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Quadra 1, lote 1, Residencial Don Bosco, Cidade Ocidental. Veja como como chegar aqui.

SALVE OGUM

No mês de abril, mais precisa mente dia 23, é comemorado nos Templos de Umbanda, o dia de Pai Ogum.

Orixá da Lei Maior, que rege atra vés das suas essências eólicas, direcio nando, abrindo caminho, quebrando de manda.

Protetor incansável de seus filhos que lutam por um mundo melhor, que ainda carregam dentro de si a mo ral, a honra, o caráter, a retidão e a le al dade.

Palavras essas que a princípio pa recem muito fáceis de praticar, mas só quem as pratica de verdade, no mundo em que vivemos, sente o impacto que causa nas outras pessoas, achando que tais atitudes são “falsas”, e que hoje não existem mais pessoas com conteúdos interiores nobres.

Por isso, sofrem discriminação, são per seguidas, vilipendiadas e acusadas de querer apa rentar o que não são.

Com todas essas acusações e atra vés delas, só se sabe realmente quem é de fato um filho de Ogum, aquele que passa por isso, e mesmo assim não se corrompe, não desce seu nível vibrató rio, não compro mete sua espiritualida de, e principalmente não destrói seus princípios.

Pai Ogum tem a liberdade de percor rer os campos da consciência dos seus filhos, aqueles que são verdadeiros ma nifestadores de suas essências vivas e Divinas. Em suas manifestações, o Orixá Pai Ogum quando ‘incorpora’ em seus filhos traz uma postura de guerreiro.

O seu elemento é o ferro e suas armas simbólicas são: espadas, lanças e escudos.

Suas pedras são: granada, hematita, rubi, magnetita, sodalita e ágata azul.

Suas cores: vermelho, azul escuro, branco e prata.

Saudação: Ogum Yê! Seus pontos cantados são fortes e marciais.

Os guias espirituais que se mani festam sobre a irradiação de Pai Ogum são: fortes, firmes e direcionadores, tendo como missão trazer a ordem, a disciplina, tanto do ambiente quanto da mente dos médiuns e consulentes.

Qualidades de Pai Ogum:

Pai Ogum Matinata;

Pai Ogum Beira Mar;

Pai Ogum Iara;

Pai Ogum Megê;

Pai Ogum 7 Espadas;

Pai Ogum de Lei;

Pai Ogum Rompe Mato.

Temos o sincretismo: São Jorge e Santo Expedito.

Flores: Cravo vermelho, crista de galo, palma vermelha, antúrio, espa da de São Jorge.

Ponto de Força: Campo aberto, encruzilhada, estrada e caminhos.

Tudo é regido por uma Lei imutável:

a Lei do Criador, que é a ordem das coi sas em todos os planos da vida e em todos os níveis consciências.

Lei Divina é a Lei Maior, que rege tudo e a todos e conduz para sua senda evolutiva.

A Lei da Umbanda é essa Lei de Deus, justa e poderosa.

As outras leis estão dento dela:

carma, reencar nação, causa e efeito e afinidades.

A Lei Maior é o campo de atuação de Pai Ogum, que ordena os procedi mentos, os processos e as normas ditadas pelo Divino Criador, anulando tudo que estiver em desacordo com ela.

Seu campo de atuação é a linha divisória entre a razão, a emoção e a orde nação dos processos e proce dimentos.

É o Senhor do Movi mento, o Senhor dos Caminhos e das Es­tradas, o Senhor que Quebra Demandas e Arrebenta as Amarras e nos liberta. Quando a Lei quer recompensar, é Ogum quem nos dá. Quando caminha mos rumo à Luz, Ogum está à nossa di­rei ta para nos proteger com seus símbolos, escudos e espadas.

Que o escudo de Pai Ogum possa proteger todos àqueles que, trabalham na Umbanda com o objetivo da verda deira fé, amor e caridade.

Saravá Ogum!

Salve Ogum!

Axé Ogum!



Jorge da Capadócia

Musica/poesia/oração de dominio publico

Gravada por Jorge Ben Jor / Caetano Veloso / Racionais MC / Fernanda Abreu



Jorge sentou praça na cavalaria



E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia



Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge



Para que meus inimigos tenham pés…

e não me alcancem!



Para que meus inimigos tenham mãos…

não me peguem, não me toquem!



Para que meus inimigos tenham olhos…

e não me vejam!



E nem mesmo um pensamento eles possam ter…

para me fazerem mal!



Armas de fogo…

Meu corpo não alcançarão!



Facas, lanças se quebrem…

Sem o meu corpo tocar!



Cordas, correntes se arrebentem…

Sem o meu corpo amarrar!



Pois eu estou vestido…

Com as roupas e as armas de Jorge ! ! !



Jorge é de Capadócia…

Salve Jorge!



Jorge é de Capadócia…

Salve Jorge!

Salve Jorge!

Salve Jorge!

Fonte: Jornal Umbanda Sagrada

Esclarecimento sobre Curimba

Louvação aos Ogãs

“Ah, como é lindo o batuque do Tambor
Ah, como é lindo o batuque do Tambor
Na Umbanda linda de Nosso Senhor
Na Umbanda linda de Nosso Senhor

É a mensagem que enaltece os Orixás
É a oração que elevo ao senhor
É a vibração que nos faz incorporar
Sem batuque na umbanda
Não se pode trabalhar

Eu não sabia, mas agora aprendi
Que o canto faz a gira de Umbanda
Quem canta, encanta a vida dos Orixás
É uma benção, divina que emana muita paz”

A.D.

Curimba é o nome que damos para o grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um terreiro de Umbanda. São eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de percussão), assim como conhecem cantos para as muitas “partes” de todo o ritual umbandista. Esses pontos cantados, junto dos toques de atabaque, são de suma importância no decorrer da gira e por isso devem ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos nós.

Muitas são as funções que os pontos cantados têm. Primeiramente uma função ritualística, onde os pontos “marcam” todas as partes do ritual da casa. Assim temos pontos para a defumação, abertura das giras, bater cabeça, etc.

Temos também a função de ajudar na concentração dos médiuns. Os toques assim como os cantos envolvem a mente do médium, não a deixando desviar – se do propósito do trabalho espiritual. Além disso, a batida do atabaque induz o cérebro a emitir ondas cerebrais diferentes do padrão comum, facilitando o transe mediúnico. Esse processo também é muito utilizado nas culturas xamânicas do mundo afora.

Entrando na parte espiritual, os cantos, quando vibrados de coração, atuam diretamente nos chacras superiores, notavelmente o cardíaco, laríngeo e frontal, ativando – os naturalmente e melhorando a sintonia com a espiritualidade superior, assim como, os toques dos atabaques atuam nos chacras inferiores, criando condições ideais para a prática da mediunidade de incorporação.

As ondas energéticas – sonoras emitidas pela curimba, vão tomando todo o centro de Umbanda e vão dissolvendo formas – pensamento negativas, energias pesadas agregadas nas auras das pessoas, diluindo miasmas, larvas astrais, limpando e criando toda uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das práticas espirituais. A curimba tranforma – se em um verdadeiro “pólo” irradiador de energia dentro do terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás.

Os pontos transformam – se em “orações cantadas”, ou melhor, verdadeiras determinações de magia, com um altíssimo poder de realização, pois é um fundamento sagrado e divino. Poderíamos chamar tudo isso de “magia do som” dentro da Umbanda.

A Curimba também é de suma importância para a manutenção da ordem nos trabalhos espirituais, com os seus pontos de “chamada” das linhas, “subida”, “firmeza”, “saudação”, etc. Entendam bem, os guias não são chamados pelos atabaques como muitos dizem. Todos já encontram – se no espaço físico - espiritual do terreiro antes mesmo do começo dos trabalhos. Portanto a curimba não funciona como um “telefone”, mas sim como uma sustentadora da manifestação dos guias. O que realmente invoca os guias e os Orixás são os nossos pensamentos e sentimentos positivos vibrados em vossas direções. Muitas vezes ao cantar expressamos esse sentimentos, mas é o amor aos Orixás a verdadeira invocação de Umbanda.

Falando agora da função de atabaqueiro e curimbeiro, ou simplesmente da função de “ogã” como popularmente as pessoas chamam na Umbanda, enfatizamos a importância deles serem bem preparados para exercerem tal função em um terreiro. Infelizmente ainda hoje a mentalidade de que o ogã é “qualquer um que não incorpore” persiste. Mas afirmamos, o ogã como peça fundamental dentro do ritual é também um médium intuitivo que tem como função comandar todo o “setor” da curimba. Por isso faz - se necessário que seja escolhido uma pessoa séria, estudada, conhecedora dos fundamentos da religião.

Além disso, o ideal é que o “neófito” que busca ser um novo ogã procure uma escola de curimba, onde aprenderá os fundamentos, os toques de nação e “como”, “o quê” e “quando” cantar.

Mulheres também podem ser atabaqueiras e curimbeiras, SIM! O “cargo” de ogã vem do candomblé e apenas é dado a pessoas do sexo masculino. A mulher no Candomblé não toca atabaque, por alguns dogmas da religião, principalmente em relação à menstruação. Na Umbanda não importamos dogmas e conceitos do candomblé, mas sim seguimos os nossos, passados diretamente pelos nossos guias e mentores. Nuca vimos um caboclo ou preto – velho proibindo mulher de tocar atabaque, por isso afirmamos, na Umbanda mulher toca e canta sim e, diga – se de passagem, muitas vezes melhor do que os próprios homens.

Por fim, queremos fazer alguns comentários a cerca da espiritualidade que guia os trabalhos da curimba. Muitas linhas de Umbanda existem no astral e trabalham ativamente nele, apesar de não incorporarem. Existem muitas linhas de caboclos, exus, pomba – giras, etc, que por motivos próprios trabalham nos “bastidores”, sem incorporarem ou tomarem a “linha de frente” dos trabalhos espirituais. Também existe uma corrente de espíritos que auxiliam nos toques e cantos da curimba. São mestres na música de Umbanda, verdadeiros guardiões dos mistérios do “som”. Normalmente apresentam – se com a aparência de homens e mulheres negras, com forte complexão física para os homens, e bela mas igualmente forte para as mulheres. Seus trajes variam muito, indo desde a roupagem mais simples como um “escravo” da época colonial, como até mesmo o terno e o vestido branco.

São espíritos bondosos, muito alegres e divertidos, que com o cantar encantam a muitos no astral. Alguns fazem – se presente auxiliando o toque, outros o canto e outros ainda auxiliam a manutenção da energia e sua dissipação dentro do terreiro. Muitas vezes chega a acontecer uma espécie de “incorporação” desses guias com os ogãs, os inspirando a determinados toques e cantos. Qualquer pessoa com experiência em curimba pode relatar casos aonde um ponto vem na hora que ele é necessário e depois você simplesmente o esquece. Isso acontece sobre inspiração desses mentores.

Algumas vezes também, em festas de Umbanda e dos Orixás, onde muitos se reúnem, percebemos que diversos espíritos chegam portando seus “tambores astrais”, percutindo – os a partir do astral, ajudando na sustentação e na energia das festividades, potencializando ainda mais os toques dos atabaques e as energias movimentadas.

Quando os guias, incorporados fazem sua saudação à frente dos atabaques, estão saudando as pessoas que tocam, estão pedindo para que as forças movimentadas pela curimba sejam benéficas a todos, mas estão principalmente, saudando e agradecendo a toda essa corrente de trabalhadores “anônimos” do astral. Estão percebendo como muita coisa foge aos nossos sentidos em uma “simples” e humilde gira de Umbanda?

Sabemos que esse universo da curimba muitas vezes é pouco explicado, e muitos chegam a defender a abolição dos atabaques dos centros de Umbanda. A isso, os próprios guias e mentores de Umbanda respondem, tanto incentivando os toques e trazendo mentores nesse “campo” , como também, abrindo turmas de estudo de Umbanda e desenvolvimento mediúnico, onde percebemos claramente que o “animismo” acontece por despreparo do médium, falta de estudo ou orientação e não pelo uso de atabaques. Colocar a culpa nos atabaques é como “tampar o sol com a peneira”. Afinal, como explicado parágrafos acima, o atabaque quando bem utilizado é ótima ferramenta para o desenvolvimento mediúnico.

Muitos desses toques a respeito da curimba, que aqui estão escritos, foram me passados por um espírito amigo, que me auxilia nos trabalhos de curimba e que apresenta – se com o nome simbólico de “Zé do Couro”.

FERNANDO SEPE

Influências: Umbanda x Assistência

Duas questões polêmicas nas quais as casas de Umbanda estão envolvidas sobre a assistência é qual o papel de fato da Umbanda na vida das pessoas que freqüentam seus rituais e ao mesmo tempo, qual deve ser a postura de uma pessoa enquanto participante da assistência em um ritual de Umbanda.

Estas duas questões, acredito, guardam íntima relação entre si.A primeira questão tenta descobrir como as pessoas que participam de assistências de cultos de Umbanda, vêem esses cultos e a própria Umbanda.

O que destes cultos e das vivências neles apreendidas, elas levam para suas vidas quotidianas?

Como essas pessoas se definem em termos de religião?

É certo que não podemos generalizar.

Assim como em qualquer coletividade, também em uma assistência estarão presentes pessoas com pensamentos, anseios e posturas diferentes.

Mas a questão que se impõe é se é necessário que essas pessoas tenham um mínimo de conhecimento do que é a Umbanda e seus cultos.

E se realmente precisam enxergar a Umbanda como religião e até mesmo como a religião delas.

Uma premissa muito importante enunciada pela Umbanda é que não se deve negar ajuda a ninguém.
Assim, partindo deste princípio não podemos cobrar de uma pessoa que se ela freqüenta os cultos de uma casa de Umbanda, ele se declare como Umbandista.

Sabemos que a Umbanda ainda sofre de muitos preconceitos, e que decorrente disso muitas pessoas que freqüentam cultos de Umbanda têm medo de serem rotulados pejorativamente.

Também pela origem multifacetada da Umbanda e também pela premissa de ajudar a todos, não podemos e nem devemos proibir a participação de irmãos oriundos de outros religiões.

Por outro lado, podemos considerar que a falta de identificação pode causar uma falta de compromisso.

Por isso talvez, sejam tão comuns as queixas sobre pessoas da assistência que vão às sessões de Umbanda apenas para “pedir coisas” mas não honrem as sessões com comportamentos condizentes com os de uma casa religiosa, ou seja, vestem-se de maneira imprópria, conversam em momentos inoportunos, entre outras coisas.Algumas pessoas apenas visitam uma casa de Umbanda quando estão com problemas.

Isso significa que não fazem da Umbanda uma opção religiosa constante.

Utilizam as sessões de Umbanda como “fast-food de consulta”, isto é, quando precisam, vão até lá, pedem o que precisam e vão embora abandonando o local até que a próxima necessidade os faça regressar.

Outras há que vão apenas aos dias de festas. Elas podem estar encarando a Umbanda como uma bonita manifestação da “cultura popular brasileira”, ou seja, uma atração turística ou ainda “coisa para inglês ver”. Visitam, acham bonito, mas não
apreendem o real significado da religião praticada ali.

A outra questão, também de extrema importância, é o que a participação da assistência contribui para a sessão.

Uma assistência participativa tem o mesmo resultado para uma sessão do que uma assistência apática? O que é mais interessante para a Umbanda, uma assistência ignorante sobre os conhecimentos (pelo menos as bases da religião) ou uma assistência
consciente do que são os rituais (como momentos de uma sessão, pontos cantados em cada momento, etc) e dos porquês destes rituais.

Eu penso que essas duas questões estão inter-relacionadas porque acho que quanto mais as pessoas que compõem uma assistência estão integradas no culto, tão mais elas respeitarão este ritual, participando ativamente dele, entendendo como e porque devem se comportar a cada momento.

Elas entenderão melhor que a religião não se pratica somente dentro dos templos, mas em todo o lugar.

Elas aprenderão que também elas têm a responsabilidade de fazer a caridade e semear a paz e amor ao próximo.

(M.S.C. - Um Trabalhador Humilde)