomendação que entrei na sala do irmão Joaquim. Renato sorriu satisfeito ao vê-lo e disse:
— Olá doutor Joaquim!!!
— Olá Renato, como tem andado?
— Olha, toda vez que eu me consulto com o senhor eu fico dias e mais dias sem sentir problema algum. Mas depois que se passam de duas a três semanas parece um tormento: as crises voltam dez vezes piores e, como você sabe, eu volto a sentir uma depressão tão profunda que chegaria a dizer que é infernal.
Meu Deus, eu pensei, que depressão tão séria seria essa? Mas imediatamente o doutor Joaquim respondeu-me mentalmente:
— Transtorno bipolar hipomaniaco depressivo, agora, por favor, continue a fazer vossas preces em favor do assistido!!!!!
Voltei a elevar os pensamentos e foi quando eu pude ouvi-lo dizer à Renato:
— Já são quase quarenta anos de sofrimento, mas não se preocupe por que hoje você será submetido a uma terapia maravilhosa!
— Verdade? Graças a Deus!!!
— Verdade! Está vendo aquela máquina à sua direita?
Devo confessar que nem uma máquina aquela estrutura parecia, de tão simples: era um tipo de divã onde existiam três fios conectores a serem acoplados na região do crânio e só!!! Percebi que Renato tivera a mesma percepção que eu, pois respondeu ao doutor Joaquim nestes termos:
— Qual máquina? Aquele divã com três pinos conectores?
— Exatamente!!!
— E o que esta máquina faz?
— Ela realiza uma varredura no cérebro do paciente e cura a área afetada.
— De que forma?
— Através de estimulação mnemônica.
— O senhor já usou esta máquina antes?
— Centenas de vezes.
— E porque o senhor nunca tentou esta terapia anteriormente comigo?
— Por que somente agora o seu cérebro esta maduro.
— Entendo.
— Vamos à terapia?
— Vamos doutor.
Renato deitou-se na máquina e fechou os olhos. Foi quando o doutor Joaquim aplicou um passe energético em sua fronte fazendo-o dormir imediatamente. Sorrindo com o resultado obtido o doutor Joaquim conectou dois pinos na região acima da orelha em cada lado do crânio de Renato; já o terceiro pino ele conectou em um fio que estava diretamente ligado a um tipo de monitor de 32 polegadas que estava fixado à parede do lado da máquina.
Entretanto, antes de ligar o monitor, o doutor Joaquim alertou-me:
— Respeite as lembranças do irmão que aparecerão em breve no monitor, não julgue e permaneça em espírito de oração!!!!!
— Sim senhor!!!
O doutor Joaquim, após a advertência, ligou o monitor e as imagens que nele se sucediam eram maravilhosamente espantosas:
Primeiramente apareceu o cérebro de Renato em posição transversal. Posteriormente eu vi que a região da memória, de fato, estava recebendo alguma espécie de estimulação e, então, a hipófise começou a brilhar como se fosse um pequeno sol dentro do cérebro dele. Instantes após a imagem do monitor fixou-se na hipófise e começou a ampliá-la até que tomasse todas as dimensões da tela. O doutor Joaquim proferiu algumas palavras estranhas e, então, uma série de imagens começou a surgir no monitor.
Não sei o porquê, mas quando apareceram às primeiras imagens eu sentia que Renato estava se vendo na longínqua Era Cristalina.
Seu nome era Silfar e ele era o mais brilhante cientista do Templo das Esmeraldas e, quiçá, de toda Era Cristalina.
Perdeu-se no sentido divino do conhecimento enquanto auxiliava outros colegas de profissão a encontrar o elixir da vida eterna.

Olvidou os cuidados com o Templo das Esmeraldas e foi assim que no dia do grande cataclismo ele viu este templo ser inundado e tragado pelas forças vigorosas do mar: centenas de milhares de vidas foram ceifadas também por imprudência dele.
Algumas outras encarnações de Renato eu vi passarem pela tela do monitor e não posso e nem devo comentar sobre nenhuma delas, a não ser o fato de que era um tipo de “corrida contra o tempo” para ele recuperar a paz na consciência através da prática da caridade.

Descobri, assim, que Renato era um espírito venturoso, pois na maioria das reencarnações ele fora bem sucedido em fazer o bem ao próximo; sendo que esta encarnação atual, inclusive, seria a última dele aqui em nosso planeta. Porém, a fim de sanar de vez toda sua culpa espírito-psicológica pretérita ele pedira para reencarnar com distúrbio bipolar hipomaniaco depressivo ( caracterizado pelo paciente não alternar períodos depressivos com períodos de uma euforia excessiva conhecida como mania: ele apresenta apenas a depressão ) e também para permanecer com este mal até a idade aproximada de 55 anos.

As imagens cessaram de passar no monitor e a imagem da hipófise voltou a tomá-lo como um todo.
Doutor Joaquim, antes de despertar Renato, disse a mim:
— O que você aprendeu com as visões no monitor?
— Aprendi?
— Sim! Você bem sabe que em toda tarefa existe um aprendizado, certo?
— Sim senhor!!!
— E então?
— Que em tudo, tudo e tudo em nossas vidas está operando a mão de Deus?
— E em que este fato implica?
— Que devemos sempre orar, vigiar e procurar fazer o bem esperando que o bem sempre venha nas nossas vidas em decorrência destas ações, entretanto…
— … não se deve esperar que em nossas vidas surjam apenas flores, deve-se entender que nem só as flores são exemplos da misericórdia divina, pois os espinhos também nos ensinam muito sobre a misericórdia Dele.
— É verdade irmão Joaquim!!!
— Veja nosso companheiro Renato, por exemplo, ele deveria reencarnar mais duas vezes na Terra para que completasse o ciclo de suas provações; entretanto, sua ficha cármica facultou-lhe o direito de eliminar estas encarnações futuras, desde que nesta, ele viesse a desenvolver a humildade, a paciência e a tolerância através de sua convivência por cerca de quarenta anos com o distúrbio bipolar hipomaniaco depressivo.
— E ele está conseguindo cumprir sua missão?
— Perfeitamente. Não só pela convivência perfeitamente equilibrada com seu problema de saúde, mas também por ter escolhido nesta encarnação, de forma extremamente abnegada e altruísta, ser sacerdote de um templo protestante tão somente para dar uma última oportunidade ( pelo menos com ele encarnado ) de antigos companheiros seus conseguirem caminhar pelos caminhos retos da Lei Maior e da Justiça Divina.
— Verdade?
— Sim. O irmão Renato é sacerdote de um templo protestante por excelência, onde ensina ao seu rebanho que o mal não está na liturgia, teologia e rituais de outras religiões, mas dentro de cada um. Cada ser humano pode alcançar a Deus, pois Deus está dentro de cada um. É orando e vigiando a si mesmos que conseguirão evoluir em direção ao Pai Maior e não vigiando e agredindo, de tantas formas, irmãos por paternidade divina, mas praticante de outras denominações religiosas.
— Puxa, isto tudo é ótimo, mas será que o senhor poderia esclarecer uma duvida minha?
— Sim!
— É que eu pensava que o transtorno bipolar hipomaniaco depressivo era ocasionado pelos ataques de obsessores ferozes.
— Em sua quase totalidade sim, mas existem raras exceções, como o irmão Renato, capazes de programar as crises de depressão não por ataques de obsessores, mas por ativações programadas no cérebro perispiritual na área da memória no período pré-reencarnatório.
— Então quer dizer que no caso do transtorno bipolar hipomaniaco depressivo os obsessores atacam a memória do enfermo?
— Exatamente. Os obsessores atuam na memória inconsciente do espírito encarnado ( onde estão as memórias de encarnações pregressas que ele conscientemente não se recorda ) e fazem com que este se sinta fortemente depressivo por uma sensação de algo que ele não consegue explicar, mas que é a sensação de culpa inconsciente por erros do passado atiçada superlativamente por eles.
— Impressionante a explicação, mas será que o senhor poderia esclarecer pelo menos mais uma dúvida?
— Se eu lhe respondesse somente mais uma pergunta, ao invés destas duas que você pensa em me fazer, creio que você ficaria bastante frustrado ao término desta tarefa, correto?
Fiquei impressionado de como o doutor Joaquim conseguia ler minha alma de maneira tão clara e lhe respondi:
— Sim senhor, é verdade!!!
— Gostei da sinceridade e, como tenho permissão do alto, poderei esclarecer estas duas dúvidas onde me for possível.
— A primeira pergunta é: se Renato auto-programara o cérebro para sofrer desta forma de manifestação de distúrbio bipolar apenas até a idade aproximada que ele já possui ( 55 anos ) por que o senhor fez com que ele recordasse várias encarnações pretéritas na noite de hoje?
— Companheiro, ficou acertado antes de Renato reencarnar que ele ativaria o cérebro para desenvolver o distúrbio bipolar hipomaniaco e que nós, quando chegasse a hora, auxiliaríamos a desativar o problema na área da memória em seu cérebro para que ele voltasse a ter uma vida normal. Acontece que para isto ocorrer Renato deveria lembrar-se de erros de algumas encarnações pretéritas e de como trabalhou arduamente ao longo dos séculos para corrigi-los até a presente encarnação, verificando, por si só, que não é mais devedor da Lei Maior e da Justiça Divina e adquirindo a pureza da consciência.
— Entendo.
— Renato não lembrará de nada que recordou esta noite quando despertar, mas assim que abrir os olhos, por ter o “peso da sua consciência” aliviado, não sofrerá mais de transtorno bipolar hipomaniaco depressivo.
— Impressionate!!!!!
— Agora me diga qual é sua última pergunta?
— Enquanto as imagens passavam no monitor, mesmo não sendo minhas, eu sentia toda a verdade e realidade inerentes a elas, mas mesmo assim devo respeitosamente lhe perguntar: aquele templo cristalino, lindo existiu mesmo? Se existiu, onde está?
— Sim. Esta Era Cristalina, como você bem sente dentro de si próprio, de fato existiu. O Templo das Esmeraldas que você pôde ver no monitor, hoje em dia está espalhado nos fundos do oceano mais profundo da face da terra. Agora vá companheiro, pois muito já foi dito esta noite; só não esqueça e nem permita que esqueçam: a misericórdia divina não está somente nas rosas, mas também entre os espinhos!!!
— Jamais esquecerei o aprendizado desta noite, muitíssimo obrigado por tudo doutor Joaquim!!!
— Doutor???
— É! Não é assim que o Renato lhe chama?
— Perfeitamente, pois esta é a única forma que ele, enquanto protestante na atual encarnação, consegue me ver.
— Não entendi, por acaso o senhor quer dizer que pelo fato de eu ser umbandista eu não posso chamá-lo de doutor?
— Companheiro poder você pode, mas por que se você me conhece de outra forma?
Penso que foi ao verificar a acentuada expressão de estranheza presente em meu rosto que o doutor disse a mim:
— Zifio, de uma outra vez que suncê ver este nêgo véio num precisa tratar ele de doutor. Trate-me como suncê tá acostumado nos terreiros de umbanda, chama-me: Pai Joaquim.
Ainda fiquei olhando muitíssimo emocionado e impressionado para aquele ser que brilhava dourado na minha frente, já transfigurado na forma de um preto- velho. Chorava de soluçar, mas não conseguia lhe dizer nada, então foi ele, sorrindo, que se despediu de mim dizendo:
— Vá com Deus meu filho!!!! Salve Jesus!!!!
Acordei chorando na minha cama pensando até que estava enlouquecendo, pois eu não me lembrava de nada e não entendia porque chorava. Foi somente hoje, ao receber este texto, que pude recordar-me dos psicoterapeutas espirituais, do “Dr. Pai Joaquim” e do inesquecível aprendizado:

“ A misericórdia divina não está somente nas rosas,
mas também entre os espinhos”.
Fonte: http://www.pedrorangelsa.blogspot.com/

Médiuns Irresponsáveis

Associou-se indevidamente à pessoa portadora de mediunidade ostensiva a qualidade de Espírito elevado.O desconhecimento do Espiritismo ou a informação superficial sobre a sua estrutura deu lugar a pessoas insensatas considerarem que, o fato de alguém ser possuidor de amplas faculdades medianímicas, caracteriza-se como um ser privilegiado, digno de encômios e projeção, ao mesmo tempo possuidor de um caráter diamantino, merecendo relevante consideração e destaque social.Enganam-se aqueles que assim procedem, e agem perigosamente, porquanto, a mediunidade é faculdade orgânica, de que quase todos os indivíduos são portadores, variando de intensidade e de recursos que facultem o intercâmbio com os Espíritos, encarnados ou não.

Neutra, do ponto de vista moral, em si mesma, a mediunidade apresenta-se como oportunidade de serviço edificante, que enseja ao seu portador os meios de auto-iluminar-se, de crescer moral e intelectualmente, de ampliar os dons espirituais, sobretudo, preparando-se para enfrentar a consciência após a desencarnação.Às vezes, Espíritos broncos e rudes apresentam admiráveis possibilidades mediúnicas, que não sabem ou não querem aproveitar devidamente, enquanto outros que se dedicam ao Bem, que estudam as técnicas da educação das faculdades psíquicas, não conseguem mais do que simples manifestações, fragmentárias, irregulares, quase decepcionantes.

Não se devem entristecer aqueles que gostariam de cooperar com a mediunidade ostensiva, porquanto a seara do amor possui campo livre para todos os tipos de serviço que se possa imaginar.

Ser médium da vida, ajudando, no lar e fora dele, exercitando as virtudes conhecidas, constitui forma elevada de contribuir para o progresso e desenvolvimento da Humanidade.Através da palavra, oral e escrita, quantos socorros podem ser dispensados, educando-se as criaturas, orientando-as, levando-as à edificação pessoal, na condição de médium do esclarecimento?!Contribuindo, nas atividades espirituais da Casa Espírita, pela oração e concentração durante as reuniões especializadas de doutrinação, qualquer um se torna médium de apoio.Da mesma forma, através da aplicação dos passes, da fluidificação da água, brindando a bioenérgia, logra-se a posição de médium da saúde.Na visita aos enfermos, mantendo diálogos confortadores, ouvindo-os com paciência e interesse, amplia-se o campo da mediunidade de esperança.Mediante o dialogo com os aturdidos e perversos, de um ou do outro plano da vida, exerce-se a mediunidade fraternal da iluminação de consciência.

Neste mister, aguça-se a percepção espiritual e desenvolvem-se os pródromos das faculdades adormecidas, que se irão tornando mais lúcidas, a fim de serem usadas dignamente em futuros cometimentos das próximas reencarnações.Ser médium é tornar-se instrumento; e, de alguma forma, como todos nos encontramos entre dois pontos distantes, eis-nos incursos na posição de intermediários.

Ter facilidade, porém, para sentir os Espíritos é compromisso que vai além da simples aptidão de contatá-los.Desse modo, à semelhança da inteligência que se pode apresentar em indivíduos de péssimo caráter, que a usam egoística, perversamente, ou como a memória, que brota em criaturas desprovidas de lucidez intelectual, e perde-se, pela falta de uso, também a mediunidade não é sintoma de evolução espiritual.

Allan Kardec, que veio em nobre missão, Espírito evoluído que é, viveu sem apresentar qualquer faculdade mediúnica ostensiva, enquanto outros indivíduos do seu tempo, que exerceram a faculdade medianímica, por inferioridade moral, venderam os seus serviços, enxovalharam-na, criaram graves empecilhos à divulgação da Doutrina Espírita que, indevidamente, foi confundida com os maus exemplos desses médiuns inescrupulosos e irresponsáveis.

Certamente, o médium ostensivo, aquele que facilmente se comunica com os Espíritos, quando é dotado de sentimentos nobres e possui elevação, torna-se missionário do Bem nas tarefas a que vai convocado, ampliando os horizontes do pensamento para a imortalidade, para a vitória do ser libertado de todas as paixões primitivas.

Normalmente, e as exceções são subentendidas, os portadores de mediunidade ostensivas, porque se encontram em provações reparadoras, falham no desiderato, após o deslumbramento que provocam e a auto-fascinação a que se entregam por invigilância e presunção.

Toda e qualquer expressão de mediunidade exige disciplina, educação, correspondente conduta moral e social do seu portador, a fim de facultar-lhe a sintonia com Espíritos Superiores, embora o convívio com os infelizes, que lhe cumpre socorrer.

O médium irresponsável, porém, não é apenas aquele que, ignorando os recursos de que se encontra investido, gera embaraços e perturbações, tombando nas malhas da própria pusilanimidade, mas também, aqueloutros que, esclarecidos da gravidade do compromisso, se permitem deslizes morais, veleidades típicas do caráter doentio, terminando vitimados pelas obsessões cruéis.

Todo aquele, portanto, que deseje entregar-se ao Bem, na seara dos médiuns, conscientize-se da responsabilidade que lhe diz respeito, e, educando a faculdade, torne-se apto para o ministério, servindo sempre e crescendo intimamente com os olhos postos no próprio e no futuro feliz da sociedade.

Autor: Manoel Philomeno de Miranda (espírito) / psicografia de Divaldo Franco

É força de pemba, sim sinhô!

É força de pemba… é Lei
Se errou… se extraviou…
Ninguém pode dá caminho
Ninguém pode dá malei…
Só quem pode dá malei
É “preto-véio” de seu Conga
Assim mesmo é preciso
Que se endireite e volte cá…

Esse ponto nós o ouvimos (e jamais o esquecemos) de um certo “preto-velho”, num antigo e extinto Terreiro de um amigo e irmão de lei (já falecido) — médium de fato e de direito, numa ocasião memorável. Resumamos o caso em foco, para podermos dizer ou dar positivamente, certos conselhos a certos médiuns…

“Preto-velho” estava firme no “reino” (o aparelho era bom mesmo — incorporava bem). Desde que chegou, foi cantando, tirando sempre esse ponto acima. Os “cambonos” – gente viva de idéia, traquejados, foram logo após algum tempo certificar-se do porquê desse ponto, com “preto-velho”. Ele balançou a cabeça pra lá e pra cá, deu umas fumaçadas com seu “pito” e disse, usando o linguajar de guerra, mais familiar a todos os entendimentos: -Uai gente, suncês nun tão alembrado daquele fio daqui, o Fulano? Eles então logo lembraram desse caso e responderam: -Estamos sim, meu velho…

E “preto-velho” logo retrucou: – Pois bem, zi Fulano vem pur aí, ta case chegando nesse Conga de preto-véio… e acrescentou: – óia fios, arrecebam ele bem, oviro? E pôs-se a repetir esse ponto acima grafado.

* Abramos um parêntese ligeiro, para recordarmos o tal caso de Fulano:

Como tantos outros em outros terreiros, nesse apareceu um filho-de-fé, doente, aflito, cheio de mazelas e confusões, principalmente na parte mediúnica espiritual, porque realmente era médium (dentro de seu grau) e vinha sofrendo mais por falta de apoio e boa orientação. “Preto-velho” cuidou, tratou, reafirmou suas condições mediúnicas, enfim, levantou-o de todo. Depois de muito tempo, já firme, fez o seu batismo de lei, ato que implica um juramento espontâneo, consciente da lealdade à faixa espiritual que o acolheu, zelou e levantou.

Mas, é o caso corriqueiro de centenas e centenas de médiuns ou de irmãos que procedem assim, a certa altura começou a se envaidecer e a ter ambições próprias de chefiar; tornou-se um tanto ou quanto arrogante, olhando os outros com superioridade. Começou a criar casos. A fazer sessões por conta própria em sua casa, na casa dos outros médiuns mais ingênuos, etc. A “ovelha” estava se desgarrando do “aprisco”.

Aconteceu o que, forçosamente, acontece nesses casos. Um choque hoje, outro amanhã e o ambiente do terreiro vai ficando “irrespirável” para tal médium e ele lá se foi, não obstante os conselhos de “preto-velho” — aos quais não deu muita importância porque “pensava estar seguro, pois também não tinha seus protetores”?

Nesses casos, repetimos, que acontecem em profusão e não há Tenda que não se queixe disso, o médium extraviado segue sempre dois caminhos: ou abre terreiro por conta própria ou começa a correr gira, de terreiro em terreiro, pois ele quer exibir seus “protetores”, suas artes mágicas.

Com esse aconteceu as duas coisas e nada deu certo para ele (como não tem dado para os outros também – se saíram de uma gira digna, honesta, sincera). O terreiro que abriu, acabou fechando (quando não acaba fechando é porque descambou ou para o animismo estilizado ou para o vale-tudo) de tantos e tantos “estouros” e contratempos astrais, intrigas e outras coisinhas mais. Daí começou a ficar desconfiado e se auto-interrogava de consciência pesada: “será que é força de pemba?”. Quanto mais pensava, mais adquiria essa certeza. Mudou. Foi “correr gira”. Foi se apegar com outros.

Não deu certo e iniciou uma romaria de terreiro em terreiro. Fez preceito de toda ordem (sim, porque acabam caindo mesmo “nos tais terreiros que de umbanda só têm o nome”, até “camarinha” fazem), firmou “cabeça”, fez o santo várias vezes. Nada. Aqueles contatos positivos que tinha lá no terreiro de “preto-velho” que ele traiu, nada… sumiram como por encanto.

As antigas confusões voltaram na vida, no lar, nos negócios etc. Aí ele medrou mesmo de verdade “será que é força de pemba, meu Deus?” – ruminava ele, dia e noite, com sua mente apavorada, sugestionada, perturbada. Ainda suportou muito, por causa de sua vaidade, “de não querer dar o braço a torcer” pensando na humilhação da volta. Porém, acabou sendo mesmo aconselhado por outrem que já tinha passado por essa situação e decidiu-se.

Foi quando, nessa noite, resolveu voltar, assim como quem estava com saudade, querendo rever os velhos companheiros de lá. E preto-velho cantava. Sabia e cantava, esperando (ah! Velho de fato e de direito) quando apareceu ele, a “ovelha transviada”. Desconfiado, “cabreiro”, como se diz na gíria de terreiro. Todos os companheiros antigos ficaram alegres (já estavam preparados), encorajaram-no apontando para o preto-velho: – Olha, Fulano, o velho tá te esperando.

Emocionado, aproximou-se da entidade amiga, ajoelhou-se e não disse nada… não tinha o que dizer, ou melhor, disse tudo nesse gesto de ajoelhar. Preto-velho disse para ele, lembramos bem: – Levante, meu fio, só se ajoeia quando se reza pra Zamby ou pra Oxalá e esse preto-véio não é merecedor disso. Deu-lhe o “malei” que pedia; vários conselhos de conforto e voltou com outro pontinho (indefinível para muitos dos que ali estavam), com a mão por cima de sua cabeça. Ei-lo:

“Na ladera de pilá
É… tombadô…
Bota fogo ni sapê
Pra nacê ôta fulô..”

Foi quando o médium arrependido não pôde e desabafou emocionadíssimo: – Eu sei, meu velho, foi força de pemba sim sinhô…

Significado oculto do pontinho que o tal médium logo aprendeu:

“Na ladera de pilá”, quis dizer: no caminho da vida espiritual mediúnica…

“É… tombadô…”, quis dizer: caiu, derrapou, se extraviou, errou, etc…

“Bota fogo ni sapê”, quis dizer: destrua sua mazelas morais, psíquicas, suas vaidades, seus erros…

“Pra nacê ôta fulô”, quis dizer: regenerar para criar outras forças novas, forças espirituais, morais, etc…

Assim, extraindo desse caso o saldo moral, vamos dar alguns conselhos, nesse sentido. Cremos ser oportuno.

a) Irmão médium: – se você anda por aí, às tontas, fazendo “cabeça”, se enterrando cada vez mais de “terreiro em terreiro”- não continue assim; volte para a sua Tenda, de vez que você sabe que ela é digna, se pauta na linha justa da caridade, da moral, da humanidade e da sinceridade. Por que fez isso? Cuidado! Você está prestes a entrar, se já não entrou, “na força de pemba… sim sinhô”

b) Irmão médium: – você que saiu de sua Tenda ou terreiro, “fofocando” (desculpem o termo), cheio de vaidade, pensando ser o tal e até difamando o seu médium-chefe ou dirigente – Cuidado com a força de pemba… sim sinhô!

c) Irmão médium – você foi causa de quizila, conscientemente, em sua Tenda e de lá saiu, cheio de empáfia, pensando já ter os conhecimentos de lei “para abrir o terreiro ou agrupamento”? Você provou cisões por causa dessa sua imbecil vaidade? Pois saiba: você semeou maus ventos e vai colher tempestades… se já não as colheu! Você foi desleal e ingrato? Se você foi isso e o fez em gira de “preto-velho”, você vai ver o que “é força de pemba… sim sinhô”

Traição, ingratidão, deslealdade, difamação, não têm perdão, assim como você pensa! Cuidado! “É na força de pemba… sim sinhô” que você vai ver quanto está lhe custando ou vai custar tudo isso. Quizilas (que você semeou no terreiro) em família? Abandono de amigos e traições? Choques morais? Também podem lhe acontecer, porque, “força de pemba é lei”, não “dorme” não senhor.

Você abriu terreiro? Com que ordens e direitos de trabalho? Cuidado com o astral inferior que, na certa, já sabe que você é faltoso, está errado e com toda certeza já o envolveu e deu-lhe alguns “tombos”. Você caiu, machucou-se, quebrou costelas, pernas, pés, etc? Pensa que foi mero acidente? Coitado! Isso “é força de pemba… sim sinhô” que o baixo astral aproveita pra lhe judiar, pois você está “desguarnecido”, essa é que é a verdade. Quem mandou trair os sagrados compromissos que assumiu com “preto-velho”?

“Preto-velho” é a Lei, representa as Ordens e os Direitos de Trabalho da Sagrada Corrente de Umbanda. Mas, não é mau, nem castiga diretamente; mas sabe que “força de pemba… é a lei” que você infringiu, traiu e que tem de processar o seu curso de ação e reação normal, ou seja: o que semeares, isso colherás. E seus “guias e protetores”? Na certa que você pode pensar que lhe estão dando cobertura. Qual! Você está nessa altura é mesmo com um belo “quiumba”, matreiro, velhaco, sugando-o, envolvendo-o, dominando-o, isso sim! Guias e Protetores de fato não acobertam erros, vaidade, quizila, ignorância e deslealdade.

Observação: Isso tudo não tem endereço certo. É pura doutrina. É recado do astral que estamos dando. Nós não temos casos especiais que nos tenham abalado a esse ponto. Nós estamos acima disso, graças a Deus. Somos completamente indiferentes a certas “águas passadas”.

Quando se diz que o médium faltoso está “pembado” é porque ninguém pode dar jeito na situação dele (ninguém que botar a mão na cumbuca); nenhum Guia ou Protetor de outra “gira” pode interferir; socorrê-lo, pois “é força de pemba” mesmo que ele está enfrentando, é a lei interna moral-espiritual que infringiu e portanto está sendo disciplinado.

Essa disciplina, às vezes, é sutil, porém, segura. O médium errado leva anos até debaixo dela, enfrentando certos impactos, certos tombos duros, de um lado e de outro, sem se aperceber de que está “apanhando”, mesmo porque “força de pemba é lei… sim sinhô”.

Muitos médiuns, de acordo com a gravidade de seus erros e com a dureza de seus corações, vão até ao suicídio como já tem acontecido por esses “Congás” afora.

Fonte:http://www.minhaumbanda.com.br/2010/08/30/e-forca-de-pemba-sim-sinho/#more-2178

Umbanda dentro do Cotidiano

Como sempre dizemos:

Ser umbandista dentro do terreiro é fácil, mas e fora dele?! Seguramente isso não é nada fácil.

Como toda religião a Umbanda tem como objetivo aperfeiçoar o espírito, que está em constante evolução. A doutrina Umbandista vem preparando todos nós para que cada vez mais possamos melhorar conosco e com o próximo. Então não basta ser uma pessoa caridosa, bondosa, correta só no terreiro. Devemos dar o nosso maior exemplo fora dele.

O Umbandista não deve provar nada a ninguém, mas suas atitudes são MUITO OBSERVADAS por todos, pois quem não conhece a Umbanda em seus reais fundamentos acreditam que ela não passa de:

• Uma religião sem doutrina
• Não passa de puro fetiche (feitiçaria)
• De militantes ignorantes, que nada tem a oferecer a sociedade atual.

PORTANTO UMBANDISTA DE VERDADE DEVE MOSTRAR:

COM SUA CONDUTA,SUAS ATITUDES TODO O ENSINAMENTO QUE RECEBE DENTRO DO TERREIRO, ATRAVÉS DAS ENTIDADES E DOUTRINA.

ESSE É O CAMINHO PARA FAZER A DIVULGAÇÃO E TRAZER O RESPEITO PARA A RELIGIÃO-CIÊNCIA.

A principal missão das entidades do Movimento Umbandista é tão somente prestar a caridade. E por sua vez, a dos médiuns também deveria ser. Mas não apenas no terreiro, mas em todas as áreas da sua vida.

Conhecemos muitas pessoas que se dizem umbandistas, e fora do terreiro tem uma conduta completamente contrária àquilo que pregam. Ora devemos pelo menos ser coerentes com aquilo que falamos e fazemos, não podemos dizer: “Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”. NÃO PODEMOS IR CONTRA AQUILO QUE ACREDITAMOS COMO REAL E VERDADEIRO. AQUELES QUE AGEM ASSIM É PORQUE NÃO TEM NENHUMA CONVICÇÃO DO QUE FAZEM.

Os ensinamentos das entidades devem ser aplicados diariamente em nossas vidas.

O médium incorporante deve registrar aquilo que seu mentor guarda em seu subconsciente durante as consultas, p/ que ele possa aplicar tais ensinamentos no seu dia a dia, em sua própria vida.

Nossa CARIDADE deve começar dentro de nossos lares, de nossas casas, com nossos familiares. É COM ELES QUE TEMOS AS MAIORES DÍVIDAS. Com já disse o sábio espírito ANDRÉ LUIZ, “os parentes são os marcos vivos das primeiras grandes responsabilidades do ser encarnado.

Isto significa que:

Geralmente nossa família é composta por seres ligados a nós em vidas passadas, e que tem conosco uma relação de créditos e débitos.

São nossos credores ou devedores de vidas passadas.

O lar é um templo redentor de almas endividadas. A família é o maior meio de ajustes entre os seres espirituais.

Qual forma mais sábia de fazer com que grandes inimigos de vidas passadas, com sentimentos recíprocos de ódio, vingança, mágoa e etc. se aceitem? É fazendo com que em vidas futuras compartilhem da mesma família como irmãos, pais, filhos, etc.

Conhecemos muitas pessoas que tem sérios problemas de entrosamento em seus lares, porque algum ou alguns de seus familiares tem problemas dos mais variados. Os mais comuns são em que o familiar é doente, tem problemas psíquicos, psicológicos, enfim, causa transtorno a todos seus familiares.
Nesses casos devemos conter nosso ímpeto rebelde, mantermos a calma e a paciência e tentarmos compreendê-los da melhor forma possível. Não devemos ser grosseiros nem estúpidos s e sim entendê-los do jeito que são. Seguramente esses seres doentes não estariam em nossa família por puro acaso, e sim porque alguns dos familiares têm graves débitos a cumprir com esses seres.

Na maioria das vezes os familiares foram responsáveis por essas anomalias em outras vidas, ou me fizeram muito mal e agora, de acordo com a Lei Divina, devem ajudar essas criaturas a saírem da situação em que se encontram. Não adianta ignorá-los, tratá-los mal, pois isso só irá agravar mais ainda sua divida perante aquele ser e a sua situação perante a Lei Kármica.

PORTANTO DEVEMOS DAR MUITO VALOR A NOSSA FAMÍLIA E AGRADECERMOS A DIVINA OPORTUNIDADE DE PODERMOS RESGATAR COM SEUS SERES ANTIGAS DIVIDAS DO PASSADO E FICARMOS EM EQUILÍBRIO PERANTE A LEI DIVINA.

DEVEMOS EVITAR OS GRAVES DESENTENDIMENTOS, pois agindo assim estamos agredindo a evolução, estamos incorrendo nos mesmos erros anteriores e dificultando ainda mais o consenso, que inevitavelmente terá que acontecer demore quanto tempo for necessário, portanto não devemos desperdiçar esta chance!

Devemos melhorar os contatos diretos ou indiretos com nossos pais, irmãos, tios, primos e demais familiares para que a Lei não venha cobrar-lhe NOVAS E MAIS ENÉRGICAS experiências em PRÓXIMAS ENCARNAÇÕES

A Umbanda não tem normas nem Leis que inibam a liberdade de ninguém. Ela não proíbe ninguém de fazer isso ou aquilo, ela apenas nos mostra o caminho, e cabe a cada um de nós, segundo nosso livre arbítrio, escolher por onde quer ir. As entidades sempre dizem:

A UMBANDA NÃO ESCRAVIZA, LIBERTA!

Ouvimos muitas pessoas dizerem: “isso minha religião não permite”, mas será que você realmente acredita naquilo?

A Umbanda acredita na capacidade de cada um escolher seu caminho, de saber o que realmente é ideal para si. É claro que às vezes necessitamos de alguns esclarecimentos, de alguém para mostrar o caminho a ser seguido, mas nunca de forma imposta. SOMOS RADICALMENTE CONTRA AQUELES QUE DIZEM QUE TUDO ESTÁ TRAÇADO, QUE NOSSO DESTINO JÁ ESTÁ SELADO.

Ora se assim fosse, para que vivermos se somos marionetes nas mãos de um Deus tão cruel, que nos faz sofrer para aprendermos a lição? Acreditamos em predisposições para tais circunstancias.

Exemplo:

Uma pessoa tem predisposição para morrer de infarto. Isto é uma predisposição, que conforme sua conduta em vida pode ocorrer ou não.

Há também aqueles que dizem saber exatamente quando vão morrer porque é seu destino. Como já dissemos, há uma predisposição e não uma imposição. De acordo com a nossa conduta, podemos antecipar ou prolongar a nossa vida terrena.


Essa é a famosa LEI DO KARMA ou das CAUSAS E EFEITOS. Todos temos uma predisposição para uma série de acontecimentos e realizações em nossas vidas, que podem acontecer ou não de acordo com a nossa conduta enquanto encarnados.


Infelizmente já ouvimos alguns de nossos amigos dizerem que a vida é para ser vivida intensamente, visando apenas prazer, porque estamos aqui a passeio. Acreditar nisso seria acreditar que

• Tudo que fazemos não tem importância como,

• Estudar, trabalhar, se aprimorar,

• Pois nada valerá quando morrermos, que tudo foi em vão,
É estar completamente sem perspectivas de encontrar um mundo melhor

• De acreditar na imortalidade do espírito,

• De acreditar na evolução.

Devemos ter ciência que a nossa estadia no planeta como encarnado é uma benção divina. Muitos seres perdidos, emaranhados em seriíssimas confusões, mentais e astrais, aguardam ansiosos por essa oportunidade, visando melhorarem-se e diminuírem os débitos adquiridos em vidas passadas.

A reencarnação é:

• Uma solução bendita,

• É a misericórdia divina,

• É a chance que Deus dá a todos os seres,

• A cada encarnação temos a oportunidade da evolução, para a libertação do espírito.

Se estamos no corpo físico, é porque temos sérios compromissos a cumprir. Quantos e quantos seres desencarnados atolados no mal, gostariam de ter essa oportunidade, e reencarnar para saldar suas dividas perante a Lei.

Só para deixar bem claro:

Se estamos encarnados: não é por acaso, temos sérios compromissos a cumprir, muitos credores batem à nossa porta.

Então não se iluda pensando que a vida é uma eterna diversão, que estamos aqui para gozar dos prazeres da vida terrena.

Há coisas muito mais sérias esperando por você desperte para realidade!
A doutrina de Umbanda tem justamente essa finalidade, de ajudar as pessoas a enfrentarem os problemas do cotidiano com paz e serenidade, colocando em pratica o que é aprendido com as entidades. Nos revela de forma clara e simples, o modo ideal de encararmos a vida como ela realmente é.

A nossa preocupação é dar formação espiritual, para que as pessoas possam levar suas vidas com mais tranqüilidade, entendendo os porquês de certas coisas acontecerem tão freqüentemente, pois tendo tais conhecimentos, seguramente suas vidas serão mais amenas e mais intensivamente vividas.

A intenção das entidades de Umbanda é fazer com que a vida das pessoas possa ser compreendida de uma forma melhor, que as pessoas não encontrem tanta dificuldade em entender as coisas que a ciência não consegue explicar, tais como a morte, Deus e etc.

Os umbandistas não são melhores nem piores que ninguém. Não temos qualquer vocação para “santos”. Queremos ser apenas o que somos, pessoas normais como todas as outras, que acreditam em um Deus e na imortalidade do espírito.

Dizemos isto porque muitas pessoas acham que ser religioso é ser santo, é privar-se das coisas boas da vida. Conversa mole!!! Isto é pura preguiça, é falta de coragem de encarar a vida de frente. Alguns têm até vergonha de dizerem que freqüentam ou que são praticantes de alguma religião. Imaginem só!...

Acreditamos que a vida material é importante, mas não teria o menor sentido sem a vida espiritual, pois só levaremos as nossas ações, nosso comportamento enquanto encarnados, a nossa educação espiritual será a nossa maior riqueza.
Os mentores do Astral, irão nos direcionar após o desencarne segundo a nossa conduta, de acordo com o grau de espiritualidade. Quando morrermos seremos todos iguais, o que irá nos diferenciar uns dos outros é o nosso Aura, que reflete todas as nossas ações, pensamentos, sentimentos através de sua coloração.

Por isso é que todos deveríamos dar mais importância ao nosso lado espiritual, nos educarmos espiritualmente.

A vida é muito boa, mas é uma etapa passageira, um dia passará. Vamos criar dentro de nós um sentimento de AMOR AO PRÓXIMO, afinal todos nós habitantes do planeta Terra, somos uma imensa família que resgata junto algo que foi perdido há milhões de anos atrás, a Tradição Cósmica.

Portanto deixemos de lado as mesquinharias materiais e vamos nos preocupar com a essência espiritual. Não devemos nos esquecer que temos um compromisso a cumprir e um caminho a seguir. Não podemos nos deixar levar pelas grandes ILUSÕES da vida terrena.

O que é ser uma pessoa espiritualizada?

• Ser mais compreensivo

• Ser mais gentil

• Mais atencioso com as pessoas

• Não julgar

• Se não puder ajudar, não atrapalhe.

• O bom comportamento e sentimentos só nos aproximam de BONS ESPÍRITOS. (é a lei da afinidade)

VAMOS LÁ, NÃO CUSTA NADA TENTAR!

VOCÊ NÃO VAI SE ARREPENDER!

GRANDES AMIGOS O ESPERAM.

Retirado do livro: A UMBANDA AO ALCANCE DOS JOVENS - Autor: Domingo Rivas Miranda Neto (ITAMIARA)

Médium volta a ser tema de filme com "As Mães de Chico Xavier"

Após o sucesso da cinebiografia "Chico Xavier", o médium volta a ser retratado nas telas do cinema em "As Mães de Chico Xavier", dos diretores Glauber Filho e Halder Gomes, filme previsto para estrear no final deste ano.

Nesta nova produção, entretanto, Chico Xavier não será o personagem central. A obra conta as histórias de três mães que se cruzam quando buscam conforto com o médium, após terem perdido seus filhos. "A psicografia de cartas de mães era um trabalho muito conhecido do Chico Xavier. Ele não é o protagonista da história, mas o homem de ligação das mães com esses filhos", diz o diretor Halder Gomes.

As atrizes escolhidas para protagonizarem o filme foram Vya Negromonte ("Lua Cambará – Nas Escadarias do Palácio"), cujo filho adolescente tem problemas com drogas, Vanessa Gerbelli ("Carandiru"), que busca suprir a ausência do marido dando total atenção ao filho e Tainá Muller ("Cão sem Dono"), uma professora que enfrenta o dilema de uma gravidez não planejada.

As histórias contadas são fictícias, mas o filme é inspirado no livro "Por Trás do Véu de Ísis", de Marcel Souto Maior e teve como base três cartas psicografadas por Chico para mães. "Houve uma pesquisa do Emmanuel Nogueira, escolhemos três cartas e fizemos o roteiro original", conta o diretor e roteirista Glauber Filho.

Nelson Xavier ("Sonhos Roubados"), que interpretou Chico no filme de Daniel Filho, volta a fazer o papel, mas conta que no início hesitou em aceitar o convite: "Não queria ficar fichado pelo interprete de Chico Xavier, o que me convenceu foi a garantia de que eu seria um personagem de terceiro plano e também porque trata de outra idade dele, ele está bem mais velho e é uma imagem totalmente diferente da que apareceu no filme do Daniel”.

A produção ainda conta com os atores Herson Capri ("Quanto Vale ou É por Quilo?"), que interpreta o marido de Ruth (Vyia Negromonte), Caio Blat ("As Melhores Coisas do Mundo"), que faz um jornalista que tenta entrevistar o médium e ganhar audiência com seu dom e Neuza Borges ("Polaróides Urbanas"), a governanta de Elisa (Tainá Muller).
Filmes com temática espírita

A idéia de produzir "As Mães de Chico Xavier" aconteceu depois do lançamento de "Bezerra de Menezes: O Diário de um Espírito", de 2008, também com direção de Glauber Filho, mas acompanhado de Joe Pimentel. O filme que conta a vida de Bezerra teve mais de 300 mil espectadores no primeiro mês de exibição. "A produtora Estação da Luz decidiu fazer um próximo filme da mesma temática e como estava próximo o centenário do Chico Xavier, eles escolheram este tema", conta Glauber Filho.

O sucesso da obra de Daniel Filho também mostra o interesse do público brasileiro nesta temática. No final de semana de estreia foram aos cinemas 590 mil pessoas. Hoje, o filme na sétima posição dos filmes mais assistidos do ano.

Os diretores do longa acreditam que o filme pode se beneficiar do sucesso de "Chico Xavier" nos cinemas e continuar levando não apenas o público espírita às salas. "O filme conta uma bela história, um drama. O filme toca um aspecto que está presente nas nossas vidas", fala Gomes.

Glauber Filho completa "queremos que ocorra uma identificação com as mães e com aqueles que perderam um ente querido. Era mais ou menos isso que o Chico fazia e nós queremos criar isso no filme, esse sentimento que ele passava para as mães, queremos passar para o público".

É possível ver tudo que aconteceu no set de filmagem de "As Mães de Chico Xavier" noblog do filme, que passou pelas cidades do Ceará: Guaramiranga, Fortaleza, Pacatuba; e Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, cidade natal do médium. O longa tem produção da Estação Luz de Cinema e orçamento de 4 milhões de reais.



http://cinema.uol.com.br/ultnot/2010/09/05/medium-volta-a-ser-tema-de-filme-com-as-maes-de-chico-xavier.jhtm

PAI NOSSO – CHICO XAVIER

PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS
NA LUZ DOS SOIS INFINITOS
PAI DE TODOS OS AFLITOS
NESTE MUNDO DE ESCARCEUS
SANTIFICADO SENHOR
SEJA O TEU NOME SUBLIME
EM TODO UNIVERSO EXPRIME
CONCORDIA, TERNURA E AMOR
VENHA AO NOSSO CORAÇÃO
O TEU REINO DE BONDADE
DE PAZ E DE CLARIDADE
NA ESTRADA DA REDENÇÃO
CUMPRA-SE O TEU MANDAMENTO
QUE NÃO VACILA E NEM ERRA
NOS CÉUS COMO EM TODA TERRA
DE LUTA E DE SOFRIMENTO
EVITA-NOS TODO O MAL
DAR-NOS O PÃO NO CAMINHO
FEITO DE LUZ NO CARINHO
NO PÃO ESPIRITUAL
PERDOA-NOS MEU SENHOR
OS DÉBITOS TENEBROSOS
DE PASSADOS ESCABROSOS
DE INIQUIDADE E DE DOR
PAI, SEMEARMOS TAMBÉM
UNS SENTIMENTOS CRISTÃOS
PARA AMAR NOSSOS IRMÃOS
QUE VIVEM LONGE DO BEM
COM A PROTEÇÃO DE JESUS
MANDA NOSSA ALMA DOENDO
NESTE MUNDO DE DESTERRO
DISTANTE DA VOSSA LUZ
QUE A NOSSA E REAL IGREJA
SEJA O ALTAR DA CARIDADE
ONDE SE FAÇA A VONTADE
DO VOSSO AMOR, ASSIM SEJA
PAI NOSSO
PAI
PAI NOSSO


(O MÉDIUM FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER PSICOGRAFOU ESTE LINDO PAI NOSSO DITADO PELO ESPÍRITO JOSÉ SILVÉRIO HORTA (MONSENHOR HORTA) EM UMA DAS REUNIÕES DA COMUNHÃO ESPÍRITA CRISTÃ DE UBERABA – MG – MUSICADO POR SONEKKA – 2007)

A Lenda da Cabocla Jurema

O sol girou uma vez mais ao redor da Terra e quando os raios da manhã tocaram a sua testa, a cabocla gritou:

- Sou Jurema!!!

E pulou
do
galho
mais alto da árvore gigante e pareceu voar por entre os pássaros e outros seres alados da floresta; mergulhando no rio profundo, de onde emergiu, nadando com os botos que entendiam o seu canto:

"Cabocla
Seu penacho é verde
Seu penacho é verde
É da cor do mar

É a cor da Cabocla Jurema
É a cor da Cabocla Jurema
É a cor da Cabocla Jurema
Jurema"

Cabocla, filha valente de Tupinambá. Adotada pelo mundo, foi encontrada aos pés do arbusto da planta encantada que lhe deu o nome, e cresceu forte, bonita, com a formosura da noite e a firmeza do dia. Corajosa, a cabocla tornou-se a primeira guerreira mulher da tribo, pois a sua força e agilidade no manejo das armas e na ciência da mata, se tornara uma lenda por todo o continente; onde contadores de estórias, aos pés da fogueira, falavam da índia da pena dourada, que era a própria Mãe Divina encarnada.

Nada causava medo na cabocla, até o dia em que ela encontrou o seu maior adversário: o amor. Jurema se apaixonou por um caboclo chamado Huascar, de uma tribo inimiga chamada Filhos do Sol, e que fora preso numa batalha.

Os dias se passaram e o amor aumentava, pois o pior de amar não é amar sozinho e sim ser amado em retorno, pois exige do amado, uma ação em prol do amor.

Pelo olhar, o caboclo Huascar dizia:

"Oh doce Cabocla
meu doce de cambucá
minha flor cheirosa de alfazema
tem pena deste caboclo
o que eu te peço é tão pouco
minha linda cabocla Jurema
tem pena desse sofredor
que o mal destino condenou
me liberta dessa algema
me tira desse dilema
minha linda cabocla Jurema"

Jurema que aprendera a resistir ao canto do boto, ao veneno da cascavel e da armadeira, já resistira bravamente a centenas de emboscadas e que sentia o cheiro à distância de ciladas, não conseguiu resistir ao amor que fluia do seu peito por aquele guerreiro. Observando o caboclo preso, ela viu nos olhos dele, as mil vidas que eles passaram juntos, viu seus filhos, o amor que os unia além da carne e percebeu que não foi por acaso, que ele fora o único caboclo capturado vivo, e decidiu libertá-lo, mesmo sabendo que seria expulsa da sua tribo.

Na fuga, seu próprio povo a perseguiu, e em meio a chuva de flechas voando na direção do caboclo fugitivo, foi Jurema que caiu, salvando o seu amado e recebendo a ponta da morte que era pra ele, no seu próprio peito.

Conta a lenda, que o caboclo Huascar voltou a Terra do Sol e fundou um império nas montanhas andinas e mandou erguer um templo chamado Matchu Pitchu em homenagem a Jurema, onde, só as mulheres da tribo habitariam e lá aprenderiam a ser guerreiras como a mulher que salvara a sua vida. E no lugar onde a Jurema caiu, nasceu uma planta robusta e muito resistente que dá flor o ano inteiro, cujo formato exótico e o tom amarelo-alaranjado intenso chamou atenção de todas as tribos, pois tudo dessa planta poderia ser utilizado, desde as sementes, até as flores e o caule; e porque as flores dessa planta estão sempre viradas para o astro maior; ela ficou conhecida como girassol.

" Moça bonita é a

Cabocla Jurema

Ela vem com um girassol

e a coroa dela é

como um girassol

Ela é a luz do amanhecer

Tem os seus lindos sonhos de arrebó

e a coroa da Jurema é

como um girassol

é como um girassol

é como um girassol

é como um girassol "

Caboclos

SAUDAÇÃO: “Okê Caboclo”
Caboclo: aquele que grita mais alto
O Senhor do alto das montanhas; Deus das montanhas; Orixá das montanhas.
A data de comemoração é de acordo com a vontade do Caboclo-Chefe da Tenda, sendo comum, no entanto, comemorá-los junto com a festa de Oxossi que ocorre na segunda quinzena de janeiro. No Estado da Bahia, é festejado no dia 2 de julho, no Dia do Caboclo.São entidades, espíritos que trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue. Os Caboclos, de acordo, com planos pré-estabelecidos na Espirituali¬da¬de Maior, chegam até nós com alta e sublime missão de desempenhar tarefa da mais alta importância, serem os Guias-Chefes dos médiuns tornando-se assim, Grandes Chefes de Terreiros.Representam o Orixá de cabeça do médium Umbandista, mas não tem propriamente uma ligação com o Orixá de cabeça, o Guia pode ser, por exemplo, de Ogum, e atuar em um filho de Oxossi onde assimilará a vibração de Oxossi, portanto não são donos de Coroa, pois a Coroa pertence ao Orixá e não ao Guia.São espíritos muito adiantados, esclarecidos e caridosos, espíritos que foram médicos na Terra, cientistas, sábios, professores, enfim, pertenceram a diversas classes sociais, os Caboclos vêm auxiliar na caridade do dia a dia aos nossos irmãos.Constituem o braço forte dentro da Umbanda, trabalham muito nas sessões de desenvolvimento me¬diú¬nico, nas desobsessões, na solução de problemas psíquicos e materiais, nas demandas materiais e espirituais e uma série de outros serviços e atividades executados nos Terreiros.São exímios caçadores e profundos conhecedores das ervas e seus princípios ativos, muitas vezes, suas receitas produzem curas inesperadas, pois limpam a nossa aura e proporcionam uma energia de força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos.Costumam usar, também, pem¬bas, (giz de várias cores imantadas na energia de cada Orixá), velas, geralmente de cêra, essências, flores, ervas, frutas, charutos e incenso. Todo esse material será disposto em cima de um ponto riscado – a Grafia Sagrada, para que esse direcione o trabalho. Seus “brados”, que fazem parte de uma linguagem comum entre os caboclos, representam quase uma “senha”. Cumprimentos e despedidas são feitas usando esses sons – sempre sem exageros. Eles prestam serviços também ao Kardecismo, nas chamadas sessões de “mesa branca”, sem preconceito e com muita sabedoria.
Para os médiuns, é importantíssimo saber a forma de trabalho de um ca¬boclo ou de qualquer Guia Espiritual, isso traz segurança e confiabi¬lidade tan¬to para o médium, como para o Guia refletindo automaticamente nas consultas. Conseguimos saber a sua “personalidade” de um Guia através do conhecimento de sua “origem”, “especialidade” e a “força da natureza” que o rege.
Na origem encontramos:
Caboclos da mata – Viveram mais pró¬ximos da civilização ou tiveram contato com elas, são o que podemos denominar como os caboclos de espírito de médicos, cientistas, padres, etc.
Caboclos da mata virgem -Viveram mais interiorizados nas matas, sem nenhum contato com outros povos, são o que podemos denominar co¬mo os caboclos de espírito de índios.
Na especialidade
Percebemos que existem Caboclos de espírito de caçador, guerreiros, feiticeiros, justicei¬ros, curandeiros, rezador, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras, entre outros, caracterizando suas formas de trabalho como doutrinador, demandador, cu¬rador, etc.
Reconhecer a Força de Natureza que o rege é saber para qual Orixá ele trabalha. Antigamente existia a concepção de que todo Caboclo seria um Oxóssi, ou seja, viria sob a vibração deste Orixá. Porem em nossa percepção compreendemos que existem Caboclos diferentes e que possuem Vibrações Originais Diferentes, podendo se apresentar sob a Vibração de Ogum, Xangô, Oxóssi, Omulu, Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã. Entendemos que, na Umbanda, os Caboclos, penetram em todas as linhas, atuando em diversas vibrações, não deixando de lado o Grande Orixá Oxóssi como o Grande Guardião do Mistério dos Caboclos.
Sua Oferenda - A morada de caboclo é na mata onde recebem suas oferendas, gostam de todas as frutas, principalmente o milho, o vinho tinto que para eles representa o sangue de Cristo, gostam de tomar sumo de ervas e apreciam o coco com vinho e mel.
Sua Vela é verde, mas não esqueçam que Eles têm seus Orixás Regentes, por isso se for um Caboclo de Ogum suas velas serão verde e vermelha, se for uma Cabocla de Oxum sua velas serão verde e rosa e assim por diante.
Formas de incorporação e a especialidade dos caboclos
CABOCLOS DE OXUM: Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece primeiro ou qua¬se simultâneo ao coração. Trabalham na ajuda de doenças psíquicas, como: depressão, desanimo entre outras. Especialistas em passes de dispersão e energização. Aconselham muito. Tendem a dar consultas que façam pensar.
CABOCLOS DE OGUM: Sua incorporação é mais rápida e mais compac¬ta¬da ao chão, não rodam. Dão consultas diretas, trabalham muito com abertura de caminhos. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física e ânimo.
CABOCLOS DE YEMANJÁ: Incorporam de forma suave, porém mais rá¬pidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o médium tonto. Trabalham geralmente para anular demandas realizadas no mar. Seus passes aplicam-se à limpeza espiritual.
CABOCLOS DE XANGÔ São guias de incorporação rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão. Trabalham de forma justa, com poucas palavras e muita sabedoria. Dão também muito passe de dispersão.
CABOCLOS DE NANÃ Assim co¬mo os Pretos Velhos de Nanã são raros. Geralmente trabalham aconselhando, mostrando o carma e como ter resignação. Durante os passes encaminham os eguns que estão próximos. Sua incorporação é contida, pouco dançam.
CABOCLOS DE YANSÃ São rápidos e deslocam muito o médium. São diretos para falar e rápidos também, mui¬tas a vezes pegam o médium e o consulente de surpresa. Dão excentes passes de dispersão (descarrego) encaminhando eguns.
CABOCLOS DE OXALÁ Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passes de energização. São “compactados” ao incorporar e se mantém fixos num ponto do terreiro sem deslocar-se muito.
CABOCLOS DE OXÓSSI São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito. Tem grande conhecimento sobre a utilização e aplicação de ervas para banhos e defumadores. Esses caboclos ge¬ralmente são chefes de linha.
CABOCLOS DE OBALUAYÊ São raros, pois são espíritos dos antigos “bruxos” das tribos indígenas. Sua incorporação se assemelha a dos Pretos Velhos. Locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco.

Com a contribuição da nossa irmã Suely Castro.