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Quadra 1, lote 1, Residencial Don Bosco, Cidade Ocidental. Veja como como chegar aqui.

Apresentação dos Espiritos na Umbanda

PRETO-VELHO: objetiva transmitir sabedoria de vida (experiência) e humildade. A forma encurvada e a fala mansa trazem uma sensação de se estar diante de alguém que já viveu muito e que saberia como consolar ou orientar alguém perdido, que não encontra saída para seus problemas na vida humanizada.
Uma das Entidades conhecedoras da Magia da Umbanda, pois de tudo sabe um pouco e sempre tem uma palavra amiga para com os consulentes, digamos que estes “Pais Velhos” sejam o médico, psicólogo e principalmente o educador dentro da Umbanda, ou seja, aquele que transmite aos consulentes, médiuns, pais e mães no Santo a Verdade da Umbanda, que se solidifica em 4 partes, Humildade, Amor, Fé e Caridade, tão simples e tão complexa, para nós simples encarnados, pois assim o é aos Espíritos, que aqui chegam para cumprir sua função cármica. Um dos principais conhecimentos destes Espíritos é a manipulação das ervas, fazendo deles verdadeiros curandeiros do Astral, que divide essa função com os Caboclos. O que mais nos chama atenção nessa Entidade é a humildade que chega ao Terreiro, nos mostrando que através da humildade podemos chegar até o coração de nosso semelhante.

CABOCLO: objetiva transmitir coragem, a confiança necessária para “guerrear”. Daí a necessidade de, quando o médium incorpora um espírito com tal postura, ficar de pé, bater no peito e gritar. Com algumas exceções, a expressão do Caboclo é sempre séria. O espírito quando se utiliza dessa postura transmite a valentia para lutar com a vida, ou seja, para passar com coragem pelas vicissitudes geradas pelo gênero de provas escolhido pelo próprio consulente antes de encarnar. Por isso, o Caboclo não transmite sabedoria, mas a coragem que o consulente necessita naquele momento. Entretanto, estes Espíritos são de grande sabedoria dentro da corrente da Umbanda, exímios no lidar com as ervas e com tudo que há na natureza, não irei aqui afirmar que os mesmos em encarnações anteriores foram índios, pois seria o mesmo que afirmar meu desconhecimento quanto aos existência dos espíritos.

CRIANÇA: objetiva transmitir a felicidade incondicional. Disse Jesus: “vinde a mim as criancinhas”, “ninguém entrará no reino dos céus se não for como criança”. Ou seja, só se entra no reino dos céus ou se livra das encarnações no mundo de provas e expiações quem aprende a ser feliz incondicionalmente. Quem passa pelas vicissitudes da vida humanizada feliz, ou seja, não vive as angústias e as dores do seu personagem, está pronto para habitar os mundos regenerados. É por isso que mesmo o espírito que se manifesta como uma Criança emburrada no trabalho mediúnico estimula alegria no consulente. Poucos são os consulentes que acreditam na Magia desses “pequeninos”, são Espíritos de grande Luz, Amor, Humildade, atente como estes brincam de trabalhar, pois toda a alegria e diversão é transformada em fluidos que alegram nossos espíritos ignorantes.

EXU: e o temido Exu? O que significa essa postura? O Exu representa o próprio ser humanizado (egoísta, interesseiro, orgulhoso etc.) A postura Exu é a sombra do próprio consulente. E por que essa postura causa medo? Porque é como se estivéssemos diante do espelho, vendo o que somos, essencialmente.
Gostamos de falar do argueiro no olho do outro, mas nunca observamos a trave que carregamos no olho. O Exu, com sua linguagem direta e forma de se manifestar, nos mostra quem realmente somos. Mas na lida com estes Espíritos podemos perceber o seu grande mistério, pois nos testam sempre a nossa índole e nossa compreensão da vida e principalmente do Amor ao próximo, Exu nos deixa aludir ser como nós, alude ter nossas manias e nossas faltas, mas estes Espíritos estão acima destes vícios humanos, este é um dos espíritos mais procurados dentro de um Terreiro de Umbanda, por compreender as nossas faltas, transformando-as em vitórias em tempos vindouros, estes trabalham dentro de nossa verdade, com a intenção de transforma-la na verdade do PAI.

Toda forma de apresentação de determinada Falange da Umbanda sempre haverá uma conotação que nos leva a acreditar que existe Fundamentos para a mesma existir, engana-se quem acha Exu mais poderoso que Preto Velho, Criança mais poderosa que Caboclo, todos são poderosos dentro de sua Linha de Trabalho, todos tem o conhecimento das demais Falanges, muitos de nós nos enganamos quando negamos falar sobre determinado assunto com o Caboclo, pois em nossa ignorância costumeira acreditamos que estes não são capazes de resolverem determinado assunto.
Entendam que todos aqui estão pela vontade do Pai e todos aqui estão para nos direcionar em nosso caminho rumo ao Criador, com formas e rituais diferentes, mas na mesma intenção, ou seja, que sejamos mais humildes, tenhamos mais amor ao próximo, que tenhamos mais Fé e principalmente, na União de todas essas que sejamos mais CARIDOSOS, para conosco e para com nosso semelhante.

SEJAMOS FELIZES, POIS ESTA É A LEI…

Ensinamentos de Vaqueiro

Eu fui um Egum! Digo isso com orgulho, porque desencarnei enroscada em um pé de agi queiro. Os terreiros me expulsavam não me ajudavam a encontrar o caminho da luz, porque falam que Egum é um espírito mal e que não deve visitar terreiros.

Hoje sei que isso não é verdade, pois a função dos terreiros é doutrinar os espíritos que sofrem sem luz,

Foi um espírito por nome de conceição que abriu meus caminhos para que eu encontrasse a luz, preparando assim um menino e uma menina, que um dia veio a desenvolver, abriram um terreiro, no qual fui recebido de braços abertos.

Os terreiros do Brasil deveriam ver isso como uma grande lição porque muitos espíritos sofredores que dão o nome de Egum se forem doutrinados como eu fui poderão, fazer muito mais que eu, pela nossa umbanda.

Enquanto existir um Egum ou um espírito sofredor, não deixarei de sofrer.

Assim isso eu digo tenho orgulho de ser um EGUM. Porque os terreiros que não me aceitam tenham certeza seus chefes serão Eguns amanha.

“Vamos tocar uma casa de umbanda criticada pela maioria das religiões, Mais abençoada por Deus”.

Contada por um Vaqueiro
Terreiro de Umbanda Iansã e Mamãe Oxum

A Umbanda tem cor?


A Umbanda tem cor?

Tem sim sinhô!
Ela é preta, ela é branca
É de Nosso Sinhô!

A Umbanda tem raça?
Como não tem!
Ela é negra, é ameríndia
e européia também!

A Umbanda é das elite?
É de toda classe sociár!
Ela é dos fios de Zambi
Prá fazer o bem e arretirá o mal!

A Umbanda tem cultura?
Tem fios meus!
Do perdão e da bondade
Que sempre acolhe os seus!

A Umbanda tem História?
Tem meu sinhô!
Basta ver sua trajetória
Nos exemplos de amor!

Mas, a Umbanda tem pressa?
Tem não fios meus!
Cem anos passa ligeiro
Tem fio que nem se apercebeu!

A Umbanda tem objetivo?
Com num tem seu dotôr!
Vem fazer a caridade
Em nome do nosso Mediador!

Mas, qual a cor da Umbanda?
Eu careço de saber!
Prá poder apensar nela
Dentro do meu camutuê!

Prá que tanto de avexame?
Nega veia já vai falar!
Suncê inda num aprendeu
Que agonia faiz é má!

Mas, que cor é essa minha preta?
Deixa de tanto arrudear!
E eu lhe arrespondo meu fio:
Ela é da Cor da Bandeira de Nosso Pai Oxalá!

Salve o Povo de Umbanda!

Mensagem recebida em 05 de maio de 2008, por Mãe Luzia Nascimento
Dirigente do Centro Espiritualista Luz de Aruanda
Terreiro
Filiado ao Centro Espiritualista Caboclo Pery

LARÓYÈ Exú, Exú é MOJUBÁ

Exu é como guardião e protetor.
Exu (origem africana) é o símbolo da fecundação e desenvolvimento.
Carinhosamente tratado como "Compadre", amigo íntimo sempre presente para defender seu protegido.
Não se pode de forma alguma relacionar os espíritos obsessores aos Exus, que realmente existem e viveram encarnados na Terra.
Não se pode de forma alguma confundir os Exus com o "Diabo", ser criado por outra religião.
Eles são orientados por Guias (Caboclos e Pretos Velhos). Trabalham como intermediários entre os Orixás e os homens em missão do bem para a humanidade. Formam numerosas Falanges, todas lideradas por grandes Chefes agindo no nosso mundo.
São criaturas como nós, já tendo encarnado e desencarnado na Terra por muitas vezes. Muitos até exerceram aqui no mundo os mais altos postos e posições, por seu saber e inteligência, onde cometeram grandes males, provocaram guerras, mas hoje, no espaço, esses sofredores orientados, buscam se regenerar.
Por suas condições, os Exus são usados, digamos assim, pelos Orixás e pelos Guias, para levar a justiça onde for preciso; dai atuarem também no terreno do mal, no sentido exceto da palavra, pois é a justiça do alto em ação, funcionando contra os perversos, os injustos, os desonestos, enfim.
Quando são bem recebidos, amados e respeitados, pelas suas vibrações poderosas, eles realizam trabalhos maravilhosos de curas, dão conselhos edificantes, praticam enfim o bem, semeando o eterno amor. São sublimes as suas realizações e sua atuação dentro da Umbanda prestando caridade é uma constante.
O clima que eles criam, de puras e sadias vibrações, beneficiam a todos os presentes, proporcionando-lhes alegria e contentamento. Devido à cobiça ou à ignorância de muita gente que os conhece mal, consideram eles maus, interesseiros, vingativos
As pessoas que andam certas na vida não devem temê-los, porque eles nada têm a ver com elas, só com os maus intencionados, os corruptos, os perversos, os interesseiros. Outras pessoas, como retorno dos males que mandaram-nos praticar em troca de presentes ou agrados, sofrem a lei do retorno.
Tal como nós, também um dia penetrarão na senda do amor, onde milhares deles já se encontram marchando rumo à perfeição, pois como tudo na natureza, na criação divina, também estão sujeitos à eterna lei da evolução, que conduz à felicidade eterna e verdadeira.
Exu é quem orienta os trabalhos práticos, abrindo as cerimônias como um guardião, sentinela e protetor de um Centro. Os trabalhos dos Compadres, suas provas assombrosas de força e poder, suas curas maravilhosas nas enfermidades dadas por incuráveis, nos mostra sua beleza de intenções.
Toda pessoa tem seu Exu particular, responsável pela força necessária ao seu desenvolvimento.
O vermelho e o negro são as suas cores representativas. O negro representa todo o culto em potência, sem diferenciação, sendo o primeiro elemento que dinamiza o culto e permite que ele se manifeste. Por coincidência ou não, no espectro visível do olho humano, vermelho é a vibração de menor frequência, abaixo do nível da qual tudo é negro, ausência de luz.
Sendo o senhor dos limites, inclusive no horário, seu momento mais próprio não poderia ser outro senão a fronteira entre os dias, isto é, a meia-noite.
Existem Exus na terra, no fogo, na água e no ar, bem como nas combinações desses elementos e nos estados de transição entre eles, incluindo os cemitérios. Têm a encruzilhada em "X" como seu local de força, por ser dominador de todos os caminhos.
Os Exus não possuem somente os nomes comumente conhecidos como Exu Marabô, Tiriri, Mangueira, etc. Têm seus nomes esotéricos ou cabalísticos: "Exu Tranca-Ruas", cujo nome esotérico, Senhor TARKEMACHE, que viveu neste mundo encarnado no Castelo de Cordevillee, sendo doutor e príncipe da Corte Francesa, na época de Richelieu; "Exu Tata Caveira", cujo nome esotérico, senhor PROCULO, foi químico; "Exu Meia-Noite", cujo nome esotérico, senhor HAEL, era um homem muito rico e belo, viveu em Apuaruma, terra onde hoje só existem vestígios e destroços, localizada na Serra do Congogi. Os Exus também podem possuir um terceiro nome, além do esotérico e do nome vulgarmente conhecido, isto é, o nome entre eles exus. Este nome é de conhecimento somente daqueles que são ligados estreitamente a eles e que ganharam sua confiança.
Exu abre as cerimônias do terreiro em dias de festa e de outras obrigações, é porteiro das matas, dando início para a colheita das ervas; dá conselhos, servindo de intermediário dos Orixás, aos homens; é controlador dos Eguns, inclusive determinando suas reencarnações e interlocutor nos jogos de búzios.
Nos Terreiros, Exu tem sua casa próximo à entrada dos mesmos, denominada "Ailê Okutá" ou "Ilêxus".
O "Padê" que se oferece a Exu no início dos trabalhos, quando se diz que está "despachando Exu", na realidade significa que estamos pedindo a Exu para botar para fora da casa os maus espíritos, permanecendo o Exu da Casa em seu devido lugar, ou seja, na porteira do Terreiro.
Os Exus normalmente aceitam qualquer comida, como bife cru ou cozido no azeite de dendê, com ou sem cebolas em rodelas, farofa d'água, de mel, de dendê, de fubá de milho, etc. Gostam de bebidas tais como Cachaça (marafo), Whisky, Vodka, sendo a primeira mais comum a eles. Apreciam charutos como também cigarros de palha, sendo machos, e cigarros comuns, quando fêmeas (pombagiras) .
Os Exus, assim como apreciam as comidas e as bebidas, também apreciam a indumentária, quando incorporados em seus "burros" (médiuns).
Através do tempo, o Exu poderá atingir graus de evolução espiritual enormes, de tal forma que poderão passar a integrar as falanges dos Caboclos e dos Pretos Velhos, praticando somente o bem, pelo simples prazer de praticá-los, porém não mais como Exus, mas sim como Caboclos e Pretos Velhos.

Santo Antônio de Pemba

Entre Santo Antônio de Lisboa e Santo Antônio de Pemba há muita diferença.
Como o número de escravos era superior ao dos fidalgos, erigiu-se em cada fazenda uma capela com o Santo da devoção dos Senhores ou Sinhás das fazendas, onde um Sacerdote da Igreja Católica fazia seus ofícios religiosos.
Quando os escravos adotaram Santo Antônio de Lisboa por Santo Antônio de Pemba como Exu, fizeram-no por diversos motivos. O primeiros porque tinham que acompanhar o credo católico; o segundo para ludibriar a boa fé dos senhores das fazendas, pois proibiam que os mesmos professassem o seu culto africano; e o terceiro porque faziam suas festas com fogo, como fogueiras, etc., e o dono do fogo é Exu.
O dia de Santo Antônio de Pemba é 13 de junho, razão pela qual a Umbanda comemora nesta data o dia de Exu.