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Quadra 1, lote 1, Residencial Don Bosco, Cidade Ocidental. Veja como como chegar aqui.

SEU PIOR INIMIGO

Seu pior inimigo levanta, come e dorme com você.

Ele lê todos os seus pensamentos e conhece seus mais íntimos desejos, mesmo os mais proibidos e que você insiste em fazer de conta que não tem. Ele sabe mais sobre você do que você mesmo e está acordado enquanto você dorme, observando seus sonhos sem censura. Ele não acredita em suas palavras, somente em seus pensamentos

Ele não se importa com seu cargo, com os amigos que você tem ou com seu currículo. Ele sabe quando você está dizendo algo porque realmente acredita nisso ou quando está usando de cinismo, mentira ou manipulação. Seus medos estão catalogados por ele e, como um guerrilheiro, ele só ataca você em seus pontos fracos, nunca nos fortes. Ele está à espreita para derrubar você, sempre usando a arma mais mortal que existe: o conhecimento completo do território de batalha e as racionalizações que você cria -- nome dado aos motivos aparentemente lógicos, para coisas ilógicas.

O único objetivo deste inimigo é derrubar você e fazer com que seu nome seja esquecido logo após sua morte. Ele não quer que você tenha herdeiros de nenhum tipo e fará o impossível para que você não deixe nenhum legado sobre a Terra. Ele quer anular você. Primeiro, tentando fazer com que você acredite na falsa idéia de não ter valor, que é desnecessário no mundo e, depois, por meio dos seus atos, convencer as outras pessoas disso. Ele está lendo isso agora e procurando razões para que você não acredite em sua existência.

Seu pior inimigo é uma parte obscura de você. Ele nasceu com você e permanece dentro da sua mente, na escuridão dos seus medos, na claridade de sua bondade e no cinza de seu dia-a-dia. Se você gosta de ser preguiçoso, mas sabe que isso não é bem visto, seu inimigo procurará diversas razões absolutamente lógicas e publicamente aceitáveis para que você não faça algo de que deve ser feito. Aos poucos, você não fará nada que seja importante. Assim você será um fracasso profissional, um peão esquecido no jogo de xadrez da vida.

Mas, se você gosta de ter uma imagem de qualidade, seu inimigo fará o inverso, tornando você um perfeccionista crônico, do tipo que troca as relações mais importantes da sua vida pelo duvidoso prazer de trabalhar dia e noite. Uma pessoa-máquina que só encontrará gratificação no trabalho, que não pensa em ter filhos ou quer distância dos que já tem, que se viciou em adrenalina causada por stress e para quem amor e compromissos de verdade só atrapalham a agenda. Assim, você se sentirá um fracasso em família e, com o tempo, não terá nenhuma raiz ou fundação que o mantenha feliz.

Se você gosta de comer, seu pior inimigo colocará os mais deliciosos pratos na sua frente, o dia todo, e atrapalhará seus pensamentos lógicos sempre que tiver fome, empanturrando você de todo tipo de alimento engordativo para tirar seu corpo do nível ótimo de funcionamento e acabar com sua auto-estima. Ele também tentará convencer você de que frutas, água, sucos e outros alimentos saudáveis têm gosto ruim, quando uma breve análise da culinária mundial mostrará que nosso cérebro se adapta rapidamente a quase qualquer sabor.

Se você gosta de fumar, se gosta de álcool ou de qualquer tipo de "reforço químico" para se afirmar, ele criará todo tipo de situação para que você associe isso a momentos agradáveis, até que seja essencial para você sentir-se completo somente quando fuma, quando bebe ou usa outros tipos de drogas, ainda mais letais. A única meta de seu inimigo, neste caso, é aniquilar e matar você pela destruição de seu corpo, sua mente, seu território, o mais rápido possível.

Conquistar uma pessoa, um grupo, um país ou o mundo é muito mais fácil do que conquistar sua própria mente. Mas esta deve ser sua meta de vida. Pergunte sempre se não está exagerando naquilo que você faz, ou não faz. Se sua vida estiver em desequilíbrio, pode ser que você esteja perdendo a batalha para seu pior inimigo pensando que está tendo cada vez mais sucesso. Sua vida pode estar dando todos os sinais de que o desastre se aproxima, mas você racionaliza e acredita que está tudo bem. Você está em batalha, meu amigo. Todos nós estamos. Uma batalha que terá que ser travada todos os dias de nossa vida. Mas que você só tem que vencer por hoje. Só por hoje.
Como diz, Sally Kempton, é duro lutar contra um inimigo quando ele tem uma base militar de ataque instalada na sua cabeça. Vencer essa guerra não é possível nem necessário porque, como toda batalha acontece somente durante 1 dia -- o hoje -- é possível vencer todas as batalhas, uma-a-uma, mesmo que essa guerra jamais termine.

Veja este seu inimigo como aqueles lutadores de boxe contratados para lutar contra grandes campeões durante os treinamentos. Eles batem forte, eles fazem os campeões cairem, eles estão sempre sendo trocados por outros, descansados, mas sem eles os campeões jamais estariam preparados para as lutas verdadeiras, fora do treinamento. Seu inimigo é somente um treinador contratado por você para desafia-lo, ou desafia-la, o dia todo. Visto assim, ele pode se transformar no seu maior amigo.

Basta que você não seja derrubado HOJE por ele. Somente por HOJE

(Aldo Novak)

Ser médium é ser instrumento da espiritualidade!

Como ultimamente muitas pessoas têm nos escrito em busca respostas para questões fundamentais sobre mediunidade resolvi colocar aqui, de forma bem didática e enxuta, alguns pontos principais sobre o tema. Primeiramente quero deixar claro que é natural que nos comuniquemos com os espíritos desencarnados e eles conosco, uma vez que também somos espíritos, embora estejamos encarnados. Sendo assim, todas as pessoas, recebem a influência dos espíritos.

MEDIUNIDADE É UMA FACULDADE NATURAL:

• É uma Faculdade porque permite sentir e transmitir a influência dos Espíritos entre o mundo físico e o espiritual, e pode ou não ser usada.

• É Natural porque se manifesta espontaneamente, mas pode ser exercitada ou desenvolvida. Sua eclosão não depende de lugar, idade, sexo, condição social ou filiação religiosa. A maioria nem percebe o intercâmbio oculto em seu mundo íntimo, na forma de pensamentos, no estado de alma, nos impulsos, nos pressentimentos e etc. Mas há pessoas em quem o intercâmbio é ostensivo. Nelas, os fenômenos são frequentes e marcantes, acentuados e bem característicos (psicofonia, psicografia, efeitos físicos etc.), nesses casos percebemos que a mediunidade está “aberta”, ou seja, a recepção de mensagens espirituais já se manifestou de alguma forma. Essas pessoas denominamos médiuns.

MÉDIUM é uma palavra de origem latina; quer dizer medianeiro, que está no meio. De fato o médium serve de intermediário entre o mundo físico e o espiritual, podendo ser o intérprete ou instrumento para o espírito desencarnado. Para tanto, há requisitos, direitos e deveres a serem cumpridos por todas as pessoas, esteja ela com a mediunidade aberta ou não.

SAIBA:

• Todas as pessoas que sentem as influências dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade são Médiuns.

• Médium é intermediário, instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados superiores ou inferiores;

• Essa manifestação atua na vida espiritual, portanto, atua durante essa vida, atuou na vida anterior, atuará depois da morte e até na próxima reencarnação.

• Ser um bom médium depende única e exclusivamente do poder de DAR e RECEBER , EMITIR e ASSIMILAR FLUIDOS DOS ESPÍRITOS.

• Ser médium não é privilégio no sentido da “vaidade”, mas é privilégio no sentido da grandiosidade que é possuir este Dom e, principalmente, ser médium é ser privilegiado no sentido da oportunidade que temos para aprender, evoluir e resgatar nossos carmas.

QUEM APRESENTA PERTURBAÇÃO É MÉDIUM?

Muitas vezes, ao eclodir a mediunidade, a pessoa costuma dar sinais de sofrimento, perturbação, desequilíbrio. Firmou-se até um conceito errado entre o povo: se uma pessoa se mostra perturbada deve ter mediunidade. Entretanto a mediunidade não é doença nem leva à perturbação, pois é uma faculdade natural. Se a pessoa se perturba ante as manifestações mediúnicas é por sua falta de equilíbrio emocional e por sua ignorância do que seja a mediunidade, ou porque está sob a ação de espíritos ignorantes, sofredores ou maus.

ALGUNS SINAIS QUE, SE NÃO TIVEREM CAUSAS ORGÂNICAS, PODEM INDICAR QUE A PESSOA TEM MEDIUNIDADE.

• sensação de “presenças” invisíveis;

• sono profundo demais, desmaios e síncopes inexplicáveis;

• sensações ou ideias estranhas, mudanças repentinas de humor, crises de choro;

• “ballonement” (sensação de inchar, dilatar) nas mãos, pés ou em todo o corpo, como resultado de desdobramento perispiritual;

• adormecimento ou formigamento nos braços e pernas;

• arrepios como os de frio, tremores, calor, palpitações.

O MÉDIUM DEVE SABER QUE:

Cada médium é uma linha de força e a interação dessas linhas irá formar um campo elétrico que será mais forte na medida em que as emissões dos médiuns forem mais elevadas, ou seja as linhas de força dependem da intensidade de pensamentos bons e amoráveis do médium. O professor C. Torres Pastorino na sua obra “Técnicas de Mediunidade ” compara o médium a um capacitor ou condensador elétrico, ou seja, ele é capaz de emitir e receber ondas eletromagnéticas que podem ser de diferentes comprimentos, o que permite o contato com diferentes espíritos, portanto, quanto maior a capacidade do médium em variar o campo de suas emissões mentais maior será a sua capacidade de comunicar-se com diferentes categorias de espíritos. Para ser um bom médium é preciso ter talento, ou seja, ser bom, saber o que faz e o que é, como se cuidar, o que representa, conhecer a Lei de Ação e Reação, a Lei da Atração, a Lei das Afinidades e seguir o mandamento de Cristo: “ Amar a Deus sob todas as coisas e ao seu irmão como a si mesmo”.

DESENVOLVER A MEDIUNIDADE

Desenvolver a mediunidade não é apenas dar comunicações e incorporar. É apurar e disciplinar a sensibilidade espiritual, a fim de tê-la nas melhores condições possíveis de manifestação, e aprender a empregá-la dentro das melhores técnicas e visando as finalidades mais elevadas.

OBRIGAÇÕES E DEVERES

O desenvolvimento mediúnico abrange obrigações e deveres. Não basta incorporar, é preciso evoluir em espírito e isso só acontece seguindo algumas regras universais de natureza tríplice:

1 – Doutrinação e Evangelização (DEVER)

• Para doutrinar, basta o conhecimento intelectual. O médium precisa conhecer e compreender o Universo espiritual, a si mesmo e aos outros seres como criaturas evolutivas, regidas pela lei de causa e efeito.

• Deverá compreender: o intercâmbio mediúnico, a ação do pensamento sobre os fluidos emissor e captador, a compreensão da natureza como fonte inesgotável de energia, as situações dos espíritos no plano espiritual superior e inferior, perispírito/ espírito (estado de espírito) e suas propriedades na comunicação mediúnica, tipos de mediunidade, etc.

• Para evangelizar é necessário que se tenha a Luz do Amor no íntimo, é preciso vibrar e sentir o ensinamento de Cristo e as Leis Universais.

2- Técnica (OBRIGAÇÃO) São os exercícios práticos para que o médium saiba:

• distinguir os tipos dos espíritos pelos seus fluidos e energias,

• como concentrar ou desconcentrar,

• como ocorre o desdobramento,

• como controlar-se as manifestações (saber abrir e fechar a mediunidade) e analisar o resultado delas.

3 – Moral. (DEVER E OBRIGAÇÃO) É indispensável a reforma íntima para que nos libertemos de espíritos perturbadores e cheguemos a ter sintonia com os bons espíritos. Também vigilância, oração, boa conduta e a caridade para com o próximo são necessárias, o que atrairá para nós assistência espiritual superior.

E aí, consegui dar uma clareada e mostrar a vocês um pouquinho mais sobre esse maravilhoso dom? Espero que sim !!

Uma ótima semana a todos e muito Axé !!

Escrito por Mãe Mônica Caraccio

A Lição de Pai Tomé


História inspirada por Vovó Benta

Médium: Mãe Leni Saviscki

Dirigente do Templo de Umbanda Vozes de Aruanda

Terreiro Filiado ao Centro Espiritualista Caboclo Pery

Nos atendimentos apométricos, muitas surpresas nos reservam. Enganam-se aqueles trabalhadores que pensam ser suficiente decorar as Leis da Apometria e realizar o trabalho com amor. Constantemente os benfeitores espirituais nos colocam situações, diante das quais percebemos a grandiosidade dessa técnica que aliada ao Evangelho de Jesus, nos torna não somente instrumentos curadores, como também magos manipuladores e trasformadores de energias. Situações outras que nos fazem perceber nossa pequenez diante da grandiosidade do Universo e desses comandantes que nos regem a nível espiritual. Todos os dias, sob todos os aspectos, temos tudo a aprender consolidando a realidade de que estar encarnado nesse abençoado planeta-escola, é uma oportunidade a qual não podemos desdenhar.

Naquela noite, após o atendimento normal da agenda, apresentou-se um espírito pedindo oportunidade para nos contar sua história. Estava acompanhado por um preto velho, o qual já conhecíamos pois era trabalhador da Casa. Pelo cordão brilhante que saía de sua nuca, deduzimos tratar-se de um ser encarnado em desdobramento do sono o que imediatamente suscitou dúvidas em nossa mente acostumada a tudo interrogar.

– Como poderia alguém encarnado estar ali presente se não havíamos solicitado pelos costumeiros “pulsos energéticos” o seu desdobramento? Captando a dúvida, o bondoso preto velho nos assegurou de que ele não vinha para atendimento, e sim, sob sua tutela para nos trazer aprendizado. Ligado ao médium, o nosso amigo iniciou sua narrativa:
“Encarcerado dentro de um corpo frágil e adoentado, além da idiotia que me acomete no físico, sou uma espécie diferente aos olhos dos que passam pela rua e me vêem sentado na porta de minha casa.

- Coitado! Seria melhor morrer- É comum ouvir esta frase. Ou então, a mãe passando com o filho pela mão, naturalmente manifesta:

- Meu filho, se você não obedecer, vou te entregar para aquele homem feio.

Outras vezes, mulheres grávidas evitam olhar-me para que seus bebês que foram projetados perfeitos e saudáveis, não venham a ser iguais a esta bestialidade humana.

Minha consciência mais profunda está recebendo e percebendo tudo isso, porém presa dentro da cela que eu mesmo criei no passado, não pode reagir. Se sofro com isso hoje? É inevitável. Se me revolto? Não, a minha consciência sabe que é um mal necessário. Nas poucas vezes em que me é permitido "voar" para longe deste corpo eu já tenho caminho traçado. Vou me refugiar nos braços de Pai Tomé. Lá está ele, na sua humilde tenda, cantarolando ou assobiando, enquanto mexe nas suas ervas. Negro velho mandingueiro sabe quando chego, sente minha presença e trata logo de sentar-se em seu toco, acender o pito e com uma risada gostosa inicia a doutrinação. Conversamos por horas a fio e saio de lá me sentindo gente, apesar de tudo. Não sei quando foi a primeira vez que o visitei. Acho que na noite em que minha mãe foi àquele Centro de Umbanda, desesperada pois achou que desta vez a convulsão iria me matar. Ele estava lá, incorporado em outra pessoa e me deu seu "endereço".

Hoje, a cada visita que meu espírito faz ao bom negro velho, algo se modifica no meu corpo físico. Já consegui deixar de babar constantemente, melhorando assim meu aspecto. Até já sou capaz de chorar, sem fazer aquele grunhido horrível, vejam só! Tudo por conta das mandingas de Pai Tomé que por saber de minha verdadeira história, me ajuda com muito amor.

Precisou que eu quebrasse meu orgulho para aceitar tal ajuda, pois estou em colheita de um plantio desastroso. Em encarnação anterior, vivi como feitor de uma rica fazenda e com maldade cobrindo meu coração, além de outras coisas, eu era um verdadeiro matador de aluguel. Cheguei ao cúmulo de fazer filho com escrava para poder vender mestiço nas feiras do porto, como "escravo especial". Hoje estou tendo essa benéfica oportunidade e mesmo encarcerado num corpo limitado, com uma mente debilóide, de cor negra, aspecto físico sem nenhum atrativo, servindo de modelo do ridículo para muita gente, estou aprendendo que tenho muito mais do que mereço.

Um dia desses, chorei muito quando Pai Tomé me fez relembrar quem foi ele naquela minha desastrosa encarnação, e por momentos me senti muito mal, vindo a ter fortes convulsões no físico. Não fosse o bom velho me chamar à realidade, teria desencarnado para fugir...

Ele foi naquele passado um "mestiço especial" que eu vendera como escravo.

Não há nada mais doloroso do que a fúria de um remorso. Dores ou limitações físicas, são um pequeno nada para uma encarnação, diante de lembranças de nossos plantios infames. Pai Tomé, entre outras coisas me ensina o auto-perdão e sobre a bondade divina em nos dar um corpo físico aliado ao esquecimento. Mas me ensina também que esse "esquecimento" não pode servir como desculpa para novos erros. Por isso, somos levados em espírito durante o sono para verificarmos certos pontos que precisam ser revistos em nossa história. Ele me diz que nem sempre lembramos do aprendizado sonambúlico, mas que ele está registrado à nossa disposição, para uso em momentos propícios.

Me restam alguns anos ainda nessa vida, porém nem a dor, a pobreza e o desleixo de meus familiares é pior do que imaginar voltando sem ter expurgado esse lixo todo que agreguei no meu corpo espiritual. Quero a renovação e se essa me custa tanto, sei que o preço fui eu mesmo que estipulei. Nada me foi imposto.

Colheitas... de um plantio impensado. Apenas colheitas!

Após despedir-se agradecido, aquele menino voltou ao seu corpo físico que dormia no leito pobre onde nascera, deixando-nos emocionados e calados. Todos retornamos aos nossos lares pensativos, refletindo sobre o que ouvíramos naquela noite.

Em ocasião posterior, o caso foi comentado e alguém nos propôs que deveríamos solicitar ao Pai Tomé um atendimento apométrico para o menino, uma vez que estando encarnado, isso possibilitaria uma melhora dos sintomas físicos. Com as técnicas decoradas, já deduzimos que tratando seu Corpo Astral, por ser ele o Modelo Organizador Biológico, poderíamos quem sabe, melhorar sua aparência. No final do debate, antes do encerramento sentimos forte cheiro de ervas e imediatamente Pai Tomé apresentou-se através de um médium e nos esclareceu:

- “Pai velho admira e abraça os filhos pela boa vontade demonstrada em auxiliar o meu menino. Mas posso afirmar que a tentativa seria muito proveitosa em espírito renitente na aceitação do resgate cármico a que se impôs, o que não acontece com ele. Como viram, meu menino está espiritualmente lúcido e aceitando a colheita. Seu Corpo Astral, por ser constituído de matéria moldável, foi plasmado em encarnação anterior por seus próprios atos insanos. Sempre é assim meus irmãos. Enquanto na carne, nossos atos e pensamentos modelam a nova encarnação, além de nos conduzir no após morte para estância de luz ou trevas. Deus não castiga ninguém, disso sois sabedores, Ele apenas nos deu o livre-arbítrio e todas as oportunidades de escolhas nos são colocadas à frente durante uma vida. Não nos faltará assistência espiritual e mesmo que seja através da dor, o expurgo se faz necessário para drenar do agregado espiritual os ácidos ali impregnados.

Nossos pensamentos modelam o nosso futuro Corpo Mental, nossas emoções o Corpo Astral e assim quando reencarnamos trazemos gravados em nossos átomos aquilo que precisa ser melhorado. Por isso surgem as dificuldades a serem vencidas, e não haveria mérito se aqui estivéssemos só para sofrer sem que isso trouxesse alguma lição e aprendizado. Essa drenagem se dá através do nosso Corpo Etérico que intermediando o Corpo Físico e o Corpo Astral, atua como usina recicladora através do trabalho dos nosso Chácras, repassando para o Corpo Físico que age como mata-borrão. Todas as doenças, sejam físicas ou psíquicas nada mais são que limpeza de nosso corpo espiritual como um todo. Por isso aconselho os filhos dessa Seara para que sempre respeitem as leis em qualquer atendimento ou ajuda a que forem induzidos. Procurem sempre verificar se existe interesse e vontade em receber essa ajuda da apometria, seja pela pessoa necessitada se essa estiver consciente, ou por parte de familiares quando esse estiver incapacitado de raciocínio próprio, para que não ultrapassem a barreira do livre-arbítrio, contrariando assim as Leis Divinas. Sois sabedores que Apometria é manipulação energética, portanto “magia”. E magia é coisa séria meus filhos, assim como ela nos dá o poder de provocar uma modificação na matéria, através do poder mental, sendo regida pela lei da causalidade produzirá sempre um efeito, seja imediato ou tardio. Existem coisas no Universo de meu Deus que podem e devem ser mudadas, mas sempre respeitando a vontade e exigindo esforço próprio de cada criatura ligada ao fato. A oportunidade de ajuda que nos faculta a Apometria vem trazer alento e apressar a evolução dos homens acomodados que estão no ir e vir na carne, e que embora alertados constantemente pela dor torturante, tardam em realizar as mudanças. Porém, esse “poder” está sujeito e deve sempre ser colocado à luz da razão, nunca querendo realizar “milagres” que possam comprometer o trabalho laborioso do grupo, adquirindo com isso um carma coletivo. O equilíbrio e a compreensão de limite, aliados à sabedoria e o amor serão os temperos que farão sempre com que os filhos possam auxiliar sem se macular.”

Mais uma vez a lição do bom amigo espiritual colocada com tanta humildade e sabedoria, fez com que vários membros do grupo que ainda tinham preconceito com a presença dos pretos velhos nos trabalhos apométricos, repensassem sobre isso

Ectoplasma e sua Utilização nos Terreiros

Um dos elementos bioenergéticos mais utilizados por Caboclos, Pretos-Velhos, Exus e Crianças, seja em atividades curativas, harmonizatórias, e, também, em neutralização de demandas, é o nominado Ectoplasma. O Ectoplasma, que tem despertado um grande interesse por parte das religiões mediúnicas e de cientistas de todo o mundo, é uma substância material, visível ou não, consoante sua quantidade e densidade, absorvida/produzida pelo corpo humano a partir da fusão e posterior metabolismo de quatro fluidos, quais sejam fluidos astrais (química astral); fluidos da natureza (raios solares, raios lunares, gases etc.); e fluidos orgânicos e inorgânicos de nosso planeta (minerais, vegetais e animais).

É de conhecimento também que o ectoplasma localiza-se nas células humanas, constituindo-se como uma parte etérica das mesmas. Esta matéria, que em alguns casos de acúmulo excessivo, apresenta-se como uma geléia viscosa, de cor branca, semi-líquida e que sai através dos principais orifícios do corpo humano (boca, narinas, ouvidos etc.), é um dos elementos integrantes de nosso corpo vital (duplo etérico), sendo o envoltório intermediário entre o perispírito (corpo astral) e o corpo físico. É o dinamizador da parte bio-fisiológica do ser humano encarnado.

Dizem alguns que é encontrado em maior quantidade na altura dos centros de força (chakras) Umbilical e básico. Não vamos nos ater a discorrer sobre o emprego de ectoplasma na materialização de espíritos e objetos, situações em que deve haver um grande acúmulo de ectoplasma nos doadores desta substância, mas sim na sua utilização por parte dos espíritos trabalhadores de nossa elevada Umbanda. Os Caboclos, Crianças, Exus e Pretos-Velhos (as quatro formas fluídico-perispirituais de manifestação de espíritos na Umbanda) costumam utilizar o ectoplasma de seus médiuns para os mais variados fins (lembre-se: espíritos não têm corpo vital, logo não têm ectoplasma. Nos trabalhos de cura, costumam aplicá-lo nos centros de força dos assistentes, a fim de reequilibrar o fluxo energético (absorção e emanação de energias).

Nos trabalhos direcionados ao desmanche de baixa magia, as entidades potencializam a substância ectoplasmática, deslocando-se a lugares onde está a origem material da feitiçaria (objetos vibratóriamente magnetizados), passando a manipular tais materiais, desmagnetizando-os e neutralizando as demandas. Devido aos espíritos utilizarem o ectoplasma humano em algumas tarefas onde há a necessidade deste fluido vital, muitos médiuns, ao término de uma sessão ou gira, sentem-se fatigados, cansados, exauridos de energia, e com apetite aguçado. Esta situação ocorre em grande parte, e em vários graus, conforme a quantidade sorvida, em razão da retirada de parte do ectoplasma do médium por parte dos espíritos trabalhadores. É um acontecimento natural, facilmente dirimido pela ingestão de líquidos como água pura, sucos, refrigerantes, comestíveis, e, se possível, um ligeiro repouso. Após um curto espaço de tempo o ectoplasma volta a seu nível normal.

O Ectoplasma ainda é assunto a ser mais explorado. A cada dia surgem novas informações sobre este nobre fluido que é de suma importância para a Humanidade.

O que se deve ter em mente, principalmente por parte dos médiuns sérios, é que a maior qualidade do fluido vital ectoplasmático está diretamente ligada aos hábitos do indivíduo, enquanto membro de uma sociedade heterogênea. Portanto, é de suma importância que não se abuse de bebidas alcoólicas, fumo e sexo, que, se ingeridos ou praticados em demasia, poderão influenciar na maior ou menor eficácia de determinados trabalhos espirituais.

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Exu na Igreja Evangélica

A tolerência à diversidade é a palavra de ordem do momento. Longe de querer pregar o repúdio a qualquer religião, pois todas exercem sua função social e espiritual, esse texto tem o objetivo de mostrar que em alguns templos o nome das entidades da Umbanda Sagrada é usado de maneira pejorativa e que ainda assim os incansáveis trabalhadores do Astral não baixam sua guarda e nem deixam de dar proteção àqueles que os difamam.
Quantas e quantas vezes as entidades da Umbanda, em especial os compadres exus e as senhoras pombogiras, são invocadas nas igrejas evangélicas, como se fossem responsáveis por todo tipo de mal que afeta a vida de pessoas sofridas, que buscam solução para seus problemas nesses templos? Os nomes das entidades mais populares do panteão da nossa religião são citados sem qualquer respeito ou pudor. Os senhores Tranca-Ruas, Marabô, Tiriri, Tatá Caveira, Maria Padilha, Maria Mulambo e outros tantos são acusados de serem os responsáveis pelo infortúnio de pessoas desesperadas com questões materiais, espirituais, de saúde ou familiares. Esses nobres trabalhadores são acusados de causar doenças, prejuízos materiais, destruir famílias e outras mazelas mais, num ato de total desrespeito aos símbolos (nesse caso, às entidades) da religião alheia.
Esses mesmos detratores das nossas entidades – as quais acusam de serem demônios – batem no peito para bradar aos quatro ventos que “o diabo veio para mentir, roubar e matar” e não se atentam que eles próprios podem estar sendo enganados por um “diabo” (sem entrar no mérito da existência dessa figura mítica judaico-cristã) que mente, que os engana, dizendo se chamar Tranca-Ruas, Marabô, etc. Em outras palavras, zombeteiros adentram esses templos, usam os nomes das entidades da Umbanda, e aqueles mesmos que dizem que o “diabo” veio mentir, não notam que estão sendo vítimas de uma grande mentira. Caem como patinhos na lábia de verdadeiros arruaceiros espirituais que conseguem usar uma religião para denegrir outra. E o que é pior, denegrir justamente a imagem dos guardiões, daqueles que policiam sua ação nefasta no mundo espiritual e que se reflete de forma extremamente negativa no mundo material, atingindo mentes pouco esclarecidas e/ou preconceituosas, que não medem esforços em acusar os senhores exus, os verdadeiros soldados do Astral, os agentes da Lei Cósmica e cármica universal pelas mazelas que grassam as vidas daqueles que, desesperados, buscam ajuda.
Os compadres exus têm seus nomes achincalhados de maneira vergonhosa dentro de algumas igrejas, que sem o menor pudor ignoram inclusive a Carta Magna do país, que garante o respeito a todos os cultos religiosos e seus símbolos. Mal sabem esses detratores do mundo espiritual que, ao contrário deles, os nossos guardiões exus são desprovidos desse preconceito infantil e barato, e ali estão, à porta das diversas igrejas, trabalhando incansavelmente como sempre costumam fazer, impedindo que ataques do mais baixo reduto espiritual atinja a nós, encarnados, independente da religião que professamos.
Se não fossem os nossos fiéis amigos exus, quantos ataques os diversos templos religiosos sofreriam dos elementos trevosos que, apesar de desprovidos do corpo carnal, rondam e obsedam o mundo material sem que a maioria se dê conta disso?
Não importa o nome que se dê a eles. Na Umbanda e na Kimbanda chamamos de exus. Outros preferem chamar apenas de guardiões ou protetores, mas o importante é que estejam ali, guardando a entrada dos Centros Espíritas, das igrejas católicas, das protestantes tradicionais ou das neo-pentecostais, pois o fato é que ali estão, abnegados e cumprindo bem a sua tarefa de impedir que kiumbas ou trevosos deturpem o culto lá realizado.
Se em algumas denominações (especialmente neo-pentecostais) certos espetáculos acontecem, com obsessores se passando pelos exus (principalmente os mais conhecidos, por assim dizer) é porque os próprios exus de lei permitiram que eles ali adentrassem, a fim de que participassem do show de horrores para depois serem encaminhados ao devido local de merecimento, ou então têm ciência do teatro que alguns fazem usando seu nome, sem que haja, na realidade, entidade qualquer ali.
Em ambas as situações, levando-se em conta o seu caráter irreverente – apesar da seriedade com que realizam sua tarefa, os verdadeiros exus, aqueles que guardam incansavelmente até mesmo a porta das igrejas evangélicas, devem se divertir muito enquanto fazem o seu trabalho e observam essa “Broadway” de quinta categoria. E para quem conhece bem essas entidades, sabe que sua gargalhada não é apenas uma manifestação de hilaridade, e sim um fundamento usado com mestria para descarregar situações tensas, onde elas se fazem necessárias.
Exu está em toda parte, pois a sabedoria cósmica sabe como agir e onde colocar cada um de seus trabalhadores, para que desempenhem bem sua finalidade. Se alguém possui o dom da vidência, não se espante se um dia se deparar com um compadre exu guardando a entrada de uma igreja evangélica. O Universo possui razões que nós somos ainda muito imaturos para entender.
Laroyê Exu.

Douglas Fersan

Lei de Salva

Numa atividade de caridade espiritual, com ou sem consulta com as Entidades Espirituais, não é correto a cobrança ou o pagamento de qualquer quantia em dinheiro, pois não existe o porquê disso. Sou radicalmente contra a cobrança de qualquer tipo de valor relativo ao atendimento espiritual, até porque o exercício é realizado por outro Ser, que pode ser uma Criança, um Caboclo, um Preto Velho, um Exu, ou qualquer Guia Espiritual de Luz, que tem um único propósito: nos ensinar o que é a Caridade. Eu acredito na máxima “daí de graça o que de graça recebeste” e fico indignada com o “comércio” criado através da dor e do desespero alheio ou quando observo a ilusão, a imaginação e a exploração quando se fala em demandas. Tudo para se ter o domínio sobre as pessoas menos esclarecidas e, claro, um rendimento financeiro extra. Assim como fico indignada e envergonhada quando ouço um “pai de santo” dizer que ‘todo trabalho deve ser cobrado, afinal de contas, é trabalho’.

Acredito que as compensações só nos fazem bem quando as recebemos do Divino, acredito que a segurança e a sustentabilidade só quem pode nos dar é o Divino, portanto acredito que não há dinheiro que pague a proteção, o amor, a força e as bênçãos que os Guias Espirituais podem nos dar e para isso eles não cobram nada, somente disciplina e amor. No entanto, certa ou errada, existe a chamada “Lei de Salva” e cada um terá o discernimento e o livre arbítrio de pagar ou receber. A Lei de Salva é utilizada nos trabalhos que envolvem Magia, exclusivamente voltada às questões que exigem o combate a Magia Negativa e quando se exige do indivíduo o esforço físico ou intelectual. Mas para entendê-la melhor reproduzo em seguida as palavras de Mestre Yapacani, no seu livro “Umbanda e o Poder da Mediunidade” (1987 – 3a. edição – Livraria Freitas Bastos p. 77-80), para que cada um possa ter o seu discernimento e, claro, a sua opção de escolha.

“Mas o que é, em verdade, a lei de salva? Tentaremos explicar isso direitinho, pondo os pontos nos is, que é para tirarmos a máscara de muitos falsos “chefes-de-terreiros”ou “babás”, ou que outro qualificativo lhes queiram dar, que fazem disso a “galinha dos ovos de ouro”… Essa lei de salva é tão antiga quanto o uso da magia. Existe desde que a humanidade nasceu. Os magos do passado jamais se descuidavam de sua regra, ou seja, da lei de compensação que rege toda ou qualquer operação mágica, quer seja para empreendimentos de ordem material, quer implique em benefícios humanos de qualquer natureza, especialmente nos casos que são classificados na Umbanda como de demandas, descargas, desmanchos etc.

Dessa lei de salva, ou regra de compensação sobre os trabalhos mágicos, nos dão notícia certos ensinamentos esotéricos com a denominação de lei de Amsra… Nenhum magista pode executar uma operação mágica tão somente com o pensamento e “mãos vazias” – isto é, sem os elementos materiais indispensáveis e adequados aos fins… Essa história de pura magia mental é conversa para entreter mentalidades infantis ou não experimentadas nesse mister. Qualquer ato ou ação de magia propriamente dita requer os materiais adequados, sejam eles grosseiros ou não. Vão dos vegetais às flores, aos perfumes, aos incensos, as plantas aromáticas, às águas dessa ou daquela procedência até ao sangue do galo ou bode preto. A questão é definir o lado: – ou é esquerda, ou é direita, negra ou branca. Ora, como toda ação mágica traz sua reação, um desgaste, uma obrigação ou uma responsabilidade e uma consequência imprevisível (em face do jogo das forças movimentadas) é imprescindível que o médium-magista esteja coberto ou que lhe seja fornecida a necessária cobertura material ou financeira a fim de poder enfrentar a qualquer instante essas possíveis condições… Então é forçoso que tenha uma compensação.

Aí é que entra a chamada lei de salva, ou simplesmente SALVA… Mesmo porque, todo aquele que, dentro da manipulação das forças mágicas ou da magia, dá, dá e dá sem receber nada, tende fatalmente a sofrer um desgaste, pela natural reação de uma lei oculta que podemos chamar de vampirização fluídica astral, que acaba por lhe enfraquecer as forças ou as energias psíquicas… E naturalmente o leitor, se é médium iniciado na Umbanda, nessa altura deve estar interessadíssimo em saber como será essa compensação. Claro, vamos dizer como é a regra, para que você possa extrair dela o que seu senso de honestidade ditar: DE QUEM TEM, PEÇA TRÊS, TIRE DOIS E DÊ UM A QUEM NÃO TEM; E DE QUEM NÃO TEM, NADA PEÇA E DE ATÉ DÊ SEU PRÓPRIO VINTÉM. (…) É claro que essa lei de salva ou de compensação, própria e de uso exclusivo em determinados trabalhos de magia, não pode ser aplicada em todos os “trabalhinhos” corriqueiros que se pretenda ser de ordem mágica.”

Como vimos, a lei de salva está totalmente imbricada com a honestidade de quem a aplica, com o discernimento ético, e principalmente com o uso adequado da regra acima estabelecida. O uso indiscriminado e abusivo, como vemos existir em muitos lugares, de qualquer tipo, já não só de magia, mas para tudo e em qualquer circunstância, inclusive até para se acender uma simples vela, é deplorável, desonesto e voltado exclusivamente para o enriquecimento ilícito do cobrador, que se vale da necessidade alheia, do desespero de causa e da ingenuidade da maioria para explorar e garantir seu sustento e sobrevivência através da Umbanda, que diz praticar e ser médium, chefe-de-terreiro, dirigente de casas abertas, sacerdotes e sacerdotisas “confiáveis” e de “credibilidade”.

A lei de salva é uma regra inviolável, ela também tem a sua contra-parte de retorno para aqueles que dela abusam. Como diz Mestre Yapacani: “É triste vermos como a queda desses verdadeiros médiuns magistas é vergonhosa, desastrosa até… Começa acontecer cada uma a esses infelizes! Desavenças no lar, separações, amigações, neuroses, bebida, jogo e uma série de “pancadarias” sem fim, inclusive o desastre econômico (…) e no final de tudo, verdadeiros trapos-humanos (…).”

Um ótimo final de semana a todos e Muito Axé!

Escrito por Mãe Mônica Caraccio

Amai Vossos Inimigos

Um inimigo não é alguém para se odiar ou repudiar. Não é uma pessoa má, mesquinha ou cruel. Tampouco é falsa ou indigna de confiança. Um inimigo é alguém que, assim como nós, vê com olhos retorcidos a pessoa comum e carente de amor que costumamos ser. E nós, assim como ele, julgamos com a sombra de nossos próprios sentimentos, reconhecendo nele o orgulho que nós próprios temos. Um inimigo não é uma pessoa diferente de nós, mas o eco daqueles pensamentos que lutamos desesperadamente para esconder de nós mesmos.

Nós somos o maior inimigo de nós mesmos, porque sentimentos ruins lutam contra a nossa felicidade. Somos responsáveis por tudo o que nos acontece, e o outro é apenas um reflexo daquilo que nós mesmos estamos sentindo. Quando modificamos nosso padrão vibratório, nutrindo nosso corpo astral (ou perispírito) com sentimentos mais nobres, o outro acaba correspondendo ao nosso sentir, porque as vibrações emitidas por seus sentimentos endurecidos não terão mais abrigo em nossos corações.

Amar os inimigos é uma vitória da alma sobre si mesma. Aquele que consegue amar um desafeto desfaz os elos da inimizade, pois o amor puro e genuíno é incompatível com ela. E, mesmo que o antigo inimigo ainda abrigue por ele ódio em seu coração, esse sentimento não será capaz de alcançá-lo, porque a sintonia necessária para atração das energias não se estabelecerá.

Mas esse amor para com os inimigos é algo muito difícil de se alcançar. O que conseguimos, na maioria das vezes, é uma certa tolerância, fruto da nossa imperfeição. Precisamos ser sinceros e assumir que não é fácil, ao invés de mentir para nós mesmos dizendo que não guardamos rancores, nem mágoas, nem ressentimentos. Somente reconhecendo as nossas dificuldades e deficiências é que estaremos em condições de modificá-las.

Tamanha dificuldade é, até certo ponto, justificável e explica-se pela lei das afinidades. Pensamentos ruins geram ondas fluídicas carregadas de sensações ruins e podem causar mal-estar, ao passo que as ondas enviadas com os bons pensamentos trazem simpatia e prazer. Devemos, portanto, prestar atenção ao que estamos sentindo e pensando, porque a pessoa que é objeto do nosso pensamento estará recebendo tudo o que lhe enviarmos, assim como estamos aptos a captar, energeticamente, os pensamentos dela.

É fundamental que reconheçamos que as dificuldades por que atravessamos são nossas, não do outro. Se não conseguimos perdoar nem diluir a inimizade, é porque não estamos ainda preparados para nos desapegar do sentimento que nos une ao inimigo. Não é o outro que nos provoca, ou dificulta, ou irrita, ou nos maltrata, ou nos agride. Somos nós que nos deixamos atingir dessa forma, em virtude de sentimentos semelhantes que vibram em nós.

Não precisamos, contudo, nos culpar quando não conseguimos perdoar. O importante é o esforço contínuo empregado na reforma de nós mesmos. Se não estamos ainda em condições de amar o inimigo, ao menos vamos tentar não odiar, não alimentar desejos de vingança, não tripudiar nem ser oportunistas, aproveitando as situações que a vida coloca diante de nós para humilhar ou zombar. Notamos que estamos começando a amar nosso inimigo quando o mal que o atinge não nos dá prazer.

Oremos por nós e pelo inimigo, para que, juntos, possamos alcançar a compreensão de que não há felicidade sem amor.


O Papel do Médium de Umbanda

O indivíduo que trabalha nas fileiras umbandistas, exercitando suas faculdades mediúnicas nas reuniões chamadas Giras, ou Engiras, desempenha ações importantíssimas na evolução coletiva e na solução de problemas de diversas ordens que acometem a todos os que freqüentam as Tendas de Umbanda. O médium de Umbanda tem o papel único e maravilhoso de servo! É servindo ao próximo, numa entrega incondicional e desinteressada, de coração jubilado, que o médium de roupas brancas da Umbanda realiza a maior e mais perfeita das ordenanças cristãs: “amar ao próximo, como a si mesmo”!Sem a consciência de que tudo o que faz numa Tenda ou num Terreiro é em benefício alheio, o médium carece de orientação e estudo mais profundo das verdades espirituais.

Dentro de um Terreiro o papel do filho de Umbanda começa logo assim que cruza os portões da entrada onde está assentado o Guardião da casa. Mas, não se trata apenas de alguns toques costumeiros no chão, ou saudações decoradas de palavras vazias e repetitivas. O “trabalho” do médium tem início através dos bons pensamentos que deve considerar assim que chega ao Templo munido dos utensílios e materiais litúrgicos que serão utilizados na sessão. O médium irá participar de uma reunião aonde centenas de outros Espíritos, dos mais diferentes níveis conscienciais e padrões vibratórios, também irão a fim de encontrarem alívio e soluções para suas dores e seus problemas.

Aquele que servirá de instrumento aos Guias de Lei deve responsabilizar-se em ser mais útil ainda. Ao saudar o Guardião deve tomar, desde esse momento, uma postura vigilante e consciente de que Espíritos que descerão à Terra para fazer a caridade dependerão de sua boa vontade e de seu desprendimento.

Mesmo estando numa posição dentro do Terreiro em que inevitavelmente será alvo dos olhares curiosos dos visitantes e freqüentadores, o médium precisa entender que o mais importante será o bem que as Entidades farão na Gira.Todos os médiuns são importantes numa Gira. Desde o menor ao maior, se é verdade que exista essa classificação entre os umbandistas.

É comum as pessoas darem importância maior à Incorporação. Também é fato corriqueiro que a grande maioria dos que iniciam numa Corrente de Umbanda, almeja logo “receber Caboclo”. Entretanto, há funções tão ou mais importantes num Terreiro quanto a dos médiuns que servem de “aparelhos” aos Guias.

Os “Cambones”, ou Médiuns Auxiliares, exercitam sua mediunidade através da servil e humilde tarefa de atender aos pedidos de uma Entidade, seja Caboclo, Preto Velho, ou até mesmo Exu. Os “Ogãs de Toque e de Canto”, ou Médiuns Instrumentistas e Cantadores de Ponto, são importantíssimos no trabalho de manter o equilíbrio vibratório das Giras e o de preservar a pura sintonia dos pensamentos coletivos.

Há ainda os médiuns que executam a tarefa de coordenar a entrada dos assistentes no Congá, os que trabalham na limpeza do Terreiro, os que cuidam do material litúrgico comum a todos, os que zelam pelo incenso e pelo turíbulo, os que desempenham tarefas administrativas e os que coordenam o andamento das sessões. Tem também aqueles que gratuitamente trabalham nas cantinas e nos bazares, e os que realizam tantos outros serviços que parecem de pouca importância, mas que no fim trará grandes benefícios no desenvolvimento da própria mediunidade

.O que seria dos médiuns de Incorporação se não existissem todos os outros que, invisíveis aos olhos de muitos, asseguram o bem estar deles mesmos? Como aqueles poderiam ser úteis no atendimento aos consulentes se não existissem os médiuns que, mesmo não incorporando, fazem parte da Gira contribuindo caritativamente com seus serviços? No fim das contas, todos os médiuns exercem o mesmo papel: o de servo bom e fiel a serviço da Corrente Astral de Umbanda.

QUEM TEM MEDO DA MEDIUNIDADE?

http://www.minhaumbanda.com.br/2009/07/10/quem-tem-medo-da-mediunidade/

Esse é um ponto que merece bastante atenção e um esclarecimento maior mas, na gigantesca maioria das vezes, observamos que esse medo é reflexo da falta de conhecimento sobre o que é a mediunidade e como tratá-la. O primeiro ponto a ser esclarecido é de que a mediunidade não é escravidão, mas uma grande oportunidade de evoluir espiritualmente, visto que, não somos matéria mas sim espíritos em experiências no Plano Material. Outro ponto importante a esclarecer é que aquelas frases que todo mundo escuta, como: “é um caminho sem volta” ou “nunca mais poderá sair dessa vida” até têm um certo sentido, mas estão sendo mal interpretadas. Pense comigo: ser médium não é uma escolha atual ou uma determinação externa, mas uma opção e essa opção foi sua em algum momento do passado, por isso, a mediunidade não surge de repente só porque você está frequentando um Terreiro ou um Centro. Você optou por ser um intermediário entre o plano espiritual e material, você foi, você é e você sempre será médium perante os Planos Espirituais Superior e Inferior, por isso, a mediunidade é sim o seu caminho e, querendo ou não, é sem volta pois não tem como apagar a sua Luz Interior, a Luz da mediunidade que você tanto desejou, pediu e se esforçou para conquistar.

Então, olhe para o Alto, olhe para si e agradeça por ser eternamente Luz, pois é a sua conquista, é o seu dom dado por Deus. Saiba que essa Luz ninguém lhe tira e ninguém apaga, portanto, assuma-a e deixe-a refletir com orgulho, alegria e toda a sua gratidão a Deus, afinal, é muito bom ser um instrumento Dele. Saliento que a mediunidade só é uma escravidão ou punição quando não há conhecimento sobre o quê, como, quando e de que forma ser médium. Quando não se sabe ‘abrir e fechar’ a mediunidade, quando não se tem todas as Forças Espirituais Superiores e Inferiores alinhadas, ordenadas e equilibradas, ou ainda, quando se perde o amparo e a proteção do Plano Superior Divino.

Fico impressionada com a quantidade de médiuns que se recusam a desenvolver a sua mediunidade por medo, e aí esclareço que só através de um bom desenvolvimento é que se adquire atributos como equilíbrio, ordenação e amparo. Observo que muitas pessoas têm medo de incorporar e acreditam que isso é algo do outro mundo, mas mal sabem que muitas vezes estão incorporando em suas próprias casas ou em qualquer local sem nenhum cuidado ou conhecimento. Isso acontece naquela hora da briga onde se perde o controle sobre os atos e sobre as palavras, acontece naquele momento em que se fala o que não se pensa ou quando se faz aquilo que não se quer, e aí vem a culpa, a sensação de “como pude fazer isso?” e o arrependimento. Vejam, nesses momentos pode ter havido uma irradiação, uma influência e até mesmo uma incorporação do baixo astral, de espíritos zombeteiros ou vingativos que se aproveitam do desequilíbrio e da negatividade do médium e fazem a festa. Acreditem: isso é muito comum de acontecer, só que ninguém tem medo, talvez por não saberem que uma incorporação pode acontecer de forma tão sutil, só dependendo da afinidade que o ser tem em relação ao espírito desencarnado. O pior é que isso pode acontecer a qualquer momento e em qualquer local, basta não ter domínio sobre a mediunidade e sobre si próprio.

Se todo esse medo da mediunidade acontece por falta de explicação ou conhecimento, então saiba que tudo é muito simples e se você se ajudar com um pouco de boa vontade e dedicação aos estudos umbandistas, tudo fica ainda melhor. Acredite, é muito melhor ter esse Dom equilibrado do que viver perturbado e sem prosperidade na vida, pois a espiritualidade traz sim a prosperidade, talvez não essa prosperidade financeira em que a maioria pensa, mas a prosperidade de alma, e essa não se compra em lugar algum, somente se conquista. E se mesmo assim você ainda acha que a mediunidade é uma escravidão, eu digo para você: “Prefiro ser escrava de Deus e dos queridos Guias Espirituais do que ser escrava da doença, da miséria, do chefe, do vício, do marido, do dinheiro, da mãe ou do que quer que seja.

Laroyê Exu. Exu é mojubá! Salve a sua banda! (13 de Junho - Dia de EXU)

Exu é agente de ligação entre homens e Orixás, é guardião dos caminhos, soldado executor das ordens de Preto-velho e Caboclo, Executor da Justiça Cármica, e por isso mesmo, não faz mal a ninguém.

Alguns confundem Exu quando este executa a Lei de Justiça, confundindo-o com praticante do mal; nada mais equivocado. Exu dá aquilo que se pede.

Se for o bem, devolve o bem, se pedirem o mal, devolve-o a quem pediu, se este não tiver razão em seu pedido. De forma contraria, se percebe que o indivíduo que lhe pediu ajuda sofreu o mal de outra pessoa, devolve-o na mesma moeda que desejou aquele que lhe procurou.

Exus são espíritos de pessoas que tiveram encarnação na Terra, ou em outros orbes, ou seja, são seres criados pelo Pai que seguem o mesmo caminho evolucional que nós, seres encarnados São compromissados com a espiritualidade superior e encontra-se com Exus nas falanges de Umbanda por resgate cármico ou por optarem em manter-se nesse estágio, auxiliando o trabalho das demais entidades da nossa querida Umbanda.

Isso não quer dizer, no entanto, que não há entre eles espíritos que compõem a falange de Exus e Pomba gira em estágio evolucional que lhes permite seguir outro caminho nos planos superiores. Se permanecerem auxuliando e guardando os planos inferiores vibracionais, fazem-no por opção e escolha, para combater o mal que ainda se encontra na criação divina.

Pelos fatos de Exus e Pomba giras atuarem em planos muito próximos as faixas vibracionais da Terra, são espíritos profundamente conhecedores das paixões humanas e de seus desejos, defeitos e qualidades. Trabalham atuando nessa energia para ajudarem aqueles que buscam suas orientações. Dizem que Exu e Pomba giras são devasso, prostitutas, delinqüentes. Nada mais equivocado. Exu e Pomba gira trabalham dentro da energia sexual, da energia animal que liga os homens a Terra. Por isso se apresentam como sedutores e encantadores aos seus consulentes.

Na verdade, por estarem os Exus e Pomba giras numa faixa vibracional mais próxima a Terra, sua energia é mais densa, exigindo do Médium, em sua incorporação um nível diferenciado de energia de quando vai incorporar com outras linhas de Umbanda. Normalmente, o que ocorre durante a incorporação das demais falanges é que o médium precisa elevar sua vibração durante a incorporação dos falangeiros dos Orixás, Pretos-Velhos, Caboclos e Crianças, e durante a incorporação de Exu e Pomba gira, por estarem esses atuando em campos vibracionais mais densos, faz com que o médium diminua seu padrão vibracional para um incorporação perfeita.

O trabalho de Exu consiste em guardar nossos caminhos, nos protegendo de demandas e magias negras realizadas por espíritos obsessores ou desafetos encarnados. Eles são agentes da magia e dos processos sutis do uso das energias dessa magia. Em seu trabalho, cortam essas energias anulando o potencial do mal que nos foi mandado, e retirando e encaminhando a outros planos os espíritos inferiores que estiverem trabalhando para nos tirar de nosso caminho. Faz esse trabalho atuando dentro da Lei do Retorno, cobrando e resgatando espíritos das trevas para que estes encontrem um caminho que lhes possibilite encontrar-se de novo com os desígnios da Criação. Em vários casos, encaminhando tais espíritos a novos processos reencarnatórios.

Não podemos de ressaltar que Exus e Pomba giras não precisam entortar seus médiuns quando incorporam. Essa atitude provém do próprio médium que acredita que para incorporar essas entidades, necessita se fazer todo tordo, com expressões de ódio no rosto e com os dedos das mãos em formatos de garras. Exus de Umbanda não são espíritos zombeteiros que vivem de falar palavrão e que precisem beber o tempo todo.

Os Exus possuem falanges distintas, bem como áreas de trabalho diferentes conforme se percebe pelos diversos terreiros de Umbanda. Os Exus atuam juntamente com uma Pomba gira, formando o casal de guardiões do médium, que deve cultuar e respeitar ambos.

Muitas pessoas não gostam de Exu, porque dizem que Exu não satisfez seus pedidos. Na verdade, não entenderam essas pessoas como é a atuação dos Exus e Pomba giras. Eles não dão o que se pede; eles dão o que a pessoa merece, e esse merecimento deve ainda estar de acordo com a Justiça Cármica.

Quando um espírito evolui?

Na maioria das vezes, a evolução é confundida com progressão material, ou seja, se o ente consegue alcançar posições de destaque,títulos etc, durante sua vida, pensa-se que ele tenha evoluído.

Do ponto de vista material até pode ser, mas do ponto de vista espiritual, nem sempre, até porque como já dissemos, os títulos e posições que tiveram na vida, pouco importam.

Um espírito evolui realmente quando passa a ser capaz de amar a todas as criaturas de Deus.
Se você compreender realmente o que é amar sem se perder pelos meandros do amor carnal a que todos estamos acostumados, já terá aí uma grande chave para sua evolução.

O difícil dessa lição é pô-la em prática!
Falar que ama é até fácil, embora nem todos sejam capazes.

Mais difícil ainda é compreender que para “amar ao próximo como a ti mesmo”, é preciso antes que se entenda o que é amar a si mesmo.

Somente através de diversas vindas ao Plano Terra, um espírito começa a entender a profundidade que há nesse único mandamento deixado pelo mesmo Jesus quando disse :

“Um novo mandamento vos dou:

Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós,
que também vós uns aos outros vos ameis”.

texto tirado do livro UMBANDA SEM MEDO
por Claudio Zeus

Acorda meu Filho

Tem gente dormindo demais por aí.

Você não acha, meu filho, que esse sono todo é um processo de fuga ou preguiça disfarçada?

Às vezes preto velho vê meus filhos reclamarem das coisas:
Que estão difíceis, que a vida está cada vez mais dura e os negócios não correspondem aos investimentos realizados por você.

Mas, veja bem, meu filho, dormindo desse jeito, você vai perder enormes oportunidades.
Quem quer vencer na vida, não entrega seus negócios para outros administrarem. Estude as atitudes dos vencedores e você poderá ver que cada um deles assumiu por si mesmo a atividade na qual se destacou.

Acorde enquanto é tempo, pois quando você ficar velho, o tempo precioso já terá passado, e tempo, meu filho, é algo que nunca volta, assim como oportunidade perdida jamais retorna.

Tudo pode se renovar, mas nada se repete em condições idênticas.

Comece o dia cedo, dando exemplo aqueles que lhe são subordinados.

Não adianta reclamar que é difícil ou que está casado.

O corpo físico foi projetado por Deus para se reerguer diariamente, após um período de oito horas de sono.

Se você não consegue se manter acordado depois disso, é porque algo está errado.

Pense bem e veja se você não está fugindo de algo.
Talvez seu corpo se enclausure no sono como fuga dos deveres que lhe competem.

Há quem durma também diante da vida, deixando as oportunidades de progresso passarem.

Desgastam-se na juventude, abusando de seus próprios limites, e depois quando o outono da vida chega, lamentam o tempo perdido.

Hoje meu filho, a vida mudou e ninguém poderá deixar o tempo passar, sem arrepender-se depois.

Cuidar das coisas espirituais enquanto é tempo, é questão de sabedoria.
Portanto acorde da letargia espiritual e defina-se imediatamente.

Não se pode ficar dormindo, enquanto o mundo gira cada vez mais rápido rumo a um futuro de realizações.
Há ainda aqueles que esperam cair do céu a tão sonhada felicidade.

Acorde e aprenda logo que a felicidade não cai do céu.

Sai para viver, e mostre-se apareça, brilhe e invista em você mesmo.
Você dormiu demais em seu sonho e fantasia.

Sonhos e ideais, são muito bons, mas somente agindo é que poderão se realizar qualquer empreendimento.

É preciso que meus filhos tomem atitudes e parem de mascarar e desculpar sua omissão.
Assuma uma atitude de coragem diante da vida, e não se entregue ao sono da alma.

Acordar e ser corajoso e romper com o ócio; é ser arrojado no mundo, assumindo atitude de vencedor na vida., e não se entregar à fuga da consciência.

Até os mortos já se levantaram, e trabalham o tempo todo, porque você fica deitado e dormindo.

Jesus disse: -O PAI TRABALHA, E EU TRABALHO TAMBÉM!

SABEDORIA DE PRETO VELHO.
ESPÍRITO: PA I JOÃO DE ARUANDA.
MÉDIUM: ROBSON PINHEIRO.

As entregas e oferendas na Umbanda - Por que fazer?

Muitos que chegam para conhecer a Umbanda pela primeira vez estranham, não entendem e até acabam por emitir comentários negativos sobre a nossa Religião devido ao uso de matéria nos trabalhos.

A Umbanda faz uso aberto das energias e da matéria astral, ou seja a parte astralina da matéria. Por parte astralina, ou por matéria astral podemos entender o duplo etéreo de todas as coisas. Ou seja, a cópia da matéria em seus mínimos detalhes no astral, no "mundo espiritual". É uma matéria de menor densidade, mas ainda assim matéria.


Em livros espíritas, e em outros espiritualistas, encontraremos referência sobre os fenômenos de materialização e desmaterialização. Assim segundo estes estudos e relatos os espíritos especializados nestas práticas de materialização buscam nos sítios da natureza energias densas dos vegetais, dos animais e dos minerais para procederem o fenômeno de materialização ou desmaterialização. Livros como "Missionários da Luz" (André Luiz, psicografia de Francisco Xavier), "Nos domínios da mediunidade" (mesmo autor e mesmo médium) poderemos encontrar estas referências.

Na Umbanda esta busca de energias mais densas, ou materializadas, ou como preferimos chamar de matéria astralina acontecem diante dos olhos de todos. As entregas e oferendas, nada mais são do que um fornecimento de energias e matéria para que os espíritos possam manipular e produzir os efeitos desejados e ordenados pelos Orixás.

Alguns podem perguntar: "mas as entregas não são para os Orixás para as entidades?"
E eu responderei: NÃO, na minha concepção não!

As entregas são para nós, são para os espíritos que queremos ajudar. Ou seja, quando faço uma entrega para audar um parente doente, perdido, etc., a entrega é para este parente e não para a entidade, não é um sistema de troca ou de barganha, ou de pagamento para a entidade nos ajudar. O que fazemos é simplesmente fornecer as energias que nós mesmos precisamos, repito.

O que devemos entender é que para alterar a matéria, precisaremos de energias quase materias, precisaremos de energias que são fornecidas pela própria matéria. A começar pela energia dos médiuns, chamada ectoplasma, passando pelas energias da natureza e por fim a energia das entregas e oferendas (e aquelas presentes nos pontos das entidades).

Da mesma forma que somos matéria, que entendemos que os estados psicológicos/mentais de raiva, egoísmo, orgulho, etc., são de baixa vibração e assim quase materiais de tão densos, entenderemos que para alterar a matéria, alterar os estados densos, assim como para ajudar nossos irmãos desencarnados (mas ainda presos aos prazeres sensoriais e materiais) precisaremos de matéria astralina. Passaremos a compreender, assim, verdadeiramente, a razão das entregas e oferendas, ou melhor o uso de matéria pela Umbanda.

Certamente que a Umbanda não utiliza, de forma alguma, entregas com sangue animal, partes de animais e muito menos prega ou faz uso de sacrifícios, as entregas e oferendas da Umbanda vem de elementos de origem vegetal e mineral.

Certamente, também, pregamos a consciência ecológica e assim aconselhamos o uso de materiais biodegradáveis, e fazer as entregas com segurança ambiental.

Da próxima vez que vir alguém fazendo a entrega, ou que você for fazer a entrega para você ou para alguém querido, lembre-se que aquilo que você está forncendo são as energias e materiais que as entidades usarão, compondo com outras, para atendê-lo, para ajudá-lo. Faça com respeito à natureza, com respeito aos Orixás e com dedicação, pois a magia começa na nossa determinação mental.